Objetivo: Conhecer a
terceira carta de João e envolver-se na obra missionária.
Fotografia
– gr. Foto – fós; grafos – grafe, e significa “desenhar com luz”.
A
invenção da fotografia é o resultado de pesquisas feitas desde o século 16.
Hoje
temos a fotografia em preto e branco, a fotografia colorida e a digital.
Ela
está presente na vida humana como uma forma de expressão de afetividade,
identidade e memória.
Na
foto congelamos ou registramos momentos importantes da nossa vida e a lembrança
de lugares e pessoas significativas.
Fotografamos
pessoas queridas, lugares, momentos especiais – nascimento, aniversário,
casamento e formatura.
Fotografamos
para combater o esquecimento e construir a nossa memória.
Fotografamos
para registrar a nossa identidade.
Nar.: A 3ª carta de João foi
escrita nos anos 80-90 do primeiro século, da cidade de Éfeso.
Há
três motivos para estudar esta carta:
1
– Ela revela a vida local de uma comunidade cristã primitiva, através do retrato
de três homens;
2
– Ela apresenta o diagnóstico de uma alma espiritualmente saudável;
3
– Ela nos oferece um curso de hospitalidade cristã para com aqueles que estão
envolvidos na obra missionária.
1 – Gaio: Um crente que cooperou com a
obra de Deus.
A primeira
fotografia que temos da igreja é a de um irmão chamado Gaio.
O verso 1
apresenta duas informações importantes:
1 – O
remetente: “O
presbítero (ou o ancião João) [...]”, 3Jo.1, o
mesmo autor das duas cartas anteriores e Apocalipse.
2 –
Destinatário: “[...]
amado Gaio [...]”, 3Jo.1.
No N.T.
aparecem três pessoas com o nome de Gaio:
A – “[...] O macedônio Gaio [...]
companheiro de Paulo [...] (que o) acompanhou [até à Ásia] [...]”, At.19.29; 20.4;
B – O
cristão de Corinto, “[...]
Gaio [...] (a quem Paulo) batizou [...] (o qual) o [...] hospedou [...]”, 1Co.1.14; Rm.16.23.
C – O
cristão, o “[...]
amado Gaio [...]”, 3Jo.1 a quem João endereçou
a sua carta.
O
perfil espiritual deste irmão a quem João escreve:
A – Gaio
era uma pessoa amada e amável.
A
declaração de João é que “[...] Gaio (era) amado, a quem eu amo na verdade”, 3Jo.1.
Ele repete
a palavra amado mais duas vezes nos versos 2 e 5.
Trata-se
de um tratamento carinhoso para uma pessoa especial.
Toda pessoa
que recebe o amor de Deus é uma pessoa querida e capacitada a derramar amor aos
outros, por isso, “nós
amamos porque ele nos amou primeiro”, 1Jo.4.19.
B – Gaio
era uma pessoa de boa saúde espiritual.
O amor do “[...] presbítero ao amado Gaio
[...]”, 3Jo.1 se expressa num desejo: “Amado, acima de tudo, faço votos
por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma”, 3Jo.2.
A palavra “[...] prosperidade [...]”, 3Jo.2 denota sucesso, “[...] conforme a sua prosperidade (financeira) [...]”, 1Co.16.2.
A palavra “[...] saúde [...]”, 3Jo.2 significa vigor, saúde e bem-estar, a ponto de “[...] não precisar de médico
[...] (estando bem) recuperado com saúde”, Lc.5.31;
15.27.
A “[...] saúde [...]”, 3Jo.2 espiritual é mantida e desenvolvida através de uma
dieta com cinco elementos:
1 – “[...] O genuíno leite espiritual
(Palavra de Deus), para que, por ele, nos seja dado crescimento para salvação”, 1Pe.2.2;
2 – Vida
de oração “[...]
entrando no seu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em
secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”, Mt.6.6;
3 – Exercício
da “[...] piedade
com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma
podemos levar dele”, 1Tm.6.6, 7;
4 –
Fidelidade na mordomia porque Deus “[...] requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado
fiel”, 1Co.4.2;
5 – E a
prática das “[...] boas
obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”, Ef.2.10.
C – Gaio
era uma pessoa que andava na verdade.
