sábado, 23 de abril de 2016

“[...] HOMEM E MULHER OS CRIOU”, Gn.1.27.



[...] HOMEM E MULHER OS CRIOU, Gn.1.27.

Introd.:           Um tema sempre polêmico é sobre a sexualidade.
            A Bíblia ensina que Deus se importa com a nossa vida íntima e também deve ser obedecido e glorificar em nossa sexualidade.
            Existem diferenças óbvias entre homem e mulher, devemos reconhecer o ensino bíblico de que ambos são “criados (por) Deus [...] à sua imagem [...]”, Gn.1.27.
            Nesta lição abordaremos o que une homem e mulher, isto é, o que torna homens e mulheres semelhantes.
            A sabedoria do nosso Deus na criação da sua obra prima, “fez (o homem), no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroou”, Sl.8.5.
            Criou Deus [...] homem e mulher [...]”, Gn.1.27 segundo à sua [...] 
1 – Imagem e semelhança.
            Ser “[...] imagem [...] (e) semelhança (de Deus) [...]”, Gn.1.26 nos torna diferente de toda a sua criação.
            Enquanto realizava a obra da criação, “[...] Deus (ordenava): Haja [...] (e tudo se realizava) e houve [...]”, Gn.1.3.
            No relato da criação do homem Deus apresenta uma característica especial pelo fato de ter “[...] dito [...]: Façamos [...]”, Gn.1.26. 
            A expressão “[...] façamos [...]”, Gn.1.26 não é usada para nenhuma outra criatura, ela torna o homem uma “classe especial” da criação. 
            O pronome “nós”, subentendido em “[...] façamos [...]”, Gn.1.26, mostra a pluralidade de Pessoas, se referindo à Trindade, que fica mais clara na progressividade da revelação em toda a Bíblia.
            A ideia é que Deus entrou em “conselho divino”, depois de ter criado todo o universo, houvesse um acordo entre as Pessoas da Trindade para que fosse criada Sua obra-prima – o ser humano – (Commentary on the first book of Moses called Genesis, João Calvino). 
            Moisés detalha como “[...] o Senhor Deus (criou o) [...] homem e (a mulher) uma auxiliadora [...] (e) os colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar [...] dando-lhes esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”, Gn.2.15-18.
            Esse relato evidencia que somos privilegiados.
            De acordo com o pensamento vigente, o homem é simplesmente um “animal racional” (Homo sapiens), ou seja, ele não é tão diferente assim dos outros animais, sendo na verdade a obra mais sublime da evolução – que é despropositada e aleatória.
            Segundo esse pensamento, o homem compartilha esse passado com os outros seres viventes, seu comportamento hoje reflete muito esse processo, não há base alguma para nortear suas ações morais.
            Nesse sentido, não poderíamos nos queixar de nenhum comportamento antiético ou amoral.
            Devemos afirmar a verdade de que fomos criados por Deus de maneira diferenciada e somos “[...] imagem [...] (e) semelhança (de) Deus [...]”, Gn.1.26.
            Temos obrigação de refletir seus atributos: Amor, misericórdia, compaixão e a justiça.
            O relato da criação sustenta uma vida sociável e possível; a teoria da evolução, não.
            Devemos observar com mais clareza que somos “[...] imagem [...] (e) semelhança (de) Deus [...]”, Gn.1.26.
            Isso significa que essa característica não se perde e nem é retirada de nós. Nem mesmo o pecado, com todas as suas consequências devastadoras, nos privou dessa bênção.
            Ao tratar da inconsistência do uso da língua, a Escritura ensina que, “com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus”, Tg.3.9.
            De alguma maneira, mesmo que distorcida, todos os homens e mulheres refletem a Deus.
            Outro conceito é que homem e mulher, juntos, são a imagem de Deus.
            A “[...] imagem [...] (e) semelhança (do) homem (com) Deus [...]”, Gn.1.26 é uma analogia (semelhança) da comunhão de Deus com ele mesmo, entre Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
            [...] Imagem [...] semelhança (do) homem [...]”, Gn.1.26 fala sobre a [...] 
2 – Máxima intimidade.
            Quando a Bíblia fala que “[...] o homem (deve) deixar pai e mãe e se unir à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”, Gn.2.24, está falando que o ato sexual entre um homem e uma mulher é a expressão máxima de intimidade em nossos relacionamentos.
            O relacionamento conjugal e sexual entre homem e mulher é chamado nas Escrituras de “[...] tornar-se os dois uma só carne”, Ef.5.31.    
            É por este motivo que Paulo fala “[...] que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela [...] porque, como se diz, serão os dois uma só carne”, 1Co.6.16.
            Quando “[...] Deus (nos criou) [...] à sua imagem [...] (e) semelhança [...]”, Gn.1.26, legou-nos uma tripla relação: Com Ele mesmo, com o próximo, e com a natureza.
