domingo, 22 de outubro de 2017

Fp.3.1-21 - AS MARCAS DO VERDADEIRO CRISTÃO.

AS MARCAS DO VERDADEIRO CRISTÃO, Fp.3.1-21.

           

Objetivo:         Reconhecer o verdadeiro cristão.

            Um dos temas principais do N.T. é a identidade do verdadeiro cristão.    

            O verdadeiro cristão:

            1 – “[...] Dá testemunho solene a todos perante Deus [...] evita contendas de palavras [...]”, 2Tm.2.14;

            2 – “[...] Se apresenta a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”, 2Tm.2.15;

            3 – “Evita [...] os falatórios inúteis (discussões) e profanos (contaminado), pois os que deles usam passarão a impiedade ainda maior”, 2Tm.2.16;

            4 – “[...] Se aparta da injustiça [...]”, 2Tm.2.19;

            5 – “[...] A si mesmo se purifica (dos) erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra”, 2Tm.2.21;

            6 – “Foge [...] das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor”, 2Tm.2.22;

            7 – “[...] Não vive a contender [...] (é) brando para com todos, apto para instruir, paciente”, 2Tm.2.24;

            8 – “Disciplina com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade”, 2Tm.2.25.

            Precisamos saber que dentro da igreja existem os falsos crentes que “[...] são os joios [...] os filhos do maligno (estes) o inimigo que o semeou é o diabo [...]”, Mt.13.38, 39.

            Neste capítulo Paulo incentiva e exorta os filipenses, “[...] seus irmãos [...] (a se) alegrarem no Senhor [...]”, Fp.3.1.

            A palavra alegria aprece 60 vezes no N.T. e regozijo, 72 vezes.

            O conceito de alegria não depende de circunstâncias externas, pois a sua fonte é o Senhor.

            É no contexto da alegria que Paulo exorta os crentes acerca do perigo dos falsos mestres.

            O verdadeiro cristão tem [...]

1 – Cuidado com os falsos obreiros.

            Paulo avisa: “Acautelai-vos (ver, discernir, considerar, fitar, perceber, sentir o perigo, descobrir pelo uso, conhecer pela experiência, ponderar cuidadosamente, examinar) [...]”, Fp.3.2.

            O apóstolo repete 3 vezes a palavra “acautelai-vos [...]”, Fp.3.2 com o intuito de ressaltar ou enfatizar o que vai ser dito.

            A igreja precisa entender e “[...] dizer (que) Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. (Portanto) não (deve) confiar em palavras falsas [...] (porque a) terra [...] (precisa) ouvir a palavra do SENHOR [...]”, Is.6.3; Jr.7.4; 22.29.

            A igreja precisa ficar atenta quanto ao ensino dos falsos obreiros.

            Três títulos são usados para os falsos obreiros:

            1 – “[...] Cães (metáfora- figura de linguagem - pessoa de mente impura, imprudente) [...]”, Fp.3.2.

            No contexto oriental, o cão era um animal desprezível, símbolo da impureza e vagabundagem ou sodomita.

            Pentateuco fala: “Não trarás salário de prostituição nem preço de sodomita (cão - RC) à Casa do SENHOR, teu Deus [...]”, Dt.23.18;

            2 – “[...] Maus obreiros (tem uma natureza perversa no seu modo de pensar, sentir e agir, desagradável, injurioso, pernicioso, destrutivo, venenoso, obreiros ou trabalhadores da maldade) [...]”, Fp.3.2.

            Paulo fala aos Coríntios que estes “[...] são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos [...]”, 2Co.11.13;

            3 – E os “[...] da falsa circuncisão (são aqueles que desejam encher a igreja a qualquer custo) [...]”, Fp.3.2, mutiladores, os judaizantes que insistiam no rito externo da circuncisão, prática externa divorciada da circuncisão do coração.

            Paulo declara que “[...] judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus”, Rm.2.29.    

            Há dois defeitos graves no falso mestre: conduta moral e interesses escusos.

            Dois defeitos no ensino falso: a substituição da graça de Deus pelos méritos humanos e a exploração financeira.

Aplicação:       Seja cauteloso quantos aos faltos obreiros e seus ensinos;

            Saiba que a igreja está exposta a homens ímpios e maliciosos;

            Os falsos mestres devem ser resistidos.

Aplicações práticas

2 – Seja um crente verdadeiro.

