O BATISMO COMO SELO DA REGENERAÇÃO, Tt.3.4-7.
Introd.: O batismo simboliza nossa comunhão
com Cristo após termos sido regenerados pelo sangue remidor do Cordeiro de Deus
da aliança.
Os
benefícios da aliança como o Senhor nos confirma e, desse
modo, somos fortalecidos e nutridos com uma prova concreta da execução
das promessas redentoras.
Uma
aliança estabelece exigências que devem ser cumpridas, portanto, o batismo
se apresenta como uma reafirmação de nossas responsabilidades
diante do Deus que nos agracia com a salvação em Cristo
Jesus, nosso Senhor.
1 – O que é batismo?
O
Catecismo Maior de Westminster.
O
que é
Batismo?
Batismo
é um sacramento no Novo Testamento no qual Cristo ordenou a
lavagem com água “[...] em nome do Pai,
e do Filho, e do Espírito Santo”, Mt.28.19, para ser um sinal e selo da
nossa união com Ele, “porque todos
quantos foram batizados em Cristo de Cristo (se) [...] revestiu”, Gl.3.27;
Da
“[...] remissão de pecados (após a) pregação
(do) batismo de arrependimento [...]”, Mc.1.4, “[...] da parte de Jesus Cristo [...]”, Ap.1.5;
Da
regeneração pelo seu Espírito, “não por
obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos
salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”,
Tt.3.5;
Da adoção porque
“[...] todos nós somos filhos de Deus
mediante a fé em Cristo Jesus”, Gl.3.26;
Da
ressurreição para a vida eterna “porque,
se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos
também na semelhança da sua ressurreição”, Rm.6.5;
Precisamos
saber que por Jesus os batizandos são solenemente admitidos à Igreja visível,
mesmo porque, “[...] em um só Espírito,
todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos,
quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito”, 1Co.12.13;
Os
batizandos entram em um comprometimento público, professando pertencer inteira
e unicamente ao Senhor.
O
“[...] batismo (simboliza a) remissão
dos nossos pecados [...]”, At.2.38.
O
amor de Deus por nós para nos conduzir ao batismo “não (é) por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua
misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do
Espírito Santo”, Tt.3.5, somos então purificados para Deus.
O
batismo significa a união do crente com “[...]
Cristo, (porque ele) é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se
fizeram novas”, 2Co.5.17.
A
união com Cristo nos confere sustento, isto porque, “Jesus (é) a videira, nós, os ramos. Quem permanece em Jesus, e Jesus,
nele, esse dá muito fruto; porque sem Jesus nada podeis fazer”, Jo.15.5.
2 – A regeneração simbolizada
no batismo.
A
vida que o batismo nos comprova é a vida eterna que os crentes desfrutam “porque, se fomos unidos com ele na semelhança
da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição”,
Rm.6.5.
A
vida eterna é “Ele (Jesus) nos dando vida,
estando nós mortos nos nossos delitos e pecados”, Ef.2.1.
Precisamos
saber que é somente “[...] pela graça (que)
somos salvos, mediante a fé; e isto não vem de nós; é dom de Deus”,
Ef.2.8.
Somos
recebidos por “[...] Deus (como) prova (do)
[...] seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós,
sendo nós ainda pecadores”, Rm.5.8.
Todo
aquele que “[...] ouve a [...] palavra (de)
Jesus e crê naquele (Pai) que o enviou tem a vida eterna [...]”, Jo.5.24,
logo, ele participa com fidelidade na administração dos sacramentos que nos
comunicam essas verdades eternas.
Jesus
é descrito no evangelho de João como “aquele
[...] que (dá de) beber da água [...] (para) nunca mais ter sede [...] (e como)
o pão da vida; o que vem a Jesus jamais terá fome [...]”, Jo.4.14; 6.35,
para a vida eterna, símbolos comparáveis aos sacramentos instituídos pelo
Senhor.
A
nossa regeneração, acontecida “[...]
depois que ouvimos a palavra da verdade, o evangelho da nossa salvação, tendo
nele (Jesus) também crido, fomos selados com o Santo Espírito da promessa”,
Ef.1.13, simboliza em nós o batismo.
O
mesmo Deus “[...] nos deu vida
juntamente com ele (Jesus), perdoou todos os nossos delitos”, Cl.2.13.
“[...] Perdoar [...]”, Cl.2.13, demonstra
que o perdão ocorreu uma única vez com benefícios para a eternidade.
O
perdão de pecados tem sua base na justiça de Cristo Jesus, porque ele satisfez
a todas as exigências da lei.
O
próprio Deus, em Cristo Jesus, é o único que pode “[...] cancelar o escrito de dívida, que era contra nós e que
constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente,
encravando-o na cruz”, Cl.2.14.
O
verbo “[...] cancelar [...]”,
Cl.2.14, possui o mesmo sentido básico de perdoar, caracteriza algo que foi
realizado de uma vez por todas.
