sábado, 27 de junho de 2015

O DEVER DE ORAR

O DEVER DE ORAR
            É muito interessante e cômico quando um membro de alguma igreja pergunta ao seu pastor: “Está orando por mim?” Quando a resposta é negativa a ovelha diz com o dedo em riste: “Eu não estou sendo abençoado por sua culpa ou onde já se viu pastor, não orar pelas suas ovelhas”. Mas sendo a resposta positiva ela diz: “Ainda bem que encontrei um que se preocupa com os meus problemas”. Por alguns instantes o pastor fica um tanto atordoado e sem saber o que dizer. Ele procura em sua mente alguma passagem bíblica que possa apoiar essa brilhante ideia, ou seja, de que o sucesso ou insucesso do seguidor de Jesus Cristo depende exclusivamente daquele que intercede por ele. Demorando um pouco mais em seus raciocínios surge na mente do pastor uma palavra dita pelo apóstolo Paulo aos tessalonicenses que cada um deve “orar sem cessar” (1Ts 5.17). A princípio a mente do ministro ficou mais confusa ainda, mas ao analisar melhor o texto ele pôde então responder com maior clareza.
            De um modo abrangente é muito difícil descobrir qual era o pensamento do apóstolo. Existe um bom recurso para saber qual foi o propósito desse precioso texto ser inserido no livro aos Tessalonicenses. Ao invés de perguntar ao escritor, pergunte ao texto o que Deus realmente requer de seus filhos, aí sim, haverá resposta.
            Ao indagar do texto o seu significado é preciso ter em mente que, assim como esse texto foi escrito para uma comunidade dos tempos bíblicos, de igual modo é de grande valor para a igreja hodierna. Sendo assim, o principal desejo do expoente do texto bíblico era o de incentivar os crentes de Tessalônica a viverem firmes na fé de forma que pudessem agradar ao único dono da “[...] igreja de Deus, (Jesus Cristo) a qual ele comprou com o seu próprio sangue” (At 20.28).
            Voltando ao texto em questão você pode perguntar: - O texto permite que o filho de Deus ore sem cessar, ou seja, quando der na telha, quando sentir vontade, quando for convidado em público e for pressionado por alguém ou é uma ordem expressa? Caso estivesse na mente de Deus que iria conceder aos crentes que orassem, na verdade muitos ou senão, quase todos, deixariam de fazer esse exercício. Paulo falando, não sobre a oração, mas sobre a busca desenfreada pelo bem-estar físico, diz que “[...] o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser” (1Tm 4.8).
            Dá para notar o quanto o homem tem deixado a vida espiritual em segundo plano. Na verdade o homem tem muita facilidade para desfazer tratos, em especial com o seu Deus. Salomão disse que o homem com facilidade “[...] se esquece da aliança do seu Deus” (Pv 2.17). O profeta Ezequiel vai mais além dizendo que se Deus concedesse o direito de orar, mesmo assim ele “[...] despreza o juramento, invalidando a aliança” (Ez 16.59). E Malaquias faz um alerta: “[...] cuidai de vós mesmos e não sejais infiéis” (Ml 2.16).
            Não sendo uma permissão, então é uma obrigação de cada um que se diz servo de Jesus. E quando se fala de servo, indica que a pessoa está sob ordens, sob controle, sendo regido por um superior, neste caso o próprio Deus. Ao falar: “orai sem cessar” (1Ts 5.17) nota-se que o modo verbal está no imperativo. Isto quer dizer que não existe meio termo, é uma ordem expressa ao ouvinte/leitor para cumprir a ação desejada por Aquele que tem autoridade sobre toda a terra.
            Não é aquele costumeiro convite que muitos recebem ‘– Oi fulano! Vamos orar?”. Essa ordem é para ser cumprida ao pé da letra por todos. É como diz: “Então, prosperarás, se cuidares em cumprir os estatutos (lei) e os juízos (sentença) que o SENHOR ordenou [...] sê forte e corajoso, não temas, não te desalentes (desanimes)” (1Cr 22.13). É preciso saber também que esta ordem não deve ser cumprida somente uma vez por dia, semana, mês ou ano. A obrigação de orar deve ser “[...] sem cessar” (1Ts 5.17). Não pode existir folga. Não importa se o tempo está frio ou quente, se está bem de saúde ou nas últimas desta vida, se em casa ou na rua, trabalho, escola, lazer.
            Cada um deve ter o propósito de “com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.18). A cada dia que passa cada um deve sentir o desejo de orar com mais frequência e “[...] sem cessar” (1Ts 5.17) porque Deus “[...] não dormita, nem dorme o guarda de Israel” (Sl 121.4).
            É para se notar que o homem é responsável pelas suas orações que são apresentadas diante de Deus. É tão verdade que “Jesus disse uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer” (Lc 18.1), mas isso não impede que outros o ajudem nessa árdua tarefa. A ideia de que fulano ou sicrano deixou de ser abençoado porque o outro não intercedeu por ele é pura invencionice humana, porque quando Deus quiser “Ele abençoa os que temem o SENHOR, tanto pequenos como grandes” (Sl 115.13).

Rev. Salvador P. Santana

UM MINISTÉRIO PROFÉTICO, Is.6.1-13.

 UM MINISTÉRIO PROFÉTICO, Is.6.1-13.

