segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

DORMIR

DORMIR Dormir é muito bom. Ao dormir você descansa a mente, o corpo, e os pensamentos são reagrupados para agir após o seu despertar. Dormir para alguns é um sacrifício. Pode ser que alguma dor, recordação do passado, “... preocupação com o dia de amanhã...” (Mt 6.34) o impeça de dormir, mas para outros é um grande sossego e descanso maravilhoso poder colocar a cabeça sobre o travesseiro para fechar os olhos e despertar despreocupado para buscar resolver os seus problemas. Verdade é que desde os tempos bíblicos os ricos banqueteiam em suas festas às custas dos outros e dormem sem se preocupar com o outro. O profeta declara que “vocês dormem em camas de marfim e se espreguiçam sobre os seus leitos. Comem os cordeiros do rebanho e os bezerros que estão na engorda. Ficam cantando à toa ao som da lira e, como Davi, inventam instrumentos musicais. Bebem vinho em taças e se ungem com o mais excelente óleo, mas não se afligem com a ruína de José.” (Am 6.4-6). Faça uma análise sobre como você tem agido em relação ao outro que é menosprezado e de pouco recurso. Nesse caso você não pode dormir enquanto não resolver o seu problema. O conselho é dado pelo rei Salomão, provavelmente, dando orientação para seus filhos e seus leitores em relação aos seus falsos amigos, desta forma: “Meu filho, se você ficou por fiador do seu próximo e se comprometeu com um estranho, está enredado com as palavras da sua boca, e ficou preso pelo que você falou. Agora, meu filho, faça o seguinte para se livrar, pois você caiu nas mãos dessa pessoa: vá, humilhe-se e importune o seu próximo. Não se deite para dormir, não dê descanso aos seus olhos.” (Pv 6.1-4). Tenha a sua mente esclarecida para cortar o cartão de crédito, se livrar do agiota e dos desleais que pedem emprestado, para comprar em seu nome ou pedir dinheiro emprestado. Pode ser que tudo esteja dando errado para você e o seu sono está abaixo da média, ou seja, oito horas diárias. É possível que seus melhores amigos e parentes se afastaram e já deixaram claro que não querem ajudar. O que dizer dos médicos que nem conseguem acertar a medicação para o fazer dormir devido às angústias passadas nos últimos dias. Eis o motivo do apóstolo Paulo dar a seguinte orientação: “Não fiquem preocupados com coisa alguma, mas, em tudo, sejam conhecidos diante de Deus os pedidos de vocês, pela oração e pela súplica, com ações de graças.” (Fp 4.6) a fim de que o sono seja reparador para suportar as angústias e dificuldades do dia de amanhã. Fique sossegado, todos passam por problemas, que não deixam de ser uma dor de cabeça tirando seu sono. Algumas dificuldades são mais fáceis de resolver, outras parecem que duram a vida inteira, mas ainda assim é possível você enfrentar e resolver a situação. Conforme o salmista, é preciso “chegar-se a Deus... (pedir) a sua súplica; dar-lhe entendimento, segundo a sua palavra.” (Sl 119.169) para ficar um pouco mais tranquilo na hora de dormir. O que importa é que as suas horas de sono sejam tranquilas, abençoadas, mesmo que as dificuldades apareçam ou que supostamente venham atormentar a sua vida. Faça como muitos salmistas que buscaram esperar em Deus e confiaram a respeito de qualquer situação “... deitando-se e pegando no sono; acordando, porque o Senhor o sustenta.” (Sl 3.5). É preciso saber uma grande verdade a respeito do dia de amanhã para investir no pedido de proteção Àquele que tem poder para abençoar a sua vida: “Mas, por amor de Deus, somos entregues à morte continuamente, somos considerados como ovelhas para o matadouro. Desperta! Por que dormes, Senhor? Desperta! Não nos rejeites para sempre! Por que escondes o rosto e te esqueces da nossa miséria e da nossa opressão? Pois a nossa alma está abatida até o pó, e o nosso corpo está como que pegado no chão. Levanta-te para socorrer-nos; resgata-nos por amor da tua bondade.” (Sl 44.22-26). Então, é só esperar a resposta de Deus para dormir sossegado. Rev. Salvador P. Santana

