segunda-feira, 9 de setembro de 2019

3Jo.1-15 - RETRATOS DE CRENTES.

RETRATOS DE CRENTES, 3Jo.1-15.

Objetivo:     Conhecer a terceira carta de João e envolver-se na obra missionária.
         Fotografia – gr. Foto – fós; grafos – grafe, e significa “desenhar com luz”.
         A invenção da fotografia é o resultado de pesquisas feitas desde o século 16.
         Hoje temos a fotografia em preto e branco, a fotografia colorida e a digital.
         Ela está presente na vida humana como uma forma de expressão de afetividade, identidade e memória.
         Na foto congelamos ou registramos momentos importantes da nossa vida e a lembrança de lugares e pessoas significativas.
         Fotografamos pessoas queridas, lugares, momentos especiais – nascimento, aniversário, casamento e formatura.
         Fotografamos para combater o esquecimento e construir a nossa memória.
         Fotografamos para registrar a nossa identidade.
Nar.:  A 3ª carta de João foi escrita nos anos 80-90 do primeiro século, da cidade de Éfeso.
         Há três motivos para estudar esta carta:
         1 – Ela revela a vida local de uma comunidade cristã primitiva, através do retrato de três homens;
         2 – Ela apresenta o diagnóstico de uma alma espiritualmente saudável;
         3 – Ela nos oferece um curso de hospitalidade cristã para com aqueles que estão envolvidos na obra missionária.
1 – Gaio: Um crente que cooperou com a obra de Deus.
            A primeira fotografia que temos da igreja é a de um irmão chamado Gaio.
            O verso 1 apresenta duas informações importantes:
            1 – O remetente: “O presbítero (ou o ancião João) [...]”, 3Jo.1, o mesmo autor das duas cartas anteriores e Apocalipse.
            2 – Destinatário: “[...] amado Gaio [...]”, 3Jo.1.
            No N.T. aparecem três pessoas com o nome de Gaio:
            A – “[...] O macedônio Gaio [...] companheiro de Paulo [...] (que o) acompanhou [até à Ásia] [...]”, At.19.29; 20.4;
            B – O cristão de Corinto, “[...] Gaio [...] (a quem Paulo) batizou [...] (o qual) o [...] hospedou [...]”, 1Co.1.14; Rm.16.23.
            C – O cristão, o “[...] amado Gaio [...]”, 3Jo.1 a quem João endereçou a sua carta.
            O perfil espiritual deste irmão a quem João escreve:
            A – Gaio era uma pessoa amada e amável.
            A declaração de João é que “[...] Gaio (era) amado, a quem eu amo na verdade”, 3Jo.1.
            Ele repete a palavra amado mais duas vezes nos versos 2 e 5.
            Trata-se de um tratamento carinhoso para uma pessoa especial.
            Toda pessoa que recebe o amor de Deus é uma pessoa querida e capacitada a derramar amor aos outros, por isso, “nós amamos porque ele nos amou primeiro”, 1Jo.4.19.
            B – Gaio era uma pessoa de boa saúde espiritual.   
            O amor do “[...] presbítero ao amado Gaio [...]”, 3Jo.1 se expressa num desejo: “Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma”, 3Jo.2.
            A palavra “[...] prosperidade [...]”, 3Jo.2 denota sucesso, “[...] conforme a sua prosperidade (financeira) [...]”, 1Co.16.2.
            A palavra “[...] saúde [...]”, 3Jo.2 significa vigor, saúde e bem-estar, a ponto de “[...] não precisar de médico [...] (estando bem) recuperado com saúde”, Lc.5.31; 15.27.
            A “[...] saúde [...]”, 3Jo.2 espiritual é mantida e desenvolvida através de uma dieta com cinco elementos:
            1 – “[...] O genuíno leite espiritual (Palavra de Deus), para que, por ele, nos seja dado crescimento para salvação”, 1Pe.2.2;
            2 – Vida de oração “[...] entrando no seu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”, Mt.6.6;
            3 – Exercício da “[...] piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele”, 1Tm.6.6, 7;
            4 – Fidelidade na mordomia porque Deus “[...] requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel”, 1Co.4.2;
            5 – E a prática das “[...] boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”, Ef.2.10.
