A IGREJA SECTÁRIA, 1Co.1.10-17.
Introd.: Já pensou
no motivo entre os que professam a fé reformada, há falta de consenso sobre um
ou outro assunto?
Há quem não tolere o uso de bateria
na igreja e outros que não se incomodam com ela.
Há quem não tolere o canto de outra
coisa que não sejam os Salmos, e outros aceitam hinos e até cânticos.
As diferenças sendo bem
administradas, podemos andar juntos.
Quando não há mais entendimento,
aparecem as divisões.
As
divisões surgidas no meio protestante histórico brasileira fez uso de pequenos
problemas como pretexto.
Igrejas foram divididas por razões
políticas e até desentendimentos familiares.
Há um grupo de igrejas que insiste
em se identificar como evangélico e não liga muito para essas questões.
Muitas igrejas ensinam que a
salvação não depende apenas de Jesus (nós temos de fazer nossa parte também),
obedecer ao ensino de alguém como se essa pessoa possuísse a mesma autoridade
da Bíblia.
Nesse caso, não temos denominações,
e sim seitas, pois travestidas de cristianismo, essa organizações negam seus
fundamentos.
I – O que é uma denominação?
Grupo de
pessoas que comunga os mesmos princípios.
Ainda que
não concordem em assuntos periféricos, respeitam-se a partilham os mesmos
princípios doutrinários.
Há um
nome, uma estrutura e doutrinas comuns.
Quem faz
parte de uma denominação professa seu sistema doutrinário e de governo.
Denominações cristãs reconhecem os princípios cristãos
fundamentais, divergem em pontos que não são essenciais.
Quando os
pontos básicos do cristianismo são questionados, não é possível caminhar
irmanados. O foco de diferenças assim é teológico.
As igrejas
evangélicas não consideram a ICAR uma denominação. Ela mesma afirma não haver
salvação em outra igreja.
II – O que é uma igreja sectária?
É uma
igreja que abraçou os princípios de uma seita (grupo que se separa de um grupo
maior escolhendo seus próprios princípios).
Às vezes é
um grupo menor dentro de um grupo maior, esperando a hora certa para ganhar
força e dominá-lo.
Exemplo:
Em uma igreja, um grupo de irmãos começa a se reunir informalmente para ler a
Bíblia, orar, cantar e assistir a vídeos de um pregador famoso.
Eles
permanecem vinculados à igreja na qual estão arrolados, querem exercitar uma
vida de maior comunhão.
O grupo
cresce e quando certo número tem um maior comprometimento, alugam um espaço e
saem da virtualidade para a realidade.
A
principal característica de uma seita: Ser parasita. Ela nutre da igreja e se
volta contra ela.
Quem
professa uma seita, acredita que apenas ela está certa. Acreditam que apenas
eles estão salvos e a sua seita é a dona das chaves das portas dos céus.
Algumas
seitas: ICAR, IURD, IMPD, IIGD, Voz da Verdade, Testemunhas de Jeová,
Igreja do Sétimo Dia, Tabernáculo da Fé, Igreja de Deus no Brasil, Igreja
Local, A Igreja de Deus do Sétimo Dia, Igreja Pentecostal Unida, Igreja da
Cientologia – ciência exata do pensamento, Mórmons, Meninos de Deus –
importância ao sexo.
III – Qual foi a primeira seita cristã?
A Bíblia fala de muitas heresias (partidos ou facções).
Jesus
repreende a igreja de Pérgamo “[...] que sustentou a doutrina de Balaão, o qual ensinava a
Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas
sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição”, Ap.2.14.
Um grupo
que prejudicou muito a igreja desde seus primeiros anos foi os judaizantes.
O “[...] ensino (desses) indivíduos
(judaizantes – gentios converter ao judaísmo – era que:) Se não [...] (praticar
a) circuncisão segundo o costume de Moisés, não podem ser salvos”, At.15.1.
Os
judaizantes deram muito trabalho à Paulo.
Esses “[...] judeus dissimularam (fingiram)
com (Paulo), a ponto de o próprio Barnabé ter-se deixado levar pela
dissimulação (fingimento, seduzido) deles”,
1Co.1.10.
