A IGREJA CONFESSIONAL, Mt.16.13-18.
Introd.: A
tendência de ser indefinido a respeito da doutrina, que muitos chamam de ser
‘pós-moderno’, tem permeado o âmbito acadêmico.
Na universidade, as críticas contra
quem se enxerga detentor da verdade são as mais duras, principalmente nas
ciências ‘humanas’ (direito, economia, geografia, história, filosofia).
Olhar os dois ou mais lados de uma
pesquisa é acadêmico.
Não podemos ser indefinidos quanto a
nossa fé e doutrina.
Muitos são teologicamente abertos e
dispostos a abrir mão de doutrinas tradicionais, outros tentam preservar o
cerne da fé evangélica.
Um dos maiores líderes do movimento
teológico indefinido é Rob Bell – Em entrevista, ele responde a quase todas as
perguntas com perguntas; “será que é assim mesmo?”.
“[...] Rob Bell (é) fundador da megaigreja Mars Hill
Bible Church, em Grandville, Michigan, declarou ser favorável ao casamento
entre duas pessoas do mesmo sexo como forma de proteger a fidelidade. “Sim, eu
sou favor do casamento. Estou a favor da fidelidade. Sou a favor do amor, seja
entre um homem e uma mulher, ou entre duas mulheres, ou de um homem com outro
homem [...] este é o mundo que estamos vivendo e precisamos apoiar as pessoas
sem importar o modo como estejam” [...]” – http://noticias.gospelmais.com.br/rob-bell-favoravel-casamento-gay-preservar-amor-51518.html.
A marca das igrejas pentecostais e neopentecostais é a
ausência de confissões.
Quando elas possuem algum documento com pontos
doutrinários, estes são muito abrangentes e exercem pouca autoridade sobre o
ensino da igreja.
Há igrejas evangélicas que não se preocupam em manter uma
única linha de ensino.
Até o protestantismo tradicional tem esquecido sua
herança teológica.
Precisamos de mais definições de fé. Resgatar o valor dos
credos e das confissões.
Nesta lição vamos estudar a Bíblia, instigados
a saber por que “[...] Jesus [...] (ainda hoje) pergunta (aos) [...] seus
discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem (para eu e você)?”, Mt.16.13.
Veremos sobre a história da igreja a
fim de entender a necessidade de a igreja ser confessional e não ficar
procurando auxílio espiritual em “[...] João Batista [...] Elias [...] Jeremias ou
algum dos profetas”, Mt.16.14.
Vamos verificar o papel das
confissões em nossas igrejas, que autoridade elas devem ter para “[...] continuarmos
[...] (a) dizer (quem) [...] é Jesus [...] (em nossas vidas)”, Mt.16.15.
I – O que a Bíblia diz sobre
confessar a fé?
Como servos do Senhor Jesus, temos a
necessidade de, “[...]
com a nossa boca, confessar Jesus como Senhor e, em nosso coração, crer que
Deus o ressuscitou dentre os mortos, seremos salvo”, Rm.10.9.
Essa atitude deve partir do “[...] coração (para) se crê
para justiça e com a boca se confessar a respeito da salvação”, Rm.10.10.
Jesus garante que “[...] todo aquele que (o)
[...] confessar diante dos homens, também Ele o confessará diante de seu Pai,
que está nos céus (e) diante dos anjos de Deus”,
Mt.10.32; Lc.12.8.
Ele também declara que “[...] aquele que (o) [...]
negar diante dos homens, também Ele o negará diante de seu Pai, que está nos
céus (e) diante dos anjos de Deus”, Mt.10.33;
Lc.12.9.
Nenhum de nós precisa temer “quando nos levarem às
sinagogas e perante os governadores e as autoridades, não nos preocupemos
quanto ao modo por que responderemos, nem quanto às coisas que tivermos de
falar (Ásia, África)”, Lc.12.11.
Em qualquer assunto a respeito da
nossa fé, “[...]
o Espírito Santo nos ensinará, naquela mesma hora, as coisas que devemos dizer”, Lc.12.12.
Os apóstolos Pedro e João foram
ousados ao “falarem
[...] (confessando aos) sacerdotes, (ao) capitão do templo e (aos) saduceus
[...] (de que) não havia salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não
existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos
salvos (Jesus Cristo)”, At.4.1, 12.
No texto base “[...] Jesus (levanta
a pergunta mais importante para a nossa salvação) [...] perguntando a seus
discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem?”, Mt.16.13.
