Objetivo: Reconhecer o verdadeiro cristão.
Um
dos temas principais do N.T. é a identidade do verdadeiro cristão.
O
verdadeiro cristão:
1
– “[...] Dá testemunho solene a todos
perante Deus [...] evita contendas de palavras [...]”, 2Tm.2.14;
2
– “[...] Se apresenta a Deus aprovado,
como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da
verdade”, 2Tm.2.15;
3
– “Evita [...] os falatórios inúteis (discussões)
e profanos (contaminado), pois os que deles usam passarão a impiedade ainda
maior”, 2Tm.2.16;
4
– “[...] Se aparta da injustiça [...]”,
2Tm.2.19;
5
– “[...] A si mesmo se purifica (dos)
erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando
preparado para toda boa obra”, 2Tm.2.21;
6
– “Foge [...] das paixões da mocidade.
Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o
Senhor”, 2Tm.2.22;
7
– “[...] Não vive a contender [...] (é)
brando para com todos, apto para instruir, paciente”, 2Tm.2.24;
8
– “Disciplina com mansidão os que se
opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem
plenamente a verdade”, 2Tm.2.25.
Precisamos
saber que dentro da igreja existem os falsos crentes que “[...] são os joios [...] os filhos do maligno
(estes) o inimigo que o semeou é o diabo [...]”, Mt.13.38, 39.
Neste
capítulo Paulo incentiva e exorta os filipenses, “[...] seus irmãos [...] (a se) alegrarem no Senhor [...]”,
Fp.3.1.
A
palavra alegria aprece 60 vezes no N.T. e regozijo, 72 vezes.
O
conceito de alegria não depende de circunstâncias externas, pois a sua fonte é
o Senhor.
É
no contexto da alegria que Paulo exorta os crentes acerca do perigo dos falsos
mestres.
O
verdadeiro cristão tem [...]
1 – Cuidado com os falsos
obreiros.
Paulo
avisa: “Acautelai-vos (ver, discernir, considerar, fitar, perceber, sentir o
perigo, descobrir pelo uso, conhecer pela experiência, ponderar cuidadosamente,
examinar) [...]”, Fp.3.2.
O
apóstolo repete 3 vezes a palavra “acautelai-vos
[...]”, Fp.3.2 com o intuito de ressaltar ou enfatizar o que vai ser
dito.
A
igreja precisa entender e “[...] dizer
(que) Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da
sua glória. (Portanto) não (deve) confiar em palavras falsas [...] (porque a) terra
[...] (precisa) ouvir a palavra do SENHOR [...]”, Is.6.3; Jr.7.4; 22.29.
A igreja
precisa ficar atenta quanto ao ensino dos falsos obreiros.
Três
títulos são usados para os falsos obreiros:
1
– “[...] Cães (metáfora- figura de
linguagem - pessoa de mente impura, imprudente) [...]”, Fp.3.2.
No
contexto oriental, o cão era um animal desprezível, símbolo da impureza e
vagabundagem ou sodomita.
Pentateuco
fala: “Não trarás salário de prostituição
nem preço de sodomita (cão - RC) à Casa do SENHOR, teu Deus [...]”,
Dt.23.18;
2
– “[...] Maus obreiros (tem uma
natureza perversa no seu modo de pensar, sentir e agir, desagradável,
injurioso, pernicioso, destrutivo, venenoso, obreiros ou trabalhadores da
maldade) [...]”, Fp.3.2.
Paulo
fala aos Coríntios que estes “[...] são
falsos apóstolos, obreiros fraudulentos [...]”, 2Co.11.13;
3
– E os “[...] da falsa circuncisão (são
aqueles que desejam encher a igreja a qualquer custo) [...]”, Fp.3.2,
mutiladores, os judaizantes que insistiam no rito externo da circuncisão,
prática externa divorciada da circuncisão do coração.
Paulo
declara que “[...] judeu é aquele que o
é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a
letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus”, Rm.2.29.
Há
dois defeitos graves no falso mestre: conduta moral e interesses escusos.
Dois
defeitos no ensino falso: a substituição da graça de Deus pelos méritos humanos
e a exploração financeira.
Aplicação: Seja
cauteloso quantos aos faltos obreiros e seus ensinos;
Saiba
que a igreja está exposta a homens ímpios e maliciosos;
Os
falsos mestres devem ser resistidos.
Aplicações práticas
2 – Seja um crente verdadeiro.
É
no contexto de confronto com os falsos crentes, que Paulo apresenta as marcas
do verdadeiro cristão.
O
verdadeiro cristão [...]
A
– Adora a Deus no Espírito.
O
texto falta que “[...] nós é que
adoramos a Deus no Espírito [...]”, Fp.3.3.