É
bom ressaltar que a nossa dívida não foi meramente cancelada no sentido de ter
sido simplesmente abolida, tampouco “[...]
o escrito de dívida [...]”, Cl.2.14, foi rasgado como se faz com uma
nota promissória.
A
dívida foi extinta por Deus, mediante o sacrifício substitutivo de Jesus Cristo
em nosso favor.
A
extinção da dívida aconteceu “quando,
porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para
com todos”, Tt.3.4.
É
bom lembrar que “não (foi) por obras de
justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou
mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”, Tt.3.5.
Cancelar
e perdoar se dá pelo motivo de “[...] Jesus
(ser) o cabeça de todo principado e potestade”, Cl.2.10, sendo a
autoridade suprema sobre todos os poderes do mal.
Somente
Jesus tem poder para “[...] despojar os
principados e as potestades, publicamente os expondo ao desprezo, triunfando
deles na cruz”, Cl.2.15.
Veja
que, Deus nos “[...] dando vida
juntamente com Jesus ele, perdoou todos os nossos delitos [...] cancelou o
escrito de dívida, que era contra nós [...] removeu- o inteiramente, encravando-o
na cruz”, Cl.2.13, 14.
Devemos
saber que “quando, porém, se manifestou
a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por
obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos
salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”,
Tt.3.4, 5.
“Cristo
nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar
(porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), para
que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que
recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido”, Gl.3.13, 14.
Nesse
lugar de sofrimento, a cruz, a verdadeira vida nos é comunicada pelo batismo
para todos os que creem.
A
vida que temos em Jesus é confirmada pelo batismo.
3 – O batismo e seus
benefícios.
O
batismo é o selo que garante a nossa salvação, o qual funciona como
representante simbólica da regeneração efetuada por Cristo na cruz.
O
batismo é evidência da mortificação da nossa carne em Jesus, bem como nossa
nova vida nele.
Paulo
trata a respeito desse assunto quando escreveu aos romanos dizendo que “fomos [...] sepultados com ele na morte pelo
batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do
Pai, assim também andemos nós em novidade de vida [...] fomos unidos com ele na
semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua
ressurreição [...] foi crucificado com Jesus o nosso velho homem, para que o
corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos”,
R.6.4-6.
“[...] No batismo, juntamente com Jesus [...]
fomos ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os
mortos”, Cl.2.12.
Sabemos
que foi o próprio “[...] Deus (que) nos
salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele
derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador”,
Tt.3.6.
Um
dos benefícios do batismo é que “[...]
todos [...] são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos
quantos foram batizados em Cristo de Cristo [...] (se) revestiu”,
Gl.3.26, 27.
Cristo
é o mediador que nos reconcilia com o Pai. É Jesus que, através do batismo, nos
comunica os benefícios da justificação, pois “o
qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da
nossa justificação”, Rm.4.25.
É
“[...] por meio de Jesus Cristo [...]
(que) todo aquele que nele crê recebe remissão de pecados”, At.10.43.
Através
do “[...] Deus e Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma
viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”,
1Pe.1.3.
A
afirmação pública diante dos homens acontece porque “[...] temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas [...]
(por isso devemos) olhar firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus
[...]”, Hb.12.1, 2.
Catecismo
Maior – Como devemos tirar proveito do nosso batismo?
Ao
ser “[...] sepultado com ele (Jesus) na
morte pelo batismo [...] (devemos) andar nós em novidade de vida”,
Rm.6.4.
E,
sendo “[...] crucificado com ele o
nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o
pecado como escravos”, Rm.6.6.
Sendo
“assim [...] (precisamos) nos considerar
mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus”, Rm.6.4.11.
A
finalidade: “a fim de que, justificados
por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna”,
Tt.3.7.
Todo
aquele que “[...] for unido com ele na
semelhança da sua morte, certamente, o será também na semelhança da sua ressurreição”,
Rm.6.5, e daí, vida eterna.
Deve
ficar gravado em nosso coração que, depois de “[...]
libertados do pecado, transformados em servos de Deus, temos o nosso fruto para
a santificação e, por fim, a vida eterna”, Rm.6.22.
Conclusão: O batismo foi instituído por Cristo como
sinal e selo de nossa união com ele, e também nos comunica o fato de que fomos
remidos e regenerados pelo seu Espírito.
Em
consequência desses benefícios, seguem-se a adoção de filhos e a vida eterna.
De
nossa parte, reafirmamos nosso compromisso de pertencer e obedecer unicamente
ao Senhor que, ao entregar-se em nosso lugar, nos concede dádivas imerecidas.
Aplicação: Sua vida reflete o fato de você ter sido
batizado e de ter recebido o selo da regeneração?
Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana
para E.D. – O batismo e a Ceia do Senhor – Palavra Viva – Rev. Christian
Brially Tavares de Medeiros – ECC.
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