segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

1Co.15.35-58 - UMA TRANSFORMAÇÃO GLORIOSA.


UMA TRANSFORMAÇÃO GLORIOSA, 1Co.15.35-58.



Introd.: A mensagem bíblica tem sentido escatológico; o Antigo e o Novo Testamento compõem um todo harmonioso e complementar a respeito desse tema.

            O Antigo Testamento traz a expectativa do reino. Em Jesus temos a concretização inicial do reino apontando a sua consumação.

            A ressurreição de Cristo confere sentido à nossa vida e fé.

            A fé cristã tem um conteúdo essencialmente escatológico, que confere sentido ao nosso hoje, ao agora.

            A nossa fé encontrará a sua plenitude no regresso triunfante de Cristo. Essa fé molda a nossa vida e a nossa ética.

1 – Um resumo significativo e necessário.

            A ressurreição de Cristo é o fundamento da esperança futura da nossa ressurreição.

            Não podemos separar a ressurreição de Cristo da nossa; ou aceitamos as duas ou as negamos.

            Havia, na igreja de corinto, muitas dúvidas a respeito da ressurreição.        

            Por este motivo “[...] alguém (pode) dizer (com dúvida perguntando): Como ressuscitam os mortos? E em que corpo vêm?”, 1Co.15.35.

            Paulo, então, passa a explicar-lhes, mas antes os chamam de “insensatos (sem juízo, razão, inteligência) [...]”, 1Co.15.36.

            A analogia usada é a agricultura para falar a respeito da ressurreição de Jesus Cristo.

            Paulo declara sobre “[...] o que semeia não nasce, se primeiro não morrer”, 1Co.15.36, ou seja, é preciso passar por uma transformação antes mesmo de adquirir uma nova vida.

            E, (a nova explicação maior de Paulo é que) quando semeamos, não semeamos o corpo que há de ser, mas o simples grão, como de trigo ou de qualquer outra semente”, 1Co.15.37 para logo depois nascer aquilo para que foi determinado.

            Ou seja, o nascimento vai depender de “[...] Deus (que) lhe dá corpo como lhe aprouve dar e a cada uma das sementes, o seu corpo apropriado”, 1Co.15.38.

            É preciso ficar sabendo que “nem toda carne é a mesma [...]”, 1Co.15.39 quando se faz a comparação entre homens e animais.

            Nota-se que, “[...] porém uma é a carne dos homens, outra, a dos animais, outra, a das aves, e outra, a dos peixes”, 1Co.15.39.

            Da mesma forma, “Também há corpos celestiais e corpos terrestres [...]”, 1Co.15.40 sendo diferentes um do outro.

            É por este motivo que “[...] e, sem dúvida, uma é a glória dos celestiais, e outra, a dos terrestres”, 1Co.15.40.

            Uma é a glória do sol, outra, a glória da lua, e outra, a das estrelas; porque até entre estrela e estrela há diferenças de esplendor”, 1Co.15.41.

            Isto quer dizer que os nossos corpos serão os mesmos de antes, mas com qualidades diferentes; os salvos terão seus corpos adaptados à bem-aventurança eterna; os ímpios, à condenação eterna.

            Pois (conforme declara o apóstolo Paulo) assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória”, 1Co.15.42 para os servos de Cristo Jesus.

            Como o nosso corpo foi “semeado em fraqueza (enfermidades), ressuscita-se em poder”, 1Co.15.43, vida completa para toda a eternidade e sem enfermidade.

            Da mesma forma, “semeia-se corpo natural (que perece), ressuscita-se corpo espiritual (viver eternamente). Se há corpo natural (que sofre dores), há também corpo espiritual (que não sofre dores)”, 1Co.15.44.

            É por este motivo que “[...] assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente (pode morrer). O último Adão, porém, é espírito vivificante (vive eternamente)”, 1Co.15.45.

            Paulo aborda sobre a questão da vida eterna, mas antes é preciso saber que “[...] não é primeiro o espiritual (que nasce), e sim o natural (o corpo mortal); depois, o espiritual (para subir para mansão eterna)”, 1Co.15.46.

            Ainda usando a terminologia do campo, Paulo fala que “o primeiro homem, formado da terra (como se fora a semente), é terreno; o segundo homem é do céu”, 1Co.15.47 quando nasce a semente em seu novo corpo.

            O outro lado que se pode deduzir é que “o primeiro homem (Adão), formado da terra (criado por Deus neste mundo), é terreno; o segundo homem é do céu”, 1Co.15.47, Jesus Cristo que veio, sofreu, morreu e ressuscitou dentre os mortos.

            É por este motivo que, assim “como foi o primeiro homem (Adão), o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial (Jesus ressurreto), tais também os celestiais”, 1Co.15.48 depois da nossa ressurreição.

            Usando uma vez mais a analogia terrena ao dizer que “e, assim como trouxemos a imagem do que é terreno (Adão, Paulo parte para a comparação espiritual quando declara que) [...] devemos trazer também a imagem do celestial”, 1Co.15.49, Jesus Cristo ressurreto.

            Quando Paulo “afirma isto, (a cada um de nós) irmãos, (de) que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus (ele sugere que então, deve haver a morte física, mesmo porque), nem a corrupção (destruição) herdar a incorrupção (perpetuidade, eternidade)”, 1Co.15.50.

            Após as analogias, “eis que (Paulo) nos diz um mistério [...]”, 1Co.15.51 a respeito da nossa vida terrena.

            Para alegria de muitos que tem medo da morte, “[...] nem todos dormiremos (morrer), mas transformados (de um corpo carnal para o espiritual) seremos todos”, 1Co.15.51.

            E este mistério vai acontecer “num momento, (como que) num abrir e fechar de olhos [...]”, 1Co.15.52.

            A data precisa não temos, mas acontecerá quando “[...] ao ressoar da última trombeta [...]”, 1Co.15.52, quando “o sétimo anjo tocar a trombeta, e houver no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos”, Ap.11.15.

            Após “[...] a trombeta soar, os mortos ressuscitarão incorruptíveis (imperecível, imortal, sem corrupção), e nós seremos transformados (trocar esse corpo mortal pelo imortal)”, 1Co.15.52.

            Olha a explicação do texto anterior: “Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade”, 1Co.15.53 com a finalidade de entrar na mansão eterna.

            E, (então, devemos estar preparados para) quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade (transformado), e o que é mortal se revestir de imortalidade (morre/ressuscita), então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória”, 1Co.15.54.

            É a partir desse estágio que “[...] nos (será) enxugada dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram”, Ap.21.4.

            Essa transformação gloriosa proporcionará um [...]

Conclusão:      Canto de vitória em nossos lábios.

            Enquanto estivermos neste mundo, temos alegria, somos vitoriosos, mas parcialmente.

            No dia em que Cristo voltar, iremos cantar: “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão (arma letal)?”, 1Co.15.55.

            Daí será respondido que “o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei”, 1Co.15.56 que me diz que sou pecador e aponta o pecado em minha vida.

            Desde então, podemos cantar dizendo: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo”, 1Co.15.57 para alcançar a ressurreição.

            O encerramento desse assunto é magnífico.

            Paulo conclama a “[...] seus amados irmãos, serem firmes (nos caminhos do Senhor), inabaláveis (no cumprimento da lei) e sempre abundantes (trabalhar) na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o nosso trabalho não é vão”, 1Co.15.58.





            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – Palavra viva – O credo apostólico– Em vez de fé na fé, o conteúdo da fé – CCC – Rev. Hermister Maia Pereira da Costa.


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