Jesus deseja a sua e a minha
resposta, pois “basta
ao discípulo ser como o seu mestre (fiel ao Pai), e ao servo, como o seu senhor
(obediente a Deus) [...]”, Mt.10.25.
Diante dos milagres e ensinamentos
de Jesus, “[...]
o tetrarca Herodes ouviu a fama de Jesus e disse aos que o serviam: Este é João
Batista; ele ressuscitou dos mortos, e, por isso, nele operam forças
miraculosas”, Mt.14.1, 2.
Outras pessoas achavam que Jesus
seria um retorno do “[...] profeta Elias [...]”, Ml.4.5 ou
alguém que operasse no “[...] poder de Elias [...]”,
Lc.1.17 e um terceiro grupo pensavam que Jesus fosse algum grande profeta, como
Jeremias.
Essas três opiniões atribuíam a
Jesus somente o status de precursor do Messias, mas Jesus ainda insiste com
cada um de nós: “Mas vós [...] quem dizeis que eu sou?”, Mt.16.15.
Jesus insiste porque alguns de “[...] seus [...] discípulos
[...] (e os de) João [...] (duvidaram e) mandaram perguntar (a) Cristo [...]
(se) Jesus (era) [...] aquele que estava para vir ou (se) havia de esperar
outro?”, Mt.11.1-3.
Até mesmo entre o colégio apostólico
“[...] Jesus
(encontrou) [...] homens tímidos, homens de pequena fé [...] que duvidavam”, Mt.8.26; 14.31 “[...] sobre o não ter pão (para alimentar uma multidão) [...]”, Mt.16.8.
Foi “então [...] (que) Pedro (impetuoso pediu a
Jesus): Explica-nos (sobre a fé) [...]”,
Mt.15.15.
“[...] Pedro (se antecipou) dizendo [...] que eles
tudo deixaram e [...]seguiram (a) Jesus; que seria, pois, de (cada um) deles?”, Mt.19.27.
“[...] Simão Pedro (reconhece) [...]
(que) Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo”,
Mt.16.16.
Nem Pedro e nenhum de nós podem
chegar a essa conclusão sozinho.
Para reconhecer a nossa fé e
acreditar em Cristo, “[...] Jesus nos faz compreender que ninguém que fala pelo Espírito de
Deus afirma: Anátema, Jesus! Por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus!,
senão pelo Espírito Santo”, 1Co.12.3.
Com o advento do problema teológico
– o legalismo judaico, a heresia (falsa doutrina, Cl.2.9) de Colossos, o
proto-gnosticismo (1Jo.1.5) combatido por João – surgiram confissões mais
elaboradas.
A igreja de Corinto confessava “[...] que Cristo morreu
pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou
ao terceiro dia, segundo as Escrituras”,
1Co.15.3, 4.
Os filipenses reafirmaram “[...] que ao nome de Jesus
se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua
confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”, Fp.2.10, 11.
Não basta apenas ter fé, é preciso
expressá-la assim como os colossenses disseram que “Jesus nos libertou do
império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor”, Cl.1.13.
Toda a cristandade precisa
reconhecer que em Jesus “[...] temos a redenção, a remissão dos pecados”, Cl.1.14.
Jesus Cristo “[...] é [...] o primogênito
de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre
a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer
principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele”, Cl.1.15, 16.
Temos que reconhecer que em “Jesus [...] tudo subsiste. Ele
é a cabeça do corpo, da igreja”, Cl.1.17, 18.
É nosso dever acreditar “[...] que Jesus [...] foi
manifestado na carne [...] pregado entre os gentios [...] recebido na glória”, 1Tm.3.16.
É por este motivo que “[...] não (podemos) dar
crédito a qualquer espírito; antes, provar os espíritos se procedem de Deus,
porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora. Nisto reconhecemos o
Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é
de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo
contrário, este é o espírito do anticristo [...]”,
1Jo.4.1-3.
A conversa com “[...] Nicodemos (ilustra que
todo cristão precisa expressar a fé em Jesus e não apenas reconhecê-lo
doutrinariamente ou intelectualmente. É preciso) [...] que Jesus (seja
reconhecido como) [...] Mestre vindo da parte de Deus [...] (e aceitar que Ele)
pode fazer [...] sinais [...] (e, para crer é necessário) nascer de novo [...]
