segunda-feira, 11 de março de 2019

Tt.3.4-7 - O BATISMO COMO SELO DA REGENERAÇÃO.


O BATISMO COMO SELO DA REGENERAÇÃO, Tt.3.4-7.

Introd.:           O batismo simboliza nossa comunhão com Cristo após termos sido regenerados pelo sangue remidor do Cordeiro de Deus da aliança.
            Os benefícios da aliança como o Senhor nos confirma e, desse modo, somos fortalecidos e nutridos com uma prova concreta da execução das promessas redentoras.
            Uma aliança estabelece exigências que devem ser cumpridas, portanto, o batismo se apresenta como uma reafirmação de nossas responsabilidades diante do Deus que nos agracia com a salvação em Cristo Jesus, nosso Senhor.
1 – O que é batismo?
            O Catecismo Maior de Westminster.
            O que é Batismo?
            Batismo é um sacramento no Novo Testamento no qual Cristo ordenou a lavagem com água “[...] em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”, Mt.28.19, para ser um sinal e selo da nossa união com Ele, “porque todos quantos foram batizados em Cristo de Cristo (se) [...] revestiu”, Gl.3.27;
            Da “[...] remissão de pecados (após a) pregação (do) batismo de arrependimento [...]”, Mc.1.4, “[...] da parte de Jesus Cristo [...]”, Ap.1.5;
            Da regeneração pelo seu Espírito, “não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”, Tt.3.5;
            Da adoção porque “[...] todos nós somos filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus”, Gl.3.26;
            Da ressurreição para a vida eterna “porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição”, Rm.6.5;
            Precisamos saber que por Jesus os batizandos são solenemente admitidos à Igreja visível, mesmo porque, “[...] em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito”, 1Co.12.13;
            Os batizandos entram em um comprometimento público, professando pertencer inteira e unicamente ao Senhor.
            O “[...] batismo (simboliza a) remissão dos nossos pecados [...]”, At.2.38.
            O amor de Deus por nós para nos conduzir ao batismo “não (é) por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”, Tt.3.5, somos então purificados para Deus.
            O batismo significa a união do crente com “[...] Cristo, (porque ele) é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”, 2Co.5.17.
            A união com Cristo nos confere sustento, isto porque, “Jesus (é) a videira, nós, os ramos. Quem permanece em Jesus, e Jesus, nele, esse dá muito fruto; porque sem Jesus nada podeis fazer”, Jo.15.5.
2 – A regeneração simbolizada no batismo.
            A vida que o batismo nos comprova é a vida eterna que os crentes desfrutam “porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição”, Rm.6.5.
            A vida eterna é “Ele (Jesus) nos dando vida, estando nós mortos nos nossos delitos e pecados”, Ef.2.1.
            Precisamos saber que é somente “[...] pela graça (que) somos salvos, mediante a fé; e isto não vem de nós; é dom de Deus”, Ef.2.8.
            Somos recebidos por “[...] Deus (como) prova (do) [...] seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”, Rm.5.8.
            Todo aquele que “[...] ouve a [...] palavra (de) Jesus e crê naquele (Pai) que o enviou tem a vida eterna [...]”, Jo.5.24, logo, ele participa com fidelidade na administração dos sacramentos que nos comunicam essas verdades eternas.
            Jesus é descrito no evangelho de João como “aquele [...] que (dá de) beber da água [...] (para) nunca mais ter sede [...] (e como) o pão da vida; o que vem a Jesus jamais terá fome [...]”, Jo.4.14; 6.35, para a vida eterna, símbolos comparáveis aos sacramentos instituídos pelo Senhor.
            A nossa regeneração, acontecida “[...] depois que ouvimos a palavra da verdade, o evangelho da nossa salvação, tendo nele (Jesus) também crido, fomos selados com o Santo Espírito da promessa”, Ef.1.13, simboliza em nós o batismo.
            O mesmo Deus “[...] nos deu vida juntamente com ele (Jesus), perdoou todos os nossos delitos”, Cl.2.13.
            [...] Perdoar [...]”, Cl.2.13, demonstra que o perdão ocorreu uma única vez com benefícios para a eternidade.
            O perdão de pecados tem sua base na justiça de Cristo Jesus, porque ele satisfez a todas as exigências da lei.
            O próprio Deus, em Cristo Jesus, é o único que pode “[...] cancelar o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz”, Cl.2.14.
            O verbo “[...] cancelar [...]”, Cl.2.14, possui o mesmo sentido básico de perdoar, caracteriza algo que foi realizado de uma vez por todas.
            É bom ressaltar que a nossa dívida não foi meramente cancelada no sentido de ter sido simplesmente abolida, tampouco “[...] o escrito de dívida [...]”, Cl.2.14, foi rasgado como se faz com uma nota promissória.
