segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

At.5.41, 42 - DE CASA EM CASA – As comunidades domésticas na vida da igreja.


DE CASA EM CASA – As comunidades domésticas na vida da igreja, At.5.41, 42.



Introd.:           O contexto urbano é marcado pela distância entre as pessoas.

            Encontramos as dificuldades de locomoção, solidão e anonimato que são parceiros constantes.

            Dessa forma, as vantagens oferecidas pelas reuniões de pequenos grupos ou comunidade domésticas são grandes.

            Os grupos familiares são cada vez mais comuns nas grandes cidades e algumas igrejas investem com o desejo de fazer missões.

            De casa em casa fala sobre [...]

I – As comunidades domésticas.

            A história do cristianismo relata sobre as comunidades domésticas que se reuniam para celebrar e propagar sua fé.

            Desde o início da igreja cristã em Jerusalém, “[...] todos os dias, (os irmãos) no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo”, At.5.42.

            A “[...] irmã Ninfa, de Laodiceia (atual Turquia), [...] hospedava a igreja [...] em sua casa”, Cl.4.15 com a finalidade de orar, ler a Bíblia, professar a fé aos incrédulos e participar da comunhão.

            Em Colossos (pronuncia-se Colóssos – atual Turquia) “[...] a irmã Áfia, e a Arquipo [...] (também hospedavam uma) igreja [...] em sua casa”, Fm.2 não apenas com o desejo de evangelizar, mas também para crescimento espiritual. 

            Como “[...] a casa de Jasom [...] (em Tessalônica estava sendo usada com o mesmo propósito de crescimento espiritual e evangelização) os judeus [...] movidos de inveja, trouxeram [...] alguns homens maus dentre a malandragem, ajuntando a turba, alvoroçaram a cidade e, assaltaram a (sua) casa [...] procurando trazê-los para o meio do povo”, At.17.5 para ser apedrejado por causa do ensino sobre Jesus Cristo ressuscitado. 

            Havia também em “[...] Macedônia (sul da Europa, casas onde) [...] Paulo se entregava totalmente à palavra, testemunhando aos judeus que o Cristo é Jesus”, At.18.5. 

            Em “[...] Cesareia [...] (a) casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete [...]”, At.21.8 servia não apenas como descanso para Paulo, mas também para pregar o evangelho do Senhor Jesus Cristo. 

            A casa de Lídia, em Filipos, cidade da Macedônia, que foi “[...] batizada, ela e toda a sua casa [...] rogou (a Paulo) [...] que [...] entrasse em sua casa e aí ficasse [...] (para continuar doutrinando a sua família e aos demais que desejassem)”, At.16.15.

            Ainda em Filipos, Paulo, foi para a prisão, ali ele teve a oportunidade de “[...] pregar a palavra de Deus [...] a todos [...] da [...] casa (do carcereiro, que, após ouvir a respeito da salvação) [...] foi ele batizado, e todos os seus [...] a sua própria casa (ficou a serviço da evangelização. Então,) [...] crerem em Deus”, At.16.15, 32-34. 

            Na cidade de Acaia, que, junto com a Macedônia, formava a Grécia, “[...] a casa de Estéfanas [...]”, 1Co.1.16 foi um celeiro de divulgação da mensagem divina.

            Paulo falou aos Coríntios que “[...] (que a casa de Estéfanas (era) [...] as primícias da Acaia e que se consagraram ao serviço dos santos)”, 1Co.16.15 para anunciar o Reino de Deus. 

            A primeira comunidade cristã se reuniu na “[...] casa de Maria, mãe de João, cognominado Marcos, onde muitas pessoas estavam congregadas e oravam”, At.12.12 – muitas vezes, em nossos dias, falta essa oportunidade em nossos lares.

            Em Jerusalém, os crentes se reuniam com o propósito de “[...] perseverar na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”, At.2.42.

            Veja que as reuniões sempre giravam em torno de leitura bíblica, oração e cânticos.

            Após a morte e ressurreição de Jesus, as reuniões nos lares proporcionavam “em cada alma [...] temor (medo, terror, reverência) [...]”, At.2.43 a Deus.

            O interesse daqueles irmãos reunindo-se de em casas ou no templo, era tão somente “[...] crer (e) estarem juntos [...]”, At.2.44 para compartilhar a fé e ajudar uns aos outros.

            Esse ajuntamento e comunhão levou-os a “vender as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade”, At.2.45.

            O costume daqueles crentes era de viver “diariamente perseverando unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza (simplicidade) de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso (o resultado vem do próprio Deus), acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”, At.2.46, 47.

            Era para o “[...] templo (que os discípulos) subiam [...] para a oração da hora nona (15h00)”, At.3.1.

            Essa disponibilidade em seus corações acontecia “[...] todos os dias, (ora) no templo [...] (ora) de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo”, At.5.42. 

            Devido a perseguição dos Judeus, ir ao templo tornou-se impraticável, então, “[...] resolveram ir à casa de Maria, mãe de João, cognominado Marcos, onde muitas pessoas estavam congregadas e oravam”, At.12.12. 

            Quando das viagens de Paulo, ele sempre procurava “[...] uma sinagoga de judeus (e) [...] segundo o seu costume, foi procurá-los e [...] arrazoou (conversar, discutir, debater) com eles acerca das Escrituras, expondo e demonstrando ter sido necessário que o Cristo padecesse e ressurgisse dentre os mortos; e este, dizia ele, é o Cristo, Jesus, que eu [...] anuncio”, At.17.1-4. 

