Mt.9.1-8
Introd.:
Jejum é uma prática de não se
alimentar ou ingerir bebida por cento tempo.
O jejum é
voluntário, exige pureza de vida e exclui qualquer exibição.
Jejum não
garante que a oração será respondida.
Jejum não
salva.
Jejum
fortalece a vida espiritual.
O costume
no V.T. era de se “promulgar
um santo jejum, convocando uma assembleia solene, congregando os anciãos, todos
os moradores (da) [...] terra, para a Casa do SENHOR [...] Deus, e clamar ao SENHOR”,
Jl.1.14.
Nar.: O texto ilustra
não o fato de que o jejum é desusado, antiquado.
A
vida e a fé cristãs são tão jubilosas que não podem tornar-se enclausuradas a
qualquer mera forma externa.
Os
líderes religiosos faziam do jejum um meio de ostentação e neste aspecto, Jesus
combatia.
Propos.: O
jejum em nossos dias é necessário?
Trans.: Jejum [...]
1 – Não tem necessidade de
fazer muitas vezes.
O jejum,
no V.T. só era obrigatório no dia da Expiação/perdão dos pecados uma vez no ano
acompanhado do arrependimento (Yom Kippur) e nos dias de jejum publicamente
proclamados.
Assim
como aconteceu com Jesus, “virão
[...]”, Mt.9.14 ao nosso encontro pessoas das
mais diversas religiões a fim de nos testar, provar, saber se estamos ou não
fazendo o que para eles é certo e verdadeiro.
O
advérbio exprime o tempo em que ocorreu essa intervenção no ministério de
Jesus, ou seja, logo “[...]depois
[...”, Mt.9.14 dos fariseus, homens da lei,
confrontarem Jesus por Ele estar na casa de publicanos.
Assim
como aconteceu com Jesus, pode acontecer com qualquer um de nós esse tipo de enfrentamento.
“[...] João [...]”, Mt.9.14, primo de Jesus, não pode ter sido o mentor
desse diálogo.
Foram “[...] os discípulos de João [...]”, Mt.9.14 que se interessaram em saber a respeito da vida
espiritual, da vida com Deus, de como deviam agir.
O
problema é que esses “[...]
discípulos (estavam equivocados quanto a) pergunta [...]”, Mt.9.14 dirigida a Jesus.
O
problema maior para aqueles homens era a respeito do “[...] por que jejuamos nós (como se dissessem: somos
melhores, mais santificados, mais chegados a Deus) [...]”, Mt.9.14.
Interessante
notar que esses “[...]
discípulos (não estavam sozinhos nessa interferência, também) [...] os fariseus
(intérpretes da lei) [muitas vezes] jejuavam (duas vezes por semana) [...]”, Mt.9.14 com o intuito de exibição.
Os
fariseus costumavam mostrar-se sujos, barbudos e melancólicos para mostrar aos
homens que jejuavam.
Muitos
crentes gostam de aparecer, mostrar que são mais chegados a Deus, mas
santificados; e daí? Pode perguntar Jesus.
O
incômodo daqueles homens era o motivo por que aqueles “[...] discípulos (de) Jesus não
jejuavam [...]”, Mt.9.14.
A princípio
Jesus não responde, Ele se cala, mas não consente.
O modo de
jejuar deve ser [...]
2 – O suficiente.
“Jesus lhes responde [...]”, Mt.9.15 com outra pergunta.
Jesus usa
um dos símbolos parabólicos do V.T., “[...] o casamento [...]”, Mt.9.15,
a fim de demonstrar que o jejum tem que ser o suficiente e nunca extrapolar
os limites.
Então “[...] Jesus pergunta: Podem,
acaso, estar tristes os convidados (quando estão comemorando) o casamento (?) [...]”, Mt.9.15.
No símbolo
parabólico do “[...]
casamento (não haverá tristeza entre) Jesus (e a sua igreja – eu e você) [...]”, Mt.9.15.
Não haverá
“[...] tristeza (para
esses) convidados (porque eles estão com o seu Mestre) [...]”, Mt.9.15.
Precisamos
saber que “[...] enquanto o
noivo Jesus está com (cada um de nós) (não podemos ficar) tristes (como os
fariseus – exibição, sujos, barbudos, melancólicos) [...]”, Mt.9.15.
Mas,
conforme o próprio Jesus, “[...]
Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo (morte, ressurreição,
ascensão) e nesses dias (haverá tristeza) [...]”,
Mt.9.15.
É por
este motivo que “[...] nesses
dias havemos de jejuar (mas na medida certa, sem extrapolar, sem mostrar-se
contristado, aborrecido)”, Mt.9.15.
O jejum fala
sobre o [...]
3 – Não misturar alegria com tristeza.
Outro símbolo
parabólico é sobre o tentar misturar o velho sistema religioso, V.T, com o novo
sistema, religião caracterizada pela alegria, livre de formalidades, ensinadas
por Cristo no N.T.
Jesus
fala sobre o dever de “ninguém
por remendo de pano novo (N.T.) em veste velha (V.T.) [...]”, Mt.9.16.
É como se
tentasse ajustar conceitos, normas, regras do V.T. ao N.T.
Exemplo: V.T.
Olho por olho, dente por dente – N.T. Não resista ao perverso – amor,
misericórdia.
Para Jesus
é como “[...] o remendo de
pano novo (N.T.) tirar parte da veste velha (V.T. que rasga, danifica) [...]”, Mt.9.16 a vida espiritual do servo de Deus.
Conforme Jesus
declara; “[...] fica maior
a rotura (o estrago, a mancha, o buraco)”,
Mt.9.16.
Ou
seja, ao tentar buscar fazer o que era realizado no V.T., para nós que somos
servos de Jesus, fica incompatível o nosso comportamento – exemplo - concubinato.
No
V.T. havia muita tristeza por ser um sistema rigoroso – obrigatório participar;
ao passo que no N.T. temos liberdade para servir a Jesus com alegria.
Esse texto
é inconclusivo, e deseja nos apresentar algo concreto a respeito do jejum [...]
Conclusão: Para
ser isento de qualquer ritualismo.
Jesus usa
outro simbolismo para indicar sobre a invalidade ou contradição entre o jejum
do V.T. e o jejum do N.T.
V.T.
convocava o jejum todos os homens eram obrigados a comparecer.
N.T. o
jejum é voluntário para crescimento espiritual.
Por este
motivo “nem se põe vinho
novo (fermenta) em odres velhos (estão desgastados, estragados) [...]”, Mt.9.17.
Quando desejamos
misturar o novo sistema de servir a Cristo com o antigo sistema do A.T., “[...] rompem-se os odres (antigos,
danificados, arrebentados para não serem mais usados) [...]”, Mt.9.17.
E o pior
é que “[...] derrama-se o
vinho (que fala da nova vida com Cristo, festa, alegria) [...]”, Mt.9.17 para dar lugar ao ritualismo do V.T.
É por
este motivo que “[...] os
odres (simbolismo do V.T.) se perdem (em suas exibições) [...]”, Mt.9.17.
Para vencer
esse embate sobre o jejum, Jesus declara que deve-se “[...] por vinho novo (vida espiritual autêntica com
Cristo) em odres novos (de vida em abundância para servir a Deus) [...]”, Mt.9.17.
Quando ignoramos
o ritualismo “[...] ambos (tanto
os preceitos do V.T. quanto os do N.T.) se conservam”, Mt.9.17 e passamos a viver de forma agradável diante de
Deus.
Você
pode jejuar, mas sem desejo de aparecer, se mostrar.
Rev.
Salvador P. Santana
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