(para) ver o reino de Deus [...] nascer da água e do Espírito [...] para que
todo o que nele crê tenha a vida eterna [...] (devido o) amor (de) Deus [...]
que deu o seu Filho unigênito [...]”, Jo.3.1-3,
5, 15, 16.
Por isso somos exortados a “viver, acima de tudo, por
modo digno do evangelho de Cristo [...] firmes em um só espírito [...] lutando
juntos pela fé evangélica”, Fp.1.27.
Também precisamos “combater o bom combate,
completar a carreira, guardar a fé”, 2Tm.4.7
com a finalidade de “[...] batalhar, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi
entregue aos santos”, Jd.3.
A ortodoxia (doutrina correta)
somente não define uma boa confissão.
A nossa confissão deve ser
acompanhada de confiança.
Ela vai além do racional (crer que)
para o volitivo (crer em).
Quando Jesus ensinou duras verdades “à vista disso, muitos dos
seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele. Então, perguntou Jesus
aos doze: Porventura, quereis também vós outros retirar-vos? Respondeu-lhe
Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e
nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus”, Jo.6.66-69.
Assim como Pedro e os demais
apóstolos, vamos reconhecer que “[...] não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu
não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que
sejamos salvos (Jesus Cristo)”, At.4.12.
Você acredita
que “[...] Cristo [...] (é) o Filho do Deus vivo (?)”, Mt.16.16.
Caso você não acredita, caia fora da
igreja e sirva o mundo com prazer.
II – A confessionalidade no decorrer da história.
A história da igreja atesta que os
cristãos compreenderam o quão importante era estabelecer fórmulas e credos, que
resumissem a fé.
No primeiro século essas fórmulas e
credos permaneceram apenas na mente dos cristãos, por causa da perseguição.
Quando surgiu a tolerância para o
cristianismo, eles passaram a redigir credos para serem transmitido às gerações
sem qualquer deturpação.
No início da igreja cristã, os
credos eram usados de quatro maneiras.
Primeiro – Compostos como
formas de profissão de fé para o batismo.
Dessa forma assegurava que o
batizando estava em conformidade com a fé comunitária.
Segundo – Visando a confissão
batismal, os credos passaram a servir como roteiro para a instrução catequética
na doutrina cristã.
Eles serviram de orientação prévia
ao batismo, como currículo da classe de catecúmenos.
Terceiro – Devido o surto de
heresias (opção outra doutrina), os credos passaram a ser a medida de ortodoxia
(sustentar a opinião correta) doutrinária.
Quarto – Os credos ganharam
caráter litúrgico.
Eles eram lidos durante a liturgia
de um culto como expressão da fé comunitária, resposta à revelação divina em
sua Palavra.
Nos séculos 16 e 17, um dos legados
da Reforma Protestante foi a produção de confissões e catecismos.
As confissões reúnem afirmações que
são divididas em parágrafos e capítulos.
Os catecismos são estruturados com
perguntas e respostas.
O retorno à Bíblia, imortalizado no
lema Sola Scriptura não fez os reformadores desprezarem as confissões escritas.
As confissões trouxeram dois
benefícios para a Reforma.
Primeiro – Marcaram a
identidade de uma igreja.
Época em que regiões e nações
ganhavam sua independência do catolicismo romano, as igrejas nacionais
produziam documentos com características próprias, semelhantes nos pontos
essenciais da fé reforma.
Cada jurisdição política escrevia
uma confissão distinta:
Primeira e segunda confissão
Helvética (1536 e 1566), atual Suíça;
Confissão Galicana (1559) na França;
Confissão Escocesa (1560);
Confissão Belga (1561) nos Países
Baixos;
Os Trinta e Nove Artigos da
Inglaterra (1571);
Os Artigos Irlandeses (1615).
Segundo – Os reformadores
providenciaram uma regra hermenêutica, um referencial interpretativo para
entender as Escrituras.
A mera crença na Bíblia não define
as diferenças entre grupos da cristandade
- católicos também afirmam crer na Bíblia.
As confissões funcionam como um
padrão que diferencia a boa da má interpretação bíblica.
É por isso que devemos reconhecer “[...] que não
(é) [...] carne e sangue que nos revela (a verdade), mas [...] (o) Pai, que
está nos céus [...] (é o que nos) afirma Jesus [...]”, Mt.16.17.
III – A confessionalidade em nossos dias.
As confissões identificam uma igreja
ou denominação.
Elas produzem clareza na identidade,
distinção com uns, comunhão com outros, e delimita o que julga ser ortodoxo na
esfera da fé.