sábado, 1 de outubro de 2022

Desarme-se

DESARME-SE Atos de violência têm se espalhado desde Oiapoque, Ap até o Chuí, RS. Os motivos são desde os desentendimentos na porta do bar, até principalmente nestes últimos dias, em meio às manifestações políticas que se dizem de direita, de centro ou esquerda. Os instrumentos, não musicais, mas que podem levar à morte do oponente conta com canivetes, estiletes, facas, armas de fogo, porretes, pedras, barras de ferro, o próprio punho fechado ou aberto e tudo quanto pode lançar mão para desferir no seu inimigo. E esse opositor pode ser um membro da mesma família, um frequentador da mesma igreja, o seu vizinho ou alguém que ele nem mesmo conhece. Houve uma eleição mais ou menos no ano 1.000 a.C. e o rei Saul não aceitou a derrota desde que ele viu e ouviu “as mulheres se alegrando e, cantando alternadamente, dizendo: Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares. Então, Saul se indignou muito, pois estas palavras lhe desagradaram em extremo; e disse: Dez milhares deram elas a Davi, e a mim somente milhares; na verdade, que lhe falta, senão o reino?” (1Sm 18.7, 8). Desse dia em diante a coisa desandou e Saul pegou em armas para ferir Davi. Para não sujar as suas próprias mãos, “disse Saul a Davi: Eis aqui Merabe, minha filha mais velha, que te darei por mulher... guerreia as guerras do SENHOR; porque Saul dizia consigo: Não seja contra ele a minha mão, e sim a dos filisteus.” (1Sm 18.17). Saul não desistiu depois que deu em nada sua intenção de fazer montar uma estratégia para que os filisteus matassem a Davi. Dias depois, aconteceu que “o espírito maligno, da parte do SENHOR, tornou sobre Saul... tinha na mão a sua lança, enquanto Davi dedilhava o seu instrumento músico. Procurou Saul encravar a Davi na parede, porém ele se desviou do seu golpe, indo a lança ferir a parede; então, fugiu Davi e escapou.” (1Sm 19.9, 10). O pequeno Davi não ficou livre dos enfrentamentos do seu opositor. Chegou um dia em que “... Davi... fugiu de diante de Saul...” (1Sm 21.10), mas isso não foi suficiente para se livrar da perseguição. Outra vez “Davi... se refugiou na caverna de Adulão...” (1Sm 22.1). Saul e seus homens não escondiam a maldade que existia em seus corações até que, depois do sacerdote “... Aimeleque, a pedido (de) Davi, consultar o SENHOR...” (1Sm 22.10), Saul, no encalço de Davi, ordenou a “... Doegue (um dos seus aliados), o edomita... arremeter contra os sacerdotes, e matou, naquele dia, oitenta e cinco homens que vestiam estola sacerdotal...” (1Sm 22.18). Tudo isso com o intento de ferir o coração de Davi. Davi não carregou mágoa do seu opositor. Ele empunhava sempre uma espada, mas se desarmava completamente dentro do seu coração, e se dedicava a “... não estender a mão contra o seu senhor, pois é o ungido de Deus.” (1Sm 24.10). Em outra oportunidade de se vingar de Saul, “Davi... respondeu a Abisai: Não o mates, pois quem haverá que estenda a mão contra o ungido do SENHOR e fique inocente?” (1Sm 26.9). Desarme-se o mais rápido possível dentro e fora do seu coração. Um salmista, no desespero da sua alma, devia estar enfrentando os mesmos problemas que Davi, então, ele declara que “já há tempo demais que habita com os que odeiam a paz. (O maior desejo dentro do seu coração é) ser pela paz; quando, porém, ele fala, eles teimam pela guerra.” (Sl 120.6, 7). Davi não guardou mágoa do seu carrasco. Davi desarmou o seu coração em lágrimas quando soube da morte de Saul. “Pranteou Davi a Saul e a Jônatas... (disse que os dois eram) queridos e amáveis, tanto na vida como na morte não se separaram...” (2Sm 1.17). Através da graça de Deus é possível você não guardar rancor do outro que o persegue. Somente Deus é capaz de sustentar e abençoar a sua vida depois que o outro o menospreza e o ataca com violência. Deus é muito forte para levar você a “orar pela paz de Jerusalém (Brasil)! Sejam prósperos os que te amam. Reine paz dentro de teus muros e prosperidade nos teus palácios. Por amor dos meus irmãos e amigos, eu peço: haja paz em ti! Por amor da Casa do SENHOR, nosso Deus, buscarei o teu bem.” (Sl 122.6-9) para ver dias melhores em favor do povo brasileiro. Desarme-se da sua brutalidade, do seu medo, da sua desonestidade, da sua falta de amor ao próximo, do seu desejo maligno. Deus, tenha misericórdia do povo brasileiro! Rev. Salvador P. Santana

