LÍNGUA
Tg.3.2-12
Introd.: A língua é um órgão de vital
importância em nossas vidas.
Qualquer
ferida é motivo para alguém conversar com muita dificuldade.
A
língua muitas vezes é usada para ferir, destruir e denegrir a imagem do
próximo.
Nar.: Alguns dizem
que o escritor desse livro é o meio-irmão de Jesus, Tiago, Mt.13.55.
Mas
Jesus é mencionado apenas duas vezes nesta epístola, Tg.1.1; 2.1, então, é
impossível crer que o seu irmão tivesse passado tanto tempo com Ele e tenha
escrito tão pouco sobre a Sua pessoa.
Essa
carta foi escrita aos crentes dispersos devido a perseguição entre os anos 70 –
90 d.C.
Propos.: Tiago
nos transmite instruções morais a fim de evitarmos a tentação e um dos seus
assuntos é sobre a língua.
Trans.: A
língua é um órgão [...]
1 – Pequeno, mas muito significativo.
Não
existe ninguém neste mundo que não comete pecados; “porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no
falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo”, Tg.3.2.
Ao tropeçar o que devo fazer?
Tiago apresenta três ilustrações:
O “[...] freio na boca dos cavalos [...] (serve) para nos
obedecerem [...]”, Tg.3.3.
“[...] Um
pequeníssimo leme [...] (tem a finalidade de) dirigir
para onde queira o impulso (direção) do timoneiro (piloto)”, Tg.3.4.
E, “[...] uma fagulha
põe em brasas tão grande selva”, Tg.3.5.
Um
“[...]
cavalo (sem) freio [...]”, Tg.3.3 destrói
e machuca os sentimentos das pessoas, destrói uma amizade de longo tempo.
A
língua sem freio causa inimizades e arrebenta com o seu lar.
Quando
eu conseguir “[...] por freio na boca [...]
(terei condições de) dirigir o corpo inteiro”, Tg.3.3.
Preciso
“observar,
igualmente, os navios que, sendo tão grandes [...]”, Tg.3.4 como muitos
dos meus problemas, deixo ser “[...] batido de rijos (forte) ventos [...]”,
Tg.3.4, me lançando para os rochedos e ser despedaçado por causa de uma língua
áspera.
No
casamento haverá discussões, pancadarias e separações.
O
relacionamento entre os filhos irá de mal a pior.
Todos
nós precisamos aprender a dirigir os nossos relacionamentos.
Caso
contrário, as guerras serão iniciadas com “[...]
a língua, pequeno órgão, (destruidor) [...] (que) põe em brasas (incendeia uma)
grande selva [...]”, Tg.3.5.
As
mortes continuam acontecendo devido a falta de sabedoria de muitas línguas.
Tiago
fala que assim como o “[...] freio [...]
dirige o corpo inteiro [...] os navios [...] tão grandes [...] são dirigidos por
um pequeníssimo leme [...] assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de
grandes coisas [...]”, Tg.3.3-5
Tiago
nos convida abrir os olhos para “observar
[...] (e) ver como uma fagulha põe em brasas (queima) tão grande selva”,
Tg.3.4,5 todo relacionamento humano.
Urgente!
Eu e você não podemos deixar que esse pequeno órgão do nosso corpo domine a
nossa vida inteira.
Por
quê? Porque a língua é [...]
2 – Indomável e contamina.
O
tremendo poder destruidor da “[...] língua
[...] (é como as) chamas [...] (do) inferno”, Tg.3.6.
Está
situado em nossa boca um sindicato do crime organizado.
Esse
pequeno órgão tem a capacidade de corromper, nada escapa, “[...] a língua é fogo [...]”, Tg.3.6 que
destrói e impõe danos irreparáveis.
“[...] A língua é [...] mundo de iniquidade [...]”,
Tg.3.6 que não reconhece o direito de cada um, não procura ser correto, busca
sempre a perversidade, anda sempre na injustiça.
“[...] A língua [...] contamina (polui, suja) o
corpo inteiro [...]”, Tg.3.6, tal como a laranja podre no meio da caixa,
desta forma um irmão contamina o outro.
São
palavras destrutivas que aprendemos com os outros no trabalho, na TV, em casa,
nas ruas: você é burro, sua gorda, eu sabia que você não prestava.
É
interessante notar que “[...] a língua está
situada entre os membros de nosso corpo [...]”, Tg.3.6 e o danifica
completamente.
“[...] A língua não só põe em chamas toda a carreira
da existência humana (influência negativa), como também é posta ela mesma em
chamas pelo inferno”, Tg.3.6 para destruir o relacionamento com Deus,
com o próximo e com nós mesmos.
Todos
nós somos indomáveis.
Somos
piores que os animais irracionais porque “[...]
toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem
sido domada pelo gênero humano”, Tg.3.7 e não conseguimos domar a nossa
língua.
Não sendo
a língua controlada pelo Espírito, ela ficará “[...]
carregada de veneno mortífero (poder de matar)”, Tg.3.8, pela simples
razão de, “[...] com a língua, urdimos
engano (mentira perversa) [...]”, Rm.3.13.
“A (nossa) língua (é selvagem e mortal porque) [...]
nenhum dos homens é capaz de domar [...]”, Tg.3.8.
A língua
tem o potencial de acabar com um relacionamento, paralisar o amor, envenenar
mentes, destruir a fé, macular a pureza e acabar com as reputações porque
existe um “[...] mal incontido (não pode
refrear) [...]”, Tg.3.8.
A
língua é [...]
3 – Hipócrita.
A
hipocrisia é o ato de fingir o que a gente não é.
O
texto nos apresenta um problema duplo: “Com
(a língua), bendizemos (agradecer) ao Senhor [...] também, com ela,
amaldiçoamos os homens [...]”, Tg.3.9.
É
impossível a mesma língua “[...] bendizer ao [...]
Pai [...]”, Tg.3.9 celeste e logo depois “[...]
amaldiçoar os homens, feitos à semelhança de Deus”, Tg.3.9 que é um
igual a mim.
É impossível “de uma só boca proceder bênção e maldição [...]”, Tg.3.10.
É
como se nós estivéssemos brincando com Deus dizendo que somos crentes, mas ao
mesmo tempo obedecemos aos conselhos satânicos, por este motivo, nem mesmo por “acaso [...] pode a fonte jorrar do mesmo lugar o
que é doce e o que é amargoso [...]”, Tg.3.11
É
impossível “[...] a figueira produzir
azeitonas ou a videira, figos [...] tampouco fonte de água salgada pode dar
água doce”, Tg.3.12; a nossa atitude no falar precisa ser mudada.
Todo
cuidado é pouco com a nossa língua [...]
Conclusão: Principalmente quando somos chamados de “[...] meus irmãos [...]”, Tg.3.10.
Ora,
no meio da família de Deus “[...] não é
conveniente que essas coisas sejam assim”, Tg.3.10, soltando a língua
para ferir uns aos outros.
Rev. Salvador P. Santana
Nenhum comentário:
Postar um comentário