terça-feira, 29 de junho de 2021

Sl.13 - O DIFÍCIL CAMINHO ATÉ ALCANÇAR A ALEGRIA

O DIFÍCIL CAMINHO ATÉ ALCANÇAR A ALEGRIA Salmo 13 Introd.: Como é difícil alcançar alegria. No decorrer da nossa vida temos encontrado vários obstáculos. Para estancar a alegria da nossa alma é só ligar a TV ou ler os jornais para perceber que os acontecimentos do nosso país não contribuem para a nossa alegria. Qual o caminho que devemos percorrer para alcançar a verdadeira alegria? A nossa única esperança está na confiança que temos em o nome do nosso Deus. Noutro salmo Davi expressa a alegria da seguinte forma: “Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam. Assim, cumpre-me bendizer-te enquanto eu viver; em teu nome, levanto as mãos”, Sl.63.3,4. Nar.: Davi faz uma súplica a Deus. Provavelmente ele estava doente ou prestes a morrer ou até mesmo em tempos de guerra. Parece que a ausência de Deus é causa de grande angústia na alma de Davi. É verdade que o homem longe de Deus a sua alma fica atribulada, mas esse não era o caso do rei Davi. As perguntas insistentes mostram a impaciência de quem se encontra no sofrimento. O salmista lamenta a opressão causada pelo inimigo. Propos.: O difícil caminho até a alegria nos estimula através da fé a romper as barreiras. Trans.: Para alcançar a alegria é necessário... 1 – Lamentar. “Até quando, SENHOR? Esquecer-te-ás de mim para sempre? Até quando ocultarás de mim o rosto?”, Sl.13.1. A pergunta até quando é típica dos salmos de súplica. A pergunta se repete por quatro vezes, “Até quando esquecer-te-ás de mim?... até quando ocultarás de mim o rosto?... até quando estarei eu relutando?... até quando se erguerá contra mim o meu inimigo?”, Sl.13.1, 2. Quantas vezes perguntamos até quando para Deus? No momento em que a pressão é sentida, no momento em que a esperança e o desespero te perseguem mutuamente, daí, então, perguntamos: “Até quando, SENHOR?...”, Sl.13.1. Aqui vemos os quatro aspectos do sofrimento: 1 – Solidão – porque Deus está esquecido dele. “Até quando, SENHOR? Esquecer-te-ás de mim para sempre?...”, Sl.13.1a. 2 – Vergonha – porque parece que Deus não cuida dele, lhe transmite o sentimento da sua insignificância. “... Até quando ocultarás de mim o rosto?”, Sl.13.1b. 3 – Desespero – porque ele é deixado aos seus próprios recursos, tão pobre, para ofuscar os planos dos seus inimigos. “Até quando estarei eu relutando dentro em minha alma, com tristeza no coração cada dia?...”, Sl.13.2a. 4 – Injustiça – porque os seus inimigos tem a vantagem e estão exaltados, enquanto que aquele que busca viver retamente como diante do Senhor acha-se abatido e destituído de poder. “... Até quando se erguerá contra mim o meu inimigo?”, Sl.13.2b. Essas quatro perguntas indicam quanto é dolorida a opressão e a infelicidade de Davi. O salmista indaga ousadamente por quanto tempo ainda Deus permite que seu sofrimento continue. “Até quando, SENHOR?...”, Sl.13.1ª. Até quando iremos lamentar diante do Senhor? Esse lamento pode durar até o momento em que nos dedicarmos a... 2 – Oração. “Atenta para mim, responde-me, SENHOR, Deus meu! Ilumina-me os olhos, para que eu não durma o sono da morte”, Sl.13.3. Davi faz uma oração em quatro aspectos. 1 - Ele fala: “Atenta para mim, responde-me, SENHOR, Deus meu!...”, Sl.13.3a. Essa é uma expressão de temor de que Deus não responderá a menos que seja solicitado a fazê-lo. “Atenta (olha, contempla) para mim, responde-me...”, Sl.13.3a. Essa deve ser a nossa atitude - Insistência. 