O filho e o moedor de carne

O FILHO E O MOEDOR DE CARNE Um moedor de carne será sempre um moedor. Não importa o tempo de uso e nem mesmo se está ou não sendo usado. Seja o moedor profissional, manual ou caseiro, ao colocar pedaços de carne bovina, sairá apenas carne bovina. Trocando e colocando carne suína, sairá carne moída suína. Se, carne de frango ou outra qualquer, será a mesma carne colocada e não outra. Filho não é criado para se passar no moedor de carne. Filho é criado para ser amado, alimentado, cuidado, respeitado, recebendo exemplo de todos quantos estão à sua volta. Por mais desobediente, ingrato, irreverente, doente, arrogante, estúpido que seja o filho, ainda assim seus pais lhe demonstram amor, cuidado e fazem de tudo para livrá-lo de qualquer enrosco que porventura ele venha se meter. Todos sabem que filhos não são como as carnes, que colocadas no moedor saem moídas. Filhos são diferentes, mesmo nascidos do mesmo útero, criados no mesmo lar, com as mesmas mordomias, os mesmos costumes. Um é totalmente diferente do outro. Jesus conta a história de uma família que vivia em Jerusalém, com dois filhos criados na mesma casa e debaixo do mesmo carinho dos pais. Os dois eram totalmente diferentes no comportamento. A biografia conta que o pai “... chegando-se ao primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na vinha. Ele respondeu: Sim, senhor; porém não foi. Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este respondeu: Não quero; depois, arrependido, foi.” (Mt 21.28-30). É possível que muitos pais entrem em desespero quando enfrentam tais situações de rebeldia. Não é apenas a rebeldia que ronda os corações dos filhos. A Bíblia relata outro caso muito interessante dizendo que “cresceram os meninos. Esaú saiu perito caçador, homem do campo; Jacó, porém, homem pacato, habitava em tendas.” (Gn 25.27). Até aí tudo bem. Nada de anormal e nem confusão. Alguns pais, até certa idade de seus filhos conseguem controlar, mante-los unidos e ditar as regras da casa, mas é possível chegar um momento em que um ou outro filho se rebele insidiosamente contra seus progenitores. Foi o que aconteceu de forma velada com Esaú e Jacó. Entre eles mesmos, sem envolver seus pais, “... Jacó... (pediu ao seu irmão Esaú para) vender... o direito de primogenitura.” (Gn 25.31). Foi o que aconteceu. Em outra oportunidade, sem conhecimento do pai, de forma unilateral, em conluio com sua mãe Rebeca, Jacó “... veio... astutamente tomou a... bênção.” Gn 27.35) de Esaú, “... enganando... usurpando a bênção que era sua...” (Gn 27.36). Desta vez, o resultado não foi o esperado, pois “passou Esaú a odiar a Jacó, por causa da bênção, com que seu pai o tinha abençoado... (resolveu em seu coração) matar a Jacó, seu irmão.” (Gn 27.41). A má notícia “chegou aos ouvidos de Rebeca... ela, pois, mandou chamar a Jacó... dizendo-lhe... Esaú... se consola a teu respeito, resolvendo matar-te... retira-te para a casa de Labão... em Harã;” (Gn 27.42, 43). Que desespero! Um filho é declarado ladrão e o outro está prestes a se tornar assassino. A única solução que Rebeca encontrou foi enviar o seu filho para longe da confusão. Imagine um filho ficar “vinte anos...” (Gn 31.41) fora da casa paterna, sem dar nenhum tipo de notícias. Sabe-se apenas que ele se foi e os pais não tinham certeza do seu retorno. É possível que muitos pais tomem a oração do salmista por empréstimo dizendo: “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.” (Sl 42.5). De fato, o único socorro de todos os pais é somente Deus. Só haverá mudança na vida do filho se ele passar pelo crivo de Deus, caso contrário, tudo quanto os pais desejarem, se tornará em vão. Jacó teve uma experiência formidável com Deus. Ele “... viu a Deus face a face, e a sua vida foi salva.” (Gn 32.30) para ter condições de receber o perdão do seu irmão “... Esaú (que) correu-lhe ao encontro e o abraçou; arrojou-se-lhe ao pescoço e o beijou; e choraram.” (Gn 33.4) dando por encerrada a desavença que havia começado há mais de vinte anos por causa de um “... cozinhado de lentilhas...” (Gn 25.34), e por “... seu irmão vir astuciosamente e tomar a sua bênção.”, (Gn 27.35) importante para sua vida. Deixe Deus fazer uma transformação em sua vida “dando coração novo e por dentro de você espírito novo; tirar de você o coração de pedra e lhe dar coração de carne.” (Ez 36.26) sendo maleável nas mãos do grande Deus. Rev. Salvador P. Santana

