quarta-feira, 17 de novembro de 2021
Hc.3.16-19 - TEIMOSIA
TEIMOSIA
Hc.3.16-19
Introd.: “Nem toda teimosia é maléfica e eticamente incorreta. Há uma teimosia santa. É aquela que insiste em acreditar em Deus em toda e qualquer circunstância.
Não há maior triunfo do que superar pela fé um transtorno qualquer, de pequena ou longa duração, até que se enxergue a luz no fim do túnel.
Além de ser benéfica, essa modalidade de teimosia é uma virtude rara” – Rev. Elben Lenz.
Nar.: Por volta do 5º século a.C. Habacuque faz uma reclamação do Reino do Sul, Judá, diante de Deus: “Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás?”, Hc.1.2.
Havia entre o povo de Deus “... iniquidade (quando não reconhece o direito de cada um) ... opressão (com a mais vergonhosa exploração dos mais necessitados) ... destruição... violência (de uns para com os outros) ... contendas (entre irmãos) ... e o litígio (ação na justiça) se suscitava”, Hc.1.3 a cada dia.
Então, Deus resolve “... suscitar os caldeus, nação amarga e impetuosa, que marcham pela largura da terra, para apoderar-se de moradas que não são suas.”, Hc.1.6.
Ao saber que “... cumprir-se-ia no tempo determinado (a invasão babilônica) ... e não falharia; se tardar, espera-o, porque, certamente, virá, não tardará.”, Hc.2.3, o profeta se “põe na... torre de vigia... e vigia para ver o que Deus lhe diria e que resposta ele teria à sua queixa.”, Hc.2.1.
Como a destruição estava prestes a vir, Deus declara que até mesmo “... o soberbo... sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé.”, Hc.2.4, caso consiga esperar em Deus.
Propos.: A teimosia na fé deve ser o alvo do povo de Deus.
Trans.: A teimosia me leva a...
1 – Esperar o dia da angústia.
Como os babilônios subiram “... para fazer violência (contra Judá) ... eles reuniram os cativos como areia.”, Hc.1.9; assim somos assolados todos os dias.
A orientação que recebemos é que “... devemos esperar em silêncio o dia da angústia (aflição, agonia, ansiedade) ...”, Hc.3.16 “... que Deus tomou por mim (como) vingança...”, Sl.18.47 em meu lugar.
Após “ouvir a voz (de) Deus ... o (nosso) íntimo se comove...”, Hc.3.16 em termos físicos.
“... Os nossos lábios tremem...”, Hc.3.16, de medo, raiva, sem saber o que falar, sem saber se pede a Deus misericórdia ou condenação para aquele que nos fere.
“... A podridão entra (em) nossos ossos...”, Hc.3.16, ou os músculos desfalecem porque “... nenhum há que possa livrar alguém das mãos (de) Deus; agindo Deus, quem o impedirá?”, Is.43.13.
Ao descobrir esse poder de Deus, “... os joelhos me vacilaram ...”, Hc.3.16 porque eu posso “... esperar... que (o SENHOR) virá contra o povo que nos acomete.”, Hc.3.16.
A teimosia...
2 – Me fala de alegria.
“... O que me pode dar esperança.”, Lm.3.21 neste mundo?.
Na verdade, “... tudo passa rapidamente (neste mundo), e nós voamos.”, Sl.90.10; “... somos, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.”, Tg.4.14.
O profeta Jeremias fala que na época do cerco de Jerusalém, “até as cervas no campo tinham as suas crias e as abandonaram, porquanto não havia erva.”, Jr.14.5.
A falta do necessário não pode tirar a nossa alegria.
De forma poética Habacuque fala sobre a falta de pão.
“Ainda que a figueira não floresça...”, Hc.3.17, pois “... o SENHOR (já havia) dito... que... puniria... os jovens (com) a espada, os... filhos e as... filhas morreriam de fome.”, Jr.11.22.
Posso me “alegrar no SENHOR...”, Sl.97.12 mesmo que “... não haja fruto na vide...”, Hc.3.17, referindo-se à prosperidade ou a alegria passageira.
“Ainda que... o produto da oliveira minta...”, Hc.3.17, ou falte o azeite para a minha alimentação e curar as minhas feridas, “eis que Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei, porque o SENHOR Deus é a minha força...”, Is.12.2.
“... E (se caso) os campos não produzirem mantimento (?) ...”, Hc.3.17; a
certeza que temos é que “... não (podemos) andar ansiosos... quanto ao que havemos de comer ou beber...”, Mt.6.25.
Ao olhar para as criações, o profeta percebe que “... as ovelhas (foram) ... arrebatadas do aprisco, e nos currais não havia gado”, Hc.3.17, pois os Caldeus haviam matado o rebanho para alimentar os seus soldados e o que sobrou fora destruído.
Neste mundo não encontramos alegria duradoura.
O profeta declara: “todavia, (apesar de toda tragédia e da falta do necessário) ele se alegra no SENHOR, exulta (repetição para enfatizar a confiança) no (seu) Deus...”, Hc.3.18.
Sim, a esperança de todos nós não pode se basear neste mundo, mas na “... salvação.”, Hc.3.18 que Deus nos oferece.
A teimosia ...
Conclusão: Me leva para a solução.
Ao olhar para os problemas da vida, não cabe a nós a derrota dos nossos inimigos e nem mesmo suprir a falta do necessário para a nossa sobrevivência.
Devo saber que “o SENHOR Deus é a minha fortaleza...”, Hc.3.19, cerca que protege e me dá forças.
Precisamos entender que “o SENHOR Deus... faz os meus pés como os da corça...”, Hc.3.19 para me livrar dos predadores.
“O SENHOR Deus... me faz andar altaneiramente...”, Hc.3.19, de cabeça erguida em qualquer situação.
Para encerrar, o autor fala que a nossa vida deve ser como “... ao mestre de canto (que sabe tocar e ensinar, por isso, ele escolhe os) instrumentos de cordas”, Hc.3.19 para louvar ao Senhor Deus em agradecimento.
Seja teimoso para confiar em Deus.
Rev. Salvador P. Santana
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