Introd.: A desunião é o perigo que ameaça a
igreja, principalmente aquela que está crescendo e se desenvolvendo.
A
igreja de Filipos possuía qualidades excelentes.
Era
uma igreja generosa que “[...] cooperava
no evangelho [...]”, Fp.1.5 e “[...]
renovou a favor [...] (de) Paulo o [...] cuidado [...]”, Fp.4.10.
A
igreja de Filipos “[...] permanecia
[...] firme no Senhor”, Fp.4.1.
Essa
comunidade, porém, sofria com a desunião e a desarmonia interna, promovida por
alguns irmãos.
Paulo
“[...] exorta (súplica, convocação) em
Cristo (os crentes de Filipos a fim de que haja) [...] amor [...] comunhão do
Espírito [...] e misericórdias”, Fp.2.1.
O
seu desejo é que a igreja pudesse “completar
a [...] alegria (de) Paulo [...] pensando a mesma coisa, tendo o mesmo amor, sendo
unidos de alma, tendo o mesmo sentimento”, Fp.2.2.
Após
o apelo, Paulo apresenta Jesus Cristo como o modelo a ser seguido.
Objetivo: Compreender a importância de preservar
a união.
1 – Causas da desunião –
Fp.2.3, 4.
Paulo
apresenta as causas da desunião que prejudicava a igreja em Filipos.
Projeção
pessoal.
Quando
Paulo fala sobre “nada fazer por
partidarismo (propaganda, intriga para colocar-se acima) ou vanglória (autoestima,
amor próprio) [...]”, Fp.2.3, ele condena qualquer meio de ambição
egoísta, se auto promover, querer ser maior, se destacar entre os demais.
Essa
atitude gerou divisões, facções e partidos em Filipos.
Foi
o mesmo problema enfrentado por Paulo, com os irmãos na igreja de Corinto
quando o apóstolo os alertou para “[...]
falarem todos a mesma coisa e que não houvesse entre eles divisões [...] (pois
a) informação [...] (era) de que havia contendas entre eles [...] (pelo) fato
de cada um (deles) [...] dizerem: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de
Cefas, e eu, de Cristo. (Paulo faz um alerta:) [...] Cristo (não) está dividido
[...] Paulo (não foi) crucificado em favor (dos homens) [...]”,
1Co.1.10-13, ou seja, Jesus é o centro, o nosso alvo, a nossa esperança.
Acontece
em nossos dias? Sim. Muitas vezes fazemos as coisas na igreja para projetar a
nossa imagem.
Queremos
ser vistos e elogiados pelas pessoas.
Desejamos
vender a nossa imagem de espirituais, competentes e insubstituíveis.
A
outra causa da desunião é o [...]
Prestígio
pessoal.
Ser
prestigiado é tentador. Ser admirado, respeitado e bajulado é a meta de alguns.
Este
pecado é filho da soberba espiritual, que leva uma pessoa a se achar superior
aos outros.
Jesus
reclamou da atitude dos “[...] escribas
e fariseu [...] (de que) praticavam [...] todas as suas obras com o fim de
serem vistos dos homens [...] amavam o primeiro lugar nos banquetes e as
primeiras cadeiras nas sinagogas, as saudações nas praças e o serem chamados
mestres pelos homens”, Mt.23.2, 5-7.
Jesus
combate este tipo de pecado ao ensinar que aquele que se julga superior, “[...] alguns que confiam em si mesmos, por se
considerarem justos, e desprezarem os outros [...] se exaltando (esse) será
humilhado [...]”, Lc.18.9, 14.
Precisamos
saber que “[...] Deus resiste aos
soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça”, 1Pe.5.5.
Sendo
assim, sobre tudo aquilo que “[...] fazemos
[...] (que seja) por humildade (insignificância, submissão), considerando cada
um os outros superiores a (nós) [...] mesmos”, Fp.2.3.
E
que fique lembrado: “[...] Todo o que
se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado”, Lc.14.11.
A
desunião pode acontecer por causa do [...]
Interesse
pessoal.
