quarta-feira, 21 de outubro de 2020

ECONOMIA.

ECONOMIA

            “Max Weber, procura [...] mostrar que os países onde o Calvinismo não teve influência, onde as virtudes cultivadas pelos seguidores da ética calvinista não tiveram lugar, são exatamente o oposto do que se verifica onde eles se implantaram e dominaram. O reino da absoluta falta de escrúpulo na busca de interesse pessoal, por fazer dinheiro, tem sido uma caraterística específica precisamente daqueles países onde o desenvolvimento do capitalismo burguês, avaliado pelos padrões ocidentais, tem permanecido atrasado [...]” – João Calvino: Vida, influência e teologia – Wilson Castro Ferreira – pag. 220, 221 - LPC.

            Na pandemia, muitos resolveram “[...] fazer uma reorganização financeira severa. Comida, só preparada em casa. Ar-condicionado, só quando indispensável. Hoje, mesmo com menos aulas e recebendo menos, saiu do negativo para uma situação em que consegue economizar um pouco [...] o brasileiro é um dos povos que menos poupa no planeta. Mesmo países com populações com nível de renda menor têm mais poupança, como a China. ” – Revista Época – Mais razão, menos impulso, menos prazer – por Constança Tatsch – pag. 39, 43.

            Quando se fala de economia é o mesmo que falar sobre educação financeira a curto, a médio e a longo prazo a fim de que a vida possa ser melhorada dentro e fora do lar.

            A economia não pode ficar estagnada. Para que a economia seja impulsionada é preciso “mais valer o (seu) bom nome do que as muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a prata e o ouro” (Pv 22.1) que você possui.

            Veja que, a todos os homens, é necessário fazer uma opção para viver e não morrer, por isso, “aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado” (Ef 4.28).

            Perceba que não é fácil fazer a economia girar, prosperar, redesenhar o sustento familiar que continua ainda precário em todo território brasileiro. Para uns é fácil manter o sustento, mas outros, os mais necessitados, dependem do auxílio emergencial que ainda é incerto continuar com o mesmo valor que foi oferecido.

            Conservar “[...] o bom nome [...]” (Pv 22.1) para você, que conseguia manter a sua vida financeira em ordem, pode ser fácil, mas aqueles que, antes da pandemia, já se encontravam endividados em seus boletos, cartões de crédito, empréstimos consignados, financiamento de casa e carro, se torna um tanto difícil.

            Perceba que a maior contribuição para a economia girar é você “[...] não furtar mais [...] (ter o dever de) trabalhar, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado” (Ef 4.28). O necessitado pode ser um dos seus ou até mesmo aquele que você nem conhece.

            A economia não pode parar e para não ficar estancada, Deus cobra desde o Decálogo: “Não furtarás” (Ex 20.15). O desejo de Deus ordenar não furtar é que, cada homem deve ter a oportunidade de trabalhar honestamente para “não cobiçará a casa do seu próximo [...] a mulher do seu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao seu próximo” (Ex 20.17), então, a economia anda, faz prosperar famílias inteiras e, consequentemente, o próprio país.

            Para não acontecer de uns terem mais e outros passarem necessidade, Deus ordenou que, “quando segardes a messe da vossa terra, não rebuscareis os cantos do vosso campo, nem colhereis as espigas caídas da vossa sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixareis. Eu sou o SENHOR, vosso Deus” (Lv 23.22).

            É bom notar que o fazendeiro não colhia os alimentos para levar à casa do necessitado. O desprovido tinha o dever e, consequentemente, o desejo de “[...] chegar-se ao campo e apanhar após os segadores [...]” (Rt 2.3) aquilo que fosse necessário para a sua sobrevivência e manutenção.

            É preciso que todos os brasileiros se esforcem para não roubar, “[...] cuidar do que é seu e trabalhar com as próprias mãos [...]” (1Ts 4.11) com a finalidade da economia crescer para que todos sejam abençoados e, se ainda não estão economizando, comecem já fazendo uma reserva financeira para o seu futuro.

            Que Deus abençoe as suas economias!

Rev. Salvador P. Santana

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