sábado, 3 de abril de 2021

DOMINGO DA RESSURREIÇÃO.

DOMINGO DA RESSURREIÇÃO Existe um grande analfabetismo bíblico em relação à Páscoa. Caso o homem ainda não tenha o conhecimento correto do que é exatamente o significado da Páscoa, a recompensa será a destruição, porque Deus não mente e até o momento tem sido verdadeira a sua Palavra ao dizer que “O [...] povo está sendo destruído [...] (por) falta (do) conhecimento [...]”, Os. 4.6. Percebe-se com muita nitidez a associação do ovo de chocolate ao coelho. Quando ocorre essa péssima associação, fica estabelecida a ideia de que o coelho bota ovo, coisa absurda e impossível. Outra analogia também é feita quando se diz que o coelho é símbolo da fertilidade; com respeito à vida espiritual, não há correlação. É impossível confundir Páscoa com a Ressurreição de Jesus. A Páscoa, no contexto bíblico-judaico, na verdade é a festa na qual os israelitas comemoram a libertação de seus antepassados da escravidão no Egito. Acontecia no “[...] primeiro mês do ano”, [Ex.12.2] no dia 14 do mês de NISÃ do calendário judeu (lunar) (ou mais ou menos dia 1º de abril do calendário (gregoriano). Cada chefe de família, no dia “[...] dez deste mês, (devia) tomar para si um cordeiro [...] para cada família”, Ex.12.3. “O cordeiro será sem defeito, macho de um ano (ou) um cordeiro ou um cabrito; e o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o imolará no crepúsculo (quando sol se põe) da tarde”, (Ex.12.5,6). Em hebraico o nome dessa festa é “Pessach”, que significa “passar por cima”, e foi o que fez o anjo da morte “[...] naquela noite [...] (que) passou pela terra do Egito e feriu na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até aos animais [...]”, Ex.12.12. Os judeus não foram atingidos pela mortandade porque os portais de suas casas estavam marcados com o sangue do cordeiro tomado para o sacrifício Pascoal. Neste período chamado de Páscoa, do ponto de vista cristão, comemora-se a ressurreição de Jesus Cristo, o Salvador do mundo, ocorrida na última Páscoa de Sua vida terrena durante a qual foi preso, julgado, morto e ressuscitado ao terceiro dia. Naquele dia, primeira quinta-feira de abril do ano 33 da era cristã, Jesus “[...] enviou dois dos seus discípulos [...] à cidade [...](com a finalidade de preparar o) aposento (para) comer a Páscoa com os seus discípulos [...] ao cair da tarde [...]”, Mc.14.13,14,17. Foi no início da noite, “quando estavam à mesa e comiam [...] (que) Jesus [...] disse que um dentre eles, o [...] trairia”, Mc.14.18. Em meio a esta festa, antes de Jesus ir para o Getsêmani (lugar no monte das Oliveiras) para orar, Jesus instituiu a Santa Ceia e os doze participaram com Ele. Daí em diante começou o sofrimento de Jesus. Preso, foi levado ao sumo sacerdote, depois diante de Pilatos (governador romano da Judéia) e do rei Herodes Antipas que governou a Galiléia e a Peréia. Na sexta-feira Jesus foi entregue aos soldados, açoitado, escarnecido, cuspido, despido para depois “[...] conduzirem-no para fora, com o fim de o crucificarem”, Mc.15.20. “À hora nona (15h), clamou Jesus em alta voz: [...] Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (todos os pecados dos eleitos estavam sobre os ombros de Jesus)`[...] dando um grande brado, expirou”, Mc.15.34,37. Para muitos, a morte de Jesus foi o fim, pois Ele ficou na tumba três dias, mas para Deus foi a conquista da grande vitória, porque “no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada [...] (e) Deus o ressuscitou dentre os mortos”, Jo.20.1; At.13.30. A vitória de Cristo é a vitória do seu povo. Os primeiros cristãos comemoravam a ressurreição de Jesus em todo primeiro dia da semana [domingo], reunindo-se para o culto dominical. Este evento tão importante para a fé de muitos, permaneceu na data da sua ocorrência conforme o calendário judeu. Assim é totalmente descabido tomar como essência ou símbolo desta comemoração cristã o chocolate, o coelho ou o ovo; por belos e significantes que sejam. Ao adotar estes símbolos, o cristão adota e imita o mundo, pois este, além da prática, impõe estes elementos, tendo em vista o faturamento comercial e o faz totalmente alienado do sentido religioso que a comemoração tem. O elemento central da comemoração é a pessoa de Jesus, que nasceu de mulher, sob a lei e, tendo vivido vida perfeita, também morreu pelos pecados dos eleitos e ressuscitou para justificação destes. A essência da comemoração é a fé. Fé que é depositada em Jesus Cristo, o Filho de Deus, que garante a salvação, que alimenta a esperança, e que permanece no coração dos escolhidos, ou seja, essa fé permanecerá até a consumação dos séculos. Chocolate é um alimento gostoso, pode e deve ser consumido, o coelho e o ovo são admiráveis criações de Deus, mas não são símbolos bíblicos da Páscoa. Neste domingo da Ressurreição revigore a sua fé e o seu amor a Jesus num culto fervoroso que só a Ele é devido. Amém! Rev. Salvador P. Santana

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