A APRESENTAÇÃO DO FUTURO REI – Direção, segurança e livramento para
o povo de Deus, 1Sm.16.14-17.58.
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudos – Expressão – Suas Escolhas têm
efeitos – Davi e Salomão – Ascenção e queda – Autoria dos originais dos
roteiros do aluno – Rev. Dario de Araújo Cardoso.
Introd.: A unção de Davi como rei de Israel aconteceu numa
cerimônia discreta.
Os efeitos da escolha divina logo se
manifestaram.
Todo Israel testemunhou que a bênção
de Deus os alcançou através da vida de Davi.
Deus manifesta o seu poder e a sua
salvação por meio de seus filhos.
1 – O rei
ungido traz alívio ao atribulado.
O texto bíblico vincula a unção de
Davi à “[...] retirada [...] do espírito maligno (que) atormentava [...] Saul [...]
(que veio) da parte (do) Espírito do SENHOR [...]”, 1Sm.16.14.
O processo de rejeição divina estava
completo.
O sinal dessa condição foi quando “[...]
os servos de Saul lhe disseram [...] que [...] um espírito maligno, enviado de
Deus [...] o atormentava”, 1Sm.16.15 perturbando a sua mente e destronando-o
para sempre.
Não é possível saber como essa
perturbação ocorria, mas sabemos que aquela inquietação demoníaca
desestabilizou Saul.
Deus o abandonara.
Deus abandonando é o maior desespero
do ser humano.
Jesus, no Getsêmani “disse: Pai, se
queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a
tua. E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor
se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra”, Lc.22.42, 44.
Na cruz, “[...] clamou Jesus em alta
voz, dizendo [...] Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste”, Mt.27.46.
A angústia de Saul era similar, mas
ela não tinha um pai amoroso a quem recorrer.
Quando “laços de morte [...] cercaram
(Saul), e angústias do inferno se apoderaram (dele) [...] caiu em tribulação e
tristeza”, Sl.116.3 porque não pôde clamar a Deus pelo livramento.
Milhões de pessoas tentam encontrar
alívio nos prazeres, nos vícios, nas realizações.
Por isso, “mandaram [...] (os) servos
(de Saul que) [...] buscassem um homem
que sabia tocar harpa; e [...] quando o espírito maligno, da parte do SENHOR,
viesse sobre ele, então, (o tocador) [...] a dedilhava, e Saul se achava melhor”,
1Sm.16.16.
Muitos, por entenderem que nada
disso satisfaz, entregam-se à tristeza e, até à morte.
“[...] Saul (abandonou Deus e
preferiu que) [...] seus servos [...] buscassem, pois, um homem que sabia tocar
bem [...]”, 1Sm.16.17 para alegrar o seu coração.
E, por causa da satisfação mundana “[...]
o SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá”,
Sl.1.6.
Salomão declara que “há caminho que
ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte”, Pv.14.12, e
assim, muitos se afastam de Deus.
O final da vida de “[...] Saul (foi)
tomar da espada e se lançar sobre ela”, 1Sm.31.4.
Os servos, consciente do estado de
espírito de Saul, o aconselharam a buscar o “[...] filho de Jessé [...] que sabia
tocar [...]”, 1Sm.16.18 para buscar alívio na música.
A música pode trazer alguma
distração, basta encerrar para que toda a dor e tribulação retorne e a falta de
esperança se torne mais evidente.
Acabando a droga, o sexo, a festa,
as amizades, pode retornar o espírito maligno, “então, vai e leva consigo
outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último
estado daquele homem se torna pior do que o primeiro”, Lc.11.26.
As qualidades de Davi:
Além de “[...] saber tocar [...]”,
1Sm.16.18 harpa, ele “[...] é (reconhecido pela população como) forte e valente
[...]”, 1Sm.16.18, o qual, liderava como um “[...] homem de guerra [...]”,
1Sm.16.18;
Davi era aprovado devido ele ser “[...]
sisudo em palavras [...]”, 1Sm.16.18;
É possível que as mulheres o enxergavam
como “[...] de boa aparência [...]”, 1Sm.16.18;
“[...] E o (principal na vida de
todos os homens) o SENHOR era com ele”, 1Sm.16.18.
