MEU PECADO
FAVORITO
Todo homem tem o seu pecado favorito. Não escapa um sequer, pois todos tentam
esconder ao máximo dos olhos humanos, mas, “o que fez o ouvido, acaso, não
ouvirá? E o que formou os olhos será que não enxerga?” (Sl 94.9). Sim, Deus
está atento a tudo quanto acontece neste mundo “porque ele perscruta (olha,
contempla) até as extremidades da terra, vê tudo o que há debaixo dos céus” (Jó
28.24) e, é preciso ficar sabendo que “[...] o SENHOR, esquadrinha o coração,
ele prova os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder,
segundo o fruto das suas ações” (Jr 17.10).
Não adianta pensar que você é diferente ou que não acontece o mesmo que
aconteceu com este ou aquele que você conhece que caiu em erro, pecado,
desobediência a Deus.
Nem todos estão alinhados às mesmas práticas pecaminosas. Uns praticam
assaltos/roubos, outros são espertos em trapacear, mentir, adulterar, denegrir
a imagem alheia. A verdade é que cada um tem o seu pecado de estimação, aquele
que você faz de tudo para esconder dos homens, mas que um dia pode cair em
desgraça e ser revelado a todos, daí, é como o ditado: “a casa caiu”.
Jó, sabedor de que somente Deus é o verdadeiro conhecedor do fundo da alma
humana faz uma averiguação diante de “[...] Deus: Não me condenes; faze-me
saber por que contendes comigo” (Jó 10.2).
Por este motivo é que Jó diante dos seus amigos, sabedor de que era impossível
eles descobrirem o seu interior, pede-lhes para ser “ensinado, e Jó se calaria;
dando-lhe a entender em que (ele) tinha errado” (Jó 6.24), mas não houve
resposta porque o homem não consegue perscrutar o coração humano.
Adão e Eva tentaram se esconder de Deus quando “[...] perceberam que estavam
nus [...]” (Gn 3.7), mas de nada adiantou porque eles foram confrontados quando
“[...] ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia
[...]” (Gn 3.8). Caiu a máscara, não tiveram a oportunidade de continuar com a
farsa e o pecado oculto.
O pecado do filho do casal adâmico foi de igual tamanho e condenação como o de
seus pais pois “[...] sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o
matou” (Gn 4.8) e “[...] Deus (viu e escancarou o seu pecado): Que fizeste? A
voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim” (Gn 4.10).
Aconteceu certa vez que “[...] Acã [...] da tribo de Judá, tomou das coisas
condenadas. A ira do SENHOR se acendeu contra os filhos de Israel” (Js 7.1).
Acã imaginava que ele e toda a sua família iriam passar ilesos diante dessa
rebeldia que praticaram. Deus falou para Josué que Acã e sua família haviam
“[...] tomado das coisas condenadas, e furtaram, e dissimularam, e até debaixo
da sua bagagem [...] puseram” (Js 7.11) “[...] uma boa capa babilônica, e
duzentos siclos de prata, e uma barra de ouro do peso de cinquenta siclos
[...]” (Js 7.21). Feita uma averiguação constatou-se que “[...] Acã [...] pecou
contra o SENHOR, Deus de Israel [...]” (Js 7.20) e assim ele foi desmascarado
diante de Deus e dos homens.
Outros homens agiram do mesmo modo, mas não no mesmo pecado. Pode acontecer de
um se aliar com o outro na mesma maldade, mas a intensidade de cada um é
diferente em seu pecado, mas mesmo assim Deus pode dar a sentença dizendo:
“Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei isto perante todo o Israel e
perante o sol” (Sm 12.12).
Veja que os pecados dos homens são descobertos, não porque vacilaram, mas
porque “tem feito essas coisas, e Deus se calou; pensando que Deus é seu igual;
mas Deus (o) arguirá e porá tudo à sua vista” (Sl 50.21) e o pior, “[...] cada
um [...] dará contas de si mesmo a Deus” (Rm 14.12).
Seja sincero e pergunte para Deus sobre o seu pecado favorito. “Quantas culpas
e pecados tenho eu? Notifica-me a minha transgressão e o meu pecado” (Jó 13.23).
Rev. Salvador P. Santana
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