Introd.:           Isaías 6 é um dos textos mais conhecidos e utilizados da Bíblia.
            Ele é lido e estudado para despertar homens e mulheres ao envolvimento na obra do SENHOR, ou para ensinar sobre a soberania e santidade de Deus e, ainda, como um manual litúrgico bíblico: Deus se revela, o homem se conscientiza de sua pecaminosidade, arrepende-se e se humilha, Deus o perdoa e convoca para o serviço.
            Infelizmente, na maioria das vezes que o livro é lido, estudado ou pregado, a leitura vai até o “[...] eis-me aqui, envia-me a mim”, Is.6.8.
            Essa prática ignora os versos que explicam o ministério profético de Isaías.
            Nesse estudo vamos entender o que Deus quer da igreja e de cada um de nós, cristãos, como seus profetas.
I – O Deus que chama, Is.6.1-4.
            Deus chamou Isaías “no ano da morte do rei Uzias [...]”, Is.6.1.
            Esse dado da morte do rei não é apenas para nos localizar temporalmente, mas para compreender melhor a mensagem.
            O rei Uzias foi um dos reis mais queridos de Israel.
            “[...] O povo de Judá tomou a Uzias, que era de dezesseis anos [...] ele fez o que era reto perante o SENHOR [...] e cinquenta e dois anos reinou em Jerusalém [...] os amonitas deram presentes a Uzias, cujo renome se espalhara até à entrada do Egito, porque se tinha tornado em extremo forte”, 2Rs.14.21; 2Cr.26.3,4,8.
            A morte de Uzias, para Israel, pode ser comparada à morte de Getúlio Vargas, em 1954, para os brasileiros.
            Governou o Brasil por dois períodos.            O primeiro foi de 15 anos – 1930 – 1945 – a Revolução de 1930, pôs fim à República Velha, depondo o presidente Washington Luís, e, impedindo a posse do presidente eleito em 1º de março de 1930, Júlio Prestes.
            O segundo período foi de 31 de janeiro de 1951 até 24 de agosto de 1954, quando ele se suicidou.
            Getúlio era chamado pelos simpatizantes como o ‘pai dos pobres’, Jó 29.16 – implantou leis trabalhistas.
            A morte de Uzias, para Israel, pode ser comparada à morte de John Kennedy, em 22 de novembro de 1963.
            A morte desses homens gerou perguntas do tipo: ‘o que será de nós agora que o nosso rei se foi? Será que alguém conseguirá ser tão competente quanto ele foi? O que os povos em volta farão ao saber que não o temos mais?’
            O “[...] ano da morte do rei Uzias [...]”, Is.6.1 foi de extrema comoção nacional, medo, desesperança e senso de orfandade.
            A “[...] morte do rei Uzias [...] (teve um significado especial para) Isaías [...]”, Is.6.1 pois “[...] o profeta [...] (era cronista e biógrafo do rei, pois) escreveu (a história de Uzias)”, 2Cr.26.22.
            É certo que Isaías sofreu com a morte do rei.
            O texto apresenta um contraste – apesar da “[...] Morte do rei Uzias, Isaías viu o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono [...]”, Is.6.1.
            A mensagem de Deus para nós é que, nem a nação e nenhum de nós estão sem um rei.
            Israel, o Brasil e EUA estavam sem “[...] o rei [...] (mas) o Senhor (está) assentado sobre um alto e sublime trono (reinando) [...]”, Is.6.1.
            Por vezes somos oprimidos, sofremos e a injustiça impera e nos assusta, mas “[...] o Senhor (continua) assentado sobre um alto e sublime (admirado) trono [...]”, Is.6.1.
            É por este motivo que podemos confiar em Deus, pois “os olhos do SENHOR estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons”, Pv.15.3.
            “No [...] trono [...] (está) o (soberano) Senhor [...]”, Is.6.1, Todo-Poderoso dirigindo os rumos da humanidade para realizar a Sua vontade.
            O Deus que chama, “[...] o Senhor (além de estar) assentado [...] as abas (séquito – comitiva, bainha) de suas vestes enchem o templo”, Is.6.1 assim como o Espírito Santo enche o nosso coração.
            O Deus que nos chama é tão perfeito e soberano a ponto de “serafins (seres majestosos com aparência de fogo a serviço de Deus, não homens) estarem por cima dele; cada um tem seis asas: com duas cobre o rosto, com duas cobre os seus pés e com duas voa”, Is.6.2 devido eles estarem na presença do Todo-Poderoso.
            A santidade de Deus é tão perfeita que os serafins “[...] clamam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória”, Is.6.3 que pode encher toda a terra e estar presente em todos os lugares e corações.
            Isaías contempla o espetáculo quando “as bases do limiar (soleira, batente) se moveram à voz do que clamava (anjos), e a casa se encheu de fumaça”, Is.6.4 devido a presença de Deus.
            Citando este texto de Isaías e falando sobre Jesus, o apóstolo João fala que “isto disse Isaías porque viu a glória dele e falou a seu respeito”, Jo.12.41.
