sábado, 22 de setembro de 2018

1Jo.2.12-17 - NÃO AME O QUE DEUS ODEIA.


NÃO AME O QUE DEUS ODEIA, 1Jo.2.12-17.



Objetivo:         Precisamos compreender por que não se deve amar o mundo.

Nar.:    [...] Deus é amor”, 1Jo.4.8.

            O Deus que ama é também o Deus que odeia.

            Não pode haver amor sem o ódio.

            A Bíblia apresenta Deus como alguém que odeia. Ele odeia a idolatria e as suas práticas.

            Somos aconselhados a “não fazer assim ao SENHOR, nosso Deus, porque tudo o que é abominável ao SENHOR e que ele odeia fizeram eles a seus deuses, pois até seus filhos e suas filhas queimaram aos seus deuses”, Dt.12.31.

            [...] O SENHOR [...] diz que odeia o repúdio (divórcio) e também aquele que cobre de violência as suas vestes, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto, cuidai de vocês mesmos e não sejam infiéis”, Ml.2.16.

            Salomão declara que “seis coisas o SENHOR aborrece, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos (orgulhoso), língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos”, Pv.6.16-19.

            A fala de João é que “não (devemos) amar o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele”, 1Jo.2.15.

            Deus apresenta três motivos pelos quais o cristão “não (deve) amar o mundo [...]”, 1Jo.2.15, isto porque, a igreja de Deus não pertence ao mundo e por isso não deve amá-lo.

            Não ame o que Deus odeia porquê [...]

1 – A igreja não é do mundo.

            O evangelho de João declara             que “nós não somos do mundo, como também Jesus não é”, Jo.17.16.

            João sabia dessa verdade e estava ciente de que os seus leitores eram alvo dos falsos mestres do gnosticismo.

            Para encorajar os leitores, João relembra que somos “filhinhos [...] porque os nossos pecados são perdoados, por causa do [...] nome (de) Jesus”, 1Jo.2.12.

            Aos “pais, João [...] escreve, porque conhecem aquele que existe desde o princípio. (Aos) jovens, João [...] escreve, porque tens vencido o Maligno”, 1Jo.2.13.

            A todos estes, os “filhinhos, João [...] escreve, porque conhecem o Pai. Pais, João [...] escreve, porque conhecem aquele que existe desde o princípio. Jovens, João [...] escreve porque são fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno”, 1Jo.2.14.

            Observem duas lições espirituais:

            A – A igreja reúne pessoas de todas as idades.

            Primeiro, João usa a expressão “filhinhos meus [...]”, 1Jo.2.1 que se aplica a todos os leitores.

            João fala para esses “filhinhos, (que) já é a última hora (volta de Cristo); e, como ouvimos que vem o anticristo, também, agora, muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora (que temos para crescer espiritualmente)”, 1Jo.2.18.

            Esses “filhinhos [...] (são instruídos a) permanecerem nele (Jesus), para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda”, 1Jo.2.28.

            Primeiro, João classifica a igreja por faixa etária:

            Aos “pais (idosos) [...] porque conhecem (amadurecimento espiritual) aquele que existe (Jesus) desde o princípio [...]”, 1Jo.2.13;

            Aos “[...] jovens, (que estão em início de carreira da maturidade espiritual) João [...] escreve, porque (eles) tem vencido (derrotado) o Maligno”, 1Jo.2.13 através da vida santa.

            Esses jovens são aqueles que estão no processo de amadurecimento espiritual, pois “quando [...] era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando chegou a ser homem, desiste das coisas próprias de menino”, 1Co.13.11.

            Os pais precisam aprender a “não repreender ao homem idoso; antes, exorta-o como a pai; aos moços, como a irmãos; às mulheres idosas, como a mães; às moças, como a irmãs, com toda a pureza”, 1Tm.5.1, 2.

            A igreja é, portanto, uma família que reúne pessoas de todas as idades.

            Todos nasceram de Deus, mas estão em várias fases de maturidade espiritual tais como os “filhinhos [...] (os) pais [...] (e os) jovens [...]”, 1Jo.2.14.

            B – A igreja congrega pessoas que têm um relacionamento espiritual com Deus.

            Os verdadeiros filhos de Deus, independente da sua idade ou maturidade espiritual, estão seguros de bênçãos espirituais.

            Todos os privilégios apresentados no texto pertencem a todos os cristãos.

            João apresenta três razões para não desanimarmos, mesmo quando provados por Deus:

            1 – Fomos perdoados por causa de Jesus.

            A boa nova do evangelho é que nós, os “filhinhos [...] (temos) os nossos pecados [...] perdoados, por causa de [...] Jesus”, 1Jo.2.12.

            O médico Lucas avisou a Igreja Primitiva de que devia “tomar [...] conhecimento de que se [...] anunciava remissão de pecados por intermédio (de) Jesus; e, por meio dele, todo o que crê é justificado de todas as coisas [...]”, At.13.38, 39.

