quarta-feira, 25 de abril de 2018

1Jo.1-2.6 - A VERDADEIRA ESPIRITUALIDADE.


A VERDADEIRA ESPIRITUALIDADE, 1Jo.1-2.6.



Objetivo:         Conhecer e viver a verdadeira espiritualidade.

Nar.:    João testemunha e anuncia a vida eterna.

            Não é possível datar com precisão a primeira carta de João.

            É provável que foi escrita entre os anos 80 a 90 d.C., na cidade de Éfeso, pelo apóstolo João.

            Provável que João mudou-se para Éfeso à época da Guerra Judaica (66-70 d.C.) – testemunho de Polícrates, bispo de Éfeso.

            Ele escreveu aos crentes da sua época, com o objetivo de motivá-los a enfrentar o falso ensino.

            Os falsos mestres questionavam a pessoa e a obra de Jesus bem como a segurança da salvação daqueles que criam no Filho de Deus.

            Três motivos para estudar a primeira carta de João:

            1 – Ela nos ensina a melhorar a nossa comunhão íntima e pessoal com Deus e, consequentemente, aumentar o amor pelos nossos irmãos;

            2 – Ela nos instrui quanto a ter convicções doutrinárias sólidas a respeito da pessoa de Deus (Trindade), da identidade do cristão e da conduta que agrada a Deus;

            3 – Ela nos fornece critérios para podermos avaliar e rejeitar o falso ensino, bem como identificar aqueles que se dizem filhos de Deus, mas na realidade não são.

            Rev. Augustus Nicodemus Lopes fala de três testes para saber se você é falso cristão ou falso mestre:

            1 – O teste de uma vida santa – teste moral;

            2 – O teste do amor ao irmão (teste social);  

            3 – O teste da verdade sobre a pessoa de Jesus – teste doutrinário.

            Warren W. Wiersbe fala de dois testes:

            1 – O teste da verdadeira comunhão: Deus é luz, cap. 1-2;

            2 – O teste da verdadeira filiação: Deus é amor – cap. 3-5.

            A verdadeira espiritualidade fala que devemos ser [...]

1 – Introduzidos à comunhão.

            João inicia a carta de forma objetiva e direta.

            João dispensa apresentações e saudações.

            Há três pontos importantes que precisam ser destacados aqui:

            1 – A autoridade do autor.

            João era um dos doze apóstolos de Jesus.

            João fala sobre “o que era desde o princípio (Jesus Cristo, “[...] antes que Abraão existisse, EU SOU”, Jo.8.58) [...]”, 1Jo.1.1 “[...] Jesus (que) é o primeiro e o último [...] aquele que vive pelos séculos dos séculos, o mesmo que criou o céu, a terra, o mar e tudo quanto neles existe [...]”, Ap.1.17; 10.6.

            João, o apóstolo declara sobre “[...] o que temos (12) ouvido (durante o ministério terreno de Jesus), o que temos visto com os nossos próprios olhos (milagres, mortos ressuscitados, vidas transformadas), o que contemplamos (pesca maravilhosa, andar sobre o mar, morte, sofrimento, ressurreição, assunção), e as nossas mãos apalparam (sentir, andar juntos, dormir, tomar as refeições), com respeito ao Verbo da vida (Jesus, o Filho de Deus)”, 1Jo.1.1.

            João anuncia sobre o que “([...] a vida se manifestou (em seu tempo, no meio deles, a fim de lhes mostrar o poder de Deus) [...]”, 1Jo.1.2.

            2 – O anúncio do autor.

            Quando ele menciona que “[...] e nós (12) [...] temos visto [...] a vida (de Jesus), e dela damos testemunho, e vos anunciamos [...]”, 1Jo.1.2, ele aponta para a autoridade de um apóstolo que conviveu junto, ao lado, testificou as obras do Mestre Jesus que envolvia testemunho e proclamação.

            Ou seja, o “[...] anúncio (dos 12 é sobre) [...] a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada (através do Seu Filho Jesus)”, 1Jo.1.2.

            3 – O objetivo do autor.

            É por este motivo que João fala que “o que temos (12) visto e ouvido anunciamos também a vós outros (até nossos dias), para que nós, igualmente, mantenhamos comunhão conosco (igreja atual) [...]”, 1Jo.1.3.

            Daí ele conclama que “[...] a nossa comunhão (associação, relacionamento) é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo”, 1Jo.1.3, o qual teve experiência real, sob a autoridade de um apóstolo.

            Todas “estas coisas (que João presenciou, participou), pois, nos escreveu para que a nossa alegria seja completa”, 1Jo.1.4 em Jesus Cristo devido a nossa salvação.

            João proclama o evangelho com o propósito de que eu e você “[...] [...] mantenha comunhão conosco [...] (comunhão horizontal e a comunhão vertical) com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo”, 1Jo.1.3.

            E o resultado dessa comunhão é para que tenhamos “[...] alegria [...] completa”, 1Jo.1.4 e perfeita.

            A verdadeira espiritualidade fala que devemos [...]

2 – Preservar a comunhão.

            João nos apresenta três lições importantes:

            1 – A origem da mensagem.

            Ora, a mensagem (não é do apóstolo) [...] (veio) da parte dele [...]”, 1Jo.1.5 de “[...] Jesus [...] (que) é a luz do mundo; quem (o) [...] segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida”, Jo.8.12.

            2 – O conteúdo da mensagem.

            É somente aquela que “[...] temos ouvido e [...] anunciamos é esta: que Deus é luz [...]”, 1Jo.1.5 que dissipa todo pecado, todo mal.

            3 – A aplicação da mensagem.