É curioso saber que os discípulos de
Emaús se referem “[...] a Jesus [...] (como) varão profeta, poderoso em obras e
palavras, diante de Deus e de todo o povo”, Lc.24.19.
A Bíblia relata muito pouco sobre a
vida de Davi até o momento em que “Saul enviou mensageiros a Jessé [...]”,
1Sm.16.19, daí, descobrimos que Davi:
Era pastor de ovelhas. “[...]
Envia-me Davi, teu filho, o que está com as ovelhas”, 1Sm.16.19;
Davi era mensageiro ao campo de
batalha. “Tomou, pois, Jessé um jumento, e o carregou de pão, um odre de vinho
e um cabrito, e enviou-os a Saul por intermédio de Davi, seu filho”, 1Sm.16.20;
Davi foi carregador de escudos e
flechas. “Assim, Davi foi a Saul e esteve perante ele; este o amou muito e o
fez seu escudeiro”, 1Sm.16.21;
Davi foi ajudante de ordem ou
secretário pessoal. “Saul mandou dizer a Jessé: Deixa estar Davi perante mim,
pois me caiu em graça”, 1Sm.16.22;
Davi foi como um palhaço da corte. “E
sucedia que, quando o espírito maligno, da parte de Deus, vinha sobre Saul,
Davi tomava a harpa e a dedilhava (para divertir o povo); então, Saul
sentia alívio e se achava melhor, e o espírito maligno se retirava dele”,
1Sm.16.23;
Davi foi um pastor cuidadoso do
rebanho do seu pai. “Respondeu Davi a Saul: Teu servo apascentava as ovelhas de
seu pai; quando veio um leão ou um urso e tomou um cordeiro do rebanho, eu saí
após ele, e o feri, e livrei o cordeiro da sua boca; levantando-se ele contra
mim, agarrei-o pela barba, e o feri, e o matei”, 1Sm.17.34, 35;
Assim como Davi “o [...] servo (de)
Saul matou tanto o leão como o urso; (ele se dispôs a matar também o) [...] incircunciso
filisteu (Golias que) seria como um (urso ou leão) [...]”, 1Sm.17.36;
Davi se dedicou a honrar o nome do
seu Senhor, daquele que pode todas as coisas, “[...] porquanto (Golias) afrontou
os exércitos do Deus vivo”, 1Sm.17.36.
Unção divina fez Davi parecido com Cristo.
Jesus Cristo “[...] aliviou (os) cansados
e sobrecarregados [...]”, Mt.11.28.
À semelhança de Cristo, Davi levava
alívio à perturbação de Saul.
Isso é esperado de nós que, pela
unção do Espírito Santo, estamos sendo recriados “[...] para sermos conformes à
imagem de seu Filho [...]”, Rm.8.29.
Convivemos com pessoas que buscam
alívio para seus corações atormentados.
Nossos atos e palavras precisam
oferecer o descanso que só pode ser encontrado em Deus.
Por isso, é “bem-aventurado o homem
cuja força está em Deus, em cujo coração se encontram os caminhos aplanados, o qual,
passando pelo vale árido, faz dele um manancial; de bênçãos o cobre a primeira
chuva”, Sl.8.4.5, 6.
Somos chamados para sermos “[...] o
sal da terra [...] (e) a luz do mundo [...]”, Mt.5.13, 14.
Não podemos deixar de manifestar a
transformação que está se realizando em nós.
Davi foi chamado para abençoar um
rei que, em decorrência dos pecados que cometera, sofria os tormentos vindo da
parte de Deus.
Davi dedilhava a harpa, Saul
sentia-se melhor e o espírito maligno se afastava.
Precisamos ser servos de Deus e
fazer o que lhe agrada ainda que Deus nos incumbe de abençoar um incrédulo.
2 – O rei
ungido traz vitória ao amedrontado.
A Bíblia mostra o segundo sinal da
unção de Davi e como ele se tornou amado pelo povo.
Mais uma vez se “ajuntaram os
filisteus as suas tropas para a guerra, e congregaram-se em Socó, que está em
Judá, e acamparam-se entre Socó e Azeca, em Efes-Damim (fronteira de sangue)”,
1Sm.17.1.
