quarta-feira, 24 de abril de 2019

1Jo.4.7-21 - DEUS É AMOR.


DEUS É AMOR, 1Jo.4.7-21.

Objetivo:         Vivenciar o amor de Deus.
Nar.:    Sobre a natureza de Deus, João fala que “Deus é espírito [...]”, Jo.4.24, “[...] que Deus é luz [...] (e) que Deus é amor”, 1Jo.1.5; 4.8.
            Este é o primeiro conceito de Deus que aprendemos na infância, por meio do cântico “Três Palavrinhas Só: Deus é amor”.
            A primeira carta de João é uma carta de amor.
            O amor é o tema central desta carta.
            Nela, o verbo amar aparece 28 vezes e o substantivo amor aprece 18 vezes.
            No evangelho de João ele apresenta 37 vezes o verbo amar.
            João apresenta o amor pelos irmãos como prova de comunhão com Deus, isto se deve porque “aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço”, 1Jo.2.10.
            A prova da filiação a Deus serve para aqueles que “[...] são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão”, 1Jo.3.10.
            João, através do texto base, apresenta o amor como um atributo da natureza de Deus e as implicações disto na vida daqueles que têm comunhão com Ele.
            Não é à toa que o texto começa dizendo que “aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”, 1Jo.4.8.
1 – Deus é amor.
            [...] Deus é amor (ágape)”, 1Jo.4.8, isto é, o amor é a essência do ser divino.
            L. Berkhof apresenta três atributos morais da divindade: a bondade, a santidade e a justiça de Deus.
            A bondade de Deus é aquela perfeição que o mantém solícito para tratar generosamente todas as suas criaturas.
            Quando a bondade de Deus se manifesta para os seus filhos, assume o caráter de amor, graça, compaixão e paciência.
            O “[...] amor (impele a) Deus”, 1Jo.4.8 a se comunicar e se relacionar conosco, isto é possível porque “vemos [...] (o) grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus [...]”, 1Jo.3.1.
            João apresenta dois aspectos do amor de Deus:
            A – A revelação do amor de Deus.
            Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele”, 1Jo.4.9.
            Três lições neste verso:
            1 – A natureza da revelação do amor.
            Veja que “[...] Deus se manifesta [...]”, 1Jo.4.9, ou torna conhecido o seu amor.
            [...] Manifestar [...]”, 1Jo.4.9 significa tornar plenamente conhecido, com detalhes, mediante revelação clara, alguma coisa que estava oculta – Augustus Nicodemus;
            2 – O conteúdo da revelação do amor.
            A “[...] manifestação (ou a revelação do) [...] amor de Deus em nós [...] (foi a encarnação ou): em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo [...]”, 1Jo.4.9;
            3 – O objetivo da revelação do amor.
            Para nos dar vida ou “[...] para vivermos por meio dele (Jesus)”, 1Jo.4.9.
            B – A consistência do amor de Deus.
            Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.”, 1Jo.4.10.
            Duas características do amor de Deus:
            1 – O amor é incondicional.
            A melhor tradução do grego de “nisto consiste o amor [...]”, 1Jo.4.10, é “nisto é o amor”.
            O amor de Deus é incondicional, não causado ou espontâneo.
            Deus nos amou livremente, simplesmente porque Ele nos quis amar.
            Não existe no homem motivo ou virtude alguma para ele ser amado por Deus;
            A fala de Jesus é que “não fomos nós que [...] escolhemos a Jesus; pelo contrário, Jesus nos escolheu a nós outros e nos designou para que vamos e demos fruto, e o nosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirmos ao Pai em [...] nome (de) Jesus, ele no-lo conceda”, Jo.15.16;
            2 – O amor é sacrificial.                    
            [...] Deus [...] nos [...] enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados”, 1Jo.4.10.
            Deus enviou o seu Filho para morrer sacrificialmente por nós.
            Jesus cobriu nossos pecados e nos libertou da culpa.
2 – O cristão deve amar a Deus e a seus irmãos.
            João apresenta uma série de argumentos sobre o amor ou acerca da importância de amarmos.
            Por que devemos amar?
            A – Porque o amor procede de Deus.
            Deus é a origem ou a fonte de onde vem o amor.
            Se Deus não existisse, o amor não existiria.
            Toda a capacidade afetiva do homem de se relacionar amorosamente vem de Deus, por isso de João dizer: “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus [...]”, 1Jo.4.7;
            B – Porque somos filhos de Deus.
            Ao gerar filhos espirituais, Deus os gera segundo a sua natureza espiritual.
            Aquele que é “amados (de Deus e por Deus, deve), amar uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus”, 1Jo.4.7.
            Se houver rejeição da nossa parte, “[...] aquele que não ama permanece na morte”, 1Jo.3.14.
            João é enfático: “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”, 1Jo.4.8;
