quinta-feira, 21 de abril de 2022
Sl.7 - LAMENTO INDIVIDUAL
LAMENTO INDIVIDUAL
Sl. 7
Introd.: Lamento é a manifestação de queixa ou sofrimento por meio de palavras, gemidos ou gritos.
Muitas vezes manifestamos uma queixa ou sofrimento aos ouvidos de quem não está apto para receber.
Ao falar aos ouvidos do homem, podemos ter a certeza, nada ele pode fazer, é perigoso complicar ainda mais a situação, por isso o nosso lamento deve ser direcionado a Deus, criador dos céus e da terra.
Desta forma fizeram os homens de Deus no passado.
Jó lamentou junto a Deus a sua miséria.
Ester e Mordecai pediram socorro quando a escritura de extermínio estava assinada contra os judeus.
Jeremias chorou comovido pela desgraça de Jerusalém.
Jesus entregou ao Pai Celeste a sua vida quando da agonia no Getsêmani.
O que você está esperando?
Lamenta, clama, chora, grita diante do Senhor Jesus Cristo.
Nar.: Aprenda com o salmista que soube entregar nas mãos de Deus todas as suas lamentações.
O salmista se apresenta como uma pessoa perseguida e acusada injustamente, que confessa ser inocente diante de Deus e pede livramento dos seus perseguidores.
Este texto é imprecatório (uma súplica, um pedido de maldição, praga) que pede vingança para os seus inimigos.
É certo esse tipo de oração? É preciso levar em consideração:
1 – A oração do salmista faz parte da justiça de Deus que inclui tanto o livramento como o castigo dos injustos.
Não é uma vingança pessoal, é uma vingança divina que tem poder para conhecer os corações;
2 – O salmista não separa o pecador do pecado. Os dois estão aliados;
3 – Você acha estranho esse tipo de oração? Jesus falou aos seus discípulos que deviam desprezar as cidades que não recebessem o evangelho.
Propos.: O salmista entregou seu caso a Deus; lamentou, chorou, gritou, pedindo: socorro “SENHOR, Deus meu... salva-me de todos os que me perseguem e livra-me;”, Sl.7.1.
Trans.: Ao lamentar você pede...
1 – A proteção de Deus.
A quem você pediu proteção hoje?
O salmista foi sábio e feliz nesta petição, ele disse: “SENHOR...”, Sl.7.1.
Ao falar “SENHOR...” ele está se referindo ao criador, ao dono de todas as coisas, daí ele completa com a sua profissão de fé: “... Deus meu...”, Sl.7.1. É a confirmação que o único Deus verdadeiro é o Senhor da sua vida.
É possível pensar que por sermos crentes não temos nenhum inimigo; engano.
Muitos falam abertamente: “não gosto de crente”.
Davi pede socorro “... salva-me de todos os que me perseguem e livra-me;”, Sl.7.1 ao invés de fazer justiça com as próprias mãos.
Como se Deus perguntasse: Que tipo de livramento filho? O queixoso fala: “para que ninguém, como leão, me arrebate, despedaçando-me, não havendo quem me livre.”, Sl.7.2.
Naqueles dias o leão simbolizava poder, crueldade e violência.
Como não tinha ninguém para livrá-lo o salmista disse: “... em ti me refugio...”, Sl.7.1.
Eu posso lamentar...
2 – Jurando inocência.
O escritor volta a bater na mesma tecla: “SENHOR, meu Deus...”, Sl.7.3. É a sua profissão de fé.
Ele se coloca diante do Senhor que penetra no mais profundo íntimo dizendo: “... se eu fiz o de que me culpam...”, Sl.7.3.
Com essa atitude ele afirma a sua inocência. Ele não tem vergonha de dizer para Deus que não tem culpa.
Assim como nós, o salmista conhecia bem a sua mente e declara: “... se nas minhas mãos há iniquidade,”, Sl.7.3, não reconhece o direito de cada um.
Entenda; o rei não está declarando que é livre do pecado.
Davi deixa o julgamento para Deus ao insistir: “se paguei com o mal a quem estava em paz comigo, eu, que poupei aquele que sem razão me oprimia,”, Sl.7.4.
Com a consciência limpa o pequeno ruivo não teme invocar uma maldição contra si mesmo pedindo que “o inimigo persiga... a sua alma e alcance-a, espezinhe no chão a minha vida e arraste no pó a minha glória.”, Sl.7.5, honra.
