UMA
TRANSFORMAÇÃO GLORIOSA, 1Co.15.35-58.
Introd.: A mensagem bíblica tem sentido escatológico; o
Antigo e o Novo Testamento compõem um todo harmonioso e complementar a respeito
desse tema.
O
Antigo Testamento traz a expectativa do reino. Em Jesus temos a concretização
inicial do reino apontando a sua consumação.
A
ressurreição de Cristo confere sentido à nossa vida e fé.
A
fé cristã tem um conteúdo essencialmente escatológico, que confere sentido ao
nosso hoje, ao agora.
A
nossa fé encontrará a sua plenitude no regresso triunfante de Cristo. Essa fé
molda a nossa vida e a nossa ética.
1 – Um resumo significativo e necessário.
A
ressurreição de Cristo é o fundamento da esperança futura da nossa
ressurreição.
Não
podemos separar a ressurreição de Cristo da nossa; ou aceitamos as duas ou as
negamos.
Havia,
na igreja de corinto, muitas dúvidas a respeito da ressurreição.
Por
este motivo “[...] alguém (pode) dizer (com dúvida perguntando):
Como ressuscitam os mortos? E em que corpo vêm?”, 1Co.15.35.
Paulo,
então, passa a explicar-lhes, mas antes os chamam de “insensatos
(sem juízo, razão, inteligência) [...]”, 1Co.15.36.
A
analogia usada é a agricultura para falar a respeito da ressurreição de Jesus
Cristo.
Paulo
declara sobre “[...] o que semeia não nasce, se primeiro não morrer”, 1Co.15.36, ou seja, é
preciso passar por uma transformação antes mesmo de adquirir uma nova vida.
“E,
(a nova explicação maior de Paulo é que) quando semeamos, não semeamos o corpo
que há de ser, mas o simples grão, como de trigo ou de qualquer outra semente”, 1Co.15.37 para logo
depois nascer aquilo para que foi determinado.
Ou
seja, o nascimento vai depender de “[...] Deus (que) lhe dá
corpo como lhe aprouve dar e a cada uma das sementes, o seu corpo apropriado”, 1Co.15.38.
É
preciso ficar sabendo que “nem toda carne é a mesma [...]”, 1Co.15.39 quando se faz a
comparação entre homens e animais.
Nota-se
que, “[...] porém uma é a carne dos homens, outra, a dos
animais, outra, a das aves, e outra, a dos peixes”, 1Co.15.39.
Da
mesma forma, “Também há corpos celestiais e corpos terrestres
[...]”,
1Co.15.40 sendo diferentes um do outro.
É
por este motivo que “[...] e, sem dúvida, uma é a glória dos
celestiais, e outra, a dos terrestres”, 1Co.15.40.
“Uma
é a glória do sol, outra, a glória da lua, e outra, a das estrelas; porque até
entre estrela e estrela há diferenças de esplendor”, 1Co.15.41.
Isto
quer dizer que os nossos corpos serão os mesmos de antes, mas com qualidades
diferentes; os salvos terão seus corpos adaptados à bem-aventurança eterna; os
ímpios, à condenação eterna.
“Pois
(conforme declara o apóstolo Paulo) assim também é a ressurreição dos mortos.
Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em
desonra, ressuscita em glória”, 1Co.15.42 para os servos de Cristo Jesus.
Como
o nosso corpo foi “semeado em fraqueza (enfermidades),
ressuscita-se em poder”, 1Co.15.43, vida completa para toda a eternidade e sem enfermidade.
Da
mesma forma, “semeia-se corpo natural (que perece), ressuscita-se
corpo espiritual (viver eternamente). Se há corpo natural (que sofre dores), há
também corpo espiritual (que não sofre dores)”, 1Co.15.44.
É
por este motivo que “[...] assim está escrito: O primeiro homem,
Adão, foi feito alma vivente (pode morrer). O último Adão, porém, é espírito
vivificante (vive eternamente)”, 1Co.15.45.
Paulo
aborda sobre a questão da vida eterna, mas antes é preciso saber que “[...]
não é primeiro o espiritual (que nasce), e sim o natural (o corpo mortal);
depois, o espiritual (para subir para mansão eterna)”, 1Co.15.46.