            Devemos entender que “[...] não há (em) Jesus treva nenhuma”, 1Jo.1.5, portanto, os nossos pecados serão denunciados e logo precisamos de conserto, mudança, renovação.

            A pureza de Deus denuncia os nossos pecados, pois a luz e as trevas não podem coexistir porque “[...] não há (em) Jesus treva nenhuma”, 1Jo.1.5.

            Três mentiras relacionadas ao pecado.

            São ensinos falsos difundidos pelos hereges (contrário) gnósticos (conhecimento) de sua época.

            Estas mesmas ideias ainda são ensinadas hoje e precisam ser combatidas.

            1 – Eu posso viver no pecado e ter comunhão com Deus.

            A resposta de João é simples e clara: “Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade”, 1Jo.1.6.

            Não “[...] pode haver sociedade entre a justiça e a iniquidade (não reconhece o direito de cada um, em não ser correto, ser perverso) [...] (nem mesmo) comunhão, da luz com as trevas [...]”, 2Co.6.14.

            É verdade quando a Bíblia fala “[...] que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as nossas iniquidades fazem separação entre nós e o nosso Deus; e os nossos pecados encobrem o seu rosto de nós, para que nos não ouça”, Is.59.1, 2.

            Há muitos que se dizem cristãos ou evangélicos hoje e continuam na prática de vários pecados, achando que isto é normal e não prejudica o seu relacionamento com Deus. Grave engano!

            Por este motivo, “se, porém, andarmos na luz, como ele (Deus) está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado”, 1Jo.1.7.

            A outra ideia é que [...]

            2 – Eu não sou pecador.

            Os gnósticos ensinavam que não temos pecado ou não há pecado inerente (ligado de forma inseparável) à natureza humana.

            João responde dizendo que, “se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós”, 1Jo.1.8. 

            João reafirma o ensino bíblico de que o homem é pecador por natureza, porque “nós nascemos na iniquidade, e em pecado nos concebeu nossa mãe”, Sl.51.5.

            Por isso, “todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer”, Rm.3.12.

            Precisamos saber que é “[...] de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem”, Mc.7.21-23.

            Por este motivo se faz necessário “se confessarmos os nossos pecados, ele (Deus) é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”, 1Jo.1.9.

            A outra ideia deste mundo é que [...]

            3 – Eu não tenho cometido pecados.

            Essa é a mais grave heresia dos gnósticos em negar que pecamos na prática.

            A resposta bíblica é “se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo (Deus) mentiroso, e a sua palavra não está em nós”, 1Jo.1.10.

            A verdade é que “todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer”, Sl.14.3.

            Logo, João nos chamando de “filhinhos seus, (fala sobre) estas coisas (que) nos escreve para que não pequemos. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”, 1Jo.2.1.

            Devemos entender que “todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele (Jesus) a iniquidade de nós todos”, Is.53.6.

Aplicações práticas.

            Cada cristão deve ser honesto consigo mesmo, com os outros e com Deus.

            Todo ensino que nega a realidade do pecado humano é falso e mentiroso.

            A verdadeira espiritualidade aponta três atitudes para com o pecado.

            1 – Andar na luz.

            Quando fomos alcançados por Deus, como “[...] raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus [...] (na verdade Deus) nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”, 1Pe.2.9.

            Sendo assim, “[...] nós todos somos filhos da luz [...]”, 1Ts.5.5, logo, devemos “[...] andar como filhos da luz”, Ef.5.8.

            É por este motivo que João declara que, “se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado”, 1Jo.1.7.

            A outra atitude para com o pecado é:

            2 – Confessar os pecados cometidos.

            A atitude correta do cristão com o pecado é o seu reconhecimento, confissão e abandono.

            Aquele que tenta esconder os seus pecados não terá sucesso na vida espiritual, mas “se confessarmos os nossos pecados, ele (Deus) é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”, 1Jo.1.9.

            Mas, “o que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia”, Pv.28.13.

            A terceira atitude é:

            3 – Não pecar.

            Foi por este motivo que João “[...] nos escreveu [...] estas coisas [...] para que não pequemos. (Mas infelizmente caímos) se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”, 1Jo.2.1.

            O crente mesmo cometendo pecado, tem a certeza que “[...] ele (Jesus) é a propiciação (ato realizado para aplacar a ira de Deus. No A.T. realizada por meio dos sacrifícios) pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro”, 1Jo.2.2.

            Quando peca, o crente prejudica a sua comunhão com Deus, mas não perde a condição de filho de Deus.

Aplicações práticas.

            Aprendemos que podemos esconder ou confessar e vencer o pecado.

            Confessar o pecado é dizer sobre ele a mesma coisa que Deus diria sobre tal transgressão.          

            O verdadeiro cristão é aquele que luta para não pecar.

            A verdadeira espiritualidade [...]

Conclusão:      Guarda os mandamentos.

            Ora, sabemos que [...] temos conhecido Jesus por isto: se guardamos os seus mandamentos”, 1Jo.2.3 haverá recompensa espiritual a cada um de nós.

            João fala sobre “aquele que diz: Eu o conheço (professa a fé, batiza) e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade”, 1Jo.2.4.

            Entretanto, aquele, que guarda a sua palavra (no coração), nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado (perfeito, completo) o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele”, 1Jo.2.5 para adorá-Lo.

            É por este motivo que “aquele que diz que permanece nele (em Jesus), esse deve também andar assim como ele andou”, 1Jo.2.6 “[...] em novidade de vida”, Rm.6.4.

            Lute em favor da sua verdadeira espiritualidade.





            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – A verdadeira espiritualidade – 1, 2 e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3.

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