A
discussão de Paulo e Barnabé com os judaizantes foi o motivo da realização do
Primeiro Concílio: Concílio de Jerusalém.
Houve
alguma pressão para que “[...] Tito [...] sendo grego, fosse constrangido a circuncidar-se”, 1Co.1.10.
Os
judaizantes também afetaram “[...] Cefas (a ponto de ele) [...] viver como gentio e não como
judeu (e) sendo judeu [...] obrigava os gentios a viverem como judeus [...]”, 1Co.1.10. Paulo o repreendeu.
IV – Como se deve tratar uma seita?
A Bíblia
nos alerta contra o perigo de uma seita.
O Concílio
de Jerusalém, ao se deparar com o surgimento de uma seita (grupo que se separa
de um grupo maior escolhendo seus próprios princípios), tomou algumas atitudes:
1º –
Identificou o problema de que os judaizantes “[...] ensinavam (que os gentios
tinham que praticar a) circuncisão segundo o costume de Moisés [...] (para)
serem salvos”, At.15.1;
2º – Proposta
de solução – “[...]
Paulo e Barnabé [...] (entraram em) contenda e [...] discussão (a respeito do ensino
dos judaizantes) resolveram que esses dois irmãos [...] subissem a Jerusalém,
aos apóstolos e presbíteros, com respeito a esta questão”, At.15.2;
3º – Paulo,
Barnabé e outros irmãos foram “enviados [...] acompanhados pela igreja [...]”, At.15.3;
4º – Esses
irmãos “[...]
chegando a Jerusalém, foram bem recebidos pela igreja, pelos apóstolos e pelos
presbíteros [...]”, At.15.4;
5º – A reunião do Concílio para
debater a questão contou com a “[...] reunião (dos) [...]
apóstolos e os presbíteros para examinar a questão. Havendo grande debate,
Pedro tomou a palavra [...] (dizendo que Deus) não estabeleceu distinção alguma
entre (Judeus e gentios) [...] purificando-lhes pela fé o coração [...] (então,
não pode) pôr sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem [...] (os) pais (e)
nem eles puderam suportar (circuncisão) [...] (a confiança de Pedro e dos
demais do Concílio é na) crença (de) que foram salvos pela graça do Senhor
Jesus, como também aqueles o foram. (Estavam presentes também) [...] a multidão (em)
silencio [...] ouvindo a Barnabé e a Paulo [...]”,
At.15.6, 7, 9-12.
6º – “[...]
Tiago (apresenta uma proposta), dizendo [...] (que) Deus [...] visita os
gentios, a fim de constituir dentre eles um povo para o seu nome [...] para que
os demais homens busquem o Senhor [...] que faz estas coisas conhecidas desde
séculos. Pelo que [...] não devemos perturbar aqueles que, dentre os gentios,
se convertem a Deus, mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos
ídolos, bem como das relações sexuais ilícitas, da carne de animais sufocados e
do sangue. Porque Moisés tem, em cada cidade, desde tempos antigos, os que o
pregam nas sinagogas, onde é lido todos os sábados (a fim de aprenderem sobre
Deus e sobre a própria vida espiritual deles)”,
At.15.14, 17-21.
7º – Os “[...] apóstolos e [...] presbíteros, com toda a igreja [...] elegem
Paulo e Barnabé [...]”, At.15.22a;
8º – A decisão foi “enviada
(por) homens notáveis (líder) entre os irmãos [...] Paulo e Barnabé, Judas,
chamado Barsabás, e Silas, (enviados) a Antioquia [...] escrevendo [...] (que) souberam que
alguns [que saíram] de entre eles, sem nenhuma autorização [...] (os) perturbava
com palavras, transtornando (desviar) a [...] alma [...] chegaram a pleno
acordo [...] (segundo a vontade do) Espírito Santo [...] não [...] impor maior
encargo além destas coisas essenciais: [...] abster das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do
sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas [...]”, At.15.22b-25, 28, 29.