Ainda
usando a terminologia do campo, Paulo fala que “o primeiro homem,
formado da terra (como se fora a semente), é terreno; o segundo homem é do céu”, 1Co.15.47 quando nasce a
semente em seu novo corpo.
O outro
lado que se pode deduzir é que “o primeiro homem (Adão),
formado da terra (criado por Deus neste mundo), é terreno; o segundo homem é do
céu”, 1Co.15.47,
Jesus Cristo que veio, sofreu, morreu e ressuscitou dentre os mortos.
É por
este motivo que, assim “como foi o primeiro homem (Adão), o terreno,
tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial (Jesus
ressurreto), tais também os celestiais”, 1Co.15.48 depois da nossa ressurreição.
Usando
uma vez mais a analogia terrena ao dizer que “e, assim como
trouxemos a imagem do que é terreno (Adão, Paulo parte para a comparação
espiritual quando declara que) [...] devemos trazer também a imagem do
celestial”,
1Co.15.49, Jesus Cristo ressurreto.
Quando
Paulo “afirma isto, (a cada um de nós) irmãos, (de) que a
carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus (ele sugere que então, deve
haver a morte física, mesmo porque), nem a corrupção (destruição) herdar a
incorrupção (perpetuidade, eternidade)”, 1Co.15.50.
Após
as analogias, “eis que (Paulo) nos diz um mistério [...]”, 1Co.15.51 a respeito da
nossa vida terrena.
Para
alegria de muitos que tem medo da morte, “[...] nem todos dormiremos
(morrer), mas transformados (de um corpo carnal para o espiritual) seremos
todos”,
1Co.15.51.
E este
mistério vai acontecer “num momento, (como que) num abrir e fechar de
olhos [...]”,
1Co.15.52.
A data precisa não temos, mas
acontecerá quando “[...] ao ressoar da última trombeta [...]”, 1Co.15.52, quando “o
sétimo anjo tocar a trombeta, e houver no céu grandes vozes, dizendo: O reino
do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos
dos séculos”,
Ap.11.15.
Após
“[...] a trombeta soar, os mortos ressuscitarão incorruptíveis (imperecível,
imortal, sem corrupção), e nós seremos transformados (trocar esse corpo mortal
pelo imortal)”,
1Co.15.52.
Olha
a explicação do texto anterior: “Porque é necessário que
este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal
se revista da imortalidade”, 1Co.15.53 com a finalidade de entrar na mansão eterna.
“E,
(então, devemos estar preparados para) quando este corpo corruptível se
revestir de incorruptibilidade (transformado), e o que é mortal se revestir de
imortalidade (morre/ressuscita), então, se cumprirá a palavra que está escrita:
Tragada foi a morte pela vitória”, 1Co.15.54.
É a
partir desse estágio que “[...] nos (será) enxugada dos olhos toda
lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor,
porque as primeiras coisas passaram”, Ap.21.4.
Essa
transformação gloriosa proporcionará um [...]
Conclusão: Canto
de vitória em nossos lábios.
Enquanto
estivermos neste mundo, temos alegria, somos vitoriosos, mas parcialmente.
No dia
em que Cristo voltar, iremos cantar: “Onde está, ó morte, a tua
vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão (arma letal)?”, 1Co.15.55.
Daí
será respondido que “o aguilhão da morte é o pecado, e a força do
pecado é a lei”,
1Co.15.56 que me diz que sou pecador e aponta o pecado em minha vida.
Desde
então, podemos cantar dizendo: “Graças a Deus, que nos dá
a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo”, 1Co.15.57 para alcançar a
ressurreição.
O encerramento
desse assunto é magnífico.
Paulo
conclama a “[...] seus amados irmãos, serem firmes (nos caminhos
do Senhor), inabaláveis (no cumprimento da lei) e sempre abundantes (trabalhar)
na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o nosso trabalho não é vão”, 1Co.15.58.
Adaptado pelo Rev. Salvador P.
Santana para Estudo – Palavra viva – O credo apostólico– Em vez de fé na fé, o conteúdo
da fé – CCC – Rev. Hermister Maia Pereira da Costa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário