ACERCA DO DIVÓRCIO
Todos os casais que já se divorciaram e casaram de novo, repetem os mesmos
erros com o posterior. Existem aqueles que são briguentos, violentos e
ciumentos por qualquer coisa, continuam com os mesmos erros. Outros que outrora
eram mesquinhos, agitados, ausentes, beberrões, no próximo relacionamento não
se esforçam por mudança.
Certa vez, Jesus
falando a respeito do divórcio para os seus discípulos, “[...] disse-lhe (que):
quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e
casar com outra comete adultério (desfaz o contrato de casamento) [e o que
casar com a repudiada comete adultério]. (Daí) disseram-lhe os discípulos: Se
essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar” (Mt
19.9,10).
Tanto para Jesus,
quanto para Paulo, não existe qualquer base para o divórcio. Em 1Co.7 Paulo
fala sobre o casamento. Ele inicia o capítulo dizendo “[...] que [...] é bom
que o homem não toque em mulher” (1Co 7.1), neste caso ele deve fazer a opção pelo
não casamento.
Paulo declara que a
família precisa ter estabilidade, não buscando o divórcio para contrair novas
núpcias, pois, em novos casamentos, haverá talvez, não a mesma dificuldade
enfrentada, mas outros males, com certeza, irão aparecer.
Por fim, declara que “a
mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica
livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor” (1Co 7.39).
O divórcio não resolve
o problema do mau relacionamento, portanto, sobre o divórcio, o conselho é para
não separar.
“Ora (se estão) [...] casados [...]” (1Co 7.10) é porque fizeram uma escolha no
passado. É verdade que ainda existem casamentos arranjados em alguns países
muçulmanos, especialmente no norte da África, Ásia Menor e ainda um resquício
na Índia e Paquistão.
A
“[...] ordem aos casados, não (vêm de) Paulo (e nem da igreja), mas (do) [...]
Senhor [...]” (1Co 7.10) para os casados continuarem casados. “[...] Como [...]
a [...] mulher (é) parte mais frágil [...]” (1Pe 3.7), Paulo instrui essa
“[...] mulher (a) não se separar do marido” (1Co 7.10) devido ele ser
grosseiro, mau caráter, desrespeitoso, pois algum vestígio havia quando estavam
namorando e, talvez, seja possível que os pais, amigos e parentes alertaram,
mas ela não deu ouvidos e decidiu investir no casamento.
Nem Jesus e nem Paulo admitem qualquer exceção. Pode acontecer algum deslize em
todos os relacionamentos, mas não pode chegar ao ponto de separação. “(Se,
porém, ela vier a separar-se, que não se case) [...]” (1Co 7.11).
Essa proibição é porque
“[...] a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas,
se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal” (Rm 7.2). É ordenado
também “[...] que o marido não se aparte de sua mulher” (1Co 7.11) devido ela
ser mandona, intrigante, “[...] rixosa e iracunda” (Pv 21.19).
Antes do casamento deu
para perceber algo de errado; parente e amigos te alertaram, mas você não deu
ouvidos. Pode acontecer também de você ter “[...] consentido em morar com [...]
mulher (homem) incrédula (o) [...]” (1Co 7.12). A ordem é a mesma: “[...] não
[...] abandone” (1Co 7.12) esse relacionamento.
Tanto o “[...] marido
(quanto) a mulher que tem [...] (cônjuge) incrédulo [...] (recebe a mesma
orientação para) [...] não deixar o (cônjuge) [...]” (1Co 7.13). Esse conselho
é porque você “[...] consentiu em viver com [...]” (1Co 7.13) com o seu
cônjuge. Lembra das juras de amor?
Talvez você possa
retrucar com o próprio texto quando Paulo fala que “aos mais digo eu, não o
Senhor [...]” (1Co 7.12). Saiba que o texto “[...] é inspirado por Deus e útil
para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça”
(2Tm 3.16). “(Se, porém) [...] (acontecer) a separação [...] que se reconcilie
[...]” (1Co 7.11) buscando o perdão.
Sobre
o divórcio, em alguns casos cabe a separação. Abandono do lar,
homossexualidade, agressão física, sexual, psicológica e, conforme Paulo, o
conselho dado, é que, “[...] se o descrente quiser apartar-se, que se aparte
[...]” (1Co 7.15) e, neste caso, este pode ser o mais intransigente.
Como nenhum conhece o
coração do outro, é difícil distinguir quem é de Deus. Então, se esse “[...]
descrente quiser apartar-se (ainda que receba conselho bíblico, ele não vai
entender) [...] em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a
irmã [...]” (1Co 7.15).
Note bem que a decisão
de “[...] apartar-se [...]” (1Co 7.15) não nasce no coração daquele que serve a
Deus, mas no coração do “[...] descrente [...] [...]” (1Co 7.15). A
separação neste caso é porque “[...] Deus (os) [...] tem chamado à paz” (1Co
7.15) oferecida por Cristo. Mesmo nos casos em que um dos cônjuges não
seja servo de Deus, o divórcio não traz nenhum benefício.
Para
dizer não ao divórcio é preciso buscar a santificação. É impossível buscar
a santificação em dupla. Como um dos cônjuges pode ser “[...] incrédulo (a
parte fiel a Deus deve buscar a) [...] santificação no convívio (quais são os
seus atos dentro de casa? Quem mais o conhece são aqueles que estão mais
próximos. Então, se os seus atos são pecaminosos, busque a) santificação [...]”
(1Co 7.14).
“[...] O (seu) marido é
incrédulo (? Ele precisa ser) [...] santificado no convívio da esposa [...]”
(1Co 7.14). “[...] A (sua) esposa (é) incrédula (? Ela precisa ser) [...]
santificada no convívio do marido crente [...]” (1Co 7.14).
A recompensa para o povo de Deus é que, ao invés dos “[...] seus filhos serem
impuros; porém, agora (após a sua santificação), serão santos” (1Co 7.14). Essa
perseguição da “[...] santificação [...]” (1Co 7.14), aliado ao não divórcio, é
porque nem eu e nem você “[...] sabemos [...] se salvará seu marido [...] ou,
[...] se salvará sua mulher [...]” (1Co 7.16).
Estando casado e o convívio não vai bem, não separe, busque mudança completa
para a sua vida.
Rev. Salvador P. Santana
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