O
interesse pessoal é o pecado do egocentrismo.
Este
pecado leva a pessoa a buscar sempre, e em primeiro lugar, o seu próprio
interesse, por este motivo de “não ter cada
um em vista o que é propriamente seu [...]”, Fp.2.4.
Na
igreja de Filipos havia um certo tipo de competição entre “[...] Evódia e [...] Síntique (que não)
pensavam concordemente [...]”, Fp.4.2.
Paulo
fala que “[...] cada qual (deve pensar
no) [...] que é dos outros”, Fp.2.4 como o direito de louvar, pregar, se
manifestar, se dedicar a Deus.
É
preciso deixar o orgulho de tentar projetar a nossa imagem, o nosso prestígio,
a nossa posição como sendo únicos.
Aplicações práticas.
Aprendemos
que o orgulho é a causa dos nossos conflitos na igreja.
Como
você avalia a comunhão e unidade da igreja que você frequenta?
Você
é uma pessoa hipócrita?
A
alegria da união é quando encontramos o [...]
2 – Remédio para a desunião.
Paulo
apresenta três medicamentos para curar a doença da desarmonia e da desunião.
Unidade.
A
unidade da igreja emana da sua união com Cristo “a
fim de que todos sejam um [...]”, Jo.17.21.
Esta
unidade é atacada pelos inimigos da igreja: a carne, o mundo e o Diabo.
Por
isso, cada crente deve lutar para preservar a unidade, porque “[...] somos um só corpo em Cristo e membros
uns dos outros”, Rm.12.5.
Paulo
alerta para “[...] que falemos todos a
mesma coisa e que não haja entre nós divisões; antes, sejamos inteiramente
unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer”, 1Co.1.10 “[...] viver em paz; e o Deus de amor e de paz
estará conosco”, 2Co.13.11.
A
unidade deve acontecer pelo motivo de “[...]
todos nós sermos um em Cristo Jesus”, Gl.3.28.
Para
sermos unidos precisamos de nos “apartar
do mal, praticar o que é bom, buscar a paz e empenhar-se por alcançá-la”,
1Pe.3.11.
Paulo
fala aos Filipenses que o motivo da “[...]
sua alegria (ficar) completa, (seria através) do modo que (eles) pensassem a
mesma coisa, tendo o mesmo amor, sendo unidos de alma, tendo o mesmo sentimento (tristeza pelo
pecado e alegria pela salvação)”, Fp.2.2.
A
nossa unidade precisa prevalecer sobre todas as nossas diferenças a ponto de “vivermos, acima de tudo, por modo digno do
evangelho de Cristo [...] como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica;
e que em nada estejamos intimidados pelos adversários [...]”, Fp.1.27,
28.
A
unidade da igreja ou da família “[...]
é bom e agradável [...]”, Sl.133.1 diante do nosso Deus.
Para
curar a doença da desunião, precisamos ser [...]
Humildes.
Unidade
não se realiza sem humildade.
A
ambição “[...] por fazer (tudo) por partidarismo
ou vanglória [...]”, Fp.2.3 a fim de se encher de alguns irmãos detona a
unidade da igreja.
O
remédio é a “[...] fazer (tudo) [...] por
humildade (reconhecer suas limitações, dependência, ausência de orgulho ao)
[...] considerar cada um os outros superiores a si mesmo”, Fp.2.3.
Não
podemos separar a humildade do “[...]
amor (que) é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana
(gabar, enaltecer), não se ensoberbece (arrogante), não se conduz
inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera (irritar),
não se ressente do mal”, 1Co.13.4, 5.
Paulo
havia crescido na escola da humildade e se colocava como um exemplo a ser
imitado.
Ele
instrui os servos de Deus a “serem seus
imitadores, como também ele [...] (foi) de Cristo [...] (deixou escrito de que)
ele é o principal (dos) pecadores [...]”, 1Co.11.1; 1Tm.1.15.
Cure
a doença da desunião com a [...]
Solicitude.
