sexta-feira, 30 de julho de 2021

O PRÊMIO MAIOR.

O PRÊMIO MAIOR Os jogos Olímpicos de Tóquio ainda não terminaram, mas é possível perceber a alegria dos atletas brasileiros que se empenharam para conquistar as suas medalhas com a “... ajuda (de) Deus... fortalecendo... sustentando com a sua destra fiel.” (Is 41.10) a fim de que subam ao pódio para tremular a bandeira do seu país. Pode-se dizer que é um saldo positivo para o Brasil apesar de serem ainda apenas 07 medalhas conquistadas. Para estes, seus familiares e muitos brasileiros é possível esquecer por pouco tempo a Covid-19 que tem assolado o povo, a corrupção generalizada através do uso da pandemia, aliviar a dor das mortes dos seus entes e amigos queridos que ceifam sem dó a todos quantos encontra pelo caminho. As medalhas dependuradas ao seu pescoço podem tentar esquecer por alguns instantes as lutas entre pais e filhos, amigos e inimigos, policiais e transeuntes, pacientes e seus médicos, empresas e seus empregados. Para ser sincero, quem é o responsável por ganhar tantas medalhas? Sem titubear você pode dizer que foi o atleta que se esforçou e lutou até a exaustão. Outro poderá dizer que estes atletas tiveram a participação maciça das torcidas que, em Tóquio não estão presentes nos estádios ou que, através de seus patrocinadores engordando suas contas bancárias eles conseguiram vencer. Falta pouco para terminar os jogos, então, cada atleta deve voltar para casa e desfrutar um merecido pequeno descanso e começar novas maratonas de treinos para os próximos jogos na esperança de que sairão novamente vitoriosos. Que belo engano! Os mais esforçados não se darão por vencidos; irão continuar treinando cada vez mais. Pode ser que os que não conseguiram subir ao pódio se esforcem com mais garra e dedicação para os próximos jogos, a fim de tremularem a bandeira brasileira que eles tanto almejaram nestes jogos. De igual modo é assim também com a corrida da fé. Aqueles que ficam para trás ou estão pensando em desistir da jornada cristã, precisam perseverar na caminhada como que “... não julgando havê-lo alcançado; mas uma coisa (é preciso) fazer: esquecendo-se das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante estão, prosseguindo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Fp 3.13, 14). O pensamento de Paulo é que, ainda que tenha perdido nas batalhas espirituais, não tenha conseguido vencer as lutas, não tenha ganhado a medalha, como ele mesmo diz “... esquecendo-se das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão...” (Fp 3.14). Nem Paulo e muito menos você não pode se dar por vencido, segue em frente. Continua lutando, treinando, neste sentido a linguagem bíblica é buscar “... a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,” (Hb 12.14). É bem verdade que em todas as modalidades esportivas ninguém pode deixar de treinar, de buscar o aperfeiçoamento. Mas sabe-se que há muitos que entregam as forças por completo, desistem rapidamente. Muitos declaram com todas as letras que eles são perdedores e inúteis. Sendo assim, o que lhes resta é somente o fracasso, a derrota, a decepção. Perceba que a corrida para o entregador da mensagem aos gentios não se cansa, pelo contrário, “... prossegue para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.14). O desejo de Paulo vencer não foi somente para si, o seu desejo era que todos os cristãos, em toda parte do mundo se esforçassem ao máximo para ganhar o prêmio maior, a vida eterna. Essa corrida da fé é totalmente diferente das que estão sendo televisionadas nestes últimos dias devido o seu prêmio ser maior que todos quantos são passageiros. O alegrar-se do homem acontece somente depois “... da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.14). Não é como nos jogos em que o atleta é escolhido por sua capacidade, habilidade, bom desempenho, a dedo pelo técnico ou comitê, pelo contrário, é devido a “... escolha (de Deus em) Jesus antes da fundação do mundo, para serem santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor” (Ef 1.4). Saiba que a escolha do atleta para a corrida cristã a decisão “... não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia” (Rm 9.16). Sim, essa escolha é “... segundo o querer (de) Deus... (que) gera pela palavra da verdade, para que (você seja) como que primícias das suas criaturas.” (Tg 1.18). É a partir da escolha de Deus que todos se põem a correr no estádio da vida. O estádio está repleto de expectadores, os que já morreram em Cristo, incentivando-o a correr mais e mais. Neste momento você precisa se “... desembaraçar de todo peso e do pecado que tenazmente o assedia...” (Hb 12.1). Preste bem atenção! O pecado impede de correr com desenvoltura, ele é pegajoso. A finalidade do desprendimento é única: “... correr, com perseverança, a carreira que te está proposta” (Hb 12.1). Daí sim, na chegada você receberá não uma medalha de má qualidade que são entregues nos jogos Olímpicos. Você receberá o prêmio maior que jamais foi oferecido àqueles que não foram escolhidos ou aptos; “... a coroa da vida” (Ap 2.10), isto é, se você for “... fiel até à morte...”, Ap.2.10. Rev. Salvador P. Santana

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