            Aquele que foi visto por Isaías é o mesmo que “[...] a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana”, Fp.2.7, viveu e morreu e ressuscitou para a nossa salvação.
            Este Jesus, “[...] Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”, Fp.2.9-11.
            Deus continua em seu trono, soberano, santo e glorioso.
            Um dia Ele tornará esse reinado visível a todos os olhos por meio de Jesus Cristo.
            Deus continua chamando eu e você assim como fez com Isaías.
            Qual é a sua resposta a esse chamado                      
II – O profeta.
            Ao contemplar “[...] o Senhor (em sua) [...] sublime (majestade) [...] enchendo o templo”, Is.6.1, a “[...] Santidade (do) [...] SENHOR dos Exércitos [...] (e) toda a [...] sua glória”, Is.6.3, percebemos duas características de Isaías.
            A. Confissão, Is.6.5-7.
            A primeira atitude de “Isaías (foi confessar o seu pecado) [...]”, Is.6.5 após contemplar o Senhor Deus.
            Não foi uma confissão genérica: “Senhor, perdoa os meus muitos pecados”.
            Foi “então (que) Isaías [...] disse: ai de mim! [...]”, Is.6.5, logo depois de contemplar o Senhor Deus, o profeta ficou com medo.
            Isaías declara o seu pecado especificamente ao dizer que “[...] está perdido! [...]”, Is.6.5, não em um espaço geográfico, mas a respeito da sua vida espiritual.
            Ele declara para Deus que “[...] está perdido [...] porque (é) homem de lábios impuros [...]”, Is.6.5 porque muitas vezes sai dos seus lábios palavras que não agradam a Deus.
            “[...] Está perdido [...] porque (além de seu pecador) [...] habita no meio de um povo de impuros lábios [...]”, Is.6.5 que não tem desejo por Deus e que dizem palavras obscenas e nojentas aos ouvidos de Deus.
            Isaías percebeu que poderia ser consumido a qualquer hora e ser enviado para o inferno, mas “[...] um dos serafins voou para Isaías, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do alar com um tenaz”, Is.6.6 a fim de purificar a sua boca.
            Percebe-se hoje que homens e mulheres dizem em cada dez palavras, sete palavrões e nenhuma edificante. 
            Não é à toa que Paulo fala que “não (deve) sair da nossa boca nenhuma palavra torpe (fere os bons costumes), e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem”, Ef.4.29.
            Isaías se considerava “[...] perdido [...] porque [...] os seus olhos viram o Rei [...]”, Is.6.5 que pode julgar, prender e matar.
            Cada um de nós deve, então, tomar a atitude de “[...] confessar o [...] (seu) pecado, (pois) Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”, 1Jo.1.9.
            “Muitos afirmam que não devemos ter medo de Deus”.
            O “[...] ai de mim! [...]”, Is.6.5 nos fala de temor e tremor diante de Deus.
            Isaías temeu, teve medo, diante da pureza de Deus “[...] porque [...] viu [...] o SENHOR dos Exércitos!”, Is.6.5 que pode fazer vencer e ser derrotado.
            O temor é uma das características perdidas do cristianismo.
            Supervalorizamos o amor de Deus, sua bondade e a doutrina da perseverança dos santos e, com isso em mente, alguns vivem sem nenhum temor do Senhor, pecando e fazendo o que bem entende.
            Muitos afirmam querer ver Deus, mas vive uma vida de pecados rotineiros.
            Confesse o seu pecado e, Deus, “com a brasa (fogo do Espírito) tocará a sua boca e dirá: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado”, Is.6.7.
            B. Prontidão, Is.6.8.
            A segunda atitude de Isaías, após ouvir uma pergunta de Deus, foi se colocar de prontidão.
            Isaías toma a atitude de se colocar a serviço de Deus, “depois disto (confissão do seu pecado) [...]”, Is.6.8.
            Isaías, atentamente, “[...] ouve a voz do SENHOR [...]”, Is.6.8 e nós, só ouvimos “[...] ouvimos a voz do SENHOR [...]”, Is.6.8, a partir do momento em que nos dedicamos à leitura bíblica.
            É preciso saber que “[...] a voz do SENHOR [...] (sempre tem algo) que (nos) dizer [...]”, Is.6.8 relacionados a nossa prontidão.
            A pergunta feita a Isaías foi a respeito da sua missão: “[...] A quem enviarei, e a quem há de ir por nós? [...]”, Is.6.8.
            Para cada um de nós Deus tem um plano e uma missão a cumprir neste mundo e você sabe qual é a sua.
            “Depois [...] (de) ouvir a voz do SENHOR [...] Isaías disse: eis-me aqui, envia-me a mim”, Is.6.8.
            O profeta foi privilegiado ao ser usado quando ele se dispôs ao trabalho.
            Quando Deus chama alguém, não é correto assumir compromissos mais importantes que a obra de Deus.