Ser humilde

SER HUMILDE Não é fácil ser humilde. Por mais que você tente, a humildade pode escorregar facilmente pelos seus dedos. Você não consegue dominá-la ou segurá-la para mostrar aos outros aquilo que precisa ser diante dos homens e para poder ficar mais próximo possível deles. A humildade deixa de ser usada em todo momento e em favor de amigos e principalmente dos inimigos. A verdade é que, para ser humilde depende de tempo, disposição, interesse, dedicação total dia e noite e de que o bondoso Deus se “... disponha a mudar a sorte do seu povo e a sarar... (você), mas daí se descobre a (sua) iniquidade... como também a (sua) maldade... porque praticam a falsidade; por dentro (do seu coração) há ladrões (para tirar a sua paz e o desejo de fazer o melhor pelos outros), e por fora rouba a horda de salteadores.” (Os 7.1) para destruir qualquer tipo de relacionamento. Muitos dizem que para alguém se tornar arrogante, prepotente, basta apenas um pequeno degrau. Outros tantos se erguem e ficam na ponta do pé para dar um ar de grandeza, sentir-se poderoso e poder agir em seu próprio nome e subjugar os outros para tão-somente ter domínio sobre aquele que está ao seu lado. Até mesmo outros mais distantes, on-line, por exemplo, se mostram atrevidos quando querem se exaltar. Quando se vê e ouve o tom de sua voz, a escrita que ele determina, o seu modo de agir nos gestos, olhares, dá para sentir o cheiro ou o odor da sua prepotência e grandeza por detrás da sua falsa humildade. É possível que você já tenha “visto um ímpio prepotente a expandir-se qual cedro do Líbano. (Mas, você pode ter a certeza, logo depois, talvez um dia ou muitos anos você irá) passar, e eis que desaparecera; (ele foi) procurado, e já não foi encontrado.” (Sl 37.35, 36) por causa da sua arrogância, menosprezo aos outros. É estranho, mas serve para todos os homens arrogantes, “ainda que a sua presunção remonte aos céus, e a sua cabeça atinja as nuvens (pode ser a mais alta autoridade ou personalidade), como o seu próprio esterco, apodrecerá para sempre (não haverá prosperidade nenhuma neste mundo); e os que o conheceram dirão: Onde está?” (Jó 20.6, 7). O audacioso pode ficar sozinho ou cairá no esquecimento até mesmo pelos seus mais íntimos parentes ou amigos mais chegados. Para mudar a sua história antes que todos se afastem de você é preciso buscar Deus com dedicação a humildade. Para ser humilde é preciso você começar buscando “o temor do SENHOR (que) é a instrução da sabedoria...” (Pv 15.33) a fim de que você possa entender a vontade de Deus sobre os relacionamentos que devem ser saudáveis e abençoados. Sem “o temor do SENHOR (que) é o princípio do saber (é impossível você se adequar para buscar a humildade, por isso) ... os loucos desprezam a sabedoria e o ensino.” (Pv 1.7). E o pior para a vida deles, bom, você já sabe, eles ficam esquecidos e colocados de escanteio por quase todos quantos estão à sua volta. Aprenda mais que depressa o caminho mais suave para a humildade através do “... temor do SENHOR (o qual) consiste em aborrecer o mal, a soberba, a arrogância, o mau caminho e a boca perversa, (fique sabendo que o próprio) Deus os aborrece.” (Pv 8.13). É por isso que muitos não conseguem ser humildes devido as suas palavras, gestos, modo de olhar e tratar as pessoas. Preste atenção porque é “pela misericórdia e pela verdade, (que) se expia a culpa; e pelo temor do SENHOR os homens (podem) evitar o mal.” (Pv 16.6) e podem evitar subir em cima até mesmo de uma folha de papel para tentar ou supor que é superior ao outro, que manda, ordena ao mais inferior. Belo engano! É melhor você ficar sabendo que, “se vires em alguma província opressão de pobres e o roubo em lugar do direito e da justiça, não te maravilhes de semelhante caso; porque o que está alto tem acima de si outro mais alto que o explora, e sobre estes há ainda outros mais elevados que também exploram.” (Ec 5.8), mas acima de todos, está Deus, por isso, “não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu, na terra; portanto, sejam poucas as tuas palavras.” (Ec 5.2) para ficar “... preparado... para te encontrares com o teu Deus.” (Am 4.12). Aprenda a “... temer (o) ... SENHOR (porque) é a instrução da sabedoria, e a humildade (para qualquer pessoa) precede a honra.” (Pv 15.33). Seja humilde! Rev. Salvador P. Santana

