quinta-feira, 4 de maio de 2017

FAMÍLIA.


FAMÍLIA

            A cada dia que passa é mais raro encontrar aquela família tradicional: pai, mãe, filho, avós, bisavós naturais.

            Já se tornou comum não participar mais de festas de bodas de papel, algodão, couro, flores, madeira, açúcar, latão, barro, cerâmica, estanho e muito menos de cristal - 15 anos, porcelana - 20 anos e prata - 25 anos.

            Hoje está se tornando comum outro (a) assumir o lugar que outrora pertencera ao pai/mãe biológico. Em muitos casos, a cama outrora dos cônjuges naturais, são visitadas várias vezes antes por outros antes de uma segunda núpcia.

            É muito fácil se deparar com filhos sendo criados pelos que outrora eram cunhados (as), amigos, e que agora são casados com os próprios cunhados (as), amigos.

            Um desconhecido que a criança não sabe se chama de tio ou de colega, ou esposo da mãe, mulher do pai, mas percebe com muita facilidade que este que entrou no lugar do progenitor insiste para que a criança o chame de pai (mãe).

            Vivendo de forma desordenada, filhos crescem desordenados e propensos a novos divórcios quando chegarem a idade de casamento. É possível acontecer desses filhos lançarem um olhar defeituoso sobre os casamentos desfeitos e refeitos, esses filhos então, se tornam imitadores do próprio erro de seus pais.

            Nada de pensar que a separação é devido a incompatibilidade, a briga entre casais, casais e filhos, a bebedice, a traição conjugal, a interferência da família. Nada disso pode ser motivo para entrar na história como o grande vilão para terminar nos tribunais, os outrora pombinhos apaixonados, e que, agora são verdadeiros destruidores um do outro.

            O maior problema está na “[...] dureza do [...] coração (do homem que deseja) [...] repudiar [...] (a) sua mulher/marido [...]” (Mt 19.8) por qualquer problema.

            Jesus acrescenta que “[...] de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura” (Mc 7.21, 22), e neste caso, também a separação.

            A família precisa ser mais valorizada através do relacionamento dos pais. É necessário que tanto um, como o outro comecem a tecer histórias de amor, de dedicação, de companheirismo, de amizade e de lutas por viverem juntos.

            Ainda que aconteça coisas horríveis entre aqueles que outrora fizeram juras de amor, ainda é possível conceder ou aceitar o “[...] perdão, para que [...] (o) Pai celestial [...] perdoe as suas ofensas” (Mc 11.25).

            Ao olhar a vida de muitos casais do passado podemos perceber que eles não foram diferentes em suas lutas e dissabores, pelo contrário, enfrentaram grandes barreiras e angústias em seus casamentos.

            Ao buscar na Bíblia exemplos positivos de casais que viveram até que a morte os separasse, foi porque “[...] Deus (os) ajuntou (portanto) não separe o homem” (Mc 10.9).

            Pode-se destacar que “Abrão levou consigo a Sarai, sua mulher [...]” (Gn 12.5) em todas as suas jornadas. “Isaque (depois de ter) conduzido [...] e tomado a Rebeca [...] por (sua) mulher. Ele a amou [...]” (Gn 24.67) até os seus dias finais.

            Ainda que você não encontre bons exemplos dentro de sua casa e, olhando em toda a sua família ainda perceba agressão física, verbal, sexual, moral, faça de tudo para não os imitar em seus erros.

            Procure buscar um lar abençoado para a sua família, uma nova perspectiva de vida para o seu futuro, um cônjuge melhor que lhe ofereça amor, perdão e proteção.

            Deus, abençoa as famílias constituídas!

Rev. Salvador P. Santana

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