            Certa vez “[...] Jesus disse (a certo homem): Segue-me! Ele, porém, respondeu: Permite-me ir primeiro sepultar meu pai. Mas Jesus insistiu: Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos. Tu, porém, vai e prega o reino de Deus. Outro lhe disse: Seguir-te-ei, Senhor; mas deixa-me primeiro despedir-me dos de casa. Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus”, Lc.9.59-62.
            Isaías foi bem claro para Deus ao dizer: “[...] Eis-me aqui, envia-me a mim”, Is.6.8.
            “[...] Maria (também se dispôs) dizendo: Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra [...]”, Lc.1.38.
            “[...] Pedro falou (para Jesus): Eis que nós tudo deixamos e te seguimos; que será, pois, de nós? Jesus lhes respondeu: Em verdade vos digo que vós, os que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe [ou mulher], ou filhos, ou campos, por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais e herdará a vida eterna”, Mt.19.27-29.
            Eu e você, o que temos feito a respeito do trabalho para o Senhor?
            O texto a seguir fala sobre algo desagradável e humilhante.
            Vimos as características daquele que chama: O Senhor dos exércitos Soberano, Santo e Glorioso.
            As atitudes requeridas de Isaías foram confessar e se prontificar para o trabalho do Senhor.
III – O ministério, Is.6.9-13.
            O ministério de Isaías foi desenvolvido no meio de um povo que não estava ‘nem aí para as coisas de Deus’.
            O que deveria anunciar a este povo idólatra, que frequentava o templo apenas por costume, mas não vivia em obediência ao Senhor?
            Por esse motivo, “então, disse Deus: Vai e dize a este povo [...]”, Is.6.9 palavras duras.
            O instrumento de Deus em favor desse povo foi fazê-lo “[...] ouvir, ouvir (até ficarem cansados de ouvir) e não entenderam [...]”, Is.6.9 a mensagem.
            Além de não ouvirem, o povo de Deus irá “[...] ver, ver, (as vistas irão ficar cansadas, embaçadas) mas não perceberá”, Is.6.9 o grande amor de Deus.
            O ministério de Isaías foi mais de endurecimento do que de Salvação e conversões.
            O próprio Deus falou que “tornaria insensível (indiferente, sem sentimento) o coração desse povo [...]”, Is.6.10 em relação ao amor a Deus.
            O resultado foi o “[...] endurecimento [...] (dos seus) ouvidos (para não ouvir a mensagem) e fechando-lhe os olhos (a fim de que não vissem as maravilhas de Deus) [...]”, Is.6.10.
            Então, cada um desses homens “[...] não [...] viram com os olhos, (nem mesmo) [...] ouviram com os ouvidos e (não) [...] entenderam com o coração, e [...] (não puderam ser) convertidos, e [...] (não foram) salvos”, Is.6.10.
            O profeta ficou perplexo sobre essa mensagem de condenação, foi “então [...] (que) disse Isaías: até quando, Senhor? [...]”, Is.6.11 o povo não O buscará?
            A “[...] resposta (do) Senhor: Até que sejam desoladas (ruínas) as cidades e fiquem sem habitantes, as casas fiquem sem moradores, e a terra seja de todo assolada (arrasada e levada para o cativeiro babilônico)”, Is.6.11.
            O pior é que “[...] o SENHOR afastará (da cidade Santa, da presença de Deus) [...] os homens, e no meio da terra será grande o desamparo (devido o pecado e a idolatria)”, Is.6.12.
            Por meio de sua mensagem, do endurecimento do povo, da punição de Deus ao povo, haveria de sobrar, no meio do povo [...]
Conclusão:      Um povo santo e dedicado ao Senhor.
            Fazemos parte de uma igreja em que o povo vive de forma secularizada.
            Evangélico nominal está mais comum e as diferenças que faziam clara a distinção entre cristãos e não cristão estão cada vez menos evidente.
            A sociedade não cristã está vivendo cada vez mais em imoralidade, cometendo injustiças e rebeldia contra Deus, e isso, com apoio, incentivo e envolvimento do poder público.
            Chegou o tempo de mais homens e mulheres perceberem que, como cristãos, devem imitar Jesus Cristo em seu ofício profético.
            Devemos levar luze às trevas e condenar a prática da injustiça e da imoralidade.
            Devemos nos envolver com a sociedade a fim de anunciar seus erros e a punição vindoura da parte de Deus.
            É por este motivo que Isaías termina o texto dizendo: “Mas, se ainda ficar a décima parte dela (igreja, povo de Deus que ainda não foi destruído), tornará a ser destruída. Como terebinto (árvore frondosa – 6 mt altura) e como carvalho (árvore ornamental – madeira dura para construção), dos quais, depois de derribados (pelo próprio Deus), ainda fica o toco (“[...] remanescente é que será salvo”, Rm.9.27), assim a santa semente é o seu toco (o qual preservará como povo santo e fiel a Ele)”, Is.6.13.
            Cada um de nós ainda pode responder para Deus: “[...] eis-me aqui, envia-me a mim”, Is.6.8.
Aplicação:       Busque a orientação de Deus, em oração, e realize a obra para a qual ele o chamou.