João fala
que “[...] ficou sobremodo
alegre pela vinda de irmãos [...] (terem dado) testemunho (a respeito de Gaio) da
(fidelidade) [...] da verdade, (e) como Gaio anda na verdade”, 3Jo.3.
A
declaração de João é que “não tem maior alegria do que esta, a de ouvir que seus filhos
andam (viver) na verdade”, 3Jo.4, obediente a
Deus em todas as áreas da vida.
D – Gaio
era uma pessoa que cooperava com a verdade.
O “amado (Gaio), procedia fielmente
naquilo que praticava (com a proclamação do evangelho) para com os irmãos, e isso
fazia mesmo quando são estrangeiros”, 3Jo.5.
Veja a
importância de viver uma vida íntegra diante de Deus, pois “os quais (estrangeiros), perante
a igreja, deram testemunho do [...] amor (de Gaio). (João fala que Gaio) bem
faria encaminhando-os em sua jornada por modo digno de Deus (em direção à
salvação)”, 3Jo.6.
Interessante
notar que não foi por causa de Gaio, mas “[...] por causa do Nome (de Cristo) foi que saíram, nada recebendo
dos gentios (para anunciar o evangelho)”,
3Jo.7.
O desejo
de João é que Gaio, eu e você, “[...] devemos acolher esses irmãos (salvos pela graça), para nos
tornarmos cooperadores da verdade (evangelização)”, 3Jo.8.
Três
perguntas chaves:
1 – O
que Gaio praticava?
Ele
praticava a hospitalidade cristã acolhendo e hospedando os ministros da Palavra
e os missionários itinerantes.
Ele
possuía a qualificação exigida da hospitalidade para alguém ser líder na
igreja, sendo “[...]
necessário [...] que o bispo seja [...] hospitaleiro [...]”, 1Tm.3.2;
É possível
que homens “[...]
que possuem recursos deste mundo, e vendo a seu irmão padecer necessidade (o
seu desejo será o de não) [...] fechar-lhe o seu coração [...] (isto é prova de
que) pode permanecer nele o amor de Deus [...]”,
1Jo.3.17.
2 – Qual
a sua motivação?
Gaio
cuidava dos servos de Deus com três motivações:
A
motivação de Gaio era [...]
A – Por
fidelidade a Deus.
“Amado, procedes fielmente naquilo
que praticas para com os irmãos [...]”, 3Jo.5.
Gaio era
um mordomo do Senhor e a única coisa que Deus “[...] requer dos despenseiros é que cada um deles
seja encontrado fiel”, 1Co.4.2;
A
motivação de Gaio era [...]
B – Por
amor a Deus e a seus irmãos.
Tantos os
da igreja quanto os de fora “[...] deram testemunho do [...] amor (de) Gaio [...]”, 3Jo.6, neste caso, quem ama cuida, pois devemos “[...] amar uns aos outros, porque
o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a
Deus”, 1Jo.4.7.
Sendo
assim, “quem [...] (os
servos de Deus) recebe a Jesus [...] e quem [...] recebe (a Jesus) recebe
aquele que o enviou (o Pai)”, Mt.10.40.
A
motivação de Gaio era [...]
C – Por
dever ou obediência a Deus.
Gaio “[...] acolhia [...] (os) irmãos,
para (se) [...] tornar cooperador da verdade”,
3Jo.8.
Paulo fala
que todos devem “levar
as cargas uns dos outros e, assim, cumprir a lei de Cristo”, Gl.6.2.
3 – Qual
o resultado da sua prática?
O
resultado maior é “[...]
para [...] (a) verdade”, 3Jo.8 ser disseminada,
propagada.
Essa é a
maneira para combater a disseminação das heresias ensinadas pelos falsos
mestres.
2 – Diótrefes: Um crente que prejudica a
obra de Deus.
A segunda
fotografia que temos da igreja para quem João escreveu é a de uma pessoa
chamada “[...]
Diótrefes [...]”, 3Jo.9.
João “escreve alguma coisa à igreja (a
respeito da verdade e da fé); mas Diótrefes [...]”, 3Jo.9, no meio do caminho faz de tudo para impedir a obra de Deus.
“[...] Diótrefes [...]”, 3Jo.9 é tudo aquilo que um líder não deve ser.
“[...] Diótrefes (filho adotivo de
Zeus, indica a sua origem grega) [...]”,
3Jo.9.
