Objetivo: O
que é um dom espiritual para o ministério, e o que não é?
Qual a procedência desses dons e
quem os recebe?
O que é um dom espiritual para
ministério?
Com que finalidade existem os
dons?
Dom, no grego “charisma”, pode ser
usada para indicar “[...] o dom gratuito de Deus (que) é a vida eterna em
Cristo Jesus, nosso Senhor”, Rm.6.23 - ONDB.
Mas seu emprego característico é
para indicar os “dons espirituais”, isto é, as dotações outorgadas pelo
Espírito Santo. – ONDB.
Todos possuem dons com a
determinação de “servirem uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu,
como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”, 1Pe.4.10.
Conforme o texto básico, Paulo fala:
“e a graça
(favor imerecido) foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de
Cristo”, Ef.4.7.
Um dom espiritual não tem sentido ou
fim em si mesmo, isso porque, “[...] Cristo mesmo concedeu uns para apóstolos,
outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e
mestres, (finalidade) com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o
desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo”, Ef.4.11, 12.
Dons espirituais são um chamado de
Deus ao trabalho, “pois somos feitura (de) Deus, criados em Cristo Jesus para
boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”,
Ef.2.10.
Dons espirituais existem com a
finalidade de Deus suprir, através de seu exercício, as necessidades físicas,
materiais, intelectuais e emocionais do Corpo e através do Corpo.
Os “[...] dons espirituais [...]
(devem ser) para a edificação da igreja”, 1Co.14.12.
Não se deve confundir dons
espirituais com talentos, com o fruto do Espírito e, nem com cargos na igreja.
A diferença entre dons
espirituais e talentos natos.
Todos nascem com talentos – crentes
e não crentes – talentos grandes, médios ou pequenos.
Somente o crente recebe dons
espirituais.
Talentos – presentes desde o
nascimento físico; descobertos ou não, e é o próprio Deus é quem “a um dá cinco
talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria
capacidade; e, então, partiu”, Mt.25.15.
Operam na sociedade e no Corpo de
Cristo pela capacitação natural:
1 – Agilidade com as mãos –
desenhar, lapidar, engastar, costurar;
2 – Música – cantar, compor, tocar,
reger, analisar;
3 – Idiomas – aprender, falar,
traduzir;
4 – Trabalhar com crianças;
5 – Facilidade, criatividade –
ciências e matemática;
6 – Comunicação – verbal, ensinar, público
– ator, orador, conferencista;
7 – Liderança;
8 – Administração;
9 – Vendas.
Veja que é “[...] o Espírito de Deus
(que) [...] enche (o homem) de habilidade, inteligência e conhecimento em todo
artifício [...] também [...] dispõe o coração para ensinar a outrem [...]”,
Ex.35.31, 34.
Dons – Acompanham o novo
nascimento; descobertos ou não.
Operam no Corpo de Cristo e também
na sociedade pela graça de Deus e no poder do Espírito Santo:
1 – Profeta;
2 – Evangelista;
3 – Mestre – ensino da Palavra de
Deus;
4 – Serviço - ministério;
5 – Exortação;
6 – Repartir - contribuir;
7 – Liderança - presidir;
8 – Misericórdia;
9 – Ajuda – socorro;
10 – Administração – governos;
11 – Hospitalidade;
12 – Intercessão;
13 – Pastorear – cuidar de ovelhas.
Não parte de nós escolher dons, mas “a
uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos; em segundo lugar,
profetas; em terceiro lugar, mestres; depois, operadores de milagres; depois,
dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas”, 1Co.12.28 e outros
mais.
Deus pode usar tanto talentos
quanto dons conjuntamente para a glória de Deus.
O talento para vendas ao lado do dom
de evangelizar;
O talento para o ensino ao lado do
dom de ensinar;
O talento de administração ao lado
do dom de administrar.
Talentos fazem parte dos recursos
para o exercício de um dom espiritual.
Talentos fazem parte dos recursos
para o exercício de um dom espiritual.
Ex.: Talentos para a comunicação
verbal e facilidade de enfrentar o público dão oportunidade ao exercício dos
dons espirituais de ensino, profecia, exortação ou evangelização, quando
exercidos publicamente.
Não devemos confundir talento nato
nem dom espiritual com treinamento.
Pode-se desenvolver tanto um talento
quanto um dom espiritual e, no caso deste, aprender a usá-lo cada vez mais no
poder e na dependência do Espírito Santo.