Deixe para amanhã

DEIXE PARA AMANHÃ Deixar para amanhã é costume de muitos homens. Muitos dizem: – Amanhã eu começo na academia; dou início ao regime; vou me comportar melhor; terei condições de atender ao seu pedido; vou pensar em ir ao médico; começo a tomar os meus remédios; darei mais atenção a você; deixarei de tratar você como tenho feito ultimamente! A desculpa para o dia de amanhã é evidente na vida de muitos que não desejam um compromisso mais sincero dentro de casa, se empenhar no trabalho, se dedicar aos estudos, buscar uma vida espiritual mais agradável diante de Deus e muito menos o desejo de crescer de forma adequada em direção a Deus. Todos precisam saber que o amanhã é imprevisível. Nenhum homem pode fazer planos para o dia que ainda não chegou. Certa vez Jesus falou que o homem “... não (pode) inquietar com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” (Mt 6.34). Tiago explicitando o que pode acontecer no seu desconhecido amanhã fala que é preciso que todos fiquem “atentos... que dizem: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. (A pessoa fica com o coração completamente iludido por isso.) Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. (A atitude correta é) em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo.” (Tg 4.13-15). Nem todos conhecem o texto bíblico a respeito do dia de amanhã. Aqueles que conhecem pode usar de astúcia para tentar enganar o próximo na expectativa de ganhar tempo para tentar solucionar os seus próprios problemas. Neste caso é preciso acender um alerta em cada coração pelo motivo dele “... preferir mentir a falar retamente.” (Sl 52.3). É preciso tomar uma atitude drástica em relação ao outro tal como Jó expressou dizendo: “nunca os meus lábios falarão injustiça, nem a minha língua pronunciará engano.” (Jó 27.4). Salomão exorta o povo de Deus a viver piedosamente neste mundo. Veja como é sério e cheio de responsabilidade você deixar para amanhã o que pode fazer hoje. Tomando por base as “... coisas (que) o SENHOR aborrece, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos” (Pv 6.16-19) é motivo de rever certos conceitos em sua vida de relacionamentos pessoais e na relação especial com Deus. Como o dia de amanhã para todos os homens é duvidoso, logo, todo trabalho ou bem que você tiver que fazer tem que ser efetuado hoje. A reclamação do filho de Davi é que o servo de Deus “não se (deve) furtar a fazer o bem a quem de direito, estando na tua mão o poder de fazê-lo. Não digas ao teu próximo: Vai e volta amanhã (o qual é incerto para você); então, to darei, se o tens agora contigo. Não maquines o mal contra o teu próximo, pois habita junto de ti confiadamente.” (Pv 3.27-29). O que você pretende fazer hoje para melhorar a sua vida de relacionamento com o próximo e com Deus? Sabedor de que o amanhã é incerto, é possível marcar algum evento para ser realizado sem a permissão de Deus? Fique sabendo que “o coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do SENHOR.” (Pv 16.1), “portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” (Mt 6.34). Qualquer assunto que você tenha deixado para amanhã é bom pensar que, “em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo.” (Tg 4.15). Que Deus abençoe o dia de amanhã! Rev. Salvador P. Santana

