quinta-feira, 7 de abril de 2022
SURPRESA
SURPRESA
Muitas mulheres são surpreendidas quando o namorado, noivo ou esposo chega com aquele presente que ela nem sonhava ganhar. Pais se alegram quando ouvem seus filhos chamarem seus nomes nas madrugas, em dias não esperados para lhes dar um abraço, um beijo, fazer uma refeição.
Quando menos espera o ladrão é surpreendido com a chegada da polícia, a câmera filmando a sua ação, o alarme tocando sem parar, o cachorro ou o guarda que aparece repentinamente para lhe dar voz de prisão.
Quando você menos espera falta energia, a prefeitura desliga o fornecimento de água para fazer manutenção na rede, o serviço público para a fim de requerer um reajuste salarial ou chamar atenção para alguma debilidade no atendimento ou, como rotina, você é abordado pela polícia.
É possível que todos os eventos em sua vida sejam programados por Deus ou você mesmo se embrenhou por caminhos tortuosos, daí a grande surpresa que causou para si mesmo e a todos aqueles que estão à sua volta. Não fique indignado, todos, em algum momento da vida são surpreendidos por uma ou várias vezes.
Aconteceu depois de vinte anos, que fugindo dos seus temores, Jacó teve que se deparar com a realidade da vida para poder enfrentar de frente e com coragem a situação em que ele se metera anteriormente. Das duas, uma: encarar o medo ou fugir de uma vez para nunca mais voltar. Mas, Jacó não teve escolha, ficou encurralado “... e não pôde fugir nem para um lado nem para outro...” (Js 8.20) porque Deus o colocou nesse beco sem saída para que houvesse conserto e perdão.
O filho predileto de Rebeca, a qual contribuiu para a sua fuga no passado, não teve outra alternativa quando ouviu “... os mensageiros... dizendo... (que o seu) irmão Esaú... vinha de caminho para se encontrarem... e quatrocentos homens com ele. Então, Jacó teve medo e se perturbou...” (Gn 32.6, 7).
O medo de Jacó era real, pois ficou gravado em seu coração desde o dia em que resolveu fugir para a casa de Labão, seu tio. O motivo de “passar Esaú a odiá-lo... por causa da bênção, com que seu pai o tinha abençoado; e disse consigo: Vêm próximos os dias de luto por meu pai; então, matarei a Jacó, meu irmão.” (Gn 27.41).
Veja que Esaú fez uma projeção errada para o seu futuro crime ser perfeito para evitar amargura no coração de seu pai. Ele esperava ver “... vir próximos os dias de luto por seu pai; então, mataria a Jacó, seu irmão.” (Gn 27.41). Deu errado. Os planos de Esaú caíram por terra. Deus não deixou o seu pai, Isaque morrer antes de um grande acontecimento e ajuntamento entre Jacó e Esaú para se perdoarem, se beijarem mutuamente.
Não é à toa a declaração de que “bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.” (Jó 42.2) em relação ao comando e direção de Deus sobre tudo e todos. Deus age desta forma porque “Ele, o SENHOR, esquadrinha o coração, Ele prova os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações.” (Jr 17.10).
Na angústia, no desespero com medo da morte, “... Jacó orou... (a) Deus... ó SENHOR, que me disseste: Torna à tua terra e à tua parentela, e te farei bem; sou indigno de todas as misericórdias e de toda a fidelidade que tens usado para com teu servo... livra-me das mãos de meu irmão Esaú, porque eu o temo, para que não venha ele matar-me e as mães com os filhos.” (Gn 32.9-11).
Depois da oração Jacó não teve outra alternativa a não ser “ficar ele só; e lutava com ele um homem...” (Gn 32.24), “... no vigor da sua idade, lutou com Deus;” (Os 12.3). O próprio Deus quebrou a arrogância de Jacó ao pensar que a sua fuga lhe daria descanso e paz no coração. Jacó foi surpreendido e transformado em servo de Deus.
Deus o surpreendeu com a finalidade de mostrar que “... ele mesmo (que praticou seus deslizes, seus pecados, devia, por isso), adiantar-se, prostrando-se (com reverência e pedido de perdão) à terra sete vezes, até aproximar-se de seu irmão.” (Gn 33.3) que tanto temia.
É provável que Esaú “... ainda respirava ameaças e morte contra...” (At 9.1) seu irmão Jacó. Deus o surpreendeu fazendo-o “... correr ao encontro (de Jacó) e o abraçando; arrojando-se ao pescoço e o beijou; e choraram.” (Gn 33.3, 4) juntos selando o perdão que Deus, por vinte anos proporcionou cura, restauração, renovação para que eles pudessem aprender a “não se vingar... mas (aprender a) dar lugar à ira; {ira; de Deus, subentendido} porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor.” (Rm 12.19).
Deus pode surpreender você com perdão oferecido a quem te machucou, restaurar a sua saúde, proporcionar prosperidade para todos os seus, levar a verdadeira transformação espiritual, a salvação em Cristo Jesus para toda a sua família.
Rev. Salvador P. Santana
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