9º – Entrega da decisão – “Os
que foram enviados (Paulo, Barnabé, Silas e Judas, chamado Barsabás) desceram
logo para Antioquia e, tendo reunido a comunidade, entregaram a epístola. Quando
a leram, sobremaneira se alegraram pelo conforto recebido. Judas e Silas, que
eram também profetas, consolaram os irmãos com muitos conselhos e os
fortaleceram”, At.15.30-32.
A solução bíblica para o sectarismo
instalado é o pronunciamento conciliar – IPB. Foi exatamente isso que Paulo
fez.
Paulo “[...] passava pelas cidades, entregava aos
irmãos (a decisão conciliar), para que as observassem, as decisões tomadas
pelos apóstolos e presbíteros de Jerusalém. Assim, as igrejas eram fortalecidas
na fé e, dia a dia, aumentavam em número”,
At.16.4,5.
V – Como identificar uma seita?
As seitas
(desvio doutrinário) costumam usar as quatro operações: x = multiplicação, : = divisão,
– = subtração e + = adição.
As seitas
multiplicam por obras a obra da salvação. Colocam fardos pesados sobre as
costas das pessoas para adquirirem a salvação. Adventista – Guardar o sábado.
Seitas
dividem a fidelidade entre Deus e a organização. CCB – sair da igreja perde a
salvação.
As seitas subtraem alguma coisa de Jesus ou da Bíblia. TJ
– Jesus não é Filho de Deus, é criatura.
As seitas
adicionam ao caráter da única e suficiente obra de Cristo na Cruz e algo à
Palavra de Deus. Mórmon – A Bíblia não é suficiente – Livro dos Mórmons.
V – Qual é o conselho de Paulo para a igreja?
“[...] Pelo nome de nosso Senhor
Jesus Cristo, (Paulo orienta a) que falemos todos a mesma coisa e que não haja
entre nós divisões; antes, sejamos inteiramente unidos, na mesma disposição
mental e no mesmo parecer (a respeito da salvação)”, 1Co.1.10.
Paulo
instrui a igreja dessa forma porque “[...] foi informado pelos da casa de Cloe (olhando o erro do
outro), de que havia contendas entre (os irmãos da Igreja de Corinto)”, 1Co.1.11.
A divisão
que existia se “referia
ao fato de cada um (daqueles irmãos) [...] dizerem: Eu sou de Paulo, e eu, de
Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo (como se a salvação estivesse dividida
entre essas pessoas)”, 1Co.1.12.
Em nossos
dias alguns crentes fazem opção por este ou por aquele pastor, esta ou aquela
igreja, por ‘Inri (hebraico, latim e grego – Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus,
Jo.19.19, 20) Cristo’, ou por Cristo Jesus.
Para
evitar uma igreja sectária é preciso aceitar que “[...] Cristo (não) está dividido
[...] (que) Paulo (não) foi crucificado em favor de nós [...] (e nem) fomos
[...] batizados em nome de Paulo [...]”,
1Co.1.13.
Para evitar essa divisão, Paulo “dar graças [a Deus] porque a nenhum deles batizou,
exceto Crispo e Gaio”, 1Co.1.14.
Paulo nos
orienta a não supervalorizar pessoas, a fim de não causar divisão quando ele ordena
“para que ninguém
diga que foi batizado em seu nome”, 1Co.1.15.
Na
verdade, Paulo “batizou
também a casa de Estéfanas; além destes, (ele) não se lembra se batizou algum
outro”, 1Co.1.16.
Paulo encerra
esse texto falando sobre [...]
Conclusão: O que é mais importante para a igreja.
Algumas
igrejas são plantadas com interesses meramente comerciais.
Muitas igrejas
sofreram divisões apenas por questões de antipatia de liderança.
Sempre
haverá problemas semelhantes, pois eles derivam da condição humana.
Fomos redimidos
pelo sangue de nosso Senhor, mas ainda não fomos libertos da condição pecaminosa
em que nascemos.
Logo, devemos
aceitar, assim como Paulo que “[...] Cristo não nos enviou para batizar, mas para pregar o
evangelho; não com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo”, 1Co.1.17.
Aplicação: O que podemos fazer para evitar
sentimentos e práticas sectárias?
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para ED – Nossa Fé – CCC – Rev. Folton
Nogueira.
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