EXEMPLO PARA SEUS FILHOS
Dizem
que o mês de maio é o mês do lar e das noivas. Pode estar ligado ao dia em que
se comemora o Dia das Mães ou porque neste mês muitos se envolvem em casamentos
ou outra razão qualquer. Na verdade o mês de maio não tem ligação nenhuma com o
termo mês do lar ou mês das noivas.
É
interessante notar e deve-se tomar de empréstimo as palavras do profeta Daniel
dizendo: “Ó SENHOR, a nós pertence o corar de vergonha, aos nossos reis, aos
nossos príncipes e aos nossos pais, porque temos pecado contra ti” (Dn 9.8).
Sim, é preciso que toda família, – pai, mãe e filhos – comecem a ter um pouco
mais de vergonha, devido as mais diversas situações em que se encontram muitos
lares.
Aqueles
que juraram amor no passado hoje juram ódio. Os que disseram que levariam até
as últimas consequências o desejo de ficarem juntos, mais que depressa deram
entrada na separação.
A
situação do povo na época do cativeiro era de causar perplexidade com a vida
comunitária do povo. Todos teriam que “[...] corar de vergonha [...] reis [...]
príncipes [...] pais [...]” (Dn 9.8). Desde a mais alta autoridade, os reis,
até nos lares, os pais, a situação era vergonhosa.
Na
verdade este texto não fala sobre separações entre casais, mas se “[...] o
corar de vergonha [...] (era por causa do) pecado contra Deus” (Dn 9.8), se
torna evidente que separações de pais casados corriam à solta no meio do povo.
Numa
separação entre marido e mulher as dificuldades começam a brotar. Filhos ficam
à mercê das disputas judiciais e com o coração dividido, pois, ao que tudo
indica, eles amam tanto o pai quanto a mãe. O grande dilema é: com quem morar?
A quem visitar a cada final de semana? Outro problema causado é o desfalque dos
bens adquiridos no decorrer daqueles anos ditos como felizes. As famílias se
desintegram, as visitas costumeiras são desfeitas e nenhum dos dois tem aquela
liberdade de outrora que os permitia ficar à vontade na casa dos sogros.
Mais
que depressa se faz preciso “[...] o corar de vergonha [...] (dos) reis [...]
príncipes [...] pais [...]” (Dn 9.8) filhos, a fim de que a partir deste mês de
maio as famílias comecem a viver mais unidas e tirar de uma vez por todas a
ideia de separação de camas , de quartos ou de corpos. Faça o máximo possível
para viver junto ainda que ele (a) seja “[...] rixosa (contenda) e iracunda
(provocar à raiva e ira)” (Pv 21.19).
Há
conserto para a separação? Sim. Muitos podem dizer que é casar com outro (a) ou
ficar separado (a) para sempre. Para desfazer esse mau pensamento, Deus deixou registrado
na Bíblia que tanto um como o outro deve, caso “[...] tenha alguma coisa (rixa,
briga), discórdia, contra alguém, perdoai,
para que vosso Pai celestial vos perdoe as
vossas ofensas” (Mc 11.25).
É
difícil tomar essa atitude? Sem dúvida nenhuma, mas como diz o texto você não
será perdoado se não perdoar. Muitos dizem que perdoam, mas querem ele (a) bem
longe de suas vidas. Isso não é perdão. Perdoar não é esquecer, somente Deus é
capaz de fazer isso. Perdoar não é apenas dizer você está perdoado. Perdoar é
você saber que foi ferido, mas não sente a dor. Perdoar é deixar algo que te trouxe pesar, mágoa,
ferimento para trás e não tocar mais no assunto.
Note
bem que perdoar não é uma decisão que você tem o direito de estender ou não.
Perdoar não significa que devido o outro ter lhe perdoado é que você deve
fazê-lo também. Perdoar é uma obrigação que Deus impõe sobre a vida de “[...]
todo aquele que crê em Jesus (com a finalidade de) não permanecer nas trevas”
(Jo 12.46). Você está disposto a perdoar qualquer ofensa em seu casamento para
ter um casamento mais duradouro?
Não
importa se este mês de maio é o mês do lar ou das noivas; o que importa é que
você lute com todas as forças para manter firme o seu casamento, para dar
exemplo aos seus filhos. É possível perdurar até que a morte os separe, mas
lembre-se, é preciso perdoar.
Rev. Salvador P. Santana
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