quarta-feira, 27 de maio de 2015

O MAIOR PRÊMIO

O MAIOR PRÊMIO
            O Brasileirão caminha para a sua 4ª Rodada. De início estão contentes os torcedores do Sport que está em 1º lugar, em 2º o Goiás, Corinthians se posiciona em 3ª posição e 4º lugar está o São Paulo. No amargo da fila se encontram: Flamengo, Cruzeiro, Figueirense e Joinville. Calma! É o que todos os torcedores ainda conseguem transmitir para os torcedores rivais, pois, a esperança de todos eles é que ainda faltam 34 Rodadas para encerrar e, ao final, festejar junto com o seu time vitorioso.
            Na verdade, as apresentações dos jogos são uma festa para o povo brasileiro. Só assim é possível esquecer por pouco tempo a corrupção generalizada no país, os acidentes aéreos e automobilísticos que ceifam a cada dia muitas vidas.
            Ao final do Campeonato Brasileiro, apenas o 1º e o 2º colocado terão a oportunidade de colocar as medalhas ao pescoço, então, mais uma vez, será possível esquecer e deixar de lado as lutas entre policiais, traficantes e agora, uma última notícia para manchar o esporte nacional e internacional: “CBF na mira” e “FIFA – Caso de Polícia”, quando a justiça Suíça prende alguns dirigentes.
            Afinal, quem é o responsável por ganhar as medalhas? Sem titubear pode se dizer que foi o atleta que se esforçou e lutou até a exaustão. Por outro lado estes atletas tiveram a participação maciça das torcidas e uma pequena parcela dos patrocinadores.
            Após o término do Brasileirão, cada atleta poderá tirar alguns dias de férias, para logo depois, começar outra disputa. Os mais esforçados não se darão por vencidos; irão continuar treinando cada vez mais. Pode ser que os que não conseguiram levantar a taça se esforcem com mais garra e dedicação para os próximos jogos, a fim de conseguirem as vitórias que eles tanto almejam.
            É assim também com a corrida da fé. Aqueles que ficam para trás ou estão pensando em desistir da jornada cristã, precisam perseverar na caminhada. Como fala Paulo aos Filipenses: “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.14).
            Para o apóstolo, ainda que tenha perdido nas batalhas espirituais, não tenha conseguido vencer as lutas, não tenha ganhado a medalha, mesmo porque, ele preferiu “[...] esquecer das coisas que para trás ficaram e avançou para as que diante (dele) [...] estavam [...]” (Fp 3.14); ele não se dá por vencido, segue à frente. Continua lutando, treinando, neste sentido a linguagem bíblica é buscar a santificação.
            É bem verdade que em todas as modalidades esportivas ninguém pode deixar de treinar, de buscar o aperfeiçoamento. Mas sabe-se que há muitos que entregam os pontos por completo. Eles declaram com todas as letras que ‘somos perdedores e inúteis’. Sendo assim, o que lhes resta é somente a derrota.
            Mas a corrida para o entregador da mensagem aos gentios não o faz cansado, pelo contrário, “[...] prossegue para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.14). O desejo de Paulo vencer não foi somente para si, o seu desejo era que todos os cristãos, em toda parte do mundo se esforçarem ao máximo para ganhar o prêmio maior, a vida eterna.
            Essa corrida da fé é totalmente diferente das que estão sendo televisionadas nestes últimos dias. O animar-se do homem acontece somente depois “[...] da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.14). Não é como nos jogos em que o atleta é escolhido por sua capacidade, habilidade, bom desempenho, a dedo pelo técnico ou comitê, pelo contrário, é devido a “[...] escolha (de Deus em) Jesus antes da fundação do mundo, para serem santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor” (Ef 1.4).
            Saiba que neste aspecto da escolha do atleta, como assim dizendo, para a corrida cristã, a decisão é somente da soberana vontade de Deus, é como diz a carta aos romanos: “Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia” (Rm 9.16). Dá para entender ou precisa de mais explicações?
            É somente a partir dessa escolha de Deus que todos se põem a correr no estádio da vida. Essa é a linguagem do escritor do livro de Hebreus quando diz: “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta” (Hb 12.1).
            O estádio está repleto de expectadores que o incentivam, são os que já morreram em Cristo, a correr mais e mais. Nesse momento você precisa se “[...] desembaraçar de todo peso e do pecado que tenazmente te assedia [...]” (Hb 12.1). Preste bem atenção, o pecado te impede de correr com desenvoltura, ele é pegajoso. A finalidade desse desprendimento é única: “[...] correr, com perseverança, a carreira que te está proposta” (Hb 12.1).
            Daí sim, você receberá não uma medalha de má qualidade que será entregue no final dos jogos do Brasileirão, você receberá o maior prêmio já dado ao ser humano, “[...] a coroa da vida” (Ap 2.10), isto é, se você for “[...] fiel até à morte [...]” (Ap 2.10).

Rev. Salvador P. Santana

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