VAI BEM O JOVEM?
“[...] Vai bem o jovem [...] ? [...]” (2Sm 18.29). Esta
deve ser a pergunta costumeira feita por si mesmo e a todos os jovens, em
especial, aos jovens presbiterianos.
A pergunta precisa ser insistente, devido ao grande
número de jovens aparecem em noticiários de que a droga, o dirigir
descontroladamente, o envolver-se com a prostituição, os assaltos, sequestros,
as más amizades estão ceifando suas vidas e de toda a sua família.
Deve-se perguntar ao jovem de qualquer classe
social, qualquer raça, cor ou religião; ninguém pode ficar sem ouvir ou fazer
esta pergunta.
O jovem do texto é Absalão, um dos filhos do rei
Davi. Houve algumas ressalvas, mas, praticamente, quase todos os atos
praticados por este jovem demonstraram que ele era rebelde (revoltado contra a
autoridade, teimoso).
Por esse motivo o seu pai, por duas vezes fez a
mesma pergunta a Aimaás, filho do sacerdote Zadoque e ao etíope, um dos servos
de Davi (2Sm 18.22). Estes homens foram enviados pelo comandante Joabe para dar
as boas novas ao rei.
A ansiedade para obter resposta à pergunta feita
pelo rei é devido o passado do jovem ter sido cheio de ódio, suborno, morte e
traição. Absalão foi muito astuto na vingança contra seu irmão Amnom, que
abusou de Tamar.
Logo no início “[...] Absalão [...] (passou a) odiar
a Amnom, por ter este forçado a Tamar, sua irmã” (2Sm 13.22). É a partir desse
momento de raiva, ódio e desprezo que os demais crimes se aperfeiçoam em sua
forma cruel.
Todos os seus crimes foram premeditados. Talvez com
o desejo de manter a sua reputação diante do império, o jovem contratou alguns
assassinos “[...] dando ordens aos seus moços, dizendo: [...] quando o coração
de Amnom estiver alegre de vinho [...]: matai-o [...]” (2Sm 13.28) e assim foi
feito.
Já não existia mais nenhum lugar sossegado, onde o
filho que causara tanta preocupação pudesse viver em paz, logo teve que “[...]
fugir [...] (por) três anos. Então, o rei Davi cessou de persegui-lo [...]
porque já se tinha consolado acerca de Amnom, que era morto” (2Sm 13.38,39).
Passaram-se cinco anos desde que Amnom tinha sido
assassinado de modo traiçoeiro e cruel, e durante esse tempo Absalão e Davi se
viram apenas duas vezes, sendo que na segunda vez, como que num gesto de
amabilidade e perdão, “[...] o rei beija a Absalão” (2Sm 14.33).
Sem saber, Davi se despede para sempre de seu filho
porque este “[...] furtou o coração dos homens de Israel [...] (para) conspirar
(contra seu pai e o reino de Israel) [...]” (2Sm 15.6,12).
O final da história é triste para o jovem Absalão.
Parece até que o rei Davi percebia o que estava para acontecer. Mesmo sendo
perseguido por seu filho, Davi “dá ordem [...] (aos comandantes de tropa) a
Joabe, a Abisai e a Itai, dizendo: Tratai com brandura o jovem Absalão, por
amor de mim [...]” (2Sm 18.5).
Mas não existe outro desfecho, os homens de Davi se
encontram com “[...] Absalão montado no seu mulo [...] (e o jovem fica) preso
[...] pela cabeça [...] pendurado entre o céu e a terra [...]” (2Sm 18.9).
E o mais inesperado acontece: “[...] Joabe [...]
toma três dardos e traspassa com eles o coração de Absalão [...]” (2Sm 18.14).
É por esse motivo que o rei Davi ainda insiste na
pergunta: “[...] Vai bem o jovem [...] ? [...]” (2Sm 18.29).
A insistência é para alertá-lo contra os perigos que
a vida tem oferecido para você jovem presbiteriano. A persistência é para você
fugir o mais rápido possível de toda e qualquer facilidade para pecar que os
seus amigos e parentes tem ofertado a você.
Mocidade Presbiteriana, caso vocês tenham observado
que o final de suas vidas caminha para ser igual ou pior que o de Absalão, o
conselho de Deus para vocês é único: “[...] se converta dos seus maus caminhos,
então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua (vida)
[...]” (2Cr 7.14).
Rev. Salvador P. Santana
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