O CRISTÃO E O MEIO
AMBIENTE
“[...] Motosserras, espingardas,
motos, e 50 homens, trabalhadores braçais [...] a derrubada da floresta segue o
regime de águas. As derrubadas, em geral, são feitas logo após o período de
chuvas, em maio, para que as árvores possam secar a fim de serem queimadas
antes que a água volte a cair, em setembro [...] como é comum acontecer no
Brasil sempre que uma grande crise estoura, desta vez também há um debate a
respeito de uma suposta necessidade de novas leis e regras [...]” – Época,
02.09.19, Cheiro de mata queimada, Sérgio Roxo, pag. 23, 24.
O interesse pela preservação do meio
ambiente foi despertado em 1960. Em 1972, a ONU programou uma Conferência em
Estocolmo, Suécia, onde foi assinado um acordo entre 112 países em favor do
meio ambiente. Ali eles fizeram recomendações que constituem a bandeira dos
ecologistas – Idem, pág. 34.
A defesa do meio ambiente está sob a
responsabilidade e intimamente ligada, não aos ecologistas propriamente ditos,
e nem pode estar debaixo do poder da ONU. Essa missão Deus encarregou a todos
os homens, principalmente aqueles que confessam Jesus Cristo como Senhor e
Salvador.
Ao declarar e impor a
responsabilidade sobre os ombros do homem a respeito da terra, a Bíblia Sagrada
declara: “tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden
para o cultivar e o guardar” (Gn 2.15).
Quando Deus fala em Sua Palavra
sobre o meio ambiente, ele fala sobre um dos seus maiores interesses, a vida do
homem. Ele fala sem rodeios que o homem deve cuidar das nascentes, ou seja, está
implícito o zelo pelos rios, córregos, lagos, mares e tudo o que “[...] povoem
as águas de enxames de seres viventes [...] (isto porque) criou, pois, Deus os
grandes animais marinhos e todos os seres viventes que rastejam, os quais
povoavam as águas, segundo as suas espécies; e todas as aves, segundo as suas
espécies. E viu Deus que isso era bom.” (Gn 1.20, 21).
De igual modo o homem deve cuidar
das plantações, pois foi o próprio Deus quem fez “a terra, pois, produzir
relva, ervas que davam semente segundo a sua espécie e árvores que davam fruto,
cuja semente estava nele, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom”
(Gn 1.12).
Os animais não podem ficar de fora
desse cuidado porque ao homem foi ordenado “[...] dominar sobre os peixes do
mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra” (Gn
1.28). E estes, ao mesmo tempo, servem para mantimento, alguns sempre foram de
grande serventia para o homem no campo.
Cuidar do meio ambiente favorece o
próprio homem a fim de que ele e sua família “coma, e se farta, e (para então)
louvar o SENHOR, seu Deus, pela boa terra que te dá” (Dt 8.10).
A defesa do meio ambiente não está
sendo bem aplicada pelos cristãos. Ela está engavetada, oculta por falta de
sensibilidade, dedicação e interesse por ver um mundo melhor.
Não somente o meio ambiente sofre,
como também a população em geral com seus gases tóxicos, rios poluídos, matas
destruídas não apenas com queimadas.
Como prova dessa falta de respeito à
natureza, Deus, através do apóstolo Paulo reclama: “Porque (todos precisam)
saber que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. E
não somente ela, mas também [...] (todos os homens), que tem as primícias do
Espírito, igualmente gemem em seu íntimo, aguardando a adoção de filhos, a
redenção do seu corpo” (Rm 8.22, 23).
Por estes e tantos outros motivos é
necessário que cada cristão tome a consciência e a responsabilidade para si.
Cada um precisa se dispor e encarar o meio ambiente como uma missão dada por
Deus com a finalidade de todo homem preservar este mundo para o bem-estar e
prazer de todos.
O cristão não pode continuar com a
mão remissa, escondida, negligente, improdutiva; pelo contrário, deve trabalhar
em prol da natureza, se não, ouvirá do Mestre Jesus após você apresentar uma
explicação chula e barata, tal como: “receoso, escondi na terra o teu talento;
aqui tens o que é teu” (Mt 25.25).
Após essa explicação inútil pela sua
própria falta de trabalho em favor do meio ambiente, você, então, ouvirá: “Cumpria,
portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar,
receberia com juros o que é meu. Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem
dez” (Mt 25.27, 28).
O cuidado do meio ambiente é dever
de todos. Faça! Não importa se você for criticado ou comparado a um ecologista,
não tema, faça o melhor pelo meio ambiente.
Rev.
Salvador P. Santana
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