sábado, 19 de agosto de 2017

Fp.2.1-11 - A ALEGRIA DA UNIDADE.

A ALEGRIA DA UNIDADE, Fp.2.1-11.

           

Introd.:           A desunião é o perigo que ameaça a igreja, principalmente aquela que está crescendo e se desenvolvendo.

            A igreja de Filipos possuía qualidades excelentes.

            Era uma igreja generosa que “[...] cooperava no evangelho [...]”, Fp.1.5 e “[...] renovou a favor [...] (de) Paulo o [...] cuidado [...]”, Fp.4.10.

            A igreja de Filipos “[...] permanecia [...] firme no Senhor”, Fp.4.1.

            Essa comunidade, porém, sofria com a desunião e a desarmonia interna, promovida por alguns irmãos.

            Paulo “[...] exorta (súplica, convocação) em Cristo (os crentes de Filipos a fim de que haja) [...] amor [...] comunhão do Espírito [...] e misericórdias”, Fp.2.1.

            O seu desejo é que a igreja pudesse “completar a [...] alegria (de) Paulo [...] pensando a mesma coisa, tendo o mesmo amor, sendo unidos de alma, tendo o mesmo sentimento”, Fp.2.2.

            Após o apelo, Paulo apresenta Jesus Cristo como o modelo a ser seguido.

Objetivo:         Compreender a importância de preservar a união.

1 – Causas da desunião – Fp.2.3, 4.

            Paulo apresenta as causas da desunião que prejudicava a igreja em Filipos.

            Projeção pessoal.

            Quando Paulo fala sobre “nada fazer por partidarismo (propaganda, intriga para colocar-se acima) ou vanglória (autoestima, amor próprio) [...]”, Fp.2.3, ele condena qualquer meio de ambição egoísta, se auto promover, querer ser maior, se destacar entre os demais.

            Essa atitude gerou divisões, facções e partidos em Filipos.

            Foi o mesmo problema enfrentado por Paulo, com os irmãos na igreja de Corinto quando o apóstolo os alertou para “[...] falarem todos a mesma coisa e que não houvesse entre eles divisões [...] (pois a) informação [...] (era) de que havia contendas entre eles [...] (pelo) fato de cada um (deles) [...] dizerem: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo. (Paulo faz um alerta:) [...] Cristo (não) está dividido [...] Paulo (não foi) crucificado em favor (dos homens) [...]”, 1Co.1.10-13, ou seja, Jesus é o centro, o nosso alvo, a nossa esperança.

            Acontece em nossos dias? Sim. Muitas vezes fazemos as coisas na igreja para projetar a nossa imagem.

            Queremos ser vistos e elogiados pelas pessoas.

            Desejamos vender a nossa imagem de espirituais, competentes e insubstituíveis.

            A outra causa da desunião é o [...]

            Prestígio pessoal.

            Ser prestigiado é tentador. Ser admirado, respeitado e bajulado é a meta de alguns.

            Este pecado é filho da soberba espiritual, que leva uma pessoa a se achar superior aos outros.

            Jesus reclamou da atitude dos “[...] escribas e fariseu [...] (de que) praticavam [...] todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens [...] amavam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas, as saudações nas praças e o serem chamados mestres pelos homens”, Mt.23.2, 5-7.

            Jesus combate este tipo de pecado ao ensinar que aquele que se julga superior, “[...] alguns que confiam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezarem os outros [...] se exaltando (esse) será humilhado [...]”, Lc.18.9, 14.

            Precisamos saber que “[...] Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça”, 1Pe.5.5.

            Sendo assim, sobre tudo aquilo que “[...] fazemos [...] (que seja) por humildade (insignificância, submissão), considerando cada um os outros superiores a (nós) [...] mesmos”, Fp.2.3.

            E que fique lembrado: “[...] Todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado”, Lc.14.11.

            A desunião pode acontecer por causa do [...]

            Interesse pessoal.

            O interesse pessoal é o pecado do egocentrismo.

            Este pecado leva a pessoa a buscar sempre, e em primeiro lugar, o seu próprio interesse, por este motivo de “não ter cada um em vista o que é propriamente seu [...]”, Fp.2.4.

            Na igreja de Filipos havia um certo tipo de competição entre “[...] Evódia e [...] Síntique (que não) pensavam concordemente [...]”, Fp.4.2.

            Paulo fala que “[...] cada qual (deve pensar no) [...] que é dos outros”, Fp.2.4 como o direito de louvar, pregar, se manifestar, se dedicar a Deus.

            É preciso deixar o orgulho de tentar projetar a nossa imagem, o nosso prestígio, a nossa posição como sendo únicos.

Aplicações práticas.

            Aprendemos que o orgulho é a causa dos nossos conflitos na igreja.

            Como você avalia a comunhão e unidade da igreja que você frequenta?

            Você é uma pessoa hipócrita?

            A alegria da união é quando encontramos o [...]

2 – Remédio para a desunião.

            Paulo apresenta três medicamentos para curar a doença da desarmonia e da desunião.

            Unidade.

