ECONOMIA
“Max Weber, procura [...] mostrar que os países onde o Calvinismo não teve
influência, onde as virtudes cultivadas pelos seguidores da ética calvinista
não tiveram lugar, são exatamente o oposto do que se verifica onde eles se
implantaram e dominaram. O reino da absoluta falta de escrúpulo na busca de
interesse pessoal, por fazer dinheiro, tem sido uma caraterística específica
precisamente daqueles países onde o desenvolvimento do capitalismo burguês,
avaliado pelos padrões ocidentais, tem permanecido atrasado [...]” – João
Calvino: Vida, influência e teologia – Wilson Castro Ferreira – pag. 220, 221 -
LPC.
Na pandemia, muitos resolveram “[...] fazer uma reorganização financeira
severa. Comida, só preparada em casa. Ar-condicionado, só quando indispensável.
Hoje, mesmo com menos aulas e recebendo menos, saiu do negativo para uma
situação em que consegue economizar um pouco [...] o brasileiro é um dos povos
que menos poupa no planeta. Mesmo países com populações com nível de renda
menor têm mais poupança, como a China. ” – Revista Época – Mais razão, menos
impulso, menos prazer – por Constança Tatsch – pag. 39, 43.
Quando se fala de economia é o mesmo que falar sobre educação financeira a
curto, a médio e a longo prazo a fim de que a vida possa ser
melhorada dentro e fora do lar.
A economia não pode ficar estagnada. Para que a economia seja impulsionada é
preciso “mais valer o (seu) bom nome do que as muitas riquezas; e o ser
estimado é melhor do que a prata e o ouro” (Pv 22.1) que você possui.
Veja que, a todos os homens, é necessário fazer uma opção para viver e não
morrer, por isso, “aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo
com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado”
(Ef 4.28).
Perceba que não é fácil fazer a economia girar, prosperar, redesenhar o
sustento familiar que continua ainda precário em todo território brasileiro.
Para uns é fácil manter o sustento, mas outros, os mais necessitados, dependem
do auxílio emergencial que ainda é incerto continuar com o mesmo valor que foi
oferecido.
Conservar “[...] o bom nome [...]” (Pv 22.1) para você, que conseguia manter a
sua vida financeira em ordem, pode ser fácil, mas aqueles que, antes da
pandemia, já se encontravam endividados em seus boletos, cartões de crédito,
empréstimos consignados, financiamento de casa e carro, se torna um tanto
difícil.
Perceba que a maior contribuição para a economia girar é você “[...] não
furtar mais [...] (ter o dever de) trabalhar, fazendo com as próprias mãos o
que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado” (Ef 4.28).
O necessitado pode ser um dos seus ou até mesmo aquele que você nem
conhece.
A economia não pode parar e para não ficar estancada, Deus cobra desde o
Decálogo: “Não furtarás” (Ex 20.15). O desejo de Deus ordenar não furtar é que,
cada homem deve ter a oportunidade de trabalhar honestamente para “não cobiçará
a casa do seu próximo [...] a mulher do seu próximo, nem o seu servo, nem a sua
serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao seu
próximo” (Ex 20.17), então, a economia anda, faz prosperar famílias
inteiras e, consequentemente, o próprio país.
Para não acontecer de uns terem mais e outros passarem necessidade, Deus
ordenou que, “quando segardes a messe da vossa terra, não rebuscareis os cantos
do vosso campo, nem colhereis as espigas caídas da vossa sega; para o pobre e
para o estrangeiro as deixareis. Eu sou o SENHOR, vosso Deus” (Lv 23.22).
É bom notar que o fazendeiro não colhia os alimentos para levar à casa do
necessitado. O desprovido tinha o dever e, consequentemente, o desejo de “[...]
chegar-se ao campo e apanhar após os segadores [...]” (Rt 2.3) aquilo que fosse
necessário para a sua sobrevivência e manutenção.
É preciso que todos os brasileiros se esforcem para não roubar, “[...] cuidar
do que é seu e trabalhar com as próprias mãos [...]” (1Ts 4.11) com a
finalidade da economia crescer para que todos sejam abençoados e, se ainda não
estão economizando, comecem já fazendo uma reserva financeira para o seu
futuro.
Que Deus abençoe as suas economias!
Rev. Salvador P. Santana
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