            É no contexto de confronto com os falsos crentes, que Paulo apresenta as marcas do verdadeiro cristão.

            O verdadeiro cristão [...]

            A – Adora a Deus no Espírito.

            O texto falta que “[...] nós é que adoramos a Deus no Espírito [...]”, Fp.3.3.

            É por este motivo que Jesus falou que “[...] chegaria (a) hora [...] em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores”, Jo.4.23.     É por isso “[...] que (precisamos) servir em novidade de espírito [...]”, Rm.7.6 “porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne”, Fp.3.3.

            A verdadeira adoração inaugurada por Jesus Cristo é “[...] em espírito e em verdade”, Jo.4.24. O que significa isso?

            1 – A adoração é interna e de coração. Não se prende mais a lugares sagrados, pois o crente “[...] é santuário do Espírito Santo [...] porque fomos comprados por preço [...]”, 1Co.6.19, 20. 

            Cada um de nós é “[...] como pedras que vivem, somos edificados casa espiritual para sermos sacerdócio santo, a fim de oferecermos sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo”, 1Pe.2.5;         

            2 – A adoração é simples. Não se prende mais aos rituais da lei cerimonial porque podemos, com “[...] intrepidez [...] entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus [...] que ele nos consagrou [...] (logo, precisamos de) nos aproximar, com sincero coração, em plena certeza de fé [...]”, Hb.10.19, 20, 22;        

            3 – A adoração é reverente. A reverência deve ser “[...] com reverência e santo temor [...] pela qual sirvamos a Deus de modo agradável [...]”, Hb.12.28;      

            4 – A “[...] adoração a Deus (é) no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne”, Fp.3.3.

            Paulo fala que precisamos “[...] compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma: Anátema, Jesus! Por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus!, senão pelo Espírito Santo”, 1Co.12.3.

            Adoração em verdade significa:

            1 – A adoração deve ser de acordo com a Bíblia. Ela está limitada àquilo que é autorizado pelo Escritura;

            2 – A adoração deve ser sincera, sem falsidade.

            Jesus declara que muitos o “[...] honram com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens”, Mt.15.8, 9.  

            Todo crente é um “[...] sacerdote santo, a fim de oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo”, 1Pe.2.5.

            Esse “[...] sacrifício (deve ser) de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o [...] nome (de) Jesus”, Hb.13.15.

            Olhando para os exemplos de adoração na Bíblia, podemos relacionar alguns resultados da adoração no Espírito:

            1 – Cresce o nosso conhecimento e a nossa admiração por Deus quando reconhecemos que “[...] não há Deus como Deus, em cima nos céus nem embaixo na terra [...]”, 1Rs.8.23;

            2 – Tomamos consciência da nossa pecaminosidade e da nossa dependência da graça divina. Paulo fala que é “fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal”, 1Tm.1.15;

            3 – Somos instruídos e orientados por Deus por meio da Palavra. Este exemplo é bem claro quando “[...] o SENHOR disse a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei”, Gn.12.1;

            4 – Recebemos a salvação e libertação, “[porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido.]”, Mt.18.11;

            5 – Somos motivados à santificação e à consagração quando “fazemos [...] um voto [...] (de que) se Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que me vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, então, o SENHOR será o meu Deus”, Gn.28.20, 21;

            6 – Sentimos a necessidade de testemunhar e falar de Jesus. Paulo pedia a Deus “[...] que completasse a sua carreira e o ministério que recebeu do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus”, At.20.24.

            O verdadeiro cristão [...]

            B – Gloria-se em Jesus Cristo e não confia na carne.

            O verdadeiro cristão descansa a sua salvação na pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo, por isso, “assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em [...] conhecer Deus e saber que ele (é) [...] o SENHOR e faz misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas Deus (se) agrada [...]”, Jr.9.23, 24.      

            É preciso que cada um se “[...] glorie [...] na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo [...]”, Gl.6.14 “porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne”, Fp.3.3.

            Paulo declara que “bem que ele poderia confiar também na carne. Se qualquer outro pensa que pode confiar na carne, ele ainda mais”, Fp.3.4.

            O apóstolo poderia se gloriar em si mesmo pelo motivo de ser “circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu, quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível”, Fp.3.5, 6.

            Ou seja, Paulo obedecia rigidamente a lei, mas a sua glória, porém, agora é de Jesus porque “[...] ao SENHOR a glória (é) devida ao seu nome [...]”, Sl.29.2.  