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – Expressão – CCC – Rev. João Paulo Thomaz de Aquino

quinta-feira, 25 de junho de 2015

CORRIDA DA FÉ, Hb.12.1-3

CORRIDA DA FÉ, Hb.12.1-3

Introd.:           Hoje, em Atibaia, SP, às 08h00, aconteceu a Copa Paulista de Corridas de Montanha nas modalidades e 2 km, 8 km, 16 km, 21 km e 50 km.

            Muitos desses atletas se espelham nos grandes vencedores.
            Eles treinam, se esforçam o máximo para alcançar a vitória.
Nar.:   Quer vencer? Olhe para os heróis do passado e perceba a garra deles.
            Quer vitória? Desembarace de todo pecado.
            Para vencer o alvo é somente com Jesus Cristo.
Propos.:          Corra para vencer.
Trans.:           Na corrida da fé [...]
1 – Você encontra [...]
            Testemunhas.
            Na corrida da fé ninguém está sozinho.
            Como os irmãos do passado: Raabe, Josué, Moisés, José, Jacó, que correram com fé, “portanto, também nós [...]”, Hb.12.1 podemos correr para vencer.
            A corrida da fé não é privilégio somente de grandes homens do passado; a vida cristã pode ser vivida vitoriosa – depende de você.
            Nós, os leitores, na corrida da fé, “[...] visto que temos a rodear-nos [...]”, Hb.12.1 uma grande multidão que nos assiste; eles terminaram com honras ao mérito.
            O exemplo deles nos encoraja caso tropeçarmos.
            A “[...] tão grande nuvem de testemunhas [...]”, Hb.12.1 nos mostra a necessidade do empenho na corrida.
            Além das testemunhas [...]
            Nessa corrida é necessário desembaraçar.
            “[...] Desembaraçar [...]”, Hb.12.1 é por de lado tudo quando te impede de correr.
            Paulo aconselha: “Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado”, Ef.4.28.
            Abandone “[...] todo peso [...], Hb.12.1.
            Essa é uma característica do bom atleta – reduzir o peso que pode prejudicá-lo – a roupa, o corpo, pela disciplina e renúncia.
            Largue de vez a ambição mundana, a acomodação, o interesse próprio, o egoísmo, porque “o que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera”, Mt.13.22.
            Lance fora o peso do medo que te faz recuar, o desânimo que contamina outros, a dúvida quanto ao futuro.
            Deixe o peso que te impede de ser um vencedor.
            De uma vez por todas, renegue o “[...] pecado que tenazmente (pegajosamente) te assedia (rodeia, persegue) [...]”, Hb.12.1.
            Desvencilha da mentira, do adultério, do homossexualismo, da falsidade, da fofoca.
            Paulo fala que “[...] não fazemos o bem que preferimos, mas o mal que não queremos, esse fazemos”, Rm.7.19.
            Correndo, seja perseverante.
            Não pare de correr.
            Pare e pense! Os heróis da fé exibem para nós o valor e o poder da fé.
            Não desista! “[...] Corra com perseverança [...]”, Hb.12.1.
            “[...] Corra (!) [...]”, Hb.12.1 não desista de ser “[...] perseverante [...]”, Hb.12.1 na oração, na leitura bíblica – Noé confiou em Deus, Abraão esperou o cumprimento da promessa, Moisés venceu em meio às reclamações; seja perseverante.
            Semelhante ao competidor, esteja sempre na atividade constante que o leva para “[...] a carreira que nos está proposta”, Hb.12.1 – a paz, a vitória contra o pecado, a salvação, a morada eterna.
            Na corrida da fé você tem um [...]
2 – Objetivo.
            O seu maior objetivo é “olhar [...] para Jesus [...]”, Hb.12.2.
            Jesus é o seu maior exemplo na corrida, “olhe [...] pra Ele [...]”, Hb.12.2.
            Jesus é o seu encorajamento principal, “olhe firmemente para Ele [...]”, Hb.12.2.
            Ao invés daquela preocupação diária com a dívida, a enfermidade, preocupe-se com a meditação em “[...] seu leito, quando de Deus [...] recorda e em Deus medita, durante a vigília da noite”, Sl.63.6.
            Devemos olhar para Jesus porque Ele é “[...] o Autor e Consumador da fé [...]”, Hb.12.2.
            Jesus é o iniciador (autor) como o finalizador (Consumador) da nossa fé.
            Corra, porque na linha de chegada está “[...] o Autor e Consumador da fé [...]”, Hb.12.2.
            Corre crendo em Jesus porque Ele pode despertar e sustentar por ser o Autor da salvação.
            Mude os seus planos, o seu alvo, olhe para “[...] Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz [...]”, Hb.12.2.
            Jesus não desistiu do seu plano, Ele “[...] suportou a cruz [...] (carregou, sofreu)”, Hb.12.2 – não desista dessa corrida.
            Fita os seus olhos em Jesus que “[...] não fez caso da ignomínia (desonra) [...]”, Hb.12.2.
            Não sinta vergonha de ser identificado como servo de Jesus – assuma a responsabilidade – crucificado – morte – vergonhosa.
            Olhe para, Jesus, o vencedor que “[...] está assentado à destra do trono de Deus”, Hb.12.2.
            O maior exemplo de vitória você encontra em Jesus – corra para Ele.
            Corra a corrida da fé e [...]
Conclusão: Não desista.
            Você não vence sem lutar. Pare com esse negócio de “[...] desmaiar a alma”, Hb.12.3.
            Chega de dizer: Desisto! “[...] não vos fatigueis [...]”, Hb.12.3 dizendo que está cansado da vida, do trabalho, do lar, do cônjuge.
            “Considerai (faça uma comparação), pois, atentamente [...]”, Hb.12.3 o seu modo de correr.          Jesus é o seu maior exemplo para a corrida da fé.
            “[...] Jesus suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo [...]”, Hb.12.3 para nos oferecer a vitória completa nessa corrida da fé.
           


            Rev. Salvador P. Santana

sábado, 20 de junho de 2015

MATURIDADE ESPIRITUAL, Hb.5.11-14.

