ADVINHA
QUEM VOLTOU
Esta frase é do
deputado Tiririca que voltou à tona nas campanhas para concorrer mais uma vez à
cadeira Parlamentar. O Slogan do Palhaço Tiririca é: “que os demais estão
presos e os que não estão talvez podem estar. Eu não, estou solto, estou livre,
disse o candidato” – propaganda eleitoral.
Para entender um
pouco é preciso voltar à “chegada da Corte Portuguesa no Brasil, quando houve
um encontro de mundos que se desconheciam, mas se complementavam. De um lado a
Monarquia portuguesa, que fugia das tropas de Napoleão e que precisava
desesperadamente de acolhimento, dinheiro e apoio político. Eram 10 a 15 mil
pessoas que dependiam do chamado bolsinho real. Do outro lado os fazendeiros,
mineradores de diamante, senhores de engenho, donos brasileiros de escravos –
que tinham dinheiro, mas eram plebeus. O resultado seria um dos períodos de
maior promiscuidade entres os interesses públicos e privados da história do
Brasil” – Revista Época, n. 1054, 10.09.18, pg. 70 – Morte Anunciada –
Depoimentos de Laurentino Gomes.
Veja que a
história se repete em todo o mundo e, a oportunidade de muitos é mudar apenas o
ator do ensaio. Todos sabem que esses comediantes são trocados, mas muitos
perpetuam até que a morte os separe ou, se eternizam através dos filhos, netos,
bisnetos passando de uma geração a outra.
Esse problema da
corrupção está em evidência não porque operações policiais, judiciais estão
investindo pesado e colocando atrás das grades nomes conhecidos. Estes
corruptores aparecem pela evidência na mídia de seus nomes, a imagem ao lado
dos mais conhecidos, o poder que têm sobre os demais e, principalmente, a
esperteza e avareza que eles possuem.
A corrupção
humana teve início após o Senhor Deus “[...] expulsar o homem [...] do jardim
do Éden [...]” (Gn 3.24). Desde essa exclusão o homem desandou e passou a agir
sem a devida orientação divina.
Aconteceu o
primeiro homicídio quando “[...] Caim [...] matou [...] Abel, seu irmão [...]”
(Gn 4.8). A situação foi se degradando a ponto de “[...] Lameque [...] matar um
homem porque ele o feriu; e um rapaz porque o pisou” (Gn 4.23).
Para entender um
pouco mais a respeito da corrupção humana, se faz saber que em primeiro lugar
“viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era
continuamente mau todo desígnio do seu coração” (Gn 6.5). É por esse motivo que
muitos ainda “dizem (como) o insensato no seu coração: Não há Deus.
Corrompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o bem” (Sl 14.1).
O profeta
Habacuque faz uma advertência para aqueles que continuam na corrupção e se ajuntam
para destruir o próximo. A palavra é um “ai daquele que ajunta em sua casa bens
mal adquiridos, para pôr em lugar alto o seu ninho, a fim de livrar-se das
garras do mal!” (Hc 2.9). Mais cedo ou mais tarde “[...] aquele que faz
injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de
pessoas” (Cl 3.25).
A Palavra de Deus
aponta para “o perverso (que) aceita suborno secretamente, para perverter as
veredas da justiça” (Pv 17.23).
Verdade é que
todos estes textos falam para o próprio povo de Deus que se desvia da verdade
para praticar a mentira, o roubo, e até “os seus príncipes são rebeldes e
companheiros de ladrões; cada um deles ama o suborno e corre atrás de
recompensas. Não defendem o direito do órfão, e não chega perante eles a causa
das viúvas” (Is 1.23).
Diante de muitos
candidatos à uma vaga na Presidência da República, Câmara dos Deputados, Senado
Federal, Governo Estadual e Deputados Estaduais, fica difícil reconhecer qual
deles é o menos corrupto, o mais sério que o povo possa confiar.
Seria bom se Deus
despertasse um com a coragem do profeta Samuel para dizer abertamente para o
povo brasileiro: “Eis-me aqui, testemunhai contra mim perante o SENHOR e
perante o seu ungido: de quem tomei o boi? De quem tomei o jumento? A quem
defraudei? A quem oprimi? E das mãos de quem aceitei suborno para encobrir com
ele os meus olhos? E vo-lo restituirei” (1Sm 12.3).
É possível que para
estes próximos anos cumpra-se a fala do Tiririca ao dizer que “os que não estão
presos talvez pode estar”. Caso não acontecer e todos se extraviarem por
caminhos tortuosos, “[...] cada um [...] dará contas de si mesmo a Deus” (Rm
14.12).
Na caia na lábia
de quem voltou. Grave em seu coração que “[...] é melhor adquirir a sabedoria
do que o ouro! E mais excelente, adquirir a prudência do que a prata!” (Pv
16.15).
Rev. Salvador P. Santana
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