            O verdadeiro cristão [...]

            C – Deseja conhecer mais a Cristo.

            Paulo declara sobre “[...] o que, para ele, era lucro (cidadão romano – liberdade, direito de perseguir, prender e matar), isto considerou perda por causa de Cristo”, Fp.3.7.

            Sim, (assim como Paulo) devemos considerar tudo como perda (que fazíamos antes de aceitar a Cristo), por causa da sublimidade (elevado, destacado, superior) do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual (podemos e precisamos) perder todas as coisas (consideradas valiosas) e as considerar como refugo (excremento, escória, lixo, sujeira), para ganhar a Cristo”, Fp.3.8 em nosso coração.

            Essa decisão de deixar para trás tudo é pelo motivo de o servo de Deus querer “[...] ser achado (em) Jesus, não ter justiça própria, que procede de lei (como agia Paulo), senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé”, Fp.3.9 que conduz à perseguição e a vida.

            O intuito maior é somente “para [...] conhecer Jesus, e o poder da sua ressurreição (que venceu por nós), e a comunhão (participar) dos seus sofrimentos, conformando-se (receber da mesma forma) com Jesus na sua morte”, Fp.3.10 o conforto e consolo para a eternidade.

            O resultado final é “para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos”, Fp.3.11 e viver para sempre com o Senhor.

            O verdadeiro cristão [...]

            D – Busca o aperfeiçoamento espiritual.

            Paulo fala de um planejamento estratégico espiritual para aperfeiçoar-se espiritualmente.

            1 – Eu não sou perfeito ou “não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição [...]”, Fp.3.12;

            2 – Ele tem um alvo que é “[...] prosseguir para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus”, Fp.3.12, a vida eterna;

            3 – Ele tem três estratégias:

                        A - “[...] Não julga haver alcançado (o prêmio) [...]”, Fp.3.13;

                        B – “[...] Mas uma coisa faz: esquece das coisas que para trás ficam [...]”, Fp.3.13;

                        C – Daí, ele “[...] avança (de maneira perseverante) para as que diante de dele estão”, Fp.3.13.

            4 – Ele tem uma motivação: o prêmio “prosseguindo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”, Fp.3.14.

            A fim de buscar o aperfeiçoamento, “todos (os servos de Deus), pois, que são perfeitos, tenha este sentimento (de se aperfeiçoar espiritualmente); e, se, porventura, pensamos doutro modo, também isto Deus nos esclarecerá”, Fp.3.15.

            É por este motivo que devemos “[...] andar de acordo com o que já alcançamos”, Fp.3.16 no crescimento espiritual.

            As marcas do verdadeiro cristão [...]

            E – Coloca-se como exemplo de vida cristã.

            Paulo foi exemplo de servo fiel a Jesus, portanto, é preciso “[...] ser seu imitador e observar os que andam segundo o modelo que (ele) teve [...]”, Fp.3.17.

            A preocupação do texto é que “[...] muitos andam entre nós (que não agem como cristãos), dos quais, repetidas vezes, Paulo nos diz e [...] até chorando (de vergonha do comportamento de muitos cristãos), que são inimigos da cruz de Cristo”, Fp.3.18 quando agem de forma escandalosa – artistas e cantores.

            O resultado é trágico para aquele que não dá bom exemplo.

            O texto declara que “o destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre (prazeres do paladar), e a glória deles está na sua infâmia (má fama, desonra, práticas de todo tipo de pecado), visto que só se preocupam com as coisas terrenas”, Fp.3.19.

            Quando lutamos para ser exemplo, dizemos ao mundo “[...] que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos (honramos, louvamos) em Cristo Jesus, e não confiamos na carne”, Fp.3.3.

            É por este motivo que “[...] a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”, Fp.3.20 que virá buscar o seu povo.

            As marcas do verdadeiro cristão [...]

            F – Trará resultados benéficos para o servo de Deus quando “Jesus [...] transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas”, Fp.3.21.

Aplicações práticas:    O verdadeiro cristão mantém uma vida de adoração e busca crescer espiritualmente.

            O cristão fala mais pelo seu testemunho de vida do que por suas palavras.

            Qual é a sua marca como cristão neste mundo?

 

 
     Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para ED – Filipenses e Colossenses – Cristo: Nossa alegria e suficiência – Z3 editora – Rev. Arival Dias Casimiro.

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