            A dívida foi extinta por Deus, mediante o sacrifício substitutivo de Jesus Cristo em nosso favor.
            A extinção da dívida aconteceu “quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos”, Tt.3.4.
            É bom lembrar que “não (foi) por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”, Tt.3.5.
            Cancelar e perdoar se dá pelo motivo de “[...] Jesus (ser) o cabeça de todo principado e potestade”, Cl.2.10, sendo a autoridade suprema sobre todos os poderes do mal.
            Somente Jesus tem poder para “[...] despojar os principados e as potestades, publicamente os expondo ao desprezo, triunfando deles na cruz”, Cl.2.15.
            Veja que, Deus nos “[...] dando vida juntamente com Jesus ele, perdoou todos os nossos delitos [...] cancelou o escrito de dívida, que era contra nós [...] removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz”, Cl.2.13, 14.
            Devemos saber que “quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”, Tt.3.4, 5.
     Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido”, Gl.3.13, 14.
            Nesse lugar de sofrimento, a cruz, a verdadeira vida nos é comunicada pelo batismo para todos os que creem.
            A vida que temos em Jesus é confirmada pelo batismo.
3 – O batismo e seus benefícios.
            O batismo é o selo que garante a nossa salvação, o qual funciona como representante simbólica da regeneração efetuada por Cristo na cruz.
            O batismo é evidência da mortificação da nossa carne em Jesus, bem como nossa nova vida nele.
            Paulo trata a respeito desse assunto quando escreveu aos romanos dizendo que “fomos [...] sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida [...] fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição [...] foi crucificado com Jesus o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos”, R.6.4-6.
            [...] No batismo, juntamente com Jesus [...] fomos ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos”, Cl.2.12.
            Sabemos que foi o próprio “[...] Deus (que) nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador”, Tt.3.6.
            Um dos benefícios do batismo é que “[...] todos [...] são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos foram batizados em Cristo de Cristo [...] (se) revestiu”, Gl.3.26, 27.
            Cristo é o mediador que nos reconcilia com o Pai. É Jesus que, através do batismo, nos comunica os benefícios da justificação, pois “o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação”, Rm.4.25.
            É “[...] por meio de Jesus Cristo [...] (que) todo aquele que nele crê recebe remissão de pecados”, At.10.43.
            Através do “[...] Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”, 1Pe.1.3.
            A afirmação pública diante dos homens acontece porque “[...] temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas [...] (por isso devemos) olhar firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus [...]”, Hb.12.1, 2.
            Catecismo Maior – Como devemos tirar proveito do nosso batismo?
            Ao ser “[...] sepultado com ele (Jesus) na morte pelo batismo [...] (devemos) andar nós em novidade de vida”, Rm.6.4.
            E, sendo “[...] crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos”, Rm.6.6.
            Sendo “assim [...] (precisamos) nos considerar mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus”, Rm.6.4.11.
            A finalidade: “a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna”, Tt.3.7.
            Todo aquele que “[...] for unido com ele na semelhança da sua morte, certamente, o será também na semelhança da sua ressurreição”, Rm.6.5, e daí, vida eterna.
            Deve ficar gravado em nosso coração que, depois de “[...] libertados do pecado, transformados em servos de Deus, temos o nosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna”, Rm.6.22.
Conclusão:      O batismo foi instituído por Cristo como sinal e selo de nossa união com ele, e também nos comunica o fato de que fomos remidos e regenerados pelo seu Espírito.
            Em consequência desses benefícios, seguem-se a adoção de filhos e a vida eterna.
            De nossa parte, reafirmamos nosso compromisso de pertencer e obedecer unicamente ao Senhor que, ao entregar-se em nosso lugar, nos concede dádivas imerecidas.
Aplicação:       Sua vida reflete o fato de você ter sido batizado e de ter recebido o selo da regeneração?


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – O batismo e a Ceia do Senhor – Palavra Viva – Rev. Christian Brially Tavares de Medeiros – ECC.

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