            Mas, não demorou muito para que alguns “[...] judeus [...] movidos de inveja, trouxessem [...] alguns homens maus dentre a malandragem, ajuntando a turba, alvoroçaram a cidade [...] (dizendo que) Paulo (e os demais irmãos) [...] procediam contra os decretos de César, afirmando ser Jesus outro rei”, At.17.5, 7.

            Devido a persistência da perseguição, “[...] Paulo se entregou totalmente à palavra, testemunhando aos judeus que o Cristo é Jesus. (Ainda assim, os Judeus continuaram) se opondo [...] e blasfemando [...] (então) Paulo (muda de estratégia) [...] (indo anunciar o evangelho) para os gentios. Saiu [...] entrou na casa de um homem chamado Tício Justo, que era temente a Deus; a casa era contígua à sinagoga (outra tática a fim de evangelizar os Judeus incrédulos)”, At.18.5-7. 

            As comunidades domésticas eram locais onde os cristãos se reuniam a fim de evitar a perseguição tanto de Judeus quanto de gentios.

            Ali, nas “[...] casas (dos) [...] irmãos [...] (eles) se consagravam ao serviço dos santos [...]”, 1Co.16.15. 

            As reuniões que aconteciam nessas “[...] casas [...] (havia) conforto (entre) os irmãos (devido alguma perseguição, diante de alguma enfermidade ou a falta de algo necessário para a subsistência) [...]”, At.16.40. 

            O costume principal que havia entre esses irmãos era de “jamais deixar de [...] anunciar coisa alguma proveitosa e de [...] ensinar publicamente [...] (os preceitos de Deus) de casa em casa”, At.20.20. 

            Ao escrever aos Romanos, Paulo identifica “[...] a igreja que se reunia na casa [...] (de) Epêneto [...] os da casa de Narciso (e) [...] Asíncrito, Flegonte, Hermes, Pátrobas, Hermas e os irmãos que se reunia com eles (com o desejo de proclamarem o evangelho da salvação, pois estavam entre os gentios)”, Rm.16.5, 11, 14.

            Acontecia também de alguns irmãos se disporem a “[...] hospedar (não apenas os evangelistas e apóstolos, mas também dispunham suas casas para que) toda a igreja (se reunisse entre eles) [...]”, Rm.16.23. 

            Nos resta saber se as portas de nossas casas estão abertas para pregar o evangelho.

            A disponibilidade dessas casas servia também para [...]

II – Entrosamento e proximidade.

            Seria um exagero tomar essas referências bíblicas sobre as reuniões nos lares e defender que a igreja verdadeira é aquela que se reúne fora do templo.

            Após um período de intensa perseguição, a igreja passou a ater um local comum para suas reuniões e cultos, pois não havia mais necessidade de ela se esconder.

            Na Idade Média (entre os séculos V e XV), com o surgimento dos movimentos de fraternidade, como os Valdenses (Pedro Valdo), e o dos franciscanos (Francisco de Assis), é que as comunidades domésticas voltaram a ser usadas com maior intensidade no cristianismo.

            Após a Reforma Protestante, essas reuniões foram úteis para os huguenotes (calvinistas franceses).

            A prática de se reunir em comunidades domésticas se estendeu à Morávia (República Checa),   

            Os irmãos Morávios se reuniam para orações nos lares.

            Na Inglaterra os metodistas faziam o mesmo, na Alemanha os petistas costumavam reunir em casas para estudar as Escrituras e fazer orações.

            Mais recentemente, as comunidades domésticas têm sido muito úteis à ‘igreja do silêncio’, na Rússia e na China.

            O uso dos pequenos grupos foi motivado pelas circunstâncias difíceis em que a igreja vivia, sendo proibida de adorar a Deus em locais públicos.

            Nos últimos anos, as reuniões nos lares são realizadas em contextos urbanos.

            A estrutura celular das comunidades domésticas parece oferecer, nas grandes cidades, aquilo que o complexo urbano dificulta: entrosamento e proximidade.

III – Algumas alternativas.

            A – Estudo bíblico.

            No Brasil várias igrejas estão adotando essa prática como alternativa para os estudos bíblicos semanais.

            Em vez de manter o estudo bíblico no templo, se reúne nos lares com menor números de pessoas.

            O material de estudo pode ser a mesma revista da Escola Dominical, um livro da Bíblia, material de estudo indutivo ou um livro cristão.

            Pode ser que o resultado aconteça com maior frequência dos membros e muitos visitantes.

            B – Comunhão.

            As vantagens oferecidas nas reuniões domésticas podem variar de acordo com as características da cidade e da igreja.

            Reuniões de pequenos grupos podem desenvolver em ambientes familiares e pode possibilitar mais comunhão.

            C – Treinamento.

            Pequenos grupos podem ser benéficos no treinamento de algumas pessoas.

            Cada uma terá uma função a desempenhar para o bom andamento das reuniões.

            Em vez de ser apenas um expectador, o membro de um pequeno grupo será um participante ativo.

            D – Oração e evangelização.

            Os pequenos grupos servem como pontes para oração e evangelização de vizinhos, amigos e parentes.

            As reuniões em pequenos grupos estimulam a oração e a evangelização.

Conclusão:      Em Jerusalém, após os apóstolos serem soltos, “[...] eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas (pelo) [...] Nome (de Jesus) At.5.41.

            A soltura dos apóstolos não aconteceu porque “[...] todos os dias, no templo e de casa em casa, (os irmãos) não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo”, At.5.42.

Aplicação:       Faça do seu lar um local para glorificar o nome de Jesus e para anunciar as boas novas de salvação.

            Sempre que possível, realize reuniões em sua casa.

            Chame os familiares, amigos e vizinhos para eles ouvirem do amor de Deus.





     Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para ED – Nossa fé – CCC – Rev. Valdeci Santos – adaptado.

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