Os Filisteus estavam confiantes.
Israel precisava de um comandante,
pois o rei Saul estava desmoralizado, “porém Saul e os homens de Israel se
ajuntaram, e acamparam no vale de Elá, e ali ordenaram a batalha contra os
filisteus”, 1Sm.17.2 na esperança de retardar ou que Deus vencesse essa batalha.
Perceba que os dois exércitos
estavam com medo, pois “estavam estes num monte do lado dalém, e os israelitas,
no outro monte do lado daquém; e, entre eles, o vale”, 1Sm.17.3, evitando o
encontro.
O medo aumentou nos israelitas e a
confiança nos filisteus devido, “então, sair do arraial dos filisteus um homem
guerreiro, cujo nome era Golias, de Gate, da altura de seis côvados (3m) e um
palmo (22cm)”, 1Sm.17.4.
Para assustar o povo de Israel,
Golias “trazia na cabeça um capacete de bronze e vestia uma couraça de escamas
cujo peso era de cinco mil siclos (57,12kg) de bronze”, 1Sm.17.5.
Golias era um verdadeiro soldado
militar e o duelo desigual, pois “trazia caneleiras de bronze nas pernas e um
dardo de bronze entre os ombros”, 1Sm.17.6.
Para completar o medo em Saul e seu
exército, “a haste da sua lança era como o eixo do tecelão, e a ponta da sua
lança, de seiscentos siclos (6.854kg) de ferro; e diante dele ia o escudeiro”,
1Sm.17.7 carregando mais armas.
Para provocar, Golias “parou, clamou
às tropas de Israel e disse-lhes: Para que saís, formando-vos em linha de
batalha? Não sou eu filisteu, e vós, servos de Saul? Escolhei dentre vós um
homem que desça contra mim”, 1Sm.17.8, mas Saul até o momento não tinha nenhum
homem corajoso para enfrentar o gigante.
Não havia ninguém capaz. Golias,
confiante na vitória dos filisteus, declara: “Se ele puder pelejar comigo e me
ferir, seremos vossos servos; porém, se eu o vencer e o ferir, então, sereis
nossos servos e nos servireis”, 1Sm.17.9.
Golias não temia ninguém, por isso
se apresentou sozinho para a batalha e “disse mais o filisteu: Hoje, afronto as
tropas de Israel. Dai-me um homem, para que ambos pelejemos”, 1Sm.17.10.
O medroso rei de Israel, “Saul, ouvindo
e todo o Israel estas palavras do filisteu, espantaram-se e temeram muito
[...]”, 1Sm.17.11 – todos estavam sem coragem, desesperados e sem saber o que
fazer.
Talvez, algum dos “[...] três filhos
mais velhos de Jesse (que) se apresentaram [...] a Saul e o seguiram à guerra
(fossem mais corajosos); chamavam-se: Eliabe, o primogênito (que Samuel pensara
que seria um bom rei, estava com medo), o segundo, Abinadabe (com medo), e o
terceiro, Samá”, 1Sm.17.13, também estava com medo do filisteus.
Os melhores e mais fortes homens de
Israel não eram capazes de enfrentar Golias.
Saul, sem saída e desesperado,
espalhou a notícia: “e diziam uns aos outros: Vistes aquele homem que subiu?
Pois subiu para afrontar a Israel. A quem o matar, o rei o cumulará de grandes
riquezas, e lhe dará por mulher a filha, e à casa de seu pai isentará de
impostos em Israel”, 1Sm.17.25.
Mesmo com essa oferta do rei, nenhum
dos soldados alistados se dispuseram a enfrentar Golias. Todos estavam com
medo.
Todos os homens têm medo e ele
assombra a humanidade.
Adão, “[...] ouvindo a [...] voz (de)
Deus no jardim [...] teve medo, e se escondeu”, Gn.3.10.
O medo é o que é o que mantém os
homens “[...] sujeitos à escravidão (a Satanás) por toda a vida”, Hb.3.15.
“[...] Muitos dentre as próprias
autoridades creram (em) Jesus, mas, por causa dos fariseus, não o confessavam
(com medo), para não serem expulsos da sinagoga”, Jo.12.42.
