sábado, 12 de setembro de 2015

IN – DEPENDENTE

IN – DEPENDENTE
            Meses depois do Grito do Fico, no dia 07 de setembro de 1822, Dom Pedro foi aclamado imperador do Brasil com o título de Dom Pedro I. Com esse ato, o próprio imperador, com todos os brasileiros, deram por encerrada a governabilidade de Portugal sobre o país independente.
            A história mostra que não é muito aconselhável lutar, sofrer e padecer em prol da nação. Algum tempo depois os mesmos que incentivaram Dom Pedro I a assumir o cargo de chefe de estado, o forçaram a passar essa responsabilidade para seu filho, Dom Pedro II. Dessa forma aconteceu com outros heróis deste solo.
            É um grande engano pensar que os costumes mudaram, que houve melhora e sustentabilidade para o necessitado, que os impostos foram reduzidos, que a saúde, segurança, moradia e educação tenham progredido. Pensar que a malandragem dos políticos em satisfazer o ego foi desfeita.
            Só mudou a cara, a feição, mas os atos são iguais ou piores que os anteriores à independência. O Brasil é um país de fato In – Dependente? Se olharmos insistentemente para as regras dos países mais ricos do mundo, da soberania bélica americana, dos desvios de verbas públicas, dos mensalões, dos petrolões e das falsas políticas públicas, sinceramente, essas terras ainda continuam ‘Dependentes’ dos políticos, dos grandes empresários, dos traficantes e dos policiais corruptos.
            Será que compensa continuar enfrentando, sofrendo e pagando muitas vezes com a própria vida em favor da honestidade, da melhoria das condições habitáveis deste povo?  
            Ao olhar para todo esse emaranhado de problemas que existe deste o descobrimento do Brasil, acha-se vários conselhos de Deus registrado nas Santas Escrituras para o seu povo.
            Um de grande relevância está relacionado a este mundo é que “não sofra, porém, nenhum do (povo de Deus) [...] como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem; mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome” (1Pe 4.15, 16).
            O desejo de Deus para os corações é que todos seus filhos possam agir de forma a dar preferência ao nome do Soberano Senhor Jesus. Essa honra é cobrada porque “[...] Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome (Jesus) que está acima de todo nome” (Fp 2.9).
            Essa homenagem se dá através dos atos que cada um faz durante a sua permanência neste mundo. O texto diz que nenhum daqueles que foram alcançados pela graça salvadora deve “[...] sofrer [...] como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem [...]” (1Pe 4.15, 16). Entre outras palavras, isso quer dizer que aqueles que são “[...] peregrinos e forasteiros [...]” (1Pe 2.11) em hipótese alguma podem se envolver nas tramas das falcatruas, ainda que seja com um leve pensamento.
            Estes não podem planejar, incentivar ou apoiar roubos, furtos, desvios de verbas públicas ou privadas. É vedado também o modo de pensar, sentir e agir com o intuito de fazer ou levar amigos, parentes ou mesmo desconhecidos a praticarem malefícios contra o seu próximo.
            Além destes pecados, biblicamente falando, existem vários outros que são igualmente condenáveis. Mas ainda neste texto, o autor é categórico em dizer que você “não sofra [...] como quem se intromete em negócios de outrem [...]” (1Pe 4.15, 16) ou melhor, deixe o outro cuidar da própria vida e cuide melhor da sua, caso contrário, você irá influenciar outros a praticarem males que são inaceitáveis perante a face de Deus. É certo que quem cuidar em andar nestes deveres terá menos possibilidade de sofrer inutilmente.
            Sabedor que todos neste “[...] mundo, passam por aflições [...]” (Jo 16.33) não convém sofrer por uma causa injusta, sem valor e sem esperança de um futuro melhor. Conforme o apóstolo Pedro é bem melhor “[...] sofrer como cristão [...]” (1Pe 4.16).
            É melhor sofrer dentro de um lar por ser tachado de crente bobo, que não sabe se divertir, não se mistura com aqueles que se embrenham noite à dentro nas festanças, bebedices e orgias (farra) de toda sorte.
            É bem melhor “[...] como cristão, não se envergonhar disso; antes, glorifique a Deus com esse nome” (1Pe 4.16) porque o povo brasileiro ainda continua ‘In – Dependente’ dos vícios de toda espécie, dos amigos que querem o seu mal, de aproveitadores oportunistas e principalmente do próprio diabo.
            Que fique o alerta! Seja Independente deste mundo mal e olhe para o “Senhor [...] (porque dEle) depende o seu espírito; portanto, (peça a Ele para) restaurar-lhe a saúde e fazer-lhe viver” (Is 38.16).
Rev. Salvador P. Santana

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