            C – Gaio era uma pessoa que andava na verdade.   
            João fala que “[...] ficou sobremodo alegre pela vinda de irmãos [...] (terem dado) testemunho (a respeito de Gaio) da (fidelidade) [...] da verdade, (e) como Gaio anda na verdade”, 3Jo.3.
            A declaração de João é que “não tem maior alegria do que esta, a de ouvir que seus filhos andam (viver) na verdade”, 3Jo.4, obediente a Deus em todas as áreas da vida.
            D – Gaio era uma pessoa que cooperava com a verdade.    
            O “amado (Gaio), procedia fielmente naquilo que praticava (com a proclamação do evangelho) para com os irmãos, e isso fazia mesmo quando são estrangeiros”, 3Jo.5.
            Veja a importância de viver uma vida íntegra diante de Deus, pois “os quais (estrangeiros), perante a igreja, deram testemunho do [...] amor (de Gaio). (João fala que Gaio) bem faria encaminhando-os em sua jornada por modo digno de Deus (em direção à salvação)”, 3Jo.6.
            Interessante notar que não foi por causa de Gaio, mas “[...] por causa do Nome (de Cristo) foi que saíram, nada recebendo dos gentios (para anunciar o evangelho)”, 3Jo.7.
            O desejo de João é que Gaio, eu e você, “[...] devemos acolher esses irmãos (salvos pela graça), para nos tornarmos cooperadores da verdade (evangelização)”, 3Jo.8.
            Três perguntas chaves:
            1 – O que Gaio praticava?  
            Ele praticava a hospitalidade cristã acolhendo e hospedando os ministros da Palavra e os missionários itinerantes.
            Ele possuía a qualificação exigida da hospitalidade para alguém ser líder na igreja, sendo “[...] necessário [...] que o bispo seja [...] hospitaleiro [...]”, 1Tm.3.2;
            É possível que homens “[...] que possuem recursos deste mundo, e vendo a seu irmão padecer necessidade (o seu desejo será o de não) [...] fechar-lhe o seu coração [...] (isto é prova de que) pode permanecer nele o amor de Deus [...]”, 1Jo.3.17.
            2 – Qual a sua motivação?  
            Gaio cuidava dos servos de Deus com três motivações:
            A motivação de Gaio era [...]
            A – Por fidelidade a Deus.
            Amado, procedes fielmente naquilo que praticas para com os irmãos [...]”, 3Jo.5.
            Gaio era um mordomo do Senhor e a única coisa que Deus “[...] requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel”, 1Co.4.2;
            A motivação de Gaio era [...]
            B – Por amor a Deus e a seus irmãos.
            Tantos os da igreja quanto os de fora “[...] deram testemunho do [...] amor (de) Gaio [...]”, 3Jo.6, neste caso, quem ama cuida, pois devemos “[...] amar uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus”, 1Jo.4.7.
            Sendo assim, “quem [...] (os servos de Deus) recebe a Jesus [...] e quem [...] recebe (a Jesus) recebe aquele que o enviou (o Pai)”, Mt.10.40.
            A motivação de Gaio era [...]
            C – Por dever ou obediência a Deus.
            Gaio “[...] acolhia [...] (os) irmãos, para (se) [...] tornar cooperador da verdade”, 3Jo.8.
            Paulo fala que todos devem “levar as cargas uns dos outros e, assim, cumprir a lei de Cristo”, Gl.6.2.
            3 – Qual o resultado da sua prática?  
            O resultado maior é “[...] para [...] (a) verdade”, 3Jo.8 ser disseminada, propagada.
            Essa é a maneira para combater a disseminação das heresias ensinadas pelos falsos mestres.
2 – Diótrefes: Um crente que prejudica a obra de Deus.
            A segunda fotografia que temos da igreja para quem João escreveu é a de uma pessoa chamada “[...] Diótrefes [...]”, 3Jo.9.
            João “escreve alguma coisa à igreja (a respeito da verdade e da fé); mas Diótrefes [...]”, 3Jo.9, no meio do caminho faz de tudo para impedir a obra de Deus.
            [...] Diótrefes [...]”, 3Jo.9 é tudo aquilo que um líder não deve ser.