O que
Diótrefes fazia?
João fala “[...] que Diótrefes [...]
gosta de exercer a primazia entre eles [...]”,
3Jo.9.
É querer
ser o primeiro ou ter ambição por ser o primeiro em tudo.
Diótrefes
era movido pelo orgulho e pela sede de poder.
Jesus
reprova essa prática ao dizer que “[...] entre nós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se
grande entre nós, será esse o que nos sirva”, Mc.10.43.
“[...] Diótrefes [...] não (recebia
e nem) [...] dava acolhida”, 3Jo.9 aos
servos de Deus.
Há muitos
irmãos que agem assim na igreja hoje. Pensam só em si e nos seus interesses
pessoais.
Diótrefes
falava mal dos irmãos.
“Por isso [...]”, 3Jo.10, por ser o primeiro, não receber os servos de
Deus, João declara: “[...]
se eu for aí, far-lhe-ei lembradas as obras que ele pratica [...]”, 3Jo.10, que é contra os ensinos de Cristo.
Outra má “[...] obra que Diótrefes praticava,
proferindo contra nós (apóstolos) palavras maliciosas [...]”, 3Jo.10.
A Bíblia
chama essa “[...]
palavra maliciosa [...]”, 3Jo.10 de “[...] falso testemunho contra o seu
próximo”, Ex.20.16.
Diótrefes
perseguia os irmãos hospitaleiros.
“[...] E, não satisfeito com estas
coisas, nem ele mesmo acolhe os irmãos, como impede os que querem recebê-los e
os expulsa da igreja”, 3Jo.10.
Esses são
chamados de líderes ditadores.
Muitos
abusam do poder e eclesiástico julgando e condenando todos aqueles que
discordam deles.
Eles
lutam, não pela glória de Deus, mas pela projeção dos seus próprios nomes.
3 – Demétrio: Um crente honrado na obra do
Senhor.
A terceira
fotografia é do irmão “[...] Demétrio [...]”, 3Jo.12.
Antes de
mostrar o seu retrato, João dá um conselho a Gaio: “Amado, não imites o que é mau,
senão o que é bom. Aquele que pratica o bem procede de Deus; aquele que pratica
o mal jamais viu a Deus”, 3Jo.11.
Não seguir
o exemplo de Diótrefes, pois a sua conduta é de quem não conhece a Deus ou de
uma pessoa não regenerada.
Um exemplo
a seguir é o de “[...]
Demétrio [...]”, 3Jo.12, e os motivos são
três:
1 – “Quanto a Demétrio, todos lhe
dão testemunho [...]”, 3Jo.12;
2 – “[...] Até a própria verdade (a
pregação do evangelho) [...] dá testemunho [...]”,
3Jo.12;
3 – “[...] E nós (João, os apóstolos) também
dão testemunho [...]”, 3Jo.12 da sinceridade
de Demétrio como crente honrado.
João
conclui que todos da igreja “[...] sabiam que o [...] testemunho (de João, dos apóstolos e dos
demais são) verdadeiros”, 3Jo.12.
Conclusão: Na
conclusão da carta João apresenta seus planos:
1 – “Muitas coisas tinha que [...]
escrever (a) Gaio [...]”, 3Jo.13 a respeito da
fé, dos falsos cristãos e, sobre a verdade;
2 – “[...] Todavia, não quis fazê-lo
com tinta e pena”, 3Jo.13 devido a saudade, os
custos dos pergaminhos 9 m x 20 cm;
3 – O
desejo de João, “pois,
em breve, esperava ver Gaio [...]”, 3Jo.14 e
os demais da igreja para matar a saudade e poder falar sobre a sua experiência
espiritual;
4 – “[...] Então, conversaria de viva
voz”, 3Jo.14 dos falsos cristãos que havia na
igreja.
A
despedida de João é que “a paz (de Cristo) seja contigo [...]”, 3Jo.15 para animar a fé, a esperança e a certeza de salvação.
Interessante
notar que João fala sobre “[...] os amigos (que Gaio havia feito) te saúdam [...]”, 3Jo.15.
E João não
esquece de “[...] saudar
os (seus) amigos, nome por nome”, 3Jo.15;
sinal de que ele orava por eles.
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – A verdadeira espiritualidade – 1, 2
e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3.
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