As confissões podem servir de
bússola paras as pessoas desorientadas em meio a uma igreja evangélica tão
confusa no Brasil.
Há igrejas que ouve mais seus
líderes do que os documentos redigidos para nortear a denominação.
Existem igrejas de uma mesma
denominação que são muito diferentes uma das outras em matéria de fé e prática.
Diante das deturpações, uma
confissão funciona como princípio hermenêutico (interpretar texto) das
Escrituras.
A confissão nos ajuda a definir a
ortodoxia (doutrina correta) de uma interpretação bíblica.
Lembrar que a confissão nunca está
acima da Bíblia, como referencial para julgá-la.
Ela é uma sistematização bíblica de
nossas crenças e doutrinas, a fim de nos nortear no estudo da própria
Escritura.
A confissão serve para nos orientar “para que não mais sejamos
como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento
de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro”, Ef.4.14.
As confissões se resumem em três
palavras: Testemunho, unidade e pureza.
Primeiro – As confissões são
testemunho porque expressam a nossa fé.
Dizer às pessoas o que nós cremos
está na Bíblia, não oferece um resumo da nossa fé.
Os catecismos e as confissões
proporcionam essa sinopse – visão geral.
Segundo – Os documentos
confessionais cooperam para a unidade da igreja. Contrária à opinião moderna de
que doutrina divide, de que confissões são elementos mais de divisão.
Encontramos discípulos de Jesus em
lugares distantes, sentimo-nos ligados a essas pessoas.
As confissões são a base da união
entre as igrejas.
Terceiro – Confissões
contribuem para a pureza da igreja.
Queremos unidade com quem pensa de
igual modo.
Queremos distinguir de quem pensa de
modo diferente.
Isso não quer dizer que não possamos
ter comunhão com cristãos que pensam diferente de nós com relação a doutrinas
não essenciais para a salvação.
Tais diferenças não devem estar
presentes no ministério de pregação e ensino de uma igreja.
Ainda é preciso que nestes dias, tão
confusos a respeito da fé, possamos “[...] edificar a nossa igreja sobre [...] (a)
pedra (a fim de que) [...] as portas do inferno não prevaleçam contra ela”, Mt.16.18.
IV
– Que autoridade devem ter as confissões?
A autoridade de credos e confissões
surge a partir do momento em que um grupo de crentes os subscreve (estar de
acordo).
Para os protestantes, a autoridade
dos símbolos de fé é relativa (ou derivada) e limitada, sempre subordinada à
Bíblia, que tem autoridade divina e absoluta.
A Bíblia é norma normans (uma regra
que regula), enquanto a confissão é norma normata (uma regra que é regulada).
A igreja romana concede autoridade
maior aos símbolos (bulas papais e documentos conciliares), pois esses são a
interpretação infalível da igreja (clero) quanto à Bíblia.
A igreja protestante dá abertura
para a revisão de documentos de autoridade, o que não é o caso dos católicos.
O protestante entende que seu
princípio hermenêutico precisa ser constantemente avaliada pela própria
Escritura.
O Sínodo de Dort fez modificações na
Confissão Belga; a Igreja Presbiteriana nos EUA fez modificações na Confissão
de Fe de Westminster.
Você conhece a Confissão de Fé da
nossa igreja e os Catecismos Maior e Menor?
Conclusão: “[...] Jesus (ainda continua) [...] perguntando
(para mim e você): Quem diz (você) [...] ser o Filho do Homem?”, Mt.16.13.
Pode acontecer de alguém “[...] responder
[...] (que para ele Jesus é) João Batista [...] Elias [...] Jeremias ou algum
dos profetas”, Mt.16.14.
“Mas (Jesus) continua (insiste com
você) [...] quem dizeis que Jesus (é) [...]”,
Mt.16.15.
Devemos responder que “[...] Jesus és o
Cristo, o Filho do Deus vivo”, Mt.16.16.
E quando fizermos essa afirmação,
nada de pensar que saiu de nós mesmo, pelo contrário, “[...] não foi carne
e sangue que nos revelou, mas [...] (o) Pai, que está nos céus”, Mt.16.17.
A partir do momento em que eu e você
aceitar ser a igreja confessional, “[...] Jesus (nos) dirá que [...] sobre esta pedra
(Jesus, será) edificada a sua igreja, e as portas do inferno não prevalecerão
contra ela”, Mt.16.18.
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para ED – Nossa Fé – CCC – Rev. Heber Carlos de
Campos.
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