INFLUENCIADO
A influência pode ser benéfica ou maléfica na vida de todos os homens. Os
homens têm a oportunidade de serem influenciados desde o ventre materno até
seus últimos dias de vida neste mundo.
Não é à toa que o profeta Isaías, 700 a.C., cobrava dos anciãos de Israel
dizendo-lhes para “aprender a fazer o
bem; atender à justiça, repreender ao opressor; defender o direito do órfão,
pleitear a causa das viúvas”
(Is 1.17), mas, parecia que não davam ouvidos à esta mensagem.
Esse tipo de cobrança quer dizer que havia maldade em cada coração, os juízes
se tornaram corruptos, o homem impiedoso agia de forma a maltratar, desfigurar
os mais fracos, os mais necessitados não tinham a quem recorrer. Por este
motivo Isaías volta a dizer: “Os
teus príncipes são rebeldes e companheiros de ladrões; cada um deles ama o
suborno e corre atrás de recompensas. Não defendem o direito do órfão, e não
chega perante eles a causa das viúvas”
(Is 1.23).
Os mais fracos estavam totalmente dependentes dos mais poderosos, então , não
havia outra opção a não ser Deus agir em favor dos necessitados e “[...] os punir com quatro sortes de castigos, diz o
SENHOR: com espada para matar, com cães para os arrastarem e com as aves dos
céus e as feras do campo para os devorarem e destruírem” (Jr 15.3).
Deus cumpriu com a sua promessa de juízo e, no ano de 586 a.C. Deus “[...] lançou fora (de Judá os poderosos, os
príncipes, os sacerdotes, os fracos, os doentes levando-os para a Babilônia)
[...] para uma terra que não conheciam, nem eles nem seus pais, onde serviram a
outros deuses, de dia e de noite, porque Deus não usou de misericórdia para com
eles” (Jr 16.13).
Veja que todo esse sofrimento podia ter sido evitado com a aplicação de
influências boas de uns para com os outros. Mas, acontece que nem todos os
homens conseguem “[...] fazer o bem e
(o pior) não [...] fazendo (desconhecem que) nisso estão pecando” (Tg 4.17).
Desde quando entrou o pecado no mundo, “viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e
que era continuamente mau todo desígnio do seu coração” (Gn 6.5), é por este motivo que um contamina o
outro, um influencia o outro para o mal; poucos procuram o caminho direito.
Para mudar essa história é somente o “[...] SENHOR [...] que (pode) [...] conduzir (aquele que deseja) por
um caminho direito [...]” (Gn 24.48) a fim de influenciar para o bem.
Ao ler as histórias dos reis de Israel é patente aos olhos as maldades, as más
influências que eles deixaram a seus filhos e estes as seguintes gerações. O
rei Davi teve sete mulheres, “[...] afora [...] as concubinas [...]” (1Cr 3.9)
que não é preciso afirmar quantas foram.
O filho de Davi, Salomão, influenciado pelo pai, “tinha setecentas mulheres,
princesas e trezentas concubinas [...]” (1Rs 11.3). Um absurdo ou faltou bom
senso para saber que nem todas tiveram condições de ter um bom relacionamento
com seu marido. Caso Salomão tivesse disposição física e sexual para conhecer a
cada três dias uma mulher, em um ano ele conheceu cento e vinte e cinco
mulheres. Sendo assim, para conhecer as mil mulheres, o tempo estimado seria de
oito anos. Ou seja, Salomão ajuntou mulheres apenas para se exibir diante dos
demais reis da sua época. Que mal exemplo ele deixou para seus filhos!
Essa má influência passou de pai para filho e “Roboão tomou por esposa a
Maalate [...] depois dela, tomou a Maaca [...] (e, devido a tantas mulheres)
amava Roboão mais a Maaca, filha de Absalão, do que a todas as suas outras
mulheres e concubinas; porque ele havia tomado dezoito mulheres e sessenta
concubinas [...]” 2Cr 11.18, 20, 21). Leia a história dos reis e verá que
muitos aprenderam a maldade com seus próprios pais e isso é lamentável.
A lista é imensa de más influências dos pais a seus
filhos e, “[...] até (chegar a) Cristo [...] (passaram-se quarenta e duas)
gerações [...]” (Mt 1.17) o qual “[...] veio salvar o que estava perdido” (Mt
18.11), o único para ser imitado “porque Jesus [...] deu o exemplo, para que,
como ele [...] fez, (todos os homens devem) fazer [...] também” (Jo 13.15) para
transmitir a outras gerações.
Rev. Salvador P. Santana
Nenhum comentário:
Postar um comentário