Não é por acaso que apocalipse
coloca os “[...] covardes [...] (que) serão (lançados) no lago que arde com
fogo e enxofre, a saber, a segunda morte”, Ap.21.8.
O exército de Israel estava com medo
dos filisteus e mais preocupados com o bem-estar pessoal do que com a glória de
Deus.
Mas o texto declara que “[...] Davi (foi)
enviado a seus irmãos”, 1Sm.17.11.
Deus tinha e tem um plano quando
somos chamados e enviados.
“Davi era (apenas o) filho daquele
efrateu de Belém de Judá cujo nome era Jessé, que tinha oito filhos (três
medrosos); nos dias de Saul, era já velho e adiantado em anos entre os homens”,
1Sm.17.12.
“Davi era (apenas) o mais moço
(insignificante); só os três maiores seguiram Saul”, 1Sm.17.14, mas estes não
tiveram coragem de enfrentar Golias.
Perceba que Deus sempre tem o tempo
para agir.
Veja que “Davi, porém, ia a Saul e
voltava, para apascentar as ovelhas de seu pai, em Belém”, 1Sm.17.15, mas ainda
não teve a oportunidade de ouvir a afronta de Golias.
E mais uma vez, “disse Jessé a Davi,
seu filho: Leva, peço-te, para teus irmãos um efa (17,62 l) deste trigo tostado
e estes dez pães e corre a levá-los ao acampamento, a teus irmãos”, 1Sm.17.17 –
Davi era apenas um menino de recado.
Como os soldados estavam ocupados,
com medo de enfrentar Golias, o pai de Davi, “porém [...] (mandou) levar dez
queijos [...] ao comandante de mil; e visitar seus irmãos, a ver se vão bem
(Jessé estava com medo); e trarás uma prova de como passam”, 1Sm.17.18.
Jessé, pela providência de Deus, deu
a Davi o endereço, no qual, “Saul, e (os irmãos de Davi) [...] estavam e todos
os homens de Israel [...] no vale de Elá, pelejando (na verdade, ameaçando) com
os filisteus”, 1Sm.17.19.
“Davi (era um homem cuidadoso,
estrategista e apto para a guerra), pois, no dia seguinte, se levantou de
madrugada, deixou as ovelhas com um guarda, carregou-se e partiu, como Jessé
lhe ordenara; e chegou ao acampamento quando já as tropas saíam para formar-se
em ordem de batalha e, a gritos, chamavam à peleja”, 1Sm.17.20.
Davi conhece não apenas a história,
mas também pode contemplar quando “chegava, pois, o filisteu pela manhã e à
tarde; e apresentava-se por quarenta dias”, 1Sm.17.16 colocando medo no
exército de Israel.
É possível que mais uma vez, em 40
dias, que “os israelitas e filisteus se puseram em ordem, fileira contra
fileira”, 1Sm.17.21 para que Davi pudesse compreender o assunto.
“Davi, (ao chegar ao acampamento) deixa
o que trouxera aos cuidados do guarda da bagagem, correu à batalha; e,
chegando, perguntou a seus irmãos se estavam bem”, 1Sm.17.22 a fim de dar
resposta a seu pai.
Toda essa ação é dirigida por Deus.
“Estando Davi ainda a falar com
eles, eis que vinha subindo do exército dos filisteus o duelista (até aqui Davi
não o conhecia), cujo nome era Golias, o filisteu de Gate; e falou as mesmas
coisas que antes falara, e Davi [...] ouviu (a afronta com que) [...] o gigante
Golias insultava os israelitas”, 1Sm.17.23.
Davi se depara com “todos os
israelitas, vendo aquele homem, fugiam de diante dele, e temiam grandemente”,
1Sm.17.24 com medo de serem atacados.
Para entender melhor a situação, “então,
falou Davi aos homens que estavam consigo, dizendo: Que farão àquele homem que
ferir a este filisteu e tirar a afronta de sobre Israel? Quem é, pois, esse
incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?”, 1Sm.17.26.
Davi começa a ser incitado por Deus
para combater Golias e livrar o povo de Israel dos filisteus.
“E o povo (confirma) lhe repetindo as
mesmas palavras, dizendo: Assim farão ao homem que o ferir”, 1Sm.17.27.