Cada um é cada um

CADA UM É CADA UM Três pacientes se encontram na enfermaria de um certo hospital. Cada um estava em seu leito com diferentes enfermidades. O primeiro puxou assunto e disse: – O que aconteceu com vocês? O terceiro foi logo reclamando: – Cheguei aqui com muitas dores de cabeça, insuportável, e até o momento não me falaram o que está causando isso em mim. O segundo paciente emendou ao dizer que as dores de cabeça do seu colega ao lado não eram nada comparáveis a ferida exposta em seu pé que a todo instante estava sangrando sem parar. Em uníssono, o terceiro e o segundo pacientes perguntaram ao primeiro: – E você, qual o seu problema? Ele respondeu: – O que vocês sentem está aquém de tudo quanto estou sentindo dentro do meu coração. Uma angústia apoderou-se de mim a tal ponto que não consigo nem sequer conversar com as pessoas. Muitas vezes fico mudo por dias e não consigo ingerir nenhum tipo de alimento. Estou quase à morte. É verdade que cada um enfrenta os seus problemas diários a respeito da sua enfermidade. Cada um sabe onde dói mais em seu corpo mortal. Nenhum outro homem é capaz de sentir a sua dor. A sua dor é única e intransferível mesmo que o outro sinta os mesmos sintomas que você. A dor pode ser breve, ou de longa duração. A sua angústia somente você e Deus sabe até quando você pode aguentar. Por mais forte ou fraco que você se sinta ou mostre para os outros, na hora do seu sofrimento um sorrindo por perto ou tentando colocar o dedo em sua ferida, você não irá suportar. Pode haver desentendimento entre você e ele. É possível que o seu emocional fique totalmente abalado e, daí, pode prejudicar ainda mais a sua ferida. Aquela ideia do outro dizer: – Estou sentindo o que você sente. Não é bem assim. Ele pode ter passado pelo mesmo sofrimento, mas a dor é diferente de um para o outro. Cada um sabe onde está machucando. Cada um sente a sua própria moléstia. Cada um sabe qual é a intensidade da sua aflição. O outro não tem condições de mensurar o seu sofrimento. É possível que muitos falem dessa forma para tentar consolar o seu coração. Neste mundo não existe um que possa se compadecer de você a ponto de levar os seus fardos, aliviar a sua alma, arrancar de dentro de si o peso. Você pode citar o texto do livro de Jó de que “ouvindo, pois, três amigos de Jó todo... mal que lhe sobreviera, chegaram, cada um do seu lugar... e combinaram ir juntamente condoer-se dele e consolá-lo.” (Jó 2.11). O problema é que Jó não os reconheceu como consoladores amigáveis para a sua alma. Depois de Jó “ter ouvido muitas coisas... (disse que) todos eles... (eram considerados) consoladores molestos.” (Jó 16.2). Até mesmo “... todo sumo sacerdote... dentre os homens... (que) é capaz de condoer-se dos ignorantes e dos que erram, pois também ele mesmo está rodeado de fraquezas.” (Hb 5.2) precisando “... daquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós,” (Ef 3.20). O profeta Isaías aponta para o único que tem poder, Jesus, que consegue “... ver os seus caminhos e o sarar; também o guiará e lhe tornará a dar consolação...” (Is 5.18) com o propósito de “... consolar todos os que choram” (Is 61.2). Paulo, falando aos romanos a respeito das virtudes, pegou emprestado o texto de Isaías ao declarar que cada servo de Deus deve se “alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram.” (Rm 12.15) quando você estiver alegre pelo nascimento, aniversário de alguém ou quando você estiver passando por problemas de angústia, aflição por ter acontecido alguma tragédia em sua vida. Fique sabendo que Jesus não é como os três pacientes que estavam no hospital tentando disputar qual tinha a dor maior. Ele sente as mesmas dores, os mesmos problemas, os mesmos sentimentos de derrota que você sente porque “certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si...” (Is 53.4). Creia! “... Deus... (é o único) que conhece os segredos dos corações...” (Sl 44.21). Rev. Salvador P. Santana