Paulo
apresenta a solicitude como uma virtude que
leva a pessoa a “não ter [...] em vista
o que é propriamente seu (de uma forma egoísta, mesquinha) [...]”,
Fp.2.4.
O
ensino é para que o servo de Deus comece a olhar “[...] também [...] o que é dos outros (de forma que seja feito o
bem ao outro)”, Fp.2.4.
A
solicitude é uma virtude que revela maturidade espiritual a ponto daquele “[...] que (é) [...] forte deve suportar as
debilidades dos fracos e não agradar a si mesmo. Portanto, cada um de nós
agrade ao próximo no que é bom para edificação”, Rm.15.1, 2.
O
resumo da lei é: “[...] amarás o teu
próximo como a ti mesmo [...] assim como Jesus nos amou [...]”, Mt.19.19;
Jo.13.34.
Aplicações práticas.
Aprendemos
que a unidade da igreja é criada por Deus.
Aprendemos
que cada crente pode contribuir para a preservação da unidade.
Você
é uma pessoa humilde?
A
alegria da unidade apresenta [...]
3 – O exemplo de Jesus.
Após
apresentar uma exortação, Paulo apresenta o modelo ou o referencial de unidade,
humildade e solicitude: Jesus.
Paulo
nos mostra o mandamento apostólico que todo crente precisa cumprir em caso de
falta de unidade: “Ter em nós o mesmo
sentimento (modo de entender, agir, reagir, sentir e opinar) que houve também
em Cristo Jesus”, Fp.2.5.
Jesus
é o nosso exemplo porque Ele é o nosso “[...] Mestre e [...] Senhor [...]”,
Jo.13.13.
Outro
motivo é que “novo mandamento Jesus nos dá: que nos amemos uns aos outros; assim como
ele nos amou, que também nos amemos uns aos outros”, Jo.13.34.
Paulo
apresenta Jesus, uma única pessoa com suas duas naturezas: Ele era
verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem.
Jesus,
em sua encarnação, não deixou de ser Deus, mas assumiu uma humanidade perfeita
quando “no
princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus (para logo
depois) [...] o Verbo se fazer carne e habitar entre nós, cheio de graça e de
verdade [...]”, Jo.1.14.
O
objetivo da encarnação de Jesus foi a obra da redenção do homem que, pela “[...] morte (de)
Jesus, destruiu aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrou todos
que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida. Pois
ele, evidentemente, não socorre anjos, mas socorre a descendência de Abraão”,
Hb.2.14-16.
O
objetivo de Paulo não é discutir a divindade e a humanidade de Jesus, mas
apresentá-lo como exemplo a ser seguido por cada cristão.
Jesus
é o nosso modelo de humildade e renúncia para benefício dos irmãos.
A
melhor maneira de esboçarmos estre trecho, é olhando para os aspectos ou fases
do ministério de Jesus: Humilhação e Exaltação.
Estado
de humilhação, Fp.2.5-8.
O
estado de humilhação compreende a vida de Jesus desde à sua encarnação até à
sua morte.
Paulo
destaca que Jesus:
1
– Esvaziou-se de seu status de Deus.
Jesus
se tornou como um de nós. É por este motivo que “[...]
ele, subsistindo (entre os homens) em forma de Deus, não julgou como usurpação (pegar
pela força) o ser igual a Deus”, Fp.2.6.
Jesus
não teve dificuldade em abri mão dos seus privilégios da divindade.
A
divindade de Jesus jamais foi abandonada.
Deus
jamais poderia deixar de ser Deus, pelo motivo de “no princípio era o Verbo, e o Verbo
estava com Deus, e o Verbo era Deus”, Jo.1.1.
E
o atributo que revela a deidade de Jesus é a sua eternidade, porque “[...] Jesus é a
imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas
todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam
tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado
por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste”,
Cl.1.15-17.
Jesus
é eterno porque Ele é “[...] aquele que vive; esteve morto, mas eis que está vivo
pelos séculos dos séculos e tem as chaves da morte e do inferno”,
Ap.1.18.
