SEJA LOUCO
“Sanidade (qualidade de são) é um assunto pelo qual a maioria das pessoas não
se interessa. Contudo há um grupo muito interessado nela: as pessoas que foram
loucas ou tiveram parentes loucos [...] (talvez seja por este motivo que) não
podemos ser felizes o tempo todo. Qualquer um que esteja completamente desperto
sabe que a vida é extremamente difícil [...] loucura está na moda? Não [...] as
pessoas que a tornaram moda foram responsáveis por duas coisas importantes. Os
chamados “loucos” passaram a ser pessoas a ouvirmos, com coisas importantes a
dizer – não são apenas gente que assusta. Outra coisa: pessoas que parecem ser
normais podem ser mais loucas que os loucos [...]” – psicanalista britânico
Adam Phillips – http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs2007200802.htm
- 23.01.16.
Você tem se
interessado pela loucura? Considera-se um louco ou tem alguém na família
insano? Conforme Phillips existem muitos normais mais loucos que os loucos. Tem
notado isso em você? Ou você jura que é mais normal que todos os outros? Será
verdade?!
Para desfazer todas essas dúvidas Paulo certa vez falou aos crentes da cidade
de Corinto: “Nós somos loucos por causa de Cristo [...]” (1Co 4.10a). Neste
texto o apóstolo apresenta uma ironia contra os supostos e grandes oponentes
líderes da época que se sentiam “[...] sábios [...] fortes [...] nobres [...]
em Cristo [...]” (1Co 4.10b.
A ideia que estes homens tinham era que eles não passavam pelas privações,
sofrimentos e dificuldades que o antigo fariseu passava. Eles sabiam
compartilhar das sabedorias do mundo, desfrutar dos deleites da vida e provar o
melhor que o mundo lhes pudesse oferecer, por isso o educado aos pés de
Gamaliel falou-lhes: “Nós somos loucos por causa de Cristo [...]” (1Co 4.10ª).
Paulo não estava muito interessado em ser aceito pelo mundo ou desfrutar de
suas glórias, mesmo porque “[...] o mundo passa [...] aquele, porém, que faz a
vontade de Deus permanece eternamente” (1Jo 2.17).
A loucura de Paulo se baseava na certeza de ser “[...] obediente a uma
revelação [...] (de) expor o evangelho [...] entre os gentios, mas em
particular aos que pareciam de maior influência, para que, de algum modo, não
corresse ou tivesse corrido em vão” (Gl 2.2).
Ele era considerado louco por se preocupar demasiadamente com a vida espiritual
de seus filhos. Era louco “porque (sempre dizia:) de Deus somos cooperadores;
lavoura de Deus, edifício de Deus [...]” (1Co 3.9).
Muito estranha essa declaração? Não tem nada de estranho. Paulo faz uso das
palavras de Jesus quando disse: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as
nações [...]” (Mt 28.19). Paulo como servo de Deus imitou e acatou as palavras
do seu Mestre Jesus.
Por isso não foi à toa o que o apóstolo dos gentios escreveu aos mesmos
coríntios incrédulos: “Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se
perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus” (1Co 1.18).
Não adianta o homem pensar que vai conhecer o Deus da Bíblia através da
sabedoria deste mundo e ser salvo, mas “[...] aprouve (depende de) [...] Deus
salvar os que creem pela loucura da pregação” (1Co 1.21).
Seja louco por Cristo! Estes e outros motivos são a causa de Paulo e de todos
os que creem em Jesus Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas serem
chamados de loucos. Eis o motivo de Adam ter toda a razão ao dizer em
entrevista que “[...] não podemos ser felizes o tempo todo [...] pessoas que
parecem ser normais podem ser mais loucas que os loucos [...]”.
Existem muitas pessoas infelizes “[...] porque não conhecem o Pai, nem a Jesus”
(Jo 16.3). Outros dizem que “[...] são loucos por causa de Cristo [...]” (1Co
4.10ª), porque “está plenamente certo de que aquele que começou boa obra nele
há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Fp 1.6).
Rev.
Salvador P. Santana
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