FELIZ
OU INFELIZ
O referencial de família a cada dia que passa está se
deteriorando. E falando sobre referencial, a indicação para o STF, pela
Presidente Dilma Rousseff, do especialista em direito de família, Luiz Edson
Fachin, conforme Reinaldo Azevedo, “Fachin é diretor de um troço
chamado IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito da Família). É seu grande
pensador. O tal instituto conseguiu emplacar algumas propostas no PLS 470/2013,
que institui o ‘Estatuto da Família’. Direitos de Amante. O PLS – ‘Projeto de Lei do Senado’
propõe que todas as relações possam ser reconhecidas como entidades familiares,
inclusive as relações extraconjugais [...]” – http://veja.abril.com.br/blog/ reinaldo/.
Ou seja, a esposa terá que dividir a pensão.
Esta é uma história fictícia, qualquer semelhança é uma
mera Divino-cidência. Este verbete não se encontra em qualquer dicionário. Diz
que certa criança, conhecida mais pelo apelido de ‘Feliz da Vida’, ao sair da
escola, pediu ao amigo de sala, conhecido como ‘Infeliz da Vida’, que se fosse
possível, o seu pai, ‘Faz de Tudo’, dar-lhe uma carona. Dito e feito. Assim que
estacionou o carro, ‘Infeliz da Vida’, comunicou a seu pai ‘Faz de Tudo’ sobre
o pedido de carona de ‘Feliz da Vida’.
Carinhosamente lhe foi oferecido assento no carro. No
meio do caminho ‘Faz de Tudo’ pergunta a ‘Feliz da Vida’: – Qual o seu
endereço? ‘Feliz da Vida’ perdeu o norte, ficou indeciso, sem saber o que responder.
Preocupado, ‘Faz de Tudo’ quis saber o motivo de tanta demora em responder a
uma simples pergunta que qualquer criança sabe na ponta da língua.
‘Faz de Tudo’
ficou estarrecido com o que passou a ouvir da boca de ‘Feliz da Vida’. ‘Infeliz
da Vida’ começou a analisar cada palavra que ouvia naquele momento saindo como
fagulhas dos lábios de ‘Feliz da Vida’. Pai e filho pareciam não acreditar no
que estavam ouvindo. A história por mais fictícia que fosse, parecia real
demais.
‘Faz de Tudo’ tinha tempo de sobra. Pediu
calma e fez um convite à ‘Feliz da Vida’ para almoçar em sua casa juntamente
com a sua esposa, ‘Te Quero Bem’ e seu filho ‘Infeliz da Vida’. ‘Feliz da Vida’
não pensou duas vezes, atendeu prontamente o convite. Foi à mesa que a família
‘Bem-Faz-Infeliz’ passou a ouvir com exatidão a real história de ‘Feliz da
Vida’.
Sou apelidado pelos colegas da escola de
‘Feliz da Vida’ porque normalmente tenho entre quatro a seis famílias para
visitar todos os dias, e que considero, digamos, como meus parentes. Meus
colegas dizem que eu sou a criança mais feliz da vida por ter muitas famílias
para eu visitar.
Vou colocar por ordem de preferência as visitações. A
primeira família é a do meu pai que está casado com outra mulher que não é a
minha mãe. Esta é a família que eu mais gosto de visitar porque a esposa de meu
pai que não é a minha mãe não dá palpite, não chama a minha atenção, me deixa
comer o que quero, a hora que desejo, assim acontece porque o meu pai me
protege.
A segunda é a dos meus avós tanto paternos como maternos
que sempre me dão do bom e do melhor. Dizem eles que eu sou o filho que eles
não tiveram. Que sou obediente, educado, que não faço birra como meus pais
faziam quando tinham a minha idade.
A terceira, bom, essa quase não visito, mas por
insistência da minha mãe acabo indo algumas vezes. Sabe o que acontece? O cara
que é casado com a minha mãe, e que não é o meu pai, vive sempre insistindo
comigo que eu devo chamá-lo de pai. Eu não gosto dele. Ele é muito chato,
brigão, esconde a comida quando chego em sua casa. Já tentou me bater, sempre
teve essa fama com a minha mãe.
O quarto grupo de família, se assim posso dizer, são os
pais do esposo da minha mãe e da esposa do meu pai. Apareço de vez em quando,
somente quando acontece alguma festa dos meus meios-irmãos que os considero
como irmãos naturais, nascidos no segundo casamento dos meus pais.
Esse assunto de sexta família é uma complicação que dói
na minha cabeça. Quero explicar. Os meus verdadeiros avós paternos e maternos
sempre me perguntam se a quarta família me pede para chamá-los de avós.
Respondo que sim, sempre houve essa insistência. Então dizem os meus avós: –
‘Feliz da Vida’, não os chame de avós, não lhes dê confiança, arreda o pé da
casa deles. Os seus avôs verdadeiros somos nós. Olhe bem para nós, grave bem a
nossa voz e o nosso rosto, caso contrário, você verá o que pode te acontecer
aqui dentro de casa: renegamos você.
Alterei a voz porque é assim que eles fazem comigo. Ih!
Falei demais. Ainda bem que vocês tiveram tempo para me ouvir, porque os meus
pais, os meus avós, aqueles que se dizem parentes e os meus amigos nunca me
escutaram.
A história ainda que fictícia da família
‘Bem-Faz-Infeliz’, através da história de ‘Feliz da Vida’, pode fazer uma bela
reflexão: ‘eu sou feliz e não sabia’. Essa desordem fictícia retrata muito bem
a história real de muitos lares.
No Brasil, para agilizar as separações, os CEJUSCs, os
Cartórios de Registro Civil podem a qualquer momento fazer separações
amigáveis, depende apenas de algumas horas e do pagamento. Está fechado, digo,
desfeito o casamento.
Esse modo de desfazer casamento não é uma
história fictícia, mas real em todo o território nacional. À luz da Palavra de
Deus essa história real precisa tomar novos rumos. Para que haja um casamento
duradouro o casal precisa alistar-se na campanha do “vigiai e orai, para
que não entreis em tentação [...]” (Mt 26.41) com a real finalidade de “suportar
um ao outro, perdoar
mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o
Senhor [...] perdoou, assim também perdoai [...]” (Cl 3.13). Grave bem os
verbos vigiar, orar e perdoar.
Importante: Ainda que você tome todos os
cuidados que a Bíblia aponta para um casamento duradouro, mesmo assim muitas
famílias estão semelhantes a família ‘Bem-Faz-Infeliz-daVida’.
Procure mudar a história de sua vida. Deixe
de ser um ‘Infeliz da Vida’ para ser um ‘Feliz da Vida’ no sentido correto de
dizer na presença do dono da vida, Jesus Cristo, o Salvador da vida feliz.
Rev. Salvador P. Santana
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