Diferenças entre dons espirituais
para o ministério e o fruto do Espírito.
“[...] O fruto do Espírito é: amor
[...]”, Gl.5.22. Tudo o mais é derivação do amor.
Paulo descreve o amor como “[...] um
caminho sobremodo excelente”, 1Co.12.31. O caminho mais elevado de exercer um
dom espiritual com “[...] o fruto do Espírito [...]”, Gl.5.22.
Nossa atitude espiritual é moldada
pelo “[...] fruto do Espírito [...]”, Gl.5.22, que é a mente, o caráter e a
disposição de Cristo.
Quando estamos firmados em Cristo,
pensamos os seus pensamentos e reagimos à vida com a Sua disposição.
Dons espirituais definem aquilo que
o crente faz (serviço); o fruto do Espírito ajuda a definir aquilo que o crente
é (caráter) – Wagner, Gifis, 89.
“[...] O fruto do Espírito [...]”,
Gl.5.22 é um pré-requisito para o exercício efetivo de dons espirituais. Dons
sem fruto são sem nenhum valor.
Diferenças entre dons espirituais
e cargos no trabalho do Senhor.
Por nomeação ou eleição na igreja,
irmãos na fé ocupam cargos por períodos longos ou curtos – organistas,
professores, tesoureiros, presbíteros, diáconos, presidentes.
Espera-se que no exercício de um
cargo o crente tenha oportunidade de utilizar um ou mais de seus dons
espirituais.
Quem tem o dom de exortação no cargo
da superintendência da Escola Dominical, incentiva professores e alunos a se
prepararem, anima os retardatários.
Valorizar pessoas pelos cargos
que ocupam.
Quem é você quando não ocupa cargos
na igreja? “[...] Depois de havermos feito quanto nos foi ordenado, dizemos:
Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer”, Lc.17.10.
Cargos dão identidade apenas
circunstancial. Dons dão a seus possuidores identidade pessoal permanente.
Sua identidade no Corpo de Cristo.
Sua identidade no Corpo de Cristo
não depende de cargos, e sim de dons espirituais que você recebeu quando nasceu
de novo.
A diferença entre um dom
espiritual para o ministério e uma responsabilidade correspondente que é de
todo cristão.
Ministério no grego – serviço.
Todo crente é chamado para ser um
servo de Deus a ponto de “servir uns aos outros, cada um conforme o dom que
recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”, 1Pe.4.10.
Ser um servo é uma questão de
atitude para com o Senhor e seu corpo, por isso, “[...] se Jesus, sendo o
Senhor e o Mestre [...] lavou os pés (dos discípulos), também nós devemos lavar
os pés uns dos outros”, Jo.13.14.
O servo é chamado a fazer aquilo que
a situação requer ou que o outro necessita na hora, assim, “[...] aquele que
possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e
fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?”, 1Jo.3.17.
Todo crente tem a responsabilidade
de “ser misericordioso, como também é misericordioso nosso Pai”, Lc.6.36.
Todos os crentes têm deveres a
cumprir no Corpo de Cristo, portanto, “fazei tudo sem murmurações nem contendas”,
Fp.2.14.
Por este motivo de Salomão ter
falado: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê
sábio”, Pv.6.6.
O Senhor não requer nem devemos nós
esperar eficiência máxima daquele irmão nas tarefas para as quais ele não foi
dotado por Deus.
Quem tem dons espirituais?
É possível exercer um dom sem saber?
Cada pessoa nascida de novo recebe
dons espirituais como equipamento básico para o desempenho de seu serviço no
Corpo de Cristo.
Pedro declara: “Servi uns aos
outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da
multiforme graça de Deus”, 1Pe.4.10.
Paulo fala que “[...] Deus dispôs os
membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve [...] (e) nós somos
corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo”, 1Co.12.18, 27.
Então, a mim e a você “[...] foi
concedida a graça [...] a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo”,
Ef.4.7.
Não há gente do lado de fora, não há
espectadores. Você é tão importante para o Corpo quanto qualquer parte do corpo
humano é vital para esse corpo.
Caso você não tenha nenhum
compromisso real e sério com o Dono, o Senhor da igreja, veja que “já está
posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto
é cortada e lançada ao fogo”, Mt.3.10.
Aplicação: Que
dom você tem colocado em prática no Corpo de Cristo?
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Quem é
você no Corpo de Cristo – Mis. Lida E. Knight – LPC.
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