2 – Ele diz ainda mais: “[...] Ilumina-me os olhos para que eu não durma o sono da morte”, Sl.13.3b. Este é um apelo direto: “Ilumina-me”, Sl.13.3b. Tornar claro, brilha a minha aflição para encontrar o caminho certo. O salmista vê-se constrangido a clamar a Deus, não só porque lhe é doloroso se julgar negligenciado por Deus, mas também para que a morte não venha sobre si de uma forma súbita como o seu próximo sono, “... para que eu não durma o sono da morte”, Sl.13.3c. 3 – Davi pede que os seus inimigos não sejam finalmente triunfantes sobre ele. “Para que não diga o meu inimigo: Prevaleci contra ele...”, Sl.13.4a. 4 – E finalmente ora para que os mesmos inimigos não tenham motivo para se regozijar em virtude de ele ser removido da sociedade humana. “... e não se regozijem os meus adversários, vindo eu a vacilar”, Sl.13.4b. Esta oração é paralela aos quatro aspectos de dor nos versos 1, 2. Por isso Davi pede a Deus que o liberte dizendo: “Atenta para mim, responde-me... ilumina-me os olhos...”, Sl.13.3. A breve oração mudou completamente a situação; ela constitui o ponto decisivo. Se Deus não salvar o justo, o próprio nome de Deus ficará comprometido diante desse fracasso. Daí, o injusto se alegrará, cantando vitória. A oração não operou mudança em Deus, mas operou mudança na atitude do salmista, ele alcançou... 3 – A alegria. “No tocante a mim, confio na tua graça; regozije-se o meu coração na tua salvação”, Sl.13.5. Como é difícil o caminho até alcançar a alegria? Davi se compromete a louvar a Deus pelo livramento. Ele tem a certeza em quatro aspectos: 1 - Davi pela fé diz: “... Confio na tua graça...”, Sl.13.5b. É uma linguagem da aliança, especificamente, a devoção graciosa, o amor por meio do qual Deus se vinculou ao seu povo. 2 – Ele fala ainda mais: “... Regozije-se o meu coração...”, Sl.13.5c. É um contraste com o verso 4 quando o inimigo se alegra na queda, na morte do salmista. Davi busca alívio naquele que é capaz de conferir alívio. Confia no amor leal de Deus e em sua salvação. Apesar de sofrer, confia no resultado final de Deus, o seu; “... coração regozija ... na... salvação”, Sl.13.5d de Deus. O desânimo dá lugar à confiança na medida em que a sua fé se firma. É Deus se alegrando na salvação do justo. 3 – O salmista canta louvores por causa da maneira de Deus agir. "Cantarei ao SENHOR...”, Sl.13.6. Quando esqueço daquilo que Deus faz mediante a obra de Cristo, surge a tendência de questionar sobre os propósitos de Deus. É preciso ter comunhão com Deus para vivermos alegres na bondade que nos é propiciada por Ele. 4 – Daí, ele completa dizendo: “... Porquanto me tem feito muito bem”, Sl.13.6. A declaração de confiança mostra que a pessoa já foi atendida ou acredita que brevemente o será. Às vezes tem sido isso que nos falta: Confiança no cuidado eterno de Deus em nosso favor, ou seja, o restituir a nossa alegria completa nEle. Essa esperança, sempre clarificada e cristalizada pela oração, é uma das características constantes dos Salmos. É difícil alcançarmos a alegria? Conclusão: É doloroso percorrer o caminho até alcançarmos a alegria, mas é gratificante saber que no final de nossas lutas e desprazeres alcançaremos a verdadeira felicidade, isto é, se estivermos ligados pela fé em Cristo Jesus, é como diz: “Cantarei ao SENHOR, porquanto me tem feito muito bem”, Sl.13.6. Rev. Salvador P. Santana

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