            C – Porque Deus nos amou.
            O amor de Deus por nós é a grande motivação para amar uns aos outros.
            João fala que “[...] devemos nós também amar uns aos outros”, 1Jo.4.11.
            O grande motivo para esse amor ao próximo é porque somos “amados (incondicionalmente) [...]”, 1Jo.4.11.
            [...] Devemos [...] amar [...] (porque) Deus de tal maneira nos amou [...]”, 1Jo.4.11 sem impor condições;
            D – Porque Deus permanece em nós.
            A verdade é que “ninguém jamais viu a Deus [...]”, 1Jo.4.12.
            A certeza que temos é que, “[...] se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós [...]”, 1Jo.4.12.
            Quando nos dispomos a “[...] amar uns aos outros, Deus permanece em nós (para consolar, ajudar, fortalecer a alma) [...]”, 1Jo.4.12.
            Veja que essa ação de amar contribui para que o “[...] o amor (de) Deus é, em nós, aperfeiçoado (completo, finalizado)”, 1Jo.4.12.
            Perceba que “nisto (através do amor ao próximo) conhecemos que permanecemos (sobreviver) nele (Deus) [...]”, 1Jo.4.13.
            Em contrapartida, em resposta ao amor que devotamos ao outro, “[...] Deus, permanece em nós [...]”, 1Jo.4.13.
            Esse amor acontece em nossos corações pelo motivo “[...] em que Deus nos deu do seu Espírito (a fim de nos impulsionar a viver para Ele)”, 1Jo.4.13.
            É somente após o Espírito Santo de Deus em nosso coração é que “[...] temos visto e testemunhamos que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo”, 1Jo.4.14.
            É por este motivo que, todo servo de Deus, ou, “aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus (tem a vida eterna) [...]”, 1Jo.4.15.
            Confessando Jesus, “[...] Deus permanece (em) nós, e nós, em Deus (para toda a eternidade)”, 1Jo.4.15.
            E (é por este motivo que) nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós [...]”, 1Jo.4.16.
            É por todas essas razões que “[...] Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele”, 1Jo.4.16;
            E – Porque o amor aperfeiçoa.
            O perfeito amor de Deus tem poder “[...] aperfeiçoador (completar, finalizar, levar até o fim) [...]”, 1Jo.4.17.
            Essa ação completa acontece quando “[...] permanecemos em Deus, e Deus, (permanece em) nós”, 1Jo.4.16, daí, “nisto (que praticamos) é em nós aperfeiçoado o amor [...]”, 1Jo.4.17.
            Esse “[...] amor aperfeiçoado, (serve) para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo (dedicado ao Senhor)”, 1Jo.4.17.
            Embora não sejamos perfeitos iguais a Cristo, não somos do mundo.
            Estamos no processo de crescimento ou aperfeiçoamento espiritual;
            F – Porque o amor destrói o medo.
            O texto fala que “no amor não existe medo (fobia em relação a qualquer assunto em nossa vida) [...]”, 1Jo.4.18.
            [...] O perfeito amor (colocado em nosso coração através do Espírito Santo de Deus) lança fora o medo (em relação a nosso futuro espiritual) [...]”, 1Jo.4.18.
            A explicativa do texto: “[...] Ora, o medo produz tormento (na alma por não saber o destino eterno) [...]”, 1Jo.4.18.
            É por este motivo que “[...] aquele que teme (viver perdido espiritualmente) não é aperfeiçoado (completado) no amor (de Deus em seu coração)”, 1Jo.4.18;
            G – Porque somos capazes de amar.
            Não sabíamos o que era o amor e desconhecíamos a experiência de amar e de sermos amados.
            A maior razão porque “nós amamos (é) porque ele (Deus) nos amou primeiro (sem merecer)”, 1Jo.4.19;
            H – Porque o amor prova honestidade.
            O amor é a carteira de identidade do cristão.
            Pela prática do amor um cristão verdadeiro é distinguido do hipócrita.
            É por este motivo que, “se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso [...]”, 1Jo.4.20.
            Não existe amor na vida do ímpio e muito menos na vida do hipócrita, isto porque, “[...] aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê”, 1Jo.4.20;
            I - Porque o amor é um mandamento.
            Amar a Deus e ao próximo não é uma opção, mas uma ordem divina.
            A conjunção aditiva “ora (aponta para a nossa responsabilidade como cristão, servo de Deus) [...]”, 1Jo.4.21.
            É verdade sobre o que “[...] temos, da parte dele (Deus), este mandamento (para ser obedecido, cumprido à risca) [...]”, 1Jo.4.21.
            Veja que essa obrigação é coletiva, ou seja, “[...] que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão”, 1Jo.4.21.
Aplicações práticas:    Nosso amor por Deus comprova-se em nosso amor pelos outros.
            O amor de Deus por nós foi comprovado pela morte sacrificial de Jesus.
            Devemos amar porque temos a capacidade de amar.


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – A verdadeira espiritualidade – 1, 2 e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3

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