MATURIDADE ESPIRITUAL
Hb.5.11-14

Introd.:           Temos visto em nossos dias crentes imaturos sem nenhum crescimento espiritual.
            Isso é reflexo da falta de maturidade espiritual do povo de Deus.
            Falta progresso, e como resultado, o declínio da condição espiritual e fraternal da Igreja.
Nar.:   O escritor de Hebreus incita os seus leitores a buscarem a maturidade espiritual para evitarem a estagnação e os desperta para avançar.
Propos.:          O nosso alvo tem que ser a busca pela maturidade espiritual.
Trans.:           A maturidade espiritual evita [...]
1 – A estagnação.
            A estagnação nada mais é do que a falta de movimento, falta de atividade, inércia, paralisação.
            A estagnação leva o crente ao desvio, o desvio leva à inutilidade, e daí, à apostasia.
            Diz o escritor de Hebreus que desejava falar sobre o sacerdócio de Cristo “[...] segundo a ordem de Melquisedeque”, Hb.5.6.
            Mas, para surpresa, falando “a esse respeito (encontrou dificuldades para) [...] explicar [...]”, Hb.5.11.
            Aqueles crentes não avançaram, eram infantis na espiritualidade, eles haviam se “[...] tornado tardios em ouvir”, Hb.5.11.
            A estagnação não era natural ou enviada pelo inimigo.
            Era uma incapacidade culposa; fora criada pela indiferença, pela lentidão, pelo descuido, pela preguiça e pela dureza de ouvir.
            O defeito daqueles Judeus era de estarem surdos para “[...] ouvir”, Hb.5.11.
            Era impossível ensinar sobre a ordem de Melquisedeque, como também outros aspectos da elevada glória e do serviço de Cristo.
            O texto fala que “[...] tinha muitas coisas que dizer e difíceis [...] porquanto eles tinham [...]”, Hb.5.11 outras prioridades na vida à buscar o conhecimento de Deus.
            Eles esqueceram “[...] os princípios elementares dos oráculos de Deus [...]”, Hb.5.12, o abc da revelação de Deus.
            Ao invés de serem mestres, ainda precisavam ser instruídos nos primeiros capítulos do evangelho como o ensino feito às criancinhas.
            Faltando compreensão espiritual, falta experiência espiritual – eles eram apenas frequentadores antigos da Igreja – eles “[...] deviam ser mestres [...]”, Hb.5.12.
            Esta lerdeza em ouvir é devido à estagnação.
            Pelo tempo que eram crentes, deviam ter progredido a ponto de poder ensinar a outros.
            O escritor desejava ensinar como os crentes podem chegar à perfeição e não como os pecados de um indivíduo são perdoados.
            Ensinar a promoção da glorificação e compartilhar da natureza de Cristo em sua filiação e não que algum dia irá habitar no céu.
            Aqueles crentes necessitavam das verdades básicas do evangelho porque eles se “[...] tornaram como necessitados de leite [...]”, Hb.5.12.  
            Era necessário aprender a mastigar, treinar as faculdades intelectuais e da transformação da mente.
            Deixar de beber leite, estudar as Escrituras, orar, santificar-se na lei do amor.
            Não basta apenas aprender a Bíblia, é preciso aprofundar na fé, a fim de vivenciá-la de forma cada vez mais madura e consciente.
            Estamos estagnados como aqueles judeus “[...] tendo, novamente, necessidade de alguém que nos ensine, de novo, quais são (o modo de andar com Deus?) [...]”, Hb.5.12.
            Aprenda de novo; não tenha vergonha, volte a tomar leite, comida de criança.
            Não fique parado, estagnado no desenvolvimento, tenha desejo pelo “[...] alimento sólido”, Hb.5.12.
            É preciso que eu e você “[...] atenda ao tempo decorrido (da nossa conversão e estando dentro da igreja) [...]”, Hb.5.12.
            É preciso que cada um de nós, “[...] com efeito [...] (se) torne como (servos obedientes e sinceros diante de Deus) [...]”, Hb.5.12.
            Não deixe estacionar a sua vida espiritual [...]
2 – Avance em direção à maturidade.
            O verso 13 fala que, “[...] aquele que se alimenta de leite é [...] criança”, Hb.5.13.
            A criança é imatura, lançada de um lado para o outro, carregada pelos braços dos adultos.
            “[...] Aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra (de Deus) [...]”, Hb.5.13.
            A sua condição é de ser bebê, o seu alimento é leite puro.
            Essa pessoa não tem habilidade, não tem crescimento e não sabe usar ou aplicar a Palavra de Deus em sua vida.
            Ela é incapaz de julgar retamente, pois quem “[...] se alimenta de leite é inexperiente na [...] justiça (não na sua, mas conforme o querer de Deus sobre a sua vida) [...]”, Hb.5.13.
            Caso você ainda se encontre nessa meninice espiritual atrasada; fique desperto!
            Criança leva à boca coisas prejudiciais e nutritivas, sem discriminação; não seja como elas.
            Avence em direção à maturidade espiritual.
            O texto fala que “[...] o alimento sólido (substancioso, firme, nutritivo, resistente) é para os adultos [...]”, Hb.5.14.
            O bom alimento é “[...] para aqueles que, pela prática (da Palavra), têm as suas faculdades (conhecimento e aplicação das realidades mais profundas de Deus para serem) exercitadas [...]”, Hb.5.14.
            Essa “[...] prática (da) [...] faculdade (conhecimento) [...]”, Hb.5.14 fala da inteligência da alma que aprende a “[...] discernir não somente o bem, mas também o mal (para ser ou não praticado)”, Hb.5.14.
            Não é necessário ficar cobrando o que você deve ou não fazer, é preciso buscar a maturidade espiritual.
            Busque o seu crescimento espiritual [...]
Conclusão:     Para não ser enganado por todo vento de doutrina.
            Fuja da estagnação, avance para o progresso espiritual.
            Aceite o conselho de Paulo: “Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas cousas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão”, 1Tm.6.11.


            Rev. Salvador P. Santana

Jo.15.13-19 - A IGREJA EMERGENTE.

A IGREJA EMERGENTE, Jo.15.13-19.