Davi se enche de coragem na
dependência do Senhor.
Mas, sempre haverá um que é
contrário aos planos que Deus traçou para nós.
Esse adverso foi quando “ouvindo-o
Eliabe (o soldado medroso), seu irmão mais velho, falar àqueles homens,
acendeu-se-lhe a ira contra Davi, e disse: Por que desceste aqui? E a quem
deixaste aquelas poucas ovelhas no deserto? Bem conheço a tua presunção e a tua
maldade; desceste apenas para ver a peleja”, 1Sm.17.28.
Eliabe não sabia, mas Deus tinha um
plano de vitória para a vida do seu povo.
É por isso que “respondeu Davi: Que
fiz eu agora? Fiz somente uma pergunta”, 1Sm.17.29, ou sondando o adversário.
Para ter a certeza, Davi “desviou-se
dele para outro e falou a mesma coisa; e o povo lhe tornou a responder como
dantes. Davi (busca força em Deus e) dispõe-se a pelejar contra o gigante”,
1Sm.17.30.
“Ouvidas as palavras (indignadas) que
Davi falara, anunciaram-nas a Saul, que mandou chamá-lo”, 1Sm.17.31.
“Davi (se mostrou firme nas palavras
e) disse a Saul: Não desfaleça o coração de ninguém por causa dele; teu servo
irá e pelejará contra o filisteu”, 1Sm.17.32.
“Porém Saul (não acredita, tenta
dissuadi-lo e é possível que acreditava ser rei de Israel) disse a Davi: Contra
o filisteu não poderás ir para pelejar com ele; pois tu és ainda moço, e ele,
guerreiro desde a sua mocidade”, 1Sm.17.33.
O escolhido rei não se baseia em
suas palavras ou força, então, “disse mais Davi: O SENHOR me livrou das garras
do leão e das do urso; ele me livrará das mãos deste filisteu. Então, disse
Saul a Davi: Vai-te, e o SENHOR seja contigo”, 1Sm.17.37.
Davi demonstra o que se espera que
seja o povo de Deus. Um povo que reconhece o Senhor como Deus e o serve,
confiando no seu poder.
O desespero levou “Saul vestir a
Davi da sua armadura, e lhe pôs sobre a cabeça um capacete de bronze, e o
vestiu de uma couraça”, 1Sm.17.38 – outros usavam.
“Davi cingiu a espada sobre a
armadura e experimentou andar, pois jamais a havia usado; então, disse Davi a
Saul: Não posso andar com isto, pois nunca o usei. E Davi tirou aquilo de sobre
si”, 1Sm.17.39 e resolveu enfrentar Golias sem espada e sem armadura.
As únicas armas de guerra de Davi: “Tomou
o seu cajado na mão, e escolheu para si cinco pedras lisas do ribeiro, e as pôs
no alforje (bolsa) de pastor, que trazia, a saber, no surrão (bolsa);
e, lançando mão da sua funda [...]”, 1Sm.17.40.
O texto antecipa dizendo que “[...]
foi-se chegando ao filisteu. Davi encontra-se com o gigante (guerreiro,
vencedor de batalhas) e mata-o”, 1Sm.17.40.
A respeito do “[...] filisteu (o
texto fala apenas que) também se vinha chegando a Davi; e o seu escudeiro ia
adiante dele”, 1Sm.17.41 para lhe dar proteção?
O desprezo por parte do “[...]
filisteu olhando [...] e vendo a Davi, o desprezou, porquanto era moço ruivo e
de boa aparência”, 1Sm.17.42, mas que sabia manejar suas armas toscas segundo a
vontade de Deus.
O próprio Davi escreveu dizendo que
“o SENHOR é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O SENHOR é a
fortaleza da minha vida; a quem temerei? Quando malfeitores me sobrevêm para me
destruir, meus opressores e inimigos, eles é que tropeçam e caem. Ainda que um
exército se acampe contra mim, não se atemorizará o meu coração; e, se estourar
contra mim a guerra, ainda assim terei confiança”, Sl.27.1-3.