            A unidade da igreja emana da sua união com Cristo “a fim de que todos sejam um [...]”, Jo.17.21.

            Esta unidade é atacada pelos inimigos da igreja: a carne, o mundo e o Diabo.

            Por isso, cada crente deve lutar para preservar a unidade, porque “[...] somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros”, Rm.12.5.

            Paulo alerta para “[...] que falemos todos a mesma coisa e que não haja entre nós divisões; antes, sejamos inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer”, 1Co.1.10 “[...] viver em paz; e o Deus de amor e de paz estará conosco”, 2Co.13.11.

            A unidade deve acontecer pelo motivo de “[...] todos nós sermos um em Cristo Jesus”, Gl.3.28.

            Para sermos unidos precisamos de nos “apartar do mal, praticar o que é bom, buscar a paz e empenhar-se por alcançá-la”, 1Pe.3.11.

            Paulo fala aos Filipenses que o motivo da “[...] sua alegria (ficar) completa, (seria através) do modo que (eles) pensassem a mesma coisa, tendo o mesmo amor, sendo unidos de alma, tendo o mesmo sentimento (tristeza pelo pecado e alegria pela salvação)”, Fp.2.2.

            A nossa unidade precisa prevalecer sobre todas as nossas diferenças a ponto de “vivermos, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo [...] como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica; e que em nada estejamos intimidados pelos adversários [...]”, Fp.1.27, 28.

            A unidade da igreja ou da família “[...] é bom e agradável [...]”, Sl.133.1 diante do nosso Deus.

            Para curar a doença da desunião, precisamos ser [...]

            Humildes.

            Unidade não se realiza sem humildade.

            A ambição “[...] por fazer (tudo) por partidarismo ou vanglória [...]”, Fp.2.3 a fim de se encher de alguns irmãos detona a unidade da igreja.

            O remédio é a “[...] fazer (tudo) [...] por humildade (reconhecer suas limitações, dependência, ausência de orgulho ao) [...] considerar cada um os outros superiores a si mesmo”, Fp.2.3.

            Não podemos separar a humildade do “[...] amor (que) é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana (gabar, enaltecer), não se ensoberbece (arrogante), não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera (irritar), não se ressente do mal”, 1Co.13.4, 5.

            Paulo havia crescido na escola da humildade e se colocava como um exemplo a ser imitado.

            Ele instrui os servos de Deus a “serem seus imitadores, como também ele [...] (foi) de Cristo [...] (deixou escrito de que) ele é o principal (dos) pecadores [...]”, 1Co.11.1; 1Tm.1.15.

            Cure a doença da desunião com a [...]

            Solicitude.

            Paulo apresenta a solicitude como uma virtude        que leva a pessoa a “não ter [...] em vista o que é propriamente seu (de uma forma egoísta, mesquinha) [...]”, Fp.2.4.

            O ensino é para que o servo de Deus comece a olhar “[...] também [...] o que é dos outros (de forma que seja feito o bem ao outro)”, Fp.2.4.

            A solicitude é uma virtude que revela maturidade espiritual a ponto daquele “[...] que (é) [...] forte deve suportar as debilidades dos fracos e não agradar a si mesmo. Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para edificação”, Rm.15.1, 2.

            O resumo da lei é: “[...] amarás o teu próximo como a ti mesmo [...] assim como Jesus nos amou [...]”, Mt.19.19; Jo.13.34.

Aplicações práticas.

            Aprendemos que a unidade da igreja é criada por Deus.

            Aprendemos que cada crente pode contribuir para a preservação da unidade.

            Você é uma pessoa humilde?

            A alegria da unidade apresenta [...]

3 – O exemplo de Jesus.

            Após apresentar uma exortação, Paulo apresenta o modelo ou o referencial de unidade, humildade e solicitude: Jesus.

            Paulo nos mostra o mandamento apostólico que todo crente precisa cumprir em caso de falta de unidade: “Ter em nós o mesmo sentimento (modo de entender, agir, reagir, sentir e opinar) que houve também em Cristo Jesus”, Fp.2.5.

            Jesus é o nosso exemplo porque Ele é o nosso “[...] Mestre e [...] Senhor [...]”, Jo.13.13.

            Outro motivo é que “novo mandamento Jesus nos dá: que nos amemos uns aos outros; assim como ele nos amou, que também nos amemos uns aos outros”, Jo.13.34.

            Paulo apresenta Jesus, uma única pessoa com suas duas naturezas: Ele era verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem.

            Jesus, em sua encarnação, não deixou de ser Deus, mas assumiu uma humanidade perfeita quando “no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus (para logo depois) [...] o Verbo se fazer carne e habitar entre nós, cheio de graça e de verdade [...]”, Jo.1.14.

            O objetivo da encarnação de Jesus foi a obra da redenção do homem que, pela “[...] morte (de) Jesus, destruiu aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrou todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida. Pois ele, evidentemente, não socorre anjos, mas socorre a descendência de Abraão”, Hb.2.14-16.

            O objetivo de Paulo não é discutir a divindade e a humanidade de Jesus, mas apresentá-lo como exemplo a ser seguido por cada cristão.