            É por este motivo que “[...] não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”, At.4.12.

            Todos nós devemos “[...] saber que (somente) o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados [...]”, Lc.5.24.

            2 – Conhecemos a Deus pessoalmente.

            O texto fala que os “pais (após o crescimento espiritual) [...] conhecem aquele que existe desde o princípio (Jesus) [...]”, 1Jo.2.13.

            Todo filho de Deus conhece que o “Senhor [...] (é) o seu refúgio, de geração em geração. (Reconhece que) antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”, Sl.980.1, 2.

            Esse reconhecimento é fruto da revelação espiritual concedida por Jesus porque “tudo [...] foi entregue (a) Jesus por seu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”, Mt.11.27.

            Conhecer a Deus é ter comunhão com Ele.

            3 – Vencemos e resistimos ao Maligno.

            Aos “[...] jovens [...] João escreve, porque (eles) têm vencido o Maligno”, 1Jo.2.13.

            Para todo “[...] filho (de Deus, através da) [...] morte (de Jesus, o qual tem poder para) destruir aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e (pode) livrar todos que, pelo pavor da morte, estão sujeitos à escravidão por toda a vida”, Hb.2.14, 15.

            É o “[...] Filho de Deus (que) se manifesta para destruir as obras do diabo”, 1Jo.3.8.

            A         que “sabemos (é) que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca. Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno”, 1Jo.5.18, 19.

            O segredo para sermos fortes e vencedores é “[...] conhecer o Pai [...] conhecer aquele que existe desde o princípio [...] (para) ser forte, e a palavra de Deus permanecer em nós, e termos (condições de) vencer o Maligno”, 1Jo.2.14.

Aplicações práticas:    Eu e você precisamos ser de Deus e viver para Deus.

            Não ame o que Deus odeia porque [...]

2 – O mundo se opõe a Deus e à Igreja.

            A palavra mundo é usado no N. T. com três sentidos diferentes:

            1 – “[...] O mundo (físico, o planeta terra) o que Deus fez [...]”, At.17.24;

            2 – O “[...] mundo (humano ou a humanidade quando) Deus de tal maneira [...] deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”, Jo.3.16;

            3 – O mundo como um sistema que se opõe à vontade de Deus porque “[...] somos de Deus e que o mundo inteiro jaz (estar sob o poder) no Maligno”, 1Jo.5.19.

            Aqui João usa a palavra mundo com este terceiro sentido.

            Não ameis o mundo [...]”, 1Jo.2.15 é uma ordem divina que proíbe o cristão de amar ao sistema mau, organizado e dominado por Satanás.  

            Quando “chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso”, Jo.12.31 fala a respeito de quando o homem é levado a Jesus para ser salvo.

            É preciso entender que “[...] veio o príncipe do mundo (Satanás, “o ladrão (que) vem somente para roubar, matar e destruir [...]”, Jo.10.10) [...]”, Jo.14.30.

            Mas não precisamos ficar preocupados “[...] porque o príncipe deste mundo já está julgado”, Jo.16.11.

            A palavra “[...] mundo (inclui a todos aqueles que estão nas trevas, por isso não podemos) amar nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele”, 1Jo.2.15.

            Os cristãos foram escolhidos do mundo, mas “eles não são do mundo [...]”, Jo.17.16.

            Se (os cristãos) [...] fossem do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não são do mundo, pelo contrário, dele Jesus (os) escolheu, por isso, o mundo (os) [...] odeia”, Jo.15.19.

            Os cristãos são odiados porque os não crentes “[...] procedem do mundo; por essa razão, falam da parte do mundo, e o mundo os ouve. Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro”, 1Jo.4.5, 6.

            Por esse motivo de João dizer que “não (podemos) amar o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele”, 1Jo.2.15.

            É dever de todo cristão “[...] compreender que a amizade do mundo é inimiga de Deus [...] aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”, Tg.4.4.

            Sendo assim, “ninguém pode servir a dois senhores [...]”, Mt.6.24.

            João destaca três razões para não amarmos o mundo “porque tudo que há no mundo, a concupiscência (forte e continuado desejo de fazer ou ter o que Deus não quer) da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo”, 1Jo.2.16.

            1 – “[...] A concupiscência (forte e continuado desejo de fazer ou ter o que Deus não quer) da carne [...]”, 1Jo.2.16 refere-se aos desejos pecaminosos da nossa natureza humana.

            [...] Concupiscência (gr. Desejos da carne. Desejos do homem pecaminoso, incluindo o desejo sexual e a cobiça) [...]”, 1Jo.2.16.