Fazer o bem

FAZER O BEM Nem todos estão aptos a fazer o bem em favor do seu próximo. Aprender a fazer o bem não se adquire na escola técnica e muito menos na faculdade, pós-graduação, doutorado ou mestre em divindade. Para fazer o bem é preciso buscar, se empenhar, se esforçar, se dedicar, porque não cai do céu ou de outro lugar para ser aplicado às pessoas. É uma ordem divina para todos, sem exceção, mesmo porque pessoas necessitam da sua ajuda a todo instante. O profeta Isaías ao escrever ao povo de Deus, colocou algumas palavras no imperativo a fim de alertar o povo em geral; não apenas o povo escolhido, mas todos precisam ficar atentos. Uma dessas palavras se acha em Is.1.17 quando ele fala: “aprendei a fazer o bem...” (Is 1.17). Para aprender você precisa ter em mente ou no coração algo que o possa instruir ou fazer cobranças internas a fim de agir para apoiar o outro. Um é mais capaz que todos, Deus, que pode “instruir e te ensinar o caminho que deves seguir; e, sob as... vistas (de Deus), te dará conselhos.” (Sl 32.8). É possível que você não acredite que Deus é quem pode instruir você para fazer o bem aos outros. Então, só lhe resta olhar para aquele que necessita, que clama, que padece tal como Isaías declara: “... atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas.” (Is 1.17). Fique sabendo que sendo você de posição ou não, rico ou pobre, influente ou que necessita que alguém seja influente em seu favor; todos precisam “aprender a fazer o bem...” (Is 1.17) independente de quem necessite ou não da sua ajuda. Olhe ao seu redor e perceba o quanto as pessoas estão necessitadas da sua ajuda. É preciso agir, despertar, fazer o melhor pelo outro. Jesus tem exortações para cada um a respeito de como e onde fazer o bem, não escolhendo a quem. Para aprender é preciso trilhar por caminhos nada convenientes. Quando Jesus “diz, porém, a... (você) que (está atento para) ouvir: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam;” (Lc 6.27), Jesus mostra o grande valor do aprendizado, que precisa ser colocado em prática com muita oração e humildade. Veja que em outra situação o próprio Mestre e Senhor repete que é preciso “amar, porém, os seus inimigos, fazendo o bem e emprestar, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus.” (Lc 6.35). Interessante este texto. Aqui Jesus fala a respeito daqueles que têm dificuldade para conseguir passar por este mundo com poucos recursos. É possível que alguém não tenha poder de compra do básico, ficando “... inquieto, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos?” (Mt 6.31). Deus pode mover o seu coração para fazer o bem em favor de qualquer um desses. O motivo não é porque você se interessou, mas é devido ao grande amor que Deus tem em favor de todos os homens. O Senhor Deus sabe muito bem “... que (todos) procuram todas estas coisas; pois... (o) Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; (o resultado ou a bondade de Deus é extraordinária.) Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas, (com o seu desejo de fazer o bem ou não). Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” (Mt 6.32-34). A respeito desse assunto o homem ainda tem muito que aprender com Deus e com o seu próximo. Faça o bem para não cair em pecado. “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.” (Tg 4.17). Pode ser que você já esteja aborrecido, cansado de tantos pedidos chegarem ao seu coração para ajudar o outro; veja o que Paulo escreve: “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.” (Gl 6.9). Não desista do outro, porque o “... seu galardão será sobremodo grande.” (Gn 15.1). Rev. Salvador P. Santana