CUIDE DO SEU
CASAMENTO
“No
primeiro ano da investigação, 1984, a pesquisa Estatísticas do Registro Civil
contabilizou 30.847 divórcios concedidos. Ao analisar a evolução dos números de
divórcios registrados em 1994, 2004 e 2014 com os registrados no primeiro ano
do decênio anterior, verifica-se que esses assentamentos têm aumentado
gradualmente, em especial na última década, com as seguintes variações: em
1994, foram registradas 94.126 dissoluções, representando um acréscimo de
205,1%; em 2004, observou-se uma aceleração moderada, com 130.527 divórcios
concedidos, evidenciando um aumento de 38,7%; e, em 2014, foram realizados
341.181 assentamentos de divórcios concedidos, perfazendo um crescimento de
161,4% em relação a 2004. A elevação sucessiva, ao longo dos anos, do número de
divórcios concedidos revela uma gradual mudança de comportamento da sociedade
brasileira, que passou a aceitá-lo com maior naturalidade e a acessar os
serviços de Justiça de modo a formalizar as dissoluções dos casamentos” – http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/135/rc_2014_v41.pdf.
Jesus
é determinante ao afirmar respondendo a uma pergunta dos discípulos. No
bate-papo entre o Mestre e seus seguidores, Jesus declara que, quando um homem
e uma mulher contraem um casamento, não importa o grau de incompatibilidade, de
mau gênio, de famílias desestruturadas ou de quantos dão palpites errados com o
intuito de levar um ou outro à separação, o que importa é “[...] que Deus (os)
ajuntou [...]” (Mt 19.6).
Ao
olhar pelo ângulo de que “o coração do homem traça o seu caminho, mas o SENHOR
lhe dirige os passos” (Pv 16.9) é preciso respeitar e aceitar que não cabe ao
“[...] homem (fazer a) separação” (Mt 19.6). As separações acontecidas
não são devido a legislação ter mudado ou porque a sociedade tem aceitado com
mais naturalidade o fim do casamento.
A
“resposta (de) Jesus (não pode ser outra): Por causa da dureza do [...] coração
é que Moisés [...] permitiu repudiar [...] (a) mulher; entretanto, não foi
assim desde o princípio” (Mt 19.8).
Ao
falar sobre a “[...] dureza do [...] coração [...]” (Mt 19.8) Jesus está
alertando para aquela pessoa que é difícil no trato, bruta no agir, rígida com
as pequenas coisas, inflexível nas decisões, severa com o erro do outro,
violenta com o próximo, ofensiva nas palavras, intolerável na falta de asseio.
Naquela
época os judeus acrescentaram a esta listagem a queima do arroz como um dos
motivos pelo qual cada um lançasse mão da famosa “[...] licitude (de o) [...]
marido repudiar a sua mulher [...]” (Mt 19.3). Para que fique bem gravado se
faz necessário repetir as mesmas palavras do Senhor da vida: “[...] Não foi
assim desde o princípio” (Mt 19.8).
A
mensagem deixada por Aquele que une o homem e a mulher em casamento é que não
existe nada neste mundo que tenha poder destrutivo de fazer separar aquele
“[...] que Deus ajuntou [...]” (Mc 10.9).
Mas,
é possível que você já tenha a resposta pronta na ponta língua e saia em defesa
do seu e dos demais casamentos desfeitos ao dizer: “Eu tenho plena certeza que
não foi Deus que me ajuntou e que, o meu Deus, de maneira nenhuma, me deixaria
entrar numa enrascada dessa”.
Fique
sabendo que o mesmo Senhor da vida que lhe permitiu casar, sem forçar, sem
impor e sem castigar, também permitiu você namorar e noivar para conhecer não
só o pretendente (a), mas também a família do seu futuro cônjuge e saber, se de
fato, era com este (a) que você devia contrair núpcias.
A
respeito de casamento e separação esta é a última palavra dada na Palavra de
Deus? Não. Antes de qualquer verbalização o crente tem o direito de saber que o
que fala mais alto e o que tem mais importância no relacionamento matrimonial é
o desejo de perdoar, seja qual for o pecado que o outro tenha cometido.
Por
este motivo Jesus “[...] disse: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa
de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério [e o que casar
com a repudiada comete adultério]” (Mt 19.9).
Também
o apóstolo Paulo aconselha: “[...] Se o descrente quiser apartar-se, que se
aparte; em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã;
Deus vos tem chamado à paz” (1Co 7.15).
Então,
cuide do seu casamento para ter dias felizes!
Rev.
Salvador P. Santana
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