A
alegria da unidade apresenta [...]
2
– Jesus se fazendo homem.
Este
é o ato da encarnação quando Jesus que é “[...] o Verbo se fez carne e habitou entre nós,
cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do
Pai”, Jo.1.14.
A
atitude de Jesus para se tornar exemplo para cada um de nós foi, “antes, a si mesmo se esvaziar, assumindo a
forma de servo (escravo), tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido
em figura humana (a fim de mostrar que Ele é igual a nós)”, Fp.2.7.
É
bom saber que, como servos de Deus, precisamos acreditar em Jesus, pois “[...] todo espírito
que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não
confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do
anticristo [...]”, 1Jo.4.2, 3.
Paulo
conclama a igreja a “ter em nós o mesmo
sentimento (modo de entender, agir, reagir, sentir e opinar) que houve também
em Cristo Jesus”, Fp.2.5.
Essa
imitação que devemos fazer é pelo simples motivo de Jesus chegar ao ponto de “a si mesmo se humilhar, tornando-se obediente
até à morte e morte de cruz”, Fp.2.8.
Durante
o ministério de Jesus, Ele poderia ter usado as suas prerrogativas de Juiz e
Senhor, mas abdicou de todas.
Jesus
é o nosso exemplo.
A
alegria da unidade apresenta [...]
Estado
de exaltação de Jesus, Fp.2.9-11.
O
estado de exaltação de Cristo inicia-se com a sua ressurreição, passa por sua
ascensão e culmina com a sua glorificação.
Paulo
relaciona a exaltação de Cristo com a sua humilhação ao dizer “[...] que também Deus o exaltou sobremaneira
e lhe deu o nome que está acima de todo nome”, Fp.2.9.
A
regra divina é que devemos nos “humilhar na presença do Senhor, e ele nos
exaltará”, Tg.4.10.
1
– Jesus recebeu um nome valioso.
“[...] Jesus
(recebeu o nome de) [...] Senhor (Kyrios) e Cristo [...] feito (pelo próprio)
Deus [...]”, At.2.36.
Este
mesmo “[...]
Jesus (irá) entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo
principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até
que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés”, 1Co.15.24, 25.
O
nome de “[...]
Cristo [...] é sobre todos [...] para todo o sempre [...]”, Rm.9.5.
É
por este motivo “[...] que ao nome de
Jesus se dobrará todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra”,
Fp.2.10.
2
– Jesus receberá o reconhecimento e adoração.
O
propósito da exaltação de Jesus é a sua adoração.
Em
sua segunda vinda, Jesus será adorado por todos os seres inteligentes do
universo:
a)
Nos céus “[...] todo principado, e potestade,
e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente
século (vivos e mortos), mas também no vindouro (os que hão de nascer)”,
Ef.1.21 “[...]
prostrar-se-ão diante do Cordeiro [...]”, Ap.5.8.
b)
“[...] Na
terra [...] ao nome de Jesus se dobrará todo joelho [...]”, Fp.2.10.
c)
Também “[...]
debaixo da terra (anjos maus e homens condenados) [...] se dobrará todo joelho
[...]”, Fp.2.10.
3
– Jesus será confessado por todos.
O
clímax da exaltação de Jesus é que Ele será confessado e reconhecido por todos.
Paulo
declara que “[...] toda língua confessará
que Jesus Cristo é Senhor [...]”, Fp.2.11.
Logo,
sendo servo de Jesus, “se, com a nossa boca, confessarmos Jesus como Senhor e, em nosso
coração, crer que Deus o ressuscitou dentre os mortos, seremos salvos”,
Rm.10.9.
O
propósito final da exaltação de Jesus é “[...]
para glória de Deus Pai”, Fp.2.11.
Aplicações práticas.
Vamos
lutar contra a desunião na igreja.
A
unidade da igreja precisa ser preservada por cada um de nós.
Precisamos
imitar o que Cristo sentiu e fez. Ele é o nosso referencial.
Aprendemos
o princípio espiritual de que a humilhação precede a exaltação.
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