Introd.:           “Igreja emergente é um movimento crescente dentro da igreja evangélica nas duas últimas décadas [...] é um movimento da Igreja Protestante, iniciado por americanos e ingleses, com a finalidade de alcançar a Geração Pós-moderna. Procura reavaliar as doutrinas. As igrejas emergentes não possuem sistemas ou fórmulas, são variáveis conforme o contexto cultural, interdenominacional, não pode ser copiado, não possuem uma doutrina definida e sim procuram expressar Deus em diversas formas, tentando desconstruir as barreiras que as denominações impuseram” – Rev. Dr. Mauro Meister.
            Pb. Solono Portela faz a comparação entre a Teologia da Reforma e a Neo-ortodoxia.
            Ortodoxia segue à risca o que diz a Bíblia.
Teologia da Reforma
Neo-ortodoxia
Sola Scriptura – Somente a Escritura
Sim, mas não como padrão objetivo e sim como reflexo e referencial da experiência dos autores.
Solus Cristus – Somente Cristo
Sim, mas não como único caminho de salvação, pois sua mensagem pode permear outras formas de religiosidade. 
Sola Gratia – Somente a Graça
Sim, mas não como dádiva soberana de Deus e sim como modus vivendi possível a qualquer ser humano.
Sola Fide – Somente a Fé
Sim, mas não é definível objetivamente, pois é reflexo subjetivo de sua compreensão e experiências.
Soli Deo Gloria – Glória somente a Deus
Sim, mas Deus é glorificado (possivelmente prioritariamente) através do contato humanitário e de ações que visam o bem da humanidade.
I – Os ideais da igreja emergente.
            Para a igreja emergente, a justificativa é que o mundo mudou e carece que mudemos também para não perdermos a marcha da história.
            Quanto a esse assunto, não tem o que discutir, porque “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre”, Hb.13.8.
            Devemos entender que, a respeito do “[...] Pai [...] não pode existir variação ou sombra de mudança”, Tg.1.17, muito menos a respeito da pregação da sua Palavra para alcançar o mundo.
            É por este motivo que “ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos”, Jo.15.13.
            Ora, se o amor de Cristo nunca muda, então, esse da igreja emergente está fora de cogitação para alcançar o maior número possível de convertidos.
            Nenhum homem não consegue conquistar outro para Deus, isto se deve “porque pela graça somos salvos, mediante a fé; e isto não vem de nós; é dom de Deus”, Ef.2.8.
            Então, não pode ser através de alguns ideais que a igreja irá levar outros a Deus, pelo contrário, somos aconselhados a “pregar a palavra, instar, quer seja oportuno, quer não, corrigir, repreender, exortar com toda a longanimidade e doutrina”, 2Tm.4.2.
            É por este motivo que Jesus falou que “nós somos seus amigos, se fizermos o que ele nos manda”, Jo.15.14.
            Assim como os ideais da igreja emergente não condiz com as Escrituras Sagradas, podemos saber também sobre [...]
II – Alguns valores da igreja emergente.
            Alguns valores dessa igreja se destacam, às vezes, positivamente, ou na maioria das vezes, negativamente.
            A – Comunicação.
            A mensagem está sujeita à conveniência do público que desejam atingir.
            Em igrejas em que há exposição discursiva, do tipo sermão, ou estudo bíblico, ou ‘bate-papo bíblico’, geralmente se compensa o público com música, ao gosto que prevalece – roque, por exemplo, efeitos visuais, luzes, gelo seco.
            A instrução de Paulo para “Tito (foi:) [...] fala o que convém à sã doutrina”, Tt.2.1.
            A nossa comunicação com esse mundo deve ser apenas falando sobre “[...] a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem”, Jo.1.9.
            Esse modo de se comunicar com o mundo é porque “[...] Jesus [...] é o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vai ao Pai senão por Ele”, Jo.14.6.
            É por este motivo que Jesus “já não nos chama servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tem nos chamado amigos, porque tudo quanto ouviu do [...] Pai nos tem dado a conhecer”, Jo.15.15 para anunciar aos outros sobre essa dádiva.
            B – Contemporaneidade (moderno, atual).
            Para o movimento Emergente não interessa muito aquilo que se tem a ensinar, desde que haja alguma utilidade para hoje.
            Muitos que se dizem crentes arranca páginas da Bíblia para comer, colocar dentro do sapato, pregar nas paredes de casa para serem abençoados.
            O grande problema é que “se nós fôssemos do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não somos do mundo, pelo contrário, dele nos escolheu (Jesus), por isso, o mundo nos odeia”, Jo.15.19 e muitas pessoas não desejam ouvir a verdade.
            Paulo fala que devemos “[...] deixar a mentira, falar cada um a verdade [...]”, Ef.4.25.
            É por este motivo que, após “[...] conhecer a verdade [...] a verdade nos libertará”, Jo.8.32.
            Nenhum de nós tem autoridade para “[...] mudar a verdade de Deus em mentira [...]”, Rm.1.25 a fim de alistar mais pessoas para dentro da igreja.
            A mensagem jamais pode ser mudada, isso se deve “porque (Jesus) em verdade nos diz: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra. Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus”, Mt.5.18,19.
            Eis o motivo de “nós sermos [...] (considerados) amigos (de) Jesus, se fizermos o que Ele nos manda”, Jo.15.14 a respeito da pregação da Palavra de Deus.
            C – Entendimento das necessidades atuais.
            A igreja Emergente pergunta: “O que e como a igreja está respondendo aos problemas de hoje?”. Essa resposta pode vir de diversas fontes; inclusive da Bíblia.
            Em nossos dias se fala muito pouco sobre a salvação.
            Quando se fala sobre a salvação, muitos dizem que precisa fazer alguma coisa ou se aliar a alguma igreja para ser salvo.
            O texto é bem claro ao afirmar que “não foi (nenhum de) nós que [...] escolheu a Jesus; pelo contrário, Ele nos escolheu a nós outros e nos designou para que vamos e demos fruto, e o nosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirmos ao Pai em [...] nome (de) Jesus, ele no-lo conceda”, Jo.15.16.
            As necessidades atuais são apenas de ouvir a mensagem da cruz, por esse motivo, devemos saber que “[...] virá dias, diz o SENHOR Deus, em que Deus enviará fome sobre a terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR”, Am.8.11.
            Os homens de nossos dias estão com “a [...] alma (como a do salmista) tem sede de Deus, do Deus vivo [...]”, Sl.42.2, mas não sabem onde encontrá-Lo.
III – O grande problema do movimento emergente.
            É verdade que a igreja precisa ser relevante em sua cultura, comunicando o evangelho de modo efetivo.
            Muitos abrem mão daquilo que deve reger a vida da igreja, a Palavra do Senhor.
            O profeta Oséias fala que devemos “ouvir a palavra do SENHOR [...] porque o SENHOR tem uma contenda com os habitantes da terra, porque nela não há verdade, nem amor, nem conhecimento de Deus. (O pior é que) o [...] povo (de) Deus está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque [...] (o) sacerdote [...] rejeitou o conhecimento, também Deus (o) [...] rejeitará, para que não seja sacerdote diante de Deus; visto que [...] (ele) esqueceu da lei do seu Deus, também Deus [...] esquecerá de seus filhos. Pois misericórdia (Deus) quer, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos”, Os.4.1,6; 6.6 – campanhas.
            Não é à toa que Jesus “[...] nos manda: que nos amemos uns aos outros”, Jo.15.17.
            Jesus fala dessa forma “[...] porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus”, 1Jo.4.7.
            Devemos ter em mente e no coração que a Bíblia é nossa regra de fé e prática.
            A Bíblia é “lâmpada para os nossos pés [...] e, luz para os nossos caminhos”, Sl.119.105.
            Deve partir de dentro do meu coração que “toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”, 2Tm.3.16,17.
Conclusão:     
            A igreja Emergente contém desde os que declaram o mesmo que nós, até aqueles que classificam a Bíblia como um livro que merece respeito pela tradição que representa.
            Para Jesus, “se o mundo nos odeia, sabemos que, primeiro do que (nos odiar) a nós outros [...] odiou a Jesus”, Jo.15.18.
Aplicação:       O que você aprova desses vários movimentos que surgem a cada dia nas igrejas evangélicas?