            Jesus é o nosso modelo de humildade e renúncia para benefício dos irmãos.

            A melhor maneira de esboçarmos estre trecho, é olhando para os aspectos ou fases do ministério de Jesus: Humilhação e Exaltação.

            Estado de humilhação, Fp.2.5-8.

            O estado de humilhação compreende a vida de Jesus desde à sua encarnação até à sua morte.

            Paulo destaca que Jesus:

            1 – Esvaziou-se de seu status de Deus.        

            Jesus se tornou como um de nós. É por este motivo que “[...] ele, subsistindo (entre os homens) em forma de Deus, não julgou como usurpação (pegar pela força) o ser igual a Deus”, Fp.2.6.

            Jesus não teve dificuldade em abri mão dos seus privilégios da divindade.

            A divindade de Jesus jamais foi abandonada.

            Deus jamais poderia deixar de ser Deus, pelo motivo de “no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”, Jo.1.1.

            E o atributo que revela a deidade de Jesus é a sua eternidade, porque “[...] Jesus é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste”, Cl.1.15-17.

            Jesus é eterno porque Ele é “[...] aquele que vive; esteve morto, mas eis que está vivo pelos séculos dos séculos e tem as chaves da morte e do inferno”, Ap.1.18.

            A alegria da unidade apresenta [...]

            2 – Jesus se fazendo homem.            

            Este é o ato da encarnação quando Jesus que é “[...] o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”, Jo.1.14.

            A atitude de Jesus para se tornar exemplo para cada um de nós foi, “antes, a si mesmo se esvaziar, assumindo a forma de servo (escravo), tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana (a fim de mostrar que Ele é igual a nós)”, Fp.2.7.

            É bom saber que, como servos de Deus, precisamos acreditar em Jesus, pois “[...] todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo [...]”, 1Jo.4.2, 3.

            Paulo conclama a igreja a “ter em nós o mesmo sentimento (modo de entender, agir, reagir, sentir e opinar) que houve também em Cristo Jesus”, Fp.2.5.

            Essa imitação que devemos fazer é pelo simples motivo de Jesus chegar ao ponto de “a si mesmo se humilhar, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz”, Fp.2.8.

            Durante o ministério de Jesus, Ele poderia ter usado as suas prerrogativas de Juiz e Senhor, mas abdicou de todas.

            Jesus é o nosso exemplo.

            A alegria da unidade apresenta [...]

            Estado de exaltação de Jesus, Fp.2.9-11.

            O estado de exaltação de Cristo inicia-se com a sua ressurreição, passa por sua ascensão e culmina com a sua glorificação.

            Paulo relaciona a exaltação de Cristo com a sua humilhação ao dizer “[...] que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome”, Fp.2.9.

            A regra divina é que devemos nos “humilhar na presença do Senhor, e ele nos exaltará”, Tg.4.10.

            1 – Jesus recebeu um nome valioso.

            [...] Jesus (recebeu o nome de) [...] Senhor (Kyrios) e Cristo [...] feito (pelo próprio) Deus [...]”, At.2.36.

            Este mesmo “[...] Jesus (irá) entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés”, 1Co.15.24, 25.

            O nome de “[...] Cristo [...] é sobre todos [...] para todo o sempre [...]”, Rm.9.5.

            É por este motivo “[...] que ao nome de Jesus se dobrará todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra”, Fp.2.10.

            2 – Jesus receberá o reconhecimento e adoração.

            O propósito da exaltação de Jesus é a sua adoração.

            Em sua segunda vinda, Jesus será adorado por todos os seres inteligentes do universo:

            a) Nos céus     [...] todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século (vivos e mortos), mas também no vindouro (os que hão de nascer)”, Ef.1.21 “[...] prostrar-se-ão diante do Cordeiro [...]”, Ap.5.8.

            b) “[...] Na terra [...] ao nome de Jesus se dobrará todo joelho [...]”, Fp.2.10.

            c) Também “[...] debaixo da terra (anjos maus e homens condenados) [...] se dobrará todo joelho [...]”, Fp.2.10.

            3 – Jesus será confessado por todos.

            O clímax da exaltação de Jesus é que Ele será confessado e reconhecido por todos.

            Paulo declara que “[...] toda língua confessará que Jesus Cristo é Senhor [...]”, Fp.2.11.

            Logo, sendo servo de Jesus, “se, com a nossa boca, confessarmos Jesus como Senhor e, em nosso coração, crer que Deus o ressuscitou dentre os mortos, seremos salvos”, Rm.10.9.

            O propósito final da exaltação de Jesus é “[...] para glória de Deus Pai”, Fp.2.11.

Aplicações práticas.

            Vamos lutar contra a desunião na igreja.

            A unidade da igreja precisa ser preservada por cada um de nós.

            Precisamos imitar o que Cristo sentiu e fez. Ele é o nosso referencial.

            Aprendemos o princípio espiritual de que a humilhação precede a exaltação.       

 

 
            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para ED – Filipenses e Colossenses – Cristo: Nossa alegria e suficiência – Z3 editora – Rev. Arival Dias Casimiro.

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