“Ruy (Fiuk) vai descumprir uma ordem judicial e fugir com Ruyzinho (Lorenzo
Souza) em A Força do Querer. Ritinha (Isis Valverde) ganhará o direito de
visitar o filho, mas será proibida pelo playboy, que contrariará os conselhos
do irmão e da prima, colocará o garoto no carro e sairá de casa sem avisar a
"sereia" "Tão demorando é muito!", comentará Ritinha,
enquanto espera no parquinho do prédio. "Eles estão me enganando",
completará ela, em conversa com Marilda (Dandara Mariana). A amiga lembrará que
a "sereia" pode chamar a polícia se a família de Ruy proibir a visita
[...]” - http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/novelas/forca-do-querer-ruy-proibe-ritinha-de-ver-o-filho-e-foge-com-ruyzinho--17191.
O que acontece nesse quadro da novela é comumente chamado de Alienação
Parental. Alienação Parental nada mais é do que um dos cônjuges forçar, convencer
ou fazer de tudo para afastar o filho do ex-cônjuge de forma velada ou não.
Esse quadro televisivo se enquadra no que se chama de abandono afetivo, quando
um dos genitores dá suporte material, mas não moral. Situações como essa já
levaram filhos a cobrar dos pais indenização por danos morais.
O drama de pai ausente acontece em quase todas as
famílias brasileiras. É um mal que muitos jovens carregaram por falta não só da
assinatura do progenitor em seu registro de nascimento ou ainda carregam devido
esse pai não permanecer dentro de casa nos horários de folga do trabalho.
Ora esse pai está nos bares, ora nos jogos, ora junto a seus amigos prediletos.
Outras vezes, esse mesmo pai pode marcar presença dentro de casa, mas longe dos
relacionamentos maritais e filiais porque os celulares lhe tomam o tempo.
Esse distanciamento de corpo presente acontece de vários modos, mas o
principal, que causa esfriamento, rebeldia, troca de modelo, exemplo, é a falta
de diálogo/companhia/amizade. Essa tríade perniciosa é seguida do hábito
costumeiro churrasco/cerveja com os amigos de trabalho grudados na tela da TV.
Os únicos perdedores neste caso, são os filhos e a esposa que ficam lançados
debaixo de um abrigo, mas como se estivessem sem chão e sem teto. É possível
que mais tarde, talvez na maioridade do filho, esse gerador venha sentir
saudade, remorso, falta de companheirismo, e, pode ser que fique sozinho para o
resto da vida, sem a presença da esposa e do próprio filho, e, talvez
tardiamente, venha dizer que o ama de verdade.
É verdade que nos últimos anos houve uma significativa melhora, visto ser
obrigado a presença do genitor na hora do registro público de nascimento, mas
ainda assim continua sendo dolorido para a mãe e para o filho ter que avisar
para aqueles que estão a sua volta que o seu pai não está presente.
Filho, calma! Nem tudo está perdido. Ainda que o seu pai biológico ou adotivo,
sua mãe, seu parente de perto ou de longe não estejam presentes ou te
abandonaram moral, fisicamente ou financeiramente, não precisa ficar perturbado
“[...] pois [...] (o) Pai celeste sabe que (você) necessita de [...]” (Mt 6.32)
de todos eles ao seu lado para o seu desenvolvimento perfeito.
Pode ser que Deus permita que você os conheça a fim
de que você seja consolado, ajudado e aceito por eles. Ou, que após
conhecê-los, você fique decepcionado, em dúvida, se sinta rejeitado, magoado
por ter ficado esquecido por longos anos.
Urgentemente, é preciso que você se esforce para “não temer, porque Deus está
contigo; não te assombrar, porque (o Senhor) é o teu Deus; Ele te fortalece, e
te ajuda, e te sustenta com a sua destra (mão direita) fiel” (Is 41.10) em
todos os momentos de solidão que você tenha passado neste mundo.
Você
pode perguntar para qualquer pessoa: “E o meu papai?”. Ao mesmo tempo você
mesmo poderá responder: o meu Papai verdadeiro está no céu, por isso “não temo
[...] porque (o) meu Pai se agradou em dar-me o seu reino” (Lc 12.32) ainda que
você tenha sido esquecido neste mundo, você será aceito no céu.
Que neste dia da criança, cada pai se sinta responsável não apenas pelo cuidado
financeiro, mas também, pelo cuidado moral, psicológico e paternal.
Rev.
Salvador P. Santana
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