            Estes “[...] desejos (são) malignos (tais como a) [...] prostituição, impureza, paixão lasciva (sensualidade, imoralidade), e a avareza, que é idolatria [...] (é por isso que) a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte”, Cl.3.5; Tg.1.15;

            2 – “[...] A concupiscência (forte e continuado desejo de fazer ou ter o que Deus não quer) dos olhos [...]”, 1Jo.2.16 refere-se aos prazeres pecaminosos despertados pela visão ou pela atração dos olhos que servem de ponto de partida para o pecado.

            Péssimo exemplo de “[...] Davi (que se) levantou do seu leito e andava passeando no terraço da casa real; daí viu uma mulher que estava tomando banho; era ela mui formosa”, 2Sm.11.2.

            Eis a razão de “Jesus [...] dizer: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela”, Mt.5.28;

            3 – “[...] A soberba (orgulho) da vida [...]”, 1Jo.2.16 refere-se ao orgulho de se confiar nos bens materiais, a jactância daquilo que o homem tem e faz.

            [...] O rei Nabucodonosor (se engradeceu) dizendo [...] (sobre) a grande Babilônia que ele edificou [...] com o seu grandioso poder e para glória da sua majestade [...]”, Dn.4.30; ele não durou muito tempo.

            Jesus censura aqueles que “amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas”, Mt.23.6.

            No grego a palavra “[...] soberba [...]”, 1Jo.2.16 é usada para descrever alguém arrogante que tenta impressionar os outros com sua pseudo (falso) importância.

            Na Bíblia temos dois exemplos onde a “tríade do mal” aparece: a tentação de Eva, Gn.3.6 e a tentação de Jesus, Mt.4.1-11.

            C. H. Dodd resume bem estas três características do mundo: “desejos sórdidos (sujo), valores falsos e egoísmo”.

            As três características; “[...] a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo”, 1Jo.2.16.

Aplicações práticas:    Amar ao mundo é o amor que Deus odeia;

            O mundo é um sistema contrário à vontade de Deus;

            O mundo seduz o cristão por meio da “[...] concupiscência da carne [...] concupiscência dos olhos e a soberba da vida (possuir coisas materiais em excesso) [...]”, 1Jo.2.16.

            Não ame o que Deus odeia porquê [...]

3 – A igreja e o mundo têm destinos diferentes.

            Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente”, 1Jo.2.17.

            Este verso divide-se em duas partes:

            1 – “Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência (forte e continuado desejo de fazer ou ter o que Deus não quer) [...]”, 1Jo.2.17;

            2 – “[...] Aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente”, 1Jo.2.17.

            As duas partes são adversas ou se opõem.

            O mandamento para não amar o mundo está na transitoriedade do mesmo em contraste com a eternidade daquele “[...] que faz a vontade de Deus permanece eternamente”, 1Jo.2.17.

            A – O mundo passa.

            O texto fala que “[...] o mundo passa [...]”, 1Jo.2.17.

            Observe que o verbo grego passar (parago) está no presente contínuo, isto é, o mundo está num processo de deterioração ou desintegração.

            O sistema do mundo atual caminha para o fim, por isso, “[...] os que se utilizam do mundo, (age) como se dele não usassem; porque a aparência deste mundo passa”, 1Co.7.31.

            O mundo está se autodestruindo, isto “porque o salário do pecado é a morte [...]”, Rm.6.23.

            Fique sabendo que chegará o dia em que “veremos novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe”, Ap.21.1.

            Não há vida eterna para a pessoa que não faz a vontade de Deus, por isso, “não ame o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele”, 1Jo.2.15.

            B – A igreja permanece.

            A igreja de Cristo é constituída por aqueles que fazem a vontade de Deus, então fica esperto, pois “nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”, Mt.7.21.

            Saiba que o destino da igreja é a eternidade, por isso de ser declarado que “[...] esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna”, 1Jo.2.25.

            Tudo o que foi “[...] escrito (na Bíblia tem a finalidade) [...] de sabermos que temos a vida eterna [...] nós [...] que cremos em o nome do Filho de Deus”, 1Jo.5.13.

            A igreja permanece porque “Jesus nos dá a vida eterna; jamais pereceremos, e ninguém as arrebatará da [...] mão (de) Jesus”, Jo.10.28.

            Fique atento, pois “os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo”, Jo.5.29.

            E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna”, Mt.25.46 – qual é o seu destino?

            A igreja permanece porque “todos [...] (os que) morrem na fé [...] (pode) confessar que (é) [...] estrangeiro e peregrino sobre a terra”, Hb.11.13.

Aplicações práticas:    Busque descobrir qual é a vontade de Deus na Bíblia;

            Veja se você não está deteriorando juntamente com esta humanidade;

            Você “[...] estará para sempre com o Senhor (?)”, 1Ts.4.17.

            Não ame o que Deus odeia.





            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – A verdadeira espiritualidade – 1, 2 e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3.

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