            [...] Diótrefes (filho adotivo de Zeus, indica a sua origem grega) [...]”, 3Jo.9.
            O que Diótrefes fazia?
            João fala “[...] que Diótrefes [...] gosta de exercer a primazia entre eles [...]”, 3Jo.9.
            É querer ser o primeiro ou ter ambição por ser o primeiro em tudo.
            Diótrefes era movido pelo orgulho e pela sede de poder.
            Jesus reprova essa prática ao dizer que “[...] entre nós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre nós, será esse o que nos sirva”, Mc.10.43.
            [...] Diótrefes [...] não (recebia e nem) [...] dava acolhida”, 3Jo.9 aos servos de Deus.
            Há muitos irmãos que agem assim na igreja hoje. Pensam só em si e nos seus interesses pessoais.
            Diótrefes falava mal dos irmãos.
            Por isso [...]”, 3Jo.10, por ser o primeiro, não receber os servos de Deus, João declara: “[...] se eu for aí, far-lhe-ei lembradas as obras que ele pratica [...]”, 3Jo.10, que é contra os ensinos de Cristo. 
            Outra má “[...] obra que Diótrefes praticava, proferindo contra nós (apóstolos) palavras maliciosas [...]”, 3Jo.10. 
            A Bíblia chama essa “[...] palavra maliciosa [...]”, 3Jo.10 de “[...] falso testemunho contra o seu próximo”, Ex.20.16. 
            Diótrefes perseguia os irmãos hospitaleiros.
            [...] E, não satisfeito com estas coisas, nem ele mesmo acolhe os irmãos, como impede os que querem recebê-los e os expulsa da igreja”, 3Jo.10. 
            Esses são chamados de líderes ditadores.
            Muitos abusam do poder e eclesiástico julgando e condenando todos aqueles que discordam deles.
            Eles lutam, não pela glória de Deus, mas pela projeção dos seus próprios nomes.
3 – Demétrio: Um crente honrado na obra do Senhor.
            A terceira fotografia é do irmão “[...] Demétrio [...]”, 3Jo.12.
            Antes de mostrar o seu retrato, João dá um conselho a Gaio: “Amado, não imites o que é mau, senão o que é bom. Aquele que pratica o bem procede de Deus; aquele que pratica o mal jamais viu a Deus”, 3Jo.11.
            Não seguir o exemplo de Diótrefes, pois a sua conduta é de quem não conhece a Deus ou de uma pessoa não regenerada.
            Um exemplo a seguir é o de “[...] Demétrio [...]”, 3Jo.12, e os motivos são três:
            1 – “Quanto a Demétrio, todos lhe dão testemunho [...]”, 3Jo.12;
            2 – “[...] Até a própria verdade (a pregação do evangelho) [...] dá testemunho [...]”, 3Jo.12;
            3 – “[...] E nós (João, os apóstolos) também dão testemunho [...]”, 3Jo.12 da sinceridade de Demétrio como crente honrado.
            João conclui que todos da igreja “[...] sabiam que o [...] testemunho (de João, dos apóstolos e dos demais são) verdadeiros”, 3Jo.12.
Conclusão:  Na conclusão da carta João apresenta seus planos:    
            1 – “Muitas coisas tinha que [...] escrever (a) Gaio [...]”, 3Jo.13 a respeito da fé, dos falsos cristãos e, sobre a verdade;
            2 – “[...] Todavia, não quis fazê-lo com tinta e pena”, 3Jo.13 devido a saudade, os custos dos pergaminhos 9 m x 20 cm;
            3 – O desejo de João, “pois, em breve, esperava ver Gaio [...]”, 3Jo.14 e os demais da igreja para matar a saudade e poder falar sobre a sua experiência espiritual;
            4 – “[...] Então, conversaria de viva voz”, 3Jo.14 dos falsos cristãos que havia na igreja.
            A despedida de João é que “a paz (de Cristo) seja contigo [...]”, 3Jo.15 para animar a fé, a esperança e a certeza de salvação.
            Interessante notar que João fala sobre “[...] os amigos (que Gaio havia feito) te saúdam [...]”, 3Jo.15.
            E João não esquece de “[...] saudar os (seus) amigos, nome por nome”, 3Jo.15; sinal de que ele orava por eles.
           
           


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – A verdadeira espiritualidade – 1, 2 e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3.


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