A mensagem ensina que devemos pedir a Deus que seja o juiz entre nós e os nossos inimigos.
É Deus quem deve apelar, julgar, castigar, reorientar, pois Ele tem sabedoria e justiça.
Desse momento em diante Davi pede...
3 – Julgamento.
Davi se refugia pedindo para o “SENHOR (se) levantar...”, Sl.7.6.
A certeza é que o “... SENHOR... (luta por seu povo. É o seu grito de socorro:) na tua indignação, mostra a tua grandeza contra a fúria dos meus adversários e desperta-te em meu favor, segundo o juízo que designaste.”, Sl.7.6.
A confiança do salmista que Deus tem poder era tanta que ele chega a dizer: “Reúnam-se ao redor de ti os povos, e por sobre eles remonta-te às alturas.”, Sl.7.7 para Deus mesmo fazer o julgamento perfeito.
O seu clamor é único: “... SENHOR julga os povos...”, Sl.7.8.
O seu desejo é pessoal: “... SENHOR... julga-me...”, Sl.7.8.
O salmista não se coloca acima dos seus inimigos, ele faz um apelo ao “... SENHOR... segundo a sua retidão (age de acordo com a lei de Deus) e segundo a integridade (inocência, perfeição) que há em sua vida.”, Sl.7.8.
Davi não imagina que tem merecimento perante Deus.
Por intermédio desta queixa, Davi faz um requerimento...
4 – De uma investigação melhor de Deus.
O lamento de Davi é justo; “... sonda a mente e o coração... (percebe o tratamento pedido?) ó justo Deus.”, Sl.7.9.
A justiça de Deus é tão somente libertar aqueles que são oprimidos.
Ele sabia que Deus sonda até as profundezas da consciência.
A investigação que ele requer é somente para “cessar a malícia (maldade, ferida, calamidade) dos ímpios...”, Sl.7.9 sobre a sua vida.
Mais uma vez o pastor de ovelhas repete em termos diferentes no verso 10, “Deus é o meu escudo; ele salva os retos de coração.”, Sl.7.10 em comparação com o verso 1: “SENHOR, Deus meu, em ti me refugio...”, Sl.7.1.
E por ter pedido mais investigação o salmista reconhece que “Deus é justo juiz, Deus que sente indignação (furioso) todos os dias.”, Sl.7.11.
Ao aceitar Deus como juiz eu reconheço que Ele descobre quem está com a razão, daí Ele restaura e ajuda os aflitos.
Clamando, pede ...
5 – O juízo de Deus.
Existe aqui uma condicional: “Se o homem não se converter...”, Sl.7.12.
O que acontece? “... A espada (de Deus estará) afiará... o arco (estará) armado... Ele prepara... (os) instrumentos de morte... (Ele) prepara suas setas inflamadas.”, Sl.7.12, 13.
Deus como juiz tem a última palavra em todos os debates, lutas, dúvidas, desafios, perseguições que possa surgir entre nós.
Deus jamais ficará neutro. Ele toma partido daquele que é justo.
É por este motivo que Davi declara para Deus de “... que o ímpio está com dores de iniquidade (não reconhece o direito); concebeu a malícia (intenção maldosa) e dá à luz a mentira.”, Sl.7.14.
O homem mau não descansa enquanto não praticar todo mal que sua mente sugere.
Após a prática da maldade, o ímpio traz consigo a sua própria punição, ou seja, ele “abre, e aprofunda uma cova, e cai nesse mesmo poço que faz.”, Sl.7.15.
E, por causa de suas próprias maldades, “a sua malícia (intenção maldosa) lhe recai sobre a cabeça, e sobre a própria mioleira (cabeça) desce a sua violência.”, Sl.7.16.
Este homem por si só busca a própria destruição.
Lamentando aos ouvidos de Deus...
Conclusão: Temos a certeza que Ele me atenderá tão logo eu me incline a Ele.
Podemos afirmar isso porque Jó, Ester, Jeremias e o próprio Jesus o fizeram e foram atendidos quando lamentaram.
Apresentado as minhas queixas “eu... renderei graças ao SENHOR, segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do SENHOR Altíssimo.”, Sl.7.17.
Rev. Salvador P. Santana
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