sábado, 7 de setembro de 2019

O CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE.


O CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE
            “[...] Motosserras, espingardas, motos, e 50 homens, trabalhadores braçais [...] a derrubada da floresta segue o regime de águas. As derrubadas, em geral, são feitas logo após o período de chuvas, em maio, para que as árvores possam secar a fim de serem queimadas antes que a água volte a cair, em setembro [...] como é comum acontecer no Brasil sempre que uma grande crise estoura, desta vez também há um debate a respeito de uma suposta necessidade de novas leis e regras [...]” – Época, 02.09.19, Cheiro de mata queimada, Sérgio Roxo, pag. 23, 24.
            O interesse pela preservação do meio ambiente foi despertado em 1960. Em 1972, a ONU programou uma Conferência em Estocolmo, Suécia, onde foi assinado um acordo entre 112 países em favor do meio ambiente. Ali eles fizeram recomendações que constituem a bandeira dos ecologistas – Idem, pág. 34.
            A defesa do meio ambiente está sob a responsabilidade e intimamente ligada, não aos ecologistas propriamente ditos, e nem pode estar debaixo do poder da ONU. Essa missão Deus encarregou a todos os homens, principalmente aqueles que confessam Jesus Cristo como Senhor e Salvador.
            Ao declarar e impor a responsabilidade sobre os ombros do homem a respeito da terra, a Bíblia Sagrada declara: “tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar” (Gn 2.15).
            Quando Deus fala em Sua Palavra sobre o meio ambiente, ele fala sobre um dos seus maiores interesses, a vida do homem. Ele fala sem rodeios que o homem deve cuidar das nascentes, ou seja, está implícito o zelo pelos rios, córregos, lagos, mares e tudo o que “[...] povoem as águas de enxames de seres viventes [...] (isto porque) criou, pois, Deus os grandes animais marinhos e todos os seres viventes que rastejam, os quais povoavam as águas, segundo as suas espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom.” (Gn 1.20, 21). 
            De igual modo o homem deve cuidar das plantações, pois foi o próprio Deus quem fez “a terra, pois, produzir relva, ervas que davam semente segundo a sua espécie e árvores que davam fruto, cuja semente estava nele, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom” (Gn 1.12).     
            Os animais não podem ficar de fora desse cuidado porque ao homem foi ordenado “[...] dominar sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra” (Gn 1.28). E estes, ao mesmo tempo, servem para mantimento, alguns sempre foram de grande serventia para o homem no campo.
            Cuidar do meio ambiente favorece o próprio homem a fim de que ele e sua família “coma, e se farta, e (para então) louvar o SENHOR, seu Deus, pela boa terra que te dá” (Dt 8.10).
            A defesa do meio ambiente não está sendo bem aplicada pelos cristãos. Ela está engavetada, oculta por falta de sensibilidade, dedicação e interesse por ver um mundo melhor.
            Não somente o meio ambiente sofre, como também a população em geral com seus gases tóxicos, rios poluídos, matas destruídas não apenas com queimadas.
            Como prova dessa falta de respeito à natureza, Deus, através do apóstolo Paulo reclama: “Porque (todos precisam) saber que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. E não somente ela, mas também [...] (todos os homens), que tem as primícias do Espírito, igualmente gemem em seu íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do seu corpo” (Rm 8.22, 23). 
            Por estes e tantos outros motivos é necessário que cada cristão tome a consciência e a responsabilidade para si. Cada um precisa se dispor e encarar o meio ambiente como uma missão dada por Deus com a finalidade de todo homem preservar este mundo para o bem-estar e prazer de todos.
            O cristão não pode continuar com a mão remissa, escondida, negligente, improdutiva; pelo contrário, deve trabalhar em prol da natureza, se não, ouvirá do Mestre Jesus após você apresentar uma explicação chula e barata, tal como: “receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu” (Mt 25.25).
            Após essa explicação inútil pela sua própria falta de trabalho em favor do meio ambiente, você, então, ouvirá: “Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu. Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez” (Mt 25.27, 28).
            O cuidado do meio ambiente é dever de todos. Faça! Não importa se você for criticado ou comparado a um ecologista, não tema, faça o melhor pelo meio ambiente.
Rev. Salvador P. Santana       

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