É por este motivo que depois de
ouvir “o filisteu dizer a Davi: Sou eu algum cão, para vires a mim com paus? E,
pelos seus deuses, amaldiçoou o filisteu a Davi”, 1Sm.17.43, mas não adiantou,
Davi confiava em Deus.
Nenhum homem pode cantar vitória
antes do tempo, mas “o filisteu disse mais a Davi: Vem a mim, e darei a tua
carne às aves do céu e às bestas-feras do campo”, 1Sm.17.44 – foi em vão a
prepotência de Golias.
“Davi, porém, disse ao filisteu: Tu
vens contra mim com espada, e com lança, e com escudo [...]”, 1Sm.17.45 – todas
essas armas ausentes na vida do rei Davi.
“[...] Davi, porém, vai contra Golias
em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem Golias têm
afrontado”, 1Sm.17.45, injuriado.
A afirmação e certeza de Davi é que “hoje
mesmo, o SENHOR [...] entregará Golias nas [...] mãos (de) Davi; ferir-te-ei,
tirar-te-ei a cabeça e os cadáveres do arraial dos filisteus darei, hoje mesmo,
às aves dos céus e às bestas-feras da terra; e toda a terra saberá que há Deus
em Israel”, 1Sm.17.46.
Davi venceu sem armas de guerra,
apenas confiando em Deus. Assim devemos agir diante dos nossos inimigos.
“[...] A nossa luta não é contra o
sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os
dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas
regiões celestes”, Ef.6.12.
Devemos ter como exemplo, Jesus que
enfrentou Satanás e a morte totalmente desprovido de seus atributos divinos.
Jesus, equipado apenas com a Palavra
de Deus, venceu todas as tentações de Satanás.
Confiando plenamente no Pai,
entregou a sua própria vida na cruz.
Foi o próprio Jesus que, “[...]
despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo,
triunfando deles na cruz”, Cl.2.15.
Jesus, “[...] por sua morte, destruiu
aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrou todos que, pelo
pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida”, Hb.2.14, 15.
A vitória de Davi foi com o objetivo
de “saberem toda [...] multidão que o SENHOR salva, não com espada, nem com
lança; porque do SENHOR é a guerra, e ele [...] entregou (Golias) nas [...] mãos”,
1Sm.17.47 de Davi.
No combate, “sucedeu que,
dispondo-se o filisteu a encontrar-se com Davi, este se apressou e, deixando as
suas fileiras, correu de encontro ao filisteu”, 1Sm.17.48 para provar que o
Senhor é o Senhor da guerra.
“Davi (sem espada, escudo e lança) meteu
a mão no alforje, e tomou dali uma pedra, e com a funda lha atirou, e feriu o
filisteu na testa [...]”, 1Sm.17.49.
“Davi [...] (com apenas uma) pedra
encravou na testa (de Golias), e ele caiu com o rosto em terra”, 1Sm.17.49 sem
precisar de auxílio do exército de Israel.
“Assim, (com o auxílio do Senhor) prevaleceu
Davi contra o filisteu, com uma funda e com uma pedra, e o feriu, e o matou;
porém não havia espada na mão de Davi”, 1Sm.17.50 para mostrar que só
conseguimos vencer com a ajuda de Deus.
Após a derrota imposta por Deus ao
gigante Golias, “[...] correu Davi, e, lançando-se sobre o filisteu, tomou-lhe
a espada, e desembainhou-a, e o matou, cortando-lhe com ela a cabeça [...]”, 1Sm.17.51.
Vencido “[...] o herói (dos) filisteus
que era morto [...] fugiram”, 1Sm.17.51, deixando a coragem, passaram a ser
medrosos.
Foi a partir daí que “[...] os
homens de Israel e Judá se levantaram, e jubilaram, e perseguiram os filisteus,
até Gate e até às portas de Ecrom. E caíram filisteus feridos pelo caminho, de
Saaraim até Gate e até Ecrom”, 1Sm.17.52 – faltava apenas um para comandar –
Davi, pois Saul já não tinha mais respeito.
Davi deu a oportunidade de “[...] os
filhos de Israel voltarem de perseguir os filisteus e lhes despojarem os
acampamentos”, 1Sm.17.53, antes impossível por causa do medo imposto em seus
corações.
