O CRENTE E AS DÍVIDAS
“A
ninguém devais coisa alguma” (Rm 13.8).
“É
muito triste ver crentes tão acostumados a viver com dívidas, que já não se
incomodam mais com isso. Se é mau para o crente manter dívidas com outro
crente, muito pior ainda é ter ele dívida com os não crentes.
A
lei brasileira favorece o inquilino, mas o crente evangélico não deve valer-se
da lei para abusar do proprietário. O crente deve pagar as suas mensalidades no
dia marcado, pois no dia seguinte já não são mais contas, são dívidas.
Chegando
o dia do vencimento, se não puder cumprir a promessa, então, deverá explicar
por que razão não lhe é possível efetuar o pagamento. O crente não deve fugir do
credor ou silenciar. Faze todo esforço possível para liquidar as suas dívidas.
Não
deve gastar nem um vintém em coisa dispensáveis. Má administração de rendas ou
gastos sem discriminação? Peça auxílio a Deus. Há pessoas que não tem coragem
de dizer não para evitar dívidas. Mas Deus pode fortalecer os fracos. O seu
atraso no pagamento de suas dívidas faz muita diferença para o credor.
Como
evitar dívidas – tomar isto como assunto de oração diária; gastar sempre menos
do que recebe; pensar nas dificuldades que as suas dívidas podem ocasionar aos
outros; lembrar-se do possível prejuízo que trarão suas dívidas à causa do
evangelho; estimular sua própria consciência até chegar a ponto de ter ódio às
dívidas.
Crente
endividado não pode dar esmolas. Seria usar dinheiro que pertence ao credor sem
a permissão dele. Ser generoso com prejuízo à honestidade não serve. Que
direito temos de ser generosos com o dinheiro dos outros? O dízimo é pago, mas
oferta é dada, e só podemos dar o que é nosso.
É
muito duvidoso que Deus aceite oferta de crente endividado; esse dinheiro não é
seu. É preferível andar com o paletó velho do que com paletó não pago.
Dívida
permanente – Esta dívida é o amor que devemos aos nossos semelhantes, Rm.13.8.
Não é somente aos amigos e irmãos, mas até aos inimigos, Mt.5.44.
O
crente que anda endividado evidentemente falta no amor e na consideração para
com o seu próximo. As dívidas não somente causam dificuldades aos outros e
irritam, mas criam inimizades e rancor das partes, nas famílias, na igreja e no
mundo.
Tudo
isto acontece quando um crente deixa de cumprir a lei do amor e de fazer aos
outros o que ele deseja que os outros lhe façam.
Deus
considera o resgate de dívidas tão importante e necessário que mandou o Seu
Filho Amado a este mundo pagar as nossas dívidas de pecadores”.
Extraído do BP –
maio/92 – Rev. Harold Henry Cood – 1878-1978.
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