            A frase “[...] uma só carne [...]”, Mt.19.6 carrega a ideia do ato sexual em si, dos envolvimentos espirituais e emocionais e também a geração de filhos.
            [...] Tornar-se os dois uma só carne”, Ef.5.31 é uma referência ao que Adão disse quando Deus entregou-lhe Eva: “[...] Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada”, Gn.2.23.
            Dentre os relacionamento humanos, o casamento é a união mais íntima que o ser humano pode estabelecer.
            Os filhos são de extrema importância; eles “são herança do Senhor (oferecidos a um casal como) [...] o fruto do ventre, seu galardão. (São emprestados por Deus ao homem, para que sejam lançados) como flechas na mão do guerreiro [...] quando pleitear com os inimigos à porta”, Sl.127.3-5.
            Quando os filhos se casam, eles deixam a casa dos pais e se tornam, também, “[...] uma só carne”, Ef.5.31.
            Quanto aos cônjuges, eles permanecem juntos, porque, “[...] o que Deus ajuntou não o separe o homem”, Mt.19.6.     
            Na ordem da criação, o sexo dever ser feito dentro do contexto do casamento monogâmico (um cônjuge).
            Homens e mulheres deveriam se relacionar sexualmente somente com uma pessoa (o cônjuge), pelo tempo que o Senhor conservar a vida de ambos.
            É preciso saber que “[...] a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal”, Rm.7.2.
            O sexo se tornou banalizado que, quando cristãos se casam, levam consigo um passado de promiscuidade (mistura desordenadamente) e a prática de impiedade; o resultado são casamentos instáveis e infelizes.
            Não poucas uniões têm acabado porque Deus não foi obedecido durante a adolescência e a juventude cristã.
            Deus fala que o ato sexual é íntimo, mas deve acontecer no contexto apropriado para a sua prática.
            [...] Imagem [...] semelhança (do) homem [...]”, Gn.1.26 fala sobre [...] 
3 – Cristo e a igreja.
            A intimidade sexual revela, também, o relacionamento entre Cristo e a igreja.
            A complexidade desse tema é tão grande que a Escritura o chamou de “grande [...] mistério [...]”, Ef.5.32.     
            Quando Paulo fala sobre o relacionamento entre marido e mulher, ele ordena que “as mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor”, Ef.5.22.
            Aos “maridos [...] (é ordenado) amar (a) sua mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”, Ef.5.25.        
            A carta aos Efésios evoca (chama) o texto de Gênesis para reafirmar a verdade que os dois, marido e mulher, “[...] se tornam os dois uma só carne”, Gn.2.24.       
            Em alguma medida, a vida íntima, matrimonial, do homem e da mulher reflete o relacionamento entre Cristo e sua igreja.
            A igreja é chamada muitas vezes de noiva, e o Senhor Jesus, de noivo.
            Eis o motivo de João dizer que “viu também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo [...] (e) um dos sete anjos [...] mostrou a noiva, a esposa do Cordeiro”, Ap.21.2, 9 ao apóstolo João.
            Nós, como esposa de Jesus, devemos “nos alegrar, exultar e dar-lhe a glória, porque são chegadas as bodas (festa de casamento) do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou (enfeite para entrar para a recâmara-quarto-Mansão eterna)”, Ap.19.7.     
            Assim como acontece no matrimônio ou deve acontecer, o Senhor Jesus nos “desposará (contrato de casamento) [...] para sempre; desposar-se-á (com a igreja) [...] em justiça (punir), e em juízo (julgar para absorver ou condenar), e em benignidade (bondade), e em misericórdias; desposará [...] em fidelidade, e conhecerás ao Senhor”, Os.2.19, 20.
            Esse amor demonstrado por Jesus Cristo em favor da sua igreja, o marido deve imitá-lo.
            Os prazeres sexuais lícitos experimentados no matrimônio são, na realidade, somente um lampejo, uma fagulha, do que experimentaremos quando Cisto voltar e tomar para si a sua igreja.
            A vida sexual deve refletir esse amor tão santo e belo, “[...] tornando os dois uma só carne”, Gn.2.24, assim como Cristo e sua igreja.
Conclusão:      O seu relacionamento conjugal/sexual é lícito ou ilícito?
            Você que é solteiro tem se guardado para o casamento?
            Você tem mantido a pureza e beleza da intimidade sexual?
            O relacionamento conjugal é importante, pois remete ao relacionamento de Cristo com sua igreja.

            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para ED – Nossa Fé – O Deus do sexo – Como a espiritualidade define a sua sexualidade – CCC – Rev. André Scordamaglio.

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