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para ED – Nossa fé – CCC – Rev. Folton Nogueira da Silva.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

CRESCIMENTO ESPIRITUAL

CRESCIMENTO ESPIRITUAL
            Da concepção do óvulo até o nascimento da criança, há aproximadamente, nove meses. Possivelmente muitos pensam que, após o nascimento do filho tão sonhado e querido, os problemas se tornam nulos. É uma artimanha enganosa pensar dessa forma. As dificuldades irão continuar, o crescimento não cessa, os gastos aumentam a cada dia juntamente com as preocupações. É preciso que os progenitores tenham a plena consciência de que a formação do caráter no sentido moral, espiritual, familiar e financeiro seja moldado, no máximo, até a idade de sete anos. A formação não caduca, não tira férias ao atingir, como dizem, a idade da razão, continua no decorrer de toda a sua vida.
            Assim também, a vida espiritual tem o seu nascimento e crescimento. Sem Deus o homem está totalmente perdido neste mundo e no porvir. Assim como na vida física, na espiritual, a participação é conjunta, entre o criador e a sua criatura. Mas, na vida espiritual existe diferença, o nascimento depende exclusivamente de Deus, porque os homens não podem de maneira nenhuma “[...] nascer do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (Jo 1.13).
            Estando vivo espiritualmente neste mundo o processo de desenvolvimento é comparado ao da vida carnal. Ele precisa, juntamente com o seu responsável, “[...] ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele [...] seja dado crescimento para salvação” (1Pe 2.2). É aquela responsabilidade que os pais recebem e fazem diante da igreja e de Jesus Cristo de criar seus filhos sob a disciplina do Senhor, ou seja, levar à igreja, orar por eles e com eles, fazer a leitura bíblica, visto que os mesmos são incapazes de fazer.
            Acontece também no caso em que o crescimento físico, mental e, como neste caso espiritual, ser retardado, apontado por muitos de eterna meninice, por isso de Paulo dizer: “Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais” (1Co 3.2). Não compete ao homem querer identificar quem é o responsável por esse atraso de desenvolvimento. Aos olhos humanos é impossível detectar o culpado, se o pai, a mãe, o infante ou o próprio Deus, mesmo porque, “as coisas encobertas pertencem ao SENHOR [...] Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre [...]”  (Dt 29.29).
            Após esse primeiro estágio de sucção de leite, sendo aprovado e passado para a fase seguinte, a responsabilidade é pessoal . Agora ele precisa caminhar, mas não pode ser com as suas próprias pernas, ainda precisa muitas vezes de ser ajudado pelo seu Senhor. É como disse Jesus certa vez aos seus discípulos: “Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora” (Jo 16.12). É em meio a essa caminhada que o servo se desenvolve mais na vida espiritual. Andando junto, ao lado do seu Mestre Jesus é mais fácil “aprender a fazer o bem; atender à justiça, repreender ao opressor; defender o direito do órfão, pleitear a causa das viúvas” (Is 1.17).
            Nesse processo é possível que haja recaída. Na vida espiritual nunca, em hipótese alguma, pode se cogitar que o culpado seja o Pai celeste, ainda que esteja escrito que “[...] Jesus rogou ao Pai, e ele [...] deu outro Consolador, a fim de que esteja para sempre com (o seu povo)” (Jo 14.16). O fato de o Espírito Santo estar presente não indica que Ele irá afastar o homem pecador dos seus erros e mazelas. Deus em sua bondade não priva ninguém da sua liberdade, pelo contrário, que “vivam como pessoas livres. Não usem a liberdade para encobrir o mal, mas vivam como escravos de Deus” (1Pe 2.16).
            Depois desse longo processo de crescimento, afinal, chegou o término dessa aprendizagem? A resposta mais correta é um não em letras bem grandes. Todos sabem que ainda não estão bem preparados e treinados para a vida. Muitos sabem que precisam ser mais vigorosos e mais ativos com respeito à vida de compromisso com Deus como a oração, a leitura bíblica e frequência aos cultos. É verdade que “[...] na sua luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue” (Hb 12.4). Para entender melhor ,o texto diz que ainda existem milhares de filhos de Deus que não lutaram até chegar ao ponto de “[...] considerar-se morto para o pecado, mas vivo para Deus, em Cristo Jesus” (Rm 6.11). Não tomando essa decisão radical de deixar o pecado, as consequências são danosas. Eis o motivo do conselho de Paulo: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7).
            Não deixe de buscar o melhor para a sua vida. O seu crescimento espiritual termina somente após a sua promoção para a vida eterna, porque só terão “[...] felicidade os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas [...]” (Ap 14.13). E os demais? Aqueles que não foram alcançados com a graça salvadora; “mandará o Filho do Homem os seus anjos, que ajuntarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes” (Mt 13.41,42).
            Sabendo desses resultados só lhe resta ter uma vida de dedicação a quem te “[...] escolheu nele (em Jesus) antes da fundação do mundo, para ser santo e irrepreensível perante ele; e em amor” (Ef 1.4).

Rev. Salvador P. Santana