É
por este motivo que Jesus falou que “[...]
chegaria (a) hora [...] em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em
espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores”,
Jo.4.23. É por isso “[...] que (precisamos) servir em novidade de
espírito [...]”, Rm.7.6 “porque
nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos
gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne”, Fp.3.3.
A
verdadeira adoração inaugurada por Jesus Cristo é “[...] em espírito e em verdade”, Jo.4.24. O que significa
isso?
1
– A adoração é interna e de coração. Não se prende mais a lugares
sagrados, pois o crente “[...] é
santuário do Espírito Santo [...] porque fomos comprados por preço [...]”,
1Co.6.19, 20.
Cada
um de nós é “[...] como pedras que
vivem, somos edificados casa espiritual para sermos sacerdócio santo, a fim de
oferecermos sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus
Cristo”, 1Pe.2.5;
2
– A adoração é simples. Não se prende mais aos rituais da lei cerimonial
porque podemos, com “[...] intrepidez [...]
entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus [...] que ele nos consagrou [...]
(logo, precisamos de) nos aproximar, com sincero coração, em plena certeza de
fé [...]”, Hb.10.19, 20, 22;
3
– A adoração é reverente. A reverência deve ser “[...] com reverência e santo temor [...] pela qual sirvamos a
Deus de modo agradável [...]”, Hb.12.28;
4
– A “[...] adoração a Deus
(é) no Espírito, e nos
gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne”, Fp.3.3.
Paulo
fala que precisamos “[...] compreender
que ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma: Anátema, Jesus! Por outro
lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus!, senão pelo Espírito Santo”,
1Co.12.3.
Adoração
em verdade significa:
1
– A adoração deve ser de acordo com a Bíblia. Ela está limitada àquilo
que é autorizado pelo Escritura;
2
– A adoração deve ser sincera, sem falsidade.
Jesus
declara que muitos o “[...] honram com
os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando
doutrinas que são preceitos de homens”, Mt.15.8, 9.
Todo crente
é um “[...] sacerdote santo, a fim de
oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus
Cristo”, 1Pe.2.5.
Esse
“[...] sacrifício (deve ser) de louvor,
que é o fruto de lábios que confessam o [...] nome (de) Jesus”,
Hb.13.15.
Olhando
para os exemplos de adoração na Bíblia, podemos relacionar alguns resultados da
adoração no Espírito:
1
– Cresce o nosso conhecimento e a nossa admiração por Deus quando
reconhecemos que “[...] não há Deus como
Deus, em cima nos céus nem embaixo na terra [...]”, 1Rs.8.23;
2
– Tomamos consciência da nossa pecaminosidade e da nossa dependência da
graça divina. Paulo fala que é “fiel
é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar
os pecadores, dos quais eu sou o principal”, 1Tm.1.15;
3
– Somos instruídos e orientados por Deus por meio da Palavra. Este
exemplo é bem claro quando “[...] o
SENHOR disse a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e
vai para a terra que te mostrarei”, Gn.12.1;
4
– Recebemos a salvação e libertação, “[porque
o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido.]”, Mt.18.11;
5
– Somos motivados à santificação e à consagração quando “fazemos [...] um voto [...] (de que) se Deus
for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e
roupa que me vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai,
então, o SENHOR será o meu Deus”, Gn.28.20, 21;
6
– Sentimos a necessidade de testemunhar e falar de Jesus. Paulo pedia a
Deus “[...] que completasse a sua
carreira e o ministério que recebeu do Senhor Jesus para testemunhar o
evangelho da graça de Deus”, At.20.24.
O
verdadeiro cristão [...]
B
– Gloria-se em Jesus Cristo e não confia na carne.
O
verdadeiro cristão descansa a sua salvação na pessoa e obra do Senhor Jesus
Cristo, por isso, “assim diz o SENHOR:
Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico,
nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em [...] conhecer Deus
e saber que ele (é) [...] o SENHOR e faz misericórdia, juízo e justiça na
terra; porque destas coisas Deus (se) agrada [...]”, Jr.9.23, 24.
É
preciso que cada um se “[...] glorie
[...] na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo [...]”, Gl.6.14 “porque nós é que somos a circuncisão, nós que
adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos
na carne”, Fp.3.3.
Paulo
declara que “bem que ele poderia
confiar também na carne. Se qualquer outro pensa que pode confiar na carne, ele
ainda mais”, Fp.3.4.
O
apóstolo poderia se gloriar em si mesmo pelo motivo de ser “circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de
Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu, quanto
ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível”,
Fp.3.5, 6.