“Tomou Davi a cabeça do filisteu e a
trouxe a Jerusalém; porém as armas dele pô-las Davi na sua tenda”, 1Sm.17.54,
dando por encerrado o livramento do rei medroso.
3 – O rei
ungido traz glória a seu pai.
O texto termina descrevendo uma
conversa entre o rei Saul e Abner, comandante do exército.
“Quando Saul viu sair Davi a
encontrar-se com o filisteu, disse a Abner, o comandante do exército: De quem é
filho este jovem, Abner? Respondeu Abner: Tão certo como tu vives, ó rei, não o
sei”, 1Sm.17.55.
Parece que “[...] Saul (estava
demente ou se fazendo) Davi [...] (havia) estado perante Saul (e fala o texto
que Saul) [...] o amou muito e o fez seu escudeiro”, 1Sm.16.21.
É mais certo que “[...] Abner, o
comandante do exército [...] não o sabia”, 1Sm.17.55, mas o rei abandonado por
Deus parecia brincar com os sentimentos.
“Disse o rei (insistindo na sua
demência – das pessoas e de Deus): Pergunta, pois, de quem é filho este jovem”,
1Sm.17.56 que estava para tomar o trono de Saul.
Até o momento em que “voltou Davi de
haver ferido o filisteu, Abner [...]”, 1Sm.17.57 não havia conseguido saber de
quem era filho Davi e apresentá-lo de modo adequado.
A solução na frente do rei foi “[...]
Abner [...] tomar Davi e o levar à presença de Saul [...]”, 1Sm.17.57.
“[...] Davi [...] trouxe na mão a
cabeça do filisteu”, 1Sm.17.57 como prova da sua valentia, temor e confiança em
Deus.
“Então, (coube a) Saul [...] perguntar
(a) Davi: De quem és filho, jovem? [...]”, 1Sm.17.58.
Saul recorre ao método bíblico de
apresentar os filhos.
Na Bíblia as pessoas são
apresentadas a partir do nome de seu pai: “[...] Saul, filho de Quis [...]”,
1Sm.10.11, “[...] Abner, filho de Ner [...]” 1Sm.26.14.
A linhagem familiar era muito importante
naquele tempo, no entanto, a família de Davi era praticamente desconhecida.
Por isso, a importância da pergunta:
“[...] de quem és filho, jovem? [...]”,
1Sm.17.58.
“[...] Respondeu Davi: Filho de teu
servo Jessé, belemita”, 1Sm.17.58.
Daí por diante, a raiz de Jessé
jamais seria esquecida.
Essa questão da honra da família foi
levantada com respeito a Jesus.
Jesus, “[...] chegando à Nazaré
[...] ensinava-os na sinagoga [...] (perguntaram:) Donde lhe vêm esta sabedoria
e estes poderes miraculosos? Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama
sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas?”, Mt.13.54, 55.
“[...] Jesus (perguntou a seus
discípulos) [...] quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és
o Cristo, o Filho do Deus vivo”, Mt.16.15, 16.
Saber e crer que Jesus é o unigênito
Filho de Deus é fundamental para a nossa salvação.
A missão de Jesus foi manifestar e
glorificar na terra o nome de seu Pai de modo que “[...] conheçam o Pai, o
único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviou”, Jo.17.3.
E quando a obra de Jesus estiver
cumprida, “[...] então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai,
quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder”,
1Co.15.24.
Conclusão: Davi
foi escolhido por Deus para reinar em Israel.
Ele mostrou no modo como socorreu
Saul em sua angústia e desespero.
Demonstrou quando enfrentou com
confiança no Senhor o desafio de Golias e o venceu, trazendo alegria para o
povo de Israel.
Mostrou em seus atos trazendo honra
a seu pai.
Tudo isso prefigurava Jesus, o
ungido de Deus para a nossa redenção.
Jesus é quem traz o verdadeiro e
definitivo alívio de nossas aflições.
Jesus enfrentou a morte e a venceu
para salvar o seu povo.
Cada a cada um de nós expandir o
reino de Deus para que toda a terra honre e glorifique o nome de Deus-Pai.
Aplicação: A presença de Cristo em sua
vida tem produzido os sinais da redenção?
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