sábado, 19 de dezembro de 2015

FOI ASSIM

FOI ASSIM
            É interessante o relato do evangelista Mateus sobre “[...] o nascimento de Jesus Cristo [...]” (Mt 1.18). A escrita tem um único propósito: mostrar ao mundo que nasceu o Salvador.
            O evangelista se preocupa em mostrar aos judeus que Jesus é descendente de Abraão e que o acontecido fora algo sobrenatural.
            Muitos homens ainda têm dúvidas quanto à divindade de Cristo. Mas quando se faz uma análise do texto bíblico, percebe-se que está implícita a Sua Filiação, portanto, a Sua Divindade é confirmada quando o evangelista avisa que “[...] o nascimento de Jesus Cristo [...] (aconteceu) sem que Maria e José tivessem antes coabitado [...] (o impossível aconteceu) achou-se grávida pelo Espírito Santo” (Mt 1.18), o inesperado que ninguém acreditava, sobrenatural.
            Mateus relata que “[...] o nascimento de Jesus Cristo foi assim [...]” (Mt 1.18).  Afinal, como foi esse “[...] assim (?) [...]”. Será que José a levou ao hospital mais próximo com toda sofisticação da época? Não! É preciso olhar em outros textos para se perceber que o nascimento de Jesus fora um grande sofrimento para José e Maria.
            Primeiro sofrimento – Além de Maria ter de passar pela transformação de todo o seu corpo, dores no momento do parto natural e a intensa preocupação com o nascimento de seu filho, foi ameaçada de ser deixada pelo noivo “[...] José, (na época, já considerado) seu esposo, [...] (e isto ele) resolveu [...] secretamente” (Mt 1.19).
            Nem Maria, nem seus pais e nem os pais de José ou algum amigo sabiam desse desejo do carpinteiro. Se não fora a “[...] aparição e (intervenção), em sonho, (de) um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo” (Mt 1.20) ele teria realizado  o seu intento.
            Segundo sofrimento – Maria percorreu uma distância de mais ou menos 120 km. Eles “[...] subiram da Galileia, da cidade de Nazaré, para a Judeia, à cidade de Davi, chamada Belém [...]” (Lc 2.4) provavelmente em cima do lombo de um burro. Se um burro andar de 30 a 40 km/dia, eles devem ter gasto mais ou menos três dias de viagem. As suas costas e nádegas ficaram prejudicadas.
            Terceiro sofrimento – “[...] Não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc .2.7). Motivo!? “Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se” (Lc 2.1). Por este motivo a cidade ficou superlotada.
            Quarto sofrimento – “[...] Ela [...] enfaixou-o e o deitou numa manjedoura (cocho – lugar de colocar comida para animais) [...]” (Lc 2.7).
            Não existe nada pior do que você ver o seu filho nascendo e não ter um lugar adequado para o seu repouso. Imagine o sofrimento dessa mãe e desse pai? Em toda essa consternação permitida por Deus, ainda assim, o infante nasceu com perfeita saúde.
            É impossível, querido leitor, você procurar amenizar o sofrimento do nascimento do menino Jesus. “[...] O nascimento de Jesus Cristo foi assim [...]” (Mt 1.18) mesmo, cheio de sofrimento, de dor, cheio de dificuldades, e isto, foi feito com um único propósito: “[...] Veio para [...] dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10.45).
            Através desse sofrimento “[...] de Jesus Cristo, Filho de Deus” (Mc 1.1) você aprende lições preciosas para o seu viver diário. 1 – Nem tudo na vida pode ser considerado como sendo “mil maravilhas” como muitos pensam; 2 – O sofrimento faz parte do cotidiano, apesar de este não ser o plano de Deus para a vida humana; 3 – Alguém pode querer te abandonar, rejeitar, geralmente aquele em quem você mais confia; 4 – Muitas vezes você não vai encontrar um berço esplêndido para repousar, pode ser até mesmo um cocho; e o melhor ensino que você pode ter é que: 5 – O SALVADOR do mundo veio para te salvar e te tirar do lamaçal de pecados; 6 – Aprenda que o grande amor de Deus por você é maravilhoso.
            “[...] Foi assim [...] o nascimento de Jesus Cristo [...]” (Mt 1.18).
            Aceite-O como seu único Salvador e Senhor da vida.

Rev. Salvador P. Santana

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