Ou
seja, Paulo obedecia rigidamente a lei, mas a sua glória, porém, agora é de
Jesus porque “[...] ao SENHOR a glória (é)
devida ao seu nome [...]”, Sl.29.2.
O
verdadeiro cristão [...]
C
– Deseja conhecer mais a Cristo.
Paulo
declara sobre “[...] o que, para ele,
era lucro (cidadão romano – liberdade, direito de perseguir, prender e matar),
isto considerou perda por causa de Cristo”, Fp.3.7.
“Sim, (assim como Paulo) devemos considerar tudo
como perda (que fazíamos antes de aceitar a Cristo), por causa da sublimidade (elevado,
destacado, superior) do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do
qual (podemos e precisamos) perder todas as coisas (consideradas valiosas) e as
considerar como refugo (excremento, escória, lixo, sujeira), para ganhar a
Cristo”, Fp.3.8 em nosso coração.
Essa
decisão de deixar para trás tudo é pelo motivo de o servo de Deus querer “[...] ser achado (em) Jesus, não ter justiça
própria, que procede de lei (como agia Paulo), senão a que é mediante a fé em
Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé”, Fp.3.9 que conduz
à perseguição e a vida.
O intuito
maior é somente “para [...] conhecer
Jesus, e o poder da sua ressurreição (que venceu por nós), e a comunhão (participar)
dos seus sofrimentos, conformando-se (receber da mesma forma) com Jesus na sua
morte”, Fp.3.10 o conforto e consolo para a eternidade.
O
resultado final é “para, de algum modo,
alcançar a ressurreição dentre os mortos”, Fp.3.11 e viver para sempre
com o Senhor.
O
verdadeiro cristão [...]
D
– Busca o aperfeiçoamento espiritual.
Paulo
fala de um planejamento estratégico espiritual para aperfeiçoar-se
espiritualmente.
1
– Eu não sou perfeito ou “não
que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição [...]”,
Fp.3.12;
2
– Ele tem um alvo que é “[...]
prosseguir para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo
Jesus”, Fp.3.12, a vida eterna;
3
– Ele tem três estratégias:
A
- “[...] Não julga haver alcançado (o
prêmio) [...]”, Fp.3.13;
B
– “[...] Mas uma coisa faz: esquece das
coisas que para trás ficam [...]”, Fp.3.13;
C
– Daí, ele “[...] avança (de maneira
perseverante) para as que diante de dele estão”, Fp.3.13.
4
– Ele tem uma motivação: o prêmio “prosseguindo
para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”,
Fp.3.14.
A fim de buscar
o aperfeiçoamento, “todos (os servos de
Deus), pois, que são perfeitos, tenha este sentimento (de se aperfeiçoar
espiritualmente); e, se, porventura, pensamos doutro modo, também isto Deus nos
esclarecerá”, Fp.3.15.
É
por este motivo que devemos “[...] andar
de acordo com o que já alcançamos”, Fp.3.16 no crescimento espiritual.
As
marcas do verdadeiro cristão [...]
E
– Coloca-se como exemplo de vida cristã.
Paulo
foi exemplo de servo fiel a Jesus, portanto, é preciso “[...] ser seu imitador e observar os que andam segundo o modelo
que (ele) teve [...]”, Fp.3.17.
A
preocupação do texto é que “[...]
muitos andam entre nós (que não agem como cristãos), dos quais, repetidas
vezes, Paulo nos diz e [...] até chorando (de vergonha do comportamento de
muitos cristãos), que são inimigos da cruz de Cristo”, Fp.3.18 quando
agem de forma escandalosa – artistas e cantores.
O
resultado é trágico para aquele que não dá bom exemplo.
O
texto declara que “o destino deles é a
perdição, o deus deles é o ventre (prazeres do paladar), e a glória deles está
na sua infâmia (má fama, desonra, práticas de todo tipo de pecado), visto que
só se preocupam com as coisas terrenas”, Fp.3.19.
Quando
lutamos para ser exemplo, dizemos ao mundo “[...]
que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos (honramos, louvamos) em Cristo
Jesus, e não confiamos na carne”, Fp.3.3.
É por este motivo
que “[...] a nossa pátria está nos
céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”,
Fp.3.20 que virá buscar o seu povo.
As
marcas do verdadeiro cristão [...]
F
– Trará resultados benéficos para o servo de Deus quando “Jesus [...] transformará o nosso corpo de
humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder
que ele tem de até subordinar a si todas as coisas”, Fp.3.21.
Aplicações práticas: O verdadeiro cristão mantém uma vida de
adoração e busca crescer espiritualmente.
O
cristão fala mais pelo seu testemunho de vida do